Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Sáb Nov 02, 2013 11:47 am
Cada um se vira como pode.
abs.
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abs.
Carvalho, vc leu minha resposta no DAN?FCarvalho escreveu:Cada um se vira como pode.![]()
abs.
A primeira parte nao foi para vc, e sim a segunda.Projeção de Poder se faz com:
-desembarque anfíbio;
- desembarque ribeirinho;
- aeronaves;
- mísseis;
- canhões;
- mergulhadores de combate;
- etc.
Em Ladário, sede do 6 DN, a MB possui um Grupamento de Fuzileiros Navais que será transformado em Batalhão de Operações Ribeirinhas de Fuzileiros Navais, necessitando meios de transporte fluvial.
Algo que devemos sempre levar em consideração são as lições aprendidas nos anos de operações na Amazônia e no Pantanal. Uma destas lições é a validade da utilização dos meios de transporte locais, perfeitamente adaptados ao cenário, ao ambiente de operação.
Desta maneira, a aquisição do meio citado é perfeitamente válida.
Marino escreveu:Carvalho, vc leu minha resposta no DAN?FCarvalho escreveu:Cada um se vira como pode.![]()
abs.
Aqui está:A primeira parte nao foi para vc, e sim a segunda.Projeção de Poder se faz com:
-desembarque anfíbio;
- desembarque ribeirinho;
- aeronaves;
- mísseis;
- canhões;
- mergulhadores de combate;
- etc.
Em Ladário, sede do 6 DN, a MB possui um Grupamento de Fuzileiros Navais que será transformado em Batalhão de Operações Ribeirinhas de Fuzileiros Navais, necessitando meios de transporte fluvial.
Algo que devemos sempre levar em consideração são as lições aprendidas nos anos de operações na Amazônia e no Pantanal. Uma destas lições é a validade da utilização dos meios de transporte locais, perfeitamente adaptados ao cenário, ao ambiente de operação.
Desta maneira, a aquisição do meio citado é perfeitamente válida.
Há mais de um século a MB está na Amazônia e desde o fim da Guerra do Paraguai está de forma permanente no Pantanal.
Algo que aprendemos foi que o uso dos meios locais sempre funcionou, sempre, ao contrario de materiais levados de outras regiões.
Assim, repito, a aquisição deste navio para ser um NTrFlu é muito válida.
Marino conheço a história da MB na Amazônia, e suas nuances; sei que esta não é a primeira e nem será a última aquisição deste tipo.Marino escreveu:A primeira parte não foi para vc, e sim a segunda.FCarvalho escreveu:Cada um se vira como pode.![]()
abs.
Há mais de um século a MB está na Amazônia e desde o fim da Guerra do Paraguai está de forma permanente no Pantanal.
Algo que aprendemos foi que o uso dos meios locais sempre funcionou, sempre, ao contrario de materiais levados de outras regiões. Assim, repito, a aquisição deste navio para ser um NTrFlu é muito válida.
Texto extremamente lúcido. Fico muito contente que gente de dentro de nossas FA´s reconheça os problemas (alguns inclusive internos das FA´s) e perceba que devemos nos preparar para superá-los enquanto se constrói nossa indústria nacional de defesa, sob pena de vermos apenas mais tentativas fracassadas.Lord Nauta escreveu:Transcrevo o texto abaixo para nossa reflexão por tratar o atual momento de forma objetiva, realista e sem qualquer traço de ufanismo.
OBSTÁCULOS (para o desenvolvimento da indústria de defesa nacional):
“Após mais de um século de ciclos de atrasos crônicos em defesa e tardança em desenvolvimento, mais uma vez tentamos superar essas duas falhas. Outras tentativas houve, e não muito remotas. Convém lembra-las.
Em defesa, basta citar as três ultimas tentativas da Marinha:
1) Entre 1930 e 1950, a criação de um moderno estaleiro para navios de guerra, o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), que se edificou e logo construiu contratorpedeiros de projetos americanos e ingleses, tornando-se o sustentáculo de nossa Armada;
2) Entre 1974 e 1980, a construção de duas modernas fragatas de projeto inglês no AMRJ;
3) Entre 1891 e 1995, projeto de quatro corvetas classe Inhaúma na Diretoria de Engenharia Naval, com alto conteúdo nacional, construídas no AMRJ e na Verolne; construção de quatro submarinos de projeto alemão no AMRJ, primeiro projeto básico de uma submarino diesel-elétrico, reprojeto da corveta Inhaúma, gerando a corveta Barroso. Esta, primeiro navio de guerra não protótipo projetado no Brasil em toda a era republicana, só pode ser incorporada em 2008, a4 anos após se iniciar seu projeto.
