Brasil e o General Atomics Predatorkirk escreveu:LeandroGCard escreveu:E enquanto isso no Brasil fechamos a Harpia.
Em alguns anos as necessidades de nossas forças armadas em termos de drones deverão estar sendo supridas com importações da Colômbia, do Chile ou até da Argentina. Definitivamente estamos caminhando celeremente para nos tornar um dos países mais atrasados do mundo .
Leandro G. Card
No final de 2015, uma comitiva de cinco militares do Comando de Aviação do Exército (CAvEx), visitou a sede da General Atomics Aeronautical Systems Inc em San Diego (Califórnia), onde foram recebidos pelo Sr. Linden Blue, e pelo Sr. Frank Pace, respectivamente CEO e presidente da empresa.
Durante a visita, os oficiais receberam detalhada apresentação sobre os Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP) da General Atomics e aproveitaram para visitar a linha de produção da família Predator® e Gray Eagle, empregados pelas Forças Armadas dos EUA e de outros países.
A linha de montagem dos SARP Predator da General Atomics Aeronautical Systems Inc em San Diego, Califórnia. (Imagem: General Atomics Aeronautical Systems Inc)
Além disso, foram transportados até uma base de testes da General Atomics em Castle Dome (Arizona), onde puderam acompanhar o voo e operação do Predator XP a partir de sua Estação de Controle de Solo. Também tiveram a oportunidade de verificar a infraestrutura de apoio necessária à operação nem tal nível de complexidade dos SARP, bem como observar a sua manutenção.
Predator no Brasil?
As aplicações típicas previstas para emprego dos SARP no Exército estão, entre outras, relacionadas a comando e controle, obtenção de informações, vigilância da faixa de fronteira, proteção de estruturas estratégicas e ações interagências.
De acordo com a doutrina do Exército, o CAvEx é o responsável pela capacitação dos operadores, pela condução das operações e pela gestão do apoio logístico de SARP enquadrados nas categorias 3 e superiores.
A operação de SARP mais complexos, com maiores alcance, autonomia e capacidade de carga, como é o caso dos Predator, é um encargo da Aviação do Exército. Em setembro de 2015, no Centro de Instrução de Aviação do Exército, a General Atomics proferiu uma palestra sobre o desenvolvimento e a aplicação de SARP, dirigida a operadores de diversas Organizações Militares e oficiais do CAvEx e do Comando de Operações Terrestres (COTer), além de engenheiros do Instituto de Estudos Avançados (IEAv) e do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) da Força Aérea Brasileira.
Instalações de treinamento e testes da General Atomics em Castle Dome (Arizona): tudo sobre a operação e mantenimento do SARP Predator reunido no mesmo local. (Imagem: General Atomics Aeronautical Systems Inc)
O Predator XP é a mais recente de uma extensa linha de SARP que leva o nome Predator, começando com o bem-sucedido Predator RQ-1, voado pela Força Aérea dos Estados Unidos pela primeira vez em 1995. Desde então, o Predator acumulou mais de 3,5 milhões de horas de voo oferecendo confiabilidade sem precedentes, pois a aeronave tem a maior taxa de prontidão operacional na Força Aérea dos Estados Unidos.
Os SARP da família Predator são também operados pelas Forças Armadas Americanas, Homeland Security, NASA e várias Forças internacionais. A General Atomics Aeronautical Systems, Inc. (GA-ASI), afiliada da General Atomics, é a fabricante líder de sistemas de aeronaves remotamente pilotadas, radares, e soluções relacionadas a sistemas de missão.
Roberto Caiafa
Nota do autor: No momento em que a Embraer Defesa & Segurança anuncia o fim da Harpia Sistemas e a Avibras assume todo o esforço industrial e tecnológico para colocar a SARP Falcão em serviço, ao menos como parte integrante das baterias Astros MK6 (Astros 2020), é digno de nota essa visita de militares brasileiros a mais conhecida fabricante norte-americana de SARP. O futuro dos programas de aeronaves remotamente tripuladas de desenvolvimento nacional pode estar em jogo no curto prazo.