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Túlio escreveu: ↑Sex Jul 07, 2023 8:17 am

Muito provavelmente esse míssil foi derrubado de alguma forma por um sistema EW, pois não há absolutamente nenhuma marca - ao menos visível - de interceptação por um míssil e a cabeça-de-guerra está intacta.

gabriel219 escreveu: ↑Sex Jul 07, 2023 9:24 am

Túlio escreveu: ↑Sex Jul 07, 2023 8:17 am

Muito provavelmente esse míssil foi derrubado de alguma forma por um sistema EW, pois não há absolutamente nenhuma marca - ao menos visível - de interceptação por um míssil e a cabeça-de-guerra está intacta.

Túlio escreveu: ↑Sex Jul 07, 2023 2:32 pm O Irã já está botando em produção uma cópia do Javelin, que foi capturado em quantidade na Ucrânia ano passado, os caras são ligeiros. O que eu não entendo é isso de guerra de trincheiras, na 1GM isso já era birutagem, imagina agora, com toda a tecnologia disponível; olha só a matança:

Mas Túlio, não vejo muitas opções para os Ucranianos, por exemplo.

Os Russos, eles possuem o luxo de ter uma capacidade de artilharia fora do comum, alguns citam que 20-30 tiros de obuses são dados pelos Russos a cada 1 tiro pelos Ucranianos, em média. Isso permite os Russos usarem menos trincheiras extensas, apesar de ainda utilizarem para manter alguns pontos de observação, no máximo a nível Pelotão.

A artilharia Russa é tão densa que permite ter uma capacidade de supressão da artilharia da AFU e também ter capacidade de destruição das tropas da AFU em avanço, o que permite os Russos ter uma defesa muito móvel, o que eles mesmos chamam de defesa ativa, que é basicamente utilizar tropas motorizadas e leves, com apoio de poucos blindados mais pesados, como carros de combate, usando bastante de táticas como Hit-and-run e Feigned Retreat. Vimos bastante isso nas duas ofensivas da AFU em Kherson, onde aquela região era ocupada basicamente por tropas mais leves e motorizadas, havendo trincheira Russa apenas no entorno da cidade de Kherson e Berislav.

Agora em Zaporizhzhia, vemos uma integração ainda maior entre a VKS e a ode ver locais como Piatykhatky, onde os Russos vivem atraindo a AFU pra lá só pra bombardear. Existe o caso de Robotyne, onde a artilharia Russa está sendo tão implacável que a própria linha de contato - defesa ativa - se quer precisou recuar do vilarejo, tamanha a efetividade da artilharia e da aviação. Em Vremensky, os Russos estabeleceram que Staromlynivka seria o ponto decisivo das linhas de contato, mas a AFU não consegue passar de Staromaiorsky após conquistar alguns vilarejos ali.

Já os Ucranianos não tem o luxo de ter uma artilharia densa e sua aviação tem que jogar foguetes a baixíssima altura, pois quando se aventuram a apoiar as tropas de forma cerrada, perdem seus meios, foram derrubados 4 Su-25 e alguns Mi-8 da AFU que arriscaram fazer isso de forma cerrada. Então, neste caso, resta pra Infantaria da AFU recorrer a trincheiras de forma mais massiva, se não são engolidos em campo aberto na hora de tentarem mobilidade.

Mas discordo totalmente que o uso de trincheiras, mesmo aquelas massivas, seja uma tática que morreu na Primeira Guerra, ainda é um meio defensivo extremamente eficiente, desde que você tenha artilharia e aviação o suficiente para apoiar, além de tropas mais leves para fazer escaramuças na frente das linhas de trincheira, especialmente se tais tropas estiverem dentro do alcance de apoio da artilharia e aviação, a kms de profundidade.

Os drones de menor tamanho vieram para ficar e serão cada vez mais importantes nas guerras. E os tanques terão que ter seu papel revisto nos exércitos. São duas lições que eu tiro desta guerra na Ucrânia.

Guilherme escreveu: ↑Sex Jul 07, 2023 3:19 pm Os drones de menor tamanho vieram para ficar e serão cada vez mais importantes nas guerras. E os tanques terão que ter seu papel revisto nos exércitos. São duas lições que eu tiro desta guerra na Ucrânia.