As três tentativas acima ocorreram num período de 78 anos. A mais recente terminou há cinco anos, mas seu impulso já se esgotara bem antes. Todas as três, e particularmente a ultima, iniciaram-se com intenso otimismo, prenunciaram evolução constante em nossa defesa e foram bem sucedidas. Porem feneceram. Por quê? Feneceram porque não resistiram a obstáculos sempre presentes, ainda que latentes. Sem os identificar, analisar e reduzir, ficara desprotegida nossa tentativa atual. Faremos essa identificação e analise baseados nas referencias e nas considerações precedentes.
O primeiro obstáculo foi a insuficiente cultura militar nacional, que desvinculava defesa de desenvolvimento, considerava defesa como uma preocupação e atribuição exclusiva de militares e praticamente ignorava a importância de uma Base Logística de Defesa (BLD). Este obstáculo tem-se reduzindo, mais ainda permanece.
O segundo obstáculo foi a frequente instabilidade econômico financeira nacional, que cancelava ou interrompia empreendimentos longos e complexos, totalmente dependentes de continuidade. Não se pode dizer que não mais ocorrerá.
O terceiro obstáculo foi à baixa capacidade de demanda de nossas Forças Armadas, que inviabiliza economicamente obter no Brasil vários produtos. Este obstáculo era agravado pelo anterior, e, portanto permanece. É irrealista supor que o Estado poderá subsidiar suficientemente vários sistemas e produtos de defesa até que tenham demanda economicamente viável. Esta só ocorrerá gradualmente, acompanhando o crescimento econômico.
O quarto obstáculo foi a insuficiente preparação de todo o sistema civil e militar para a missão permanente de desenvolvimento e defesa. Preparação que consiste em dois componentes: conhecimento e experiência. Na Marinha, conhecimento e experiência aumentaram moderadamente na terceira tentativa mencionada parágrafos acima, mas reduziram-se desde então.
O nó górdio em toda a BLD e a insuficiente experiência. Só poderá ser rompido pari passu com o aparelhamento continua das Forças Armadas, vinculado estreitamente ao desenvolvimento nacional.
Na tentativa atual os quatro obstáculos permanecem. Porém outro obstáculo avulta: a correta escolha de prioridades e sequencias de ações tecnológico-industriais que evitem interrupções ou retrocessos diante dos solavancos econômicos e da instável politica mundial.
Este obstáculo cresceu com os propósitos de nossa Estratégia Nacional de Defesa (END), expressos no seu principio balisar. Nela definem-se os grandes rumo, mas não as rotas. Estas terão que ser traçadas por etapas, coerentes com a END, mas diante de cenários nacionais mutáveis. Deverão resultar de conhecimento, basear-se em realismo e buscar prudente e gradual redução de dependências. Diante de recursos escassos cuja continuidade é incerta, concentração em vultosos empreendimentos poderá comprometer o esforço global de desenvolvimento e defesa. ‘’
Vice-almirante (Ref°- EN) Elcio de Sá Freitas.
Diretor de Engenharia Naval de abril de 1985 até agosto de 1990.
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LeandroGCard escreveu:Texto extremamente lúcido. Fico muito contente que gente de dentro de nossas FA´s reconheça os problemas (alguns inclusive internos das FA´s) e perceba que devemos nos preparar para superá-los enquanto se constrói nossa indústria nacional de defesa, sob pena de vermos apenas mais tentativas fracassadas.Lord Nauta escreveu:Transcrevo o texto abaixo para nossa reflexão por tratar o atual momento de forma objetiva, realista e sem qualquer traço de ufanismo.
OBSTÁCULOS (para o desenvolvimento da indústria de defesa nacional):
“Após mais de um século de ciclos de atrasos crônicos em defesa e tardança em desenvolvimento, mais uma vez tentamos superar essas duas falhas. Outras tentativas houve, e não muito remotas. Convém lembra-las.
