Programa de mísseis da MB
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- Marcelo Ponciano
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Re: Programa de mísseis da MB
Maravilhosa notícia esse MANSUP ER!!!! Significa que sempre esteve nos projetos, faltava só a grana para impulsionar o desenvolvimento.
Agora é lutar para que a SIATT se torne uma EMBRAER, não uma MECTRON (que depois de ser vendida foi fechada).
Agora é lutar para que a SIATT se torne uma EMBRAER, não uma MECTRON (que depois de ser vendida foi fechada).
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
- gabriel219
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Re: Programa de mísseis da MB
SIATT já é, em prática, Edge do Brasil, inclusive veio uma verba forte da Edge para contratar novos projetistas e gestores de projetos.
- pewdiepie
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Re: Programa de mísseis da MB
Quero ver a versão lançada por helicópteros e submarinos. Será que a SIATT tem cacique pra encapsular o MANSUP?
- gabriel219
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Re: Programa de mísseis da MB
A atual SIATT não - ao contrário dos que acham que o problema do MANSUP era falta de verba - mas a SIATT 2024 sim, ainda mais com as novas contratações, já que tem gente boa no mercado, com experiência, que tá ocioso no mercado ou mal colocado.
Vai até movimentar bem a Omnisys e a própria Avibrás, que fabrica o principal candidato, o TJ-1000.
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- Matheus
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Re: Programa de mísseis da MB
Dubai, Emirados Árabes Unidos –14 de novembro de 2023: EDGE, um dos principais grupos de tecnologia avançada e defesa do mundo, anunciou a venda de mísseis antinavio nacionais de superfície de alcance estendido (MANSUP-ER) e a venda dos mísseis da versão de alcance mais curto do sistema avançado, para a Marinha do Brasil em um negócio no valor de aproximadamente AED 0,6 bilhão (US$ 163 milhões).Aim For The Top escreveu: ↑Dom Nov 12, 2023 5:56 pm Cá está o novo MANSUP-ER, desenvolvido em parceiria com a EDGE.
https://edgegroup.ae/news/edge-group-la ... rshow-2023
Co-developed with the Brazilian Navy, and Brazilian Smart Weapons and High-Tech System specialist, SIATT, in which EDGE has a 50% shareholding, EDGE has launched the all-weather, extended range National Surface Anti-Ship Missile (MANSUP-ER), developed to meet the defence requirements of both the UAE and Brazilian navies, and for international export. The missile, which has adaptive sea-skimming capabilities, has a range of 200 kms, and is fitted with inertial guidance and active radar homing, will undergo testing by Brazil’s naval fleet, and will eventually also be adapted for integration onto selected air and land systems.
https://www.naval.com.br/blog/2023/11/1 ... do-brasil/
- Matheus
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Re: Programa de mísseis da MB
Míssil MANSUP – EDGE fecha acordo de AED 1.102 bilhões com o MoD dos Emirados Árabes Unidos
https://www.defesaaereanaval.com.br/div ... bes-unidos
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- FCarvalho
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Re: Programa de mísseis da MB
Nem saiu do papel ainda e já tem duas vendas firmes.
Muito bom para um novato no mercado.
Outros contratos devem aparecer até o final do ano, dado que o míssil nada mais é que um Exocet tunado.
Parabéns para a EDGE e SIATT.
A ver quanto tempo demora para as demais versões aparecerem.
Muito bom para um novato no mercado.
Outros contratos devem aparecer até o final do ano, dado que o míssil nada mais é que um Exocet tunado.
Parabéns para a EDGE e SIATT.
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Carpe Diem
- Marcelo Ponciano
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Re: Programa de mísseis da MB
Uma notícia boa atrás da outra.
Tendo dinheiro estrangeiro acho não deve demorar muito.
As coisas travam no Brasil quando tem dinheiro público.
Me preocupa agora a formação do capital social da SIATT. Essa empresa, qualquer que seja a denominação, não pode deixar de ser brasileira. É questão de segurança nacional.
Edit:
Acabei de verificar que até novembro de 2023 o capital é 100% nacional. Ela foi convertida em uma SA fechada, mas com sócios brasileiros.
Não sei os termos da negociação com os Árabes, mas até agora não não tem nada dessa venda de 50% da empresa. Talvez façam uma Joint Venture só para parceria com o míssil. Mas isso é suposição minha. Mas se for isso fico bem tranquilo...
Tendo dinheiro estrangeiro acho não deve demorar muito.
As coisas travam no Brasil quando tem dinheiro público.
Me preocupa agora a formação do capital social da SIATT. Essa empresa, qualquer que seja a denominação, não pode deixar de ser brasileira. É questão de segurança nacional.
Edit:
Acabei de verificar que até novembro de 2023 o capital é 100% nacional. Ela foi convertida em uma SA fechada, mas com sócios brasileiros.
Não sei os termos da negociação com os Árabes, mas até agora não não tem nada dessa venda de 50% da empresa. Talvez façam uma Joint Venture só para parceria com o míssil. Mas isso é suposição minha. Mas se for isso fico bem tranquilo...