Duvido muito que os carros de combate terão papel revisto. Esses drones pequenos não é inovação da guerra da Ucrânia, mas sim da Síria e do norte do Iraque desde 2014-2015, inclusive as infames Cope Cage que os Russos usam nos seus carros de combate é pra justamente evitar que drones menores joguem bombas - especialmente morteiros ou granadas anticarro, como TK-3, muito utilizadas na Síria - no topo da torre e não por causa dos Javelins.

A única coisa que será alterada é aumento da proteção dinâmica, seja ERA ou ElRA e APS capazes de interceptar drones FPVs com cargas HEAT.

Não mudaram doutrina dos carros de combate quanto lançaram os mísseis anticarro em largo uso, especialmente em Yom Kippur e não vai ser drones pequenos, bem mais fáceis de interceptar por APS após adequados, que irão mudar isso.

"Não mudaram doutrina dos carros de combate quanto lançaram os mísseis anticarro em largo uso, especialmente em Yom Kippur"

Sim, mudaram. Inclusive nesse mesmo exemplo que você citou.

Guilherme escreveu: ↑Sex Jul 07, 2023 6:37 pm "Não mudaram doutrina dos carros de combate quanto lançaram os mísseis anticarro em largo uso, especialmente em Yom Kippur"

Sim, mudaram. Inclusive nesse mesmo exemplo que você citou.

Mas mudaram aonde? Não é uma provocação, é uma pergunta mesmo, pous talvez eu tenha falhado numa pesquisa e não achei mudança.

O modo de uso do carro de combate continua a mesma desde o fim da segunda guerra, que é a principal arma de poder de choque.

A única coisa que mudou com o tempo foi os meios secundários/de suporte aos carros de combate, com a implementação de IFVs, HIFVs, infantaria especializada em operações blindadas e por ai vai.

Poderia citar um exemplo de mudança do modo de uso dos carros de combate, especificamente eles?

Acho que talvez o que mais chegou perto de uma mudança foram os Israelenses com a introdução do Merkava, porém é mais uma criação de uma doutrina complementar, que é o uso de um MBT específico para o que a IDF pensava ser essencial para combate urbano, porém o modo de uso em áreas campais ainda permanece a mesma, com atualizações.

Tranquilo, este texto aqui explica melhor do que eu poderia explicar:

https://nationalinterest.org/blog/the-b ... lete-17393

Guilherme escreveu: ↑Sex Jul 07, 2023 8:26 pm Tranquilo, este texto aqui explica melhor do que eu poderia explicar:

https://nationalinterest.org/blog/the-b ... lete-17393

Li o texto umas três vezes e não vi uma linha sobre mudarem o uso de carros de combate, apenas complementar seu uso com infantaria especializada, viaturas de apoio e aviação, o que é exatamente o que falei logo acima. Carros de combate continuam sendo a espinha dorsal de uma operação ofensiva, todos os demais meios servem para apoiar justamente as operações dos carros de combate.

A única doutrina do mundo onde carros de combate não são a espinha dorsal e sim meios de apoio é a do Exército Russo, onde a espinha dorsal é a artilharia, mas isso desde a segunda guerra com Zhukov.

O próprio texto deixa ambíguo tal mudança nesta parte:

So how has the tank fared since 1973? In the 1991 and 2003 Iraq wars, American and coalition armor did well, though the opposition was nothing like what the Israelis faced in 1973. In numerous Third World conflicts, such as Angola and the Iran-Iraq war, armor played a useful but not decisive role. Canadian tanks performed well in Afghanistan, as did U.S. armor battling Shia militants in Sadr City in 2008.

Ou seja, dependendo de como usa, o carro de combate pode ser ou não efetivo. Na própria Ucrânia, a maior parte dos carros de combate destruídos são por fogo de artilharia, em análise pelos Austríacos poderia corresponder a mais de 60% dos blindados perdidos somente por artilharia e ai vem ATGM e drones.

OK jovem, I rest my case.

Minhas cervejas de trigo alemãs estão me esperando. Abençoado seja o dólar em queda.

PS: postei no tópico errado. Desconsiderar.