Em defesa, basta citar as três ultimas tentativas da Marinha:
1) Entre 1930 e 1950, a criação de um moderno estaleiro para navios de guerra, o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), que se edificou e logo construiu contratorpedeiros de projetos americanos e ingleses, tornando-se o sustentáculo de nossa Armada;
2) Entre 1974 e 1980, a construção de duas modernas fragatas de projeto inglês no AMRJ;
3) Entre 1891 e 1995, projeto de quatro corvetas classe Inhaúma na Diretoria de Engenharia Naval, com alto conteúdo nacional, construídas no AMRJ e na Verolne; construção de quatro submarinos de projeto alemão no AMRJ, primeiro projeto básico de uma submarino diesel-elétrico, reprojeto da corveta Inhaúma, gerando a corveta Barroso. Esta, primeiro navio de guerra não protótipo projetado no Brasil em toda a era republicana, só pode ser incorporada em 2008, a4 anos após se iniciar seu projeto.
As três tentativas acima ocorreram num período de 78 anos. A mais recente terminou há cinco anos, mas seu impulso já se esgotara bem antes. Todas as três, e particularmente a ultima, iniciaram-se com intenso otimismo, prenunciaram evolução constante em nossa defesa e foram bem sucedidas. Porem feneceram. Por quê? Feneceram porque não resistiram a obstáculos sempre presentes, ainda que latentes. Sem os identificar, analisar e reduzir, ficara desprotegida nossa tentativa atual. Faremos essa identificação e analise baseados nas referencias e nas considerações precedentes.
O primeiro obstáculo foi a insuficiente cultura militar nacional, que desvinculava defesa de desenvolvimento, considerava defesa como uma preocupação e atribuição exclusiva de militares e praticamente ignorava a importância de uma Base Logística de Defesa (BLD). Este obstáculo tem-se reduzindo, mais ainda permanece.
O segundo obstáculo foi a frequente instabilidade econômico financeira nacional, que cancelava ou interrompia empreendimentos longos e complexos, totalmente dependentes de continuidade. Não se pode dizer que não mais ocorrerá.
O terceiro obstáculo foi à baixa capacidade de demanda de nossas Forças Armadas, que inviabiliza economicamente obter no Brasil vários produtos. Este obstáculo era agravado pelo anterior, e, portanto permanece. É irrealista supor que o Estado poderá subsidiar suficientemente vários sistemas e produtos de defesa até que tenham demanda economicamente viável. Esta só ocorrerá gradualmente, acompanhando o crescimento econômico.
O quarto obstáculo foi a insuficiente preparação de todo o sistema civil e militar para a missão permanente de desenvolvimento e defesa. Preparação que consiste em dois componentes: conhecimento e experiência. Na Marinha, conhecimento e experiência aumentaram moderadamente na terceira tentativa mencionada parágrafos acima, mas reduziram-se desde então.
O nó górdio em toda a BLD e a insuficiente experiência. Só poderá ser rompido pari passu com o aparelhamento continua das Forças Armadas, vinculado estreitamente ao desenvolvimento nacional.
Na tentativa atual os quatro obstáculos permanecem. Porém outro obstáculo avulta: a correta escolha de prioridades e sequencias de ações tecnológico-industriais que evitem interrupções ou retrocessos diante dos solavancos econômicos e da instável politica mundial.
Este obstáculo cresceu com os propósitos de nossa Estratégia Nacional de Defesa (END), expressos no seu principio balisar. Nela definem-se os grandes rumo, mas não as rotas. Estas terão que ser traçadas por etapas, coerentes com a END, mas diante de cenários nacionais mutáveis. Deverão resultar de conhecimento, basear-se em realismo e buscar prudente e gradual redução de dependências. Diante de recursos escassos cuja continuidade é incerta, concentração em vultosos empreendimentos poderá comprometer o esforço global de desenvolvimento e defesa. ‘’
Vice-almirante (Ref°- EN) Elcio de Sá Freitas.
Diretor de Engenharia Naval de abril de 1985 até agosto de 1990.
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Leandro G. Card
FCarvalho escreveu:A F-124 é o navio que nos foi oferecido na proposta alemã para o Prosuper.
abs.