lynx escreveu:
Há sim no artigo alguns erros básicos. Dizer que helicóptero com cabeça de rotor semi-rígida tem pouca manobrabilidade é um deles. Na verdade, é ao contrário! Eles manobram mais do que os articulados. Para não entrar em dados técnicos, cito dois exemplos de helicópteros com cabeça semi-rígida: Lynx e Esquilo. Por acaso são restritos em manobrabilidade?
Essa escolha esta muito ligada também ao histórico da empresa: o rotor da familia EADS é um segredo industrial, tanta é assim que é utilizado por praticamente todos os modelos.
lynx escreveu:Também acho que o autor poderia ter omitido a parte sobre mitos. Primeiro porque é perda de tempo ficar alimentando bobagens. Se são mitos, então são bobagens. Mas, se vai querer rebatê-los, então confronte-os com fatos realmente e não dados não comprováveis pelos leitores ou de fontes não declaradas. Do jeito que está, ninguém vai mudar a opinião que já formou.
E quem disse que a intenção era acabar com mitos? Não seria criar novos?
lynx escreveu:Os helicópteros dotados de partida pneumática dos motores, como é o caso do MI-35, estou sabendo agora, têm um problema em relação aos de partida elétrica. Eles não partem na bateria. Esta não é suficiente para a partida dos compressores de partida. Só o APU ou uma fonte externa podem fazê-lo.
Na verdade todos utilizam a bateria, mas alguns a utilizam para a partida dos motores e outros para a partida do APU...
Falando serio, existe também o outro lado: aeronaves com partida a bateria ficam restritas as limitações da própria bateria, como por exemplo um numero limitados de partidas no mesmo dia e tempo para a ignição dos motores durante o ciclo de partida para evitar a tal "partida quente" (acima dos limites de temperatura).
Sem contar que qualquer equipamento ligado sem que os motores estejam girando está consumindo energia, e por fim o fato de que a bateria é o único backup de energia da aeronave.
Já aeronaves com APU utilizam (normalmente) ar comprimido para girar a turbina do APU e dar a partida, sendo que depois o próprio APU vai fornecer energia AC e pneumática para a partida do motor. Partindo do principio que em qualquer aeronave vamos precisar de bateria, algumas aeronaves militares (que eu sei o H-60 ) podem ter seu compartimento de ar comprimido abastecido pela velha e boa "manivela", bastando assim então possuir energia DC (da bateria) para partida do APU.
Com o APU em pane pode-se dar a partida através do sistema "buddy-buddy" com outra aeronave que vai fornecer energia AC e ar comprimido.
lynx escreveu:E se o APU não funcionar e a fonte externa for incompatível? O helicóptero está indisponível. Isso acontece todos os dias aqui na minha empresa. Principalmente porque as aeronaves ficam ao relento e, com a umidade noturna, é relativamente comum o sensor de umidade do APU bloquear a partida. É só plugar a fonte externa. Imagine na Amazônia!...
Lynx: sugiro troca de fornecedor de APU ou de aeronave...
Eu já vi pane de APU, mas nunca uma pane de sensor que impossibilitasse a partida nem da FAB e nem do EB na amazônia.
lynx escreveu:Todo helicóptero tem ferramentas que só servem para ele. Até de um mesmo fabricante. Na MB sofremos isso na troca do Lynx para o Super-Lynx. Quem for da força, pergunte sobre as chaves "four wing" que não compramos antes do recebimento dos Super-Lynx. Portanto, não vejo mito algum quanto às ferramentas, principalmente em se tratando de uma linha completamente nova de fornecimento. Mas alguém limitou esse problema a sistema métrico x imperial...
Não só tem como fazem parte de qualquer "pacote" de compra, inclusive com clausulas contratuais para manutenção da garantia. De todos os vendedores...
Alguém acha que o vendedor ia perder a oportunidade de empurrar o ferramental também?
lynx escreveu:Embora eu ache que a tal remoção de motor com apenas uma grua e uma chave esteja para lá de exagerada, vou dar crédito, pois não conheço...
A Atlas faz a manutenção dos seus MI-171 na Colômbia, por ser mais barato e a logística de envio e recebimento mais simples. Será que os colombianos fazem a manutenção dos motores do MI-35? Tomara, porque aqui no Brasil não há empresa capacitada.
Pelo menos colocou a grua, mas deve ser porque é no Brasil...
Sério: soltar todos os mancais de sustentação, todas as mangueiras de conexão, todas as ligações da gear box e demais acessórios acoplados ao motor com apenas uma chave?
lynx escreveu:O fato de não possuir blindagem para a cabine de carga, na minha opinião, indica que nem os russos transportam tropas ali em zonas quentes.
Existe uma certa ideia adotada tanto pelo H-60 quanto pelo AH-2 de que a infantaria é que é a blindagem dos sistemas, por isso não se coloca blindagem no solo de fabrica. Existe um "tapete" que pode ser utilizado, mas não e item comum.