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Re: Alternativas para fim do FX2

Enviado: Qui Jun 27, 2013 9:06 am
por NovaTO
Sobre o RCS do Gripen:

Imagem

Acredito que é o único caça com dado documentado disponível na internet. :mrgreen:

Mas é bom lembrar que é em configuração LIMPA, e todos os demais caças de 4,5ª geração quando afirmam que tem o menor RCS também o fazem baseado em configuração LIMPA, para fins de marketing, evidentemente.

Em configuração "suja", com Pods, Cabides, Tanques externos, bombas e misseis, antenas, etc, é claro que esse valor se multiplica várias vezes.

[]'s

Re: Alternativas para fim do FX2

Enviado: Qui Jun 27, 2013 2:20 pm
por sapao
Luís Henrique escreveu: 1) É claro que as aeronaves de combate não trabalham sozinhas. É claro que um país que possua todo um sistema de defesa integrado, com radares no solo, aeronaves de alerta antecipado (AEWAC´s), outros tipos de sensores, antiaérea, etc + um caça de combate moderno estará em vantagem contra um inimigo que possua apenas os caças, mesmo que sejam caças pesados.
Mas uma coisa não exclui a outra.
Por quê de um lado você coloca o Su-35 SEM APOIO NENHUM e do outro lado um Gripen com um SUPER COMPLETO SISTEMA DE DEFESA AÉREA???
Para realizarmos comparações JUSTAS, coloque ambos os caças com APOIO e avalie também SEM APOIO.
Negativo Luis, pois tirando um equipamento fora do seu contexto AI SIM vamos estar cometendo uma injustiça, ou ficaremos no eterno jogo de super trunfo!
Vela bem, mais uma vez: eu NÃO estou dizendo que um é melhor que o outro, apenas que DEFINIR um como otimo e outro como ruim é uma visão simplista de algo complexo.
Porquê?

Bom, o JAS-39 foi feito para operar em um territorio pequeno, em uma rede de sensores espalhados e com capacidade de uma rapida e eficiente troca de informações (principalmente em VHF/UHF), haja vista que eles NÃO tem condições de expor alvos de alto valor para apoiar suas aeronaves dentro de seu espaço aéreo em caso de conflito com a Russia, que eu imagino seja sua principal hipotese de emprego, pois simplesmente não teriam como operá-los de bases distantes da pois simplesmente NÃO possuem territorio para isso.

Portanto, PARA O OBJETIVO sueco, o Gripen é de longe melhor que qualquer outro caça maior e pesado pois permite uma operação desdobrada muito mais facil.

Já a Russia tera que deslocar seus vetores por longas distancias até a operação, pois colocar bases proximas ao territorio inimigo significa deixa-las expostas a ataques aereos inimigos. Da mesma maneira, mesmo possuindo sensores e aeronaves de apoio estas NÃO podem se aproximar muito da area de operação inimiga pois são alvos primarios de qualquer força atacante; logo faz-se necessário aeronaves que possuam grande alcance, com grande capacidade de armamento (já que as saidas demorarão mais) e grande capacidade de Guerra Eletronica embarcada para que não dependam das aeronaves de apoio no ar ou meios de apoio no solo.

Veja: uma coisa é montar uma rede de radares bi-estaticos na suecia, outra e na russia; montar uma rede de data-link na suecia, outra na russia.
Até porque os russos podem lançar e operar seus proprios satelites, coisa que os suecos não são capazes. Então cada um luta com o que tem de melhor, ou que mais lhe serve.

Então o que devemos comparar NÃO é se um possui apoio e o outro não, ou se ambos possuem ou não, e sim qual o OBJETIVO daquele projeto dentro das capacidades de Defesa daquele país.
Falar de equipamento sem definir o escopo torna-se portanto algo inócuo.
Luís Henrique escreveu:Por isto que eu digo que a maior vantagem de um caça pequeno como o Gripen é o PREÇO.
Se vc pode comprar um SH por quase o mesmo preço ou um Su-35, o Gripen perde o sentido.
O sentido de um caça leve como o Gripen é você poder COMPRAR e operar mais unidades. E investir o restante do dinheiro na melhoria dos demais sistemas para compor um Sistema Completo de Defesa Aérea.
Novamente você está simplificando as coisas: vantagem em relação a qual Objetivo?
Se for somente o preço, devemos então levar em conta TODO o ciclo de vida util do projeto (o famosa "banheira"), e não somente o preço de venda que os anunciantes colocam.
Não posso simplesmente estimar que tal equipamento é mais barato simplesmente porque é menor.

Luís Henrique escreveu:Outra coisa, os caças pesados não oferecem apenas maior alcance de detecção pelo radar.
ALém do radar, o IRST também pode ser maior, mais pesado e mais capaz do que o IRST de um caça leve.
O sistema de contra-medidas também pode ser maior, mais pesado e mais capaz do que o de um caça leve.
E isto serve para praticamente TUDO.
Os armamentos podem ser maiores, mais pesados e mais capazes. Ou se for o mesmo armamento, o caça pesado poderá levar este armamento em MAIOR quantidade.
Da mesma forma o alcance/raio de ação.
Exatamente, bem como a Base Aérea para apoiar essa aeronave terá que ser maior, pois:
ele irá necessitar de uma pista maior, com um patio maior e com hangaretes maiores;
um paiol maior, com maquinario maior e mais pessoal de apoio;
de uma esquadrilha de eletronica maior, com bancadas maiores e com mais pessoal especializado;
equipamento de apoio de solo maior, com um ferramentla maior e com mais pessoal especializado para operar;
maior capacidade de combustivel, graxa, oleo e mais pessoal especializado para manuteni-lo.
E isto serve praticamente para TUDO!
Como eu disse, trata