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
- gabriel219
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Re: Programa de mísseis da MB
Se eu fosse a MB, largava mão logo da versão foguete, usaria apenas para teste da cabeca-de-guerra em vôo - apesar que isso dá pra ser reproduzido numa USRP ou num RTG - e pegava só a versão ER.
Agora precisamos ver como será e de quem será o sistema de guiagem, que estava com a Omnysis e a SIATT nunca trabalhara nele, tanto que nunca teria chego a entregar um, segundo alguns.
Quanto ao questionamento da empresa, a SIATT será uma Edge do Brasil, isso é fato e aliás está agindo como uma. Teve dinheiro que já foi aprovado, através da Edge, pra contratar um monte de gente pra laboratório de ensaio e desenvolvimento.
Não irão parar no MANSUP.
Agora precisamos ver como será e de quem será o sistema de guiagem, que estava com a Omnysis e a SIATT nunca trabalhara nele, tanto que nunca teria chego a entregar um, segundo alguns.
Quanto ao questionamento da empresa, a SIATT será uma Edge do Brasil, isso é fato e aliás está agindo como uma. Teve dinheiro que já foi aprovado, através da Edge, pra contratar um monte de gente pra laboratório de ensaio e desenvolvimento.
Não irão parar no MANSUP.
- FCarvalho
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Re: Programa de mísseis da MB
Na teoria diz-se que a Edge comprou 49% de participação na SIATT. Não sou conhecedor profundo do assunto, mas eles não compraram a empresa toda para ela não perder o status de EDD. Isso trás, digamos, alguns benefícios em relação a contratos com o governo e questões de incentivo fiscal. Mas nunca vi nada disso favorecer de fato a empresa.
Se tivessem comprado mais de 50% da empresa ela seria rebaixada a ED, como a AEL, que não conta com os "privilégios" das EDD. Mesmo assim sabemos do que a AEL é capaz hoje e o tamanho da participação dela nos programas de defesa das três forças.
O desenvolvimento das versões lançadas do ar e de submarinos, e de terra, estão confirmadas pela EDGE, com a empresa afirmando que o míssil será capaz de operar nesta última desde agora. Os containers são os mesmos do Exocet Block II utilizados nas Niterói.
O mais interessante é que eles afirmas que esta versão ER do Mansup possuirá capacidade de ataque terrestre. Só que 200 km para ataque terrestre para um navio de guerra é pouca coisa, tendo em vistas as defesas costeiras (aéreas, navais e terrestres) e o quadro geral do TO.
Para a MB, as FCT terem capacidade ainda que pequeno de ataque terrestre é basicamente um salto gigantesco na doutrina de utilização de navios de guerra em 200 anos de esquadra. Podemos admitir que se esta versão terá essa capacidade, as lançadas por submarino e do ar também devem compartilhar da mesma, ou não.
A ver.
Se tivessem comprado mais de 50% da empresa ela seria rebaixada a ED, como a AEL, que não conta com os "privilégios" das EDD. Mesmo assim sabemos do que a AEL é capaz hoje e o tamanho da participação dela nos programas de defesa das três forças.
O desenvolvimento das versões lançadas do ar e de submarinos, e de terra, estão confirmadas pela EDGE, com a empresa afirmando que o míssil será capaz de operar nesta última desde agora. Os containers são os mesmos do Exocet Block II utilizados nas Niterói.
O mais interessante é que eles afirmas que esta versão ER do Mansup possuirá capacidade de ataque terrestre. Só que 200 km para ataque terrestre para um navio de guerra é pouca coisa, tendo em vistas as defesas costeiras (aéreas, navais e terrestres) e o quadro geral do TO.
Para a MB, as FCT terem capacidade ainda que pequeno de ataque terrestre é basicamente um salto gigantesco na doutrina de utilização de navios de guerra em 200 anos de esquadra. Podemos admitir que se esta versão terá essa capacidade, as lançadas por submarino e do ar também devem compartilhar da mesma, ou não.
A ver.
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- Super Flanker
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Re: Programa de mísseis da MB
Carvalho, em outra matéria diz que é 50%.FCarvalho escreveu: ↑Qua Nov 15, 2023 6:47 pm Na teoria diz-se que a Edge comprou 49% de participação na SIATT. Não sou conhecedor profundo do assunto, mas eles não compraram a empresa toda para ela não perder o status de EDD. Isso trás, digamos, alguns benefícios em relação a contratos com o governo e questões de incentivo fiscal. Mas nunca vi nada disso favorecer de fato a empresa.
Se tivessem comprado mais de 50% da empresa ela seria rebaixada a ED, como a AEL, que não conta com os "privilégios" das EDD. Mesmo assim sabemos do que a AEL é capaz hoje e o tamanho da participação dela nos programas de defesa das três forças.
O desenvolvimento das versões lançadas do ar e de submarinos, e de terra, estão confirmadas pela EDGE, com a empresa afirmando que o míssil será capaz de operar nesta última desde agora. Os containers são os mesmos do Exocet Block II utilizados nas Niterói.
O mais interessante é que eles afirmas que esta versão ER do Mansup possuirá capacidade de ataque terrestre. Só que 200 km para ataque terrestre para um navio de guerra é pouca coisa, tendo em vistas as defesas costeiras (aéreas, navais e terrestres) e o quadro geral do TO.
Para a MB, as FCT terem capacidade ainda que pequeno de ataque terrestre é basicamente um salto gigantesco na doutrina de utilização de navios de guerra em 200 anos de esquadra. Podemos admitir que se esta versão terá essa capacidade, as lançadas por submarino e do ar também devem compartilhar da mesma, ou não.
A ver.
“Co-desenvolvidos com a Marinha do Brasil e o especialista brasileiro em armas inteligentes e sistemas de alta tecnologia, SIATT, no qual a EDGE tem participação de 50%, os sistemas EDGE MANSUP-ER foram desenvolvidos para atender aos requisitos de defesa da Marinha dos Emirados Árabes Unidos, programa Fragatas da Marinha do Brasil e para exportação internacional.”
"A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter, e quem é cruel com os animais, não pode ser um bom homem." Schopenhauer
- gabriel219
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Re: Programa de mísseis da MB
O fato da Edge ter comprado 50% da SIATT é pra ela continuar a ser EED, mas a Edge é quem JÁ está dando as cartas dentro da empresa.
E agradeçam por isso, pergunte ao pessoal da Marinha que participou da instrumentação em torno do MANSUP sobre.
E agradeçam por isso, pergunte ao pessoal da Marinha que participou da instrumentação em torno do MANSUP sobre.
- Marcelo Ponciano
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Re: Programa de mísseis da MB
Por isso acredito mais ma hipótese de ser uma Joint Venture.Super Flanker escreveu: ↑Qua Nov 15, 2023 8:06 pmCarvalho, em outra matéria diz que é 50%.FCarvalho escreveu: ↑Qua Nov 15, 2023 6:47 pm Na teoria diz-se que a Edge comprou 49% de participação na SIATT. Não sou conhecedor profundo do assunto, mas eles não compraram a empresa toda para ela não perder o status de EDD. Isso trás, digamos, alguns benefícios em relação a contratos com o governo e questões de incentivo fiscal. Mas nunca vi nada disso favorecer de fato a empresa.
Se tivessem comprado mais de 50% da empresa ela seria rebaixada a ED, como a AEL, que não conta com os "privilégios" das EDD. Mesmo assim sabemos do que a AEL é capaz hoje e o tamanho da participação dela nos programas de defesa das três forças.
O desenvolvimento das versões lançadas do ar e de submarinos, e de terra, estão confirmadas pela EDGE, com a empresa afirmando que o míssil será capaz de operar nesta última desde agora. Os containers são os mesmos do Exocet Block II utilizados nas Niterói.
O mais interessante é que eles afirmas que esta versão ER do Mansup possuirá capacidade de ataque terrestre. Só que 200 km para ataque terrestre para um navio de guerra é pouca coisa, tendo em vistas as defesas costeiras (aéreas, navais e terrestres) e o quadro geral do TO.
Para a MB, as FCT terem capacidade ainda que pequeno de ataque terrestre é basicamente um salto gigantesco na doutrina de utilização de navios de guerra em 200 anos de esquadra. Podemos admitir que se esta versão terá essa capacidade, as lançadas por submarino e do ar também devem compartilhar da mesma, ou não.
A ver.
“Co-desenvolvidos com a Marinha do Brasil e o especialista brasileiro em armas inteligentes e sistemas de alta tecnologia, SIATT, no qual a EDGE tem participação de 50%, os sistemas EDGE MANSUP-ER foram desenvolvidos para atender aos requisitos de defesa da Marinha dos Emirados Árabes Unidos, programa Fragatas da Marinha do Brasil e para exportação internacional.”
A mídia fala muita coisa, as vezes sem se atentar aos detalhes jurídicos da operação.
Mas fato é que a última alteração contratual da SIATT, datada da semana passada, ela ainda é 100% brasileira. E isso eu conferi no site da junta comercial de SP. É de acesso público, mas precisa se cadastrar.
A mídia tem dito desde setembro, até onde me recordo, que os Árabes compararam 50% da SIATT. O natural seria na alteração registrada em novembro já estivesse constando essa participação. Mas também é plausível a hipótese de a empresa estar se estruturando para ingresso dos Árabes. Assim como é plausível a hipótese deles formarem uma Joint Venture para desenvolver/comercializar o míssil.
Para mim, independentemente da forma de participação, a vinda dos Árabes é muito bem vinda. Além da montanha de dinheiro que eles podem injetar, o peso político dos Emirados Árabes Unidos é muito grande. Não estamos sozinhos no desenvolvimento de uma arma extremamente estratégica e que certamente gerará incômodos em nações que não desejam que o Brasil detenha essa autonomia toda. Ter outra nação com peso político considerável é mais um nível de defesa que não deve ser subestimado.
Para mim, a única coisa inegociável é a manutenção da capacidade nacional em produzir as armas. Nada mais e nada menos que isso.
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
- joabraga13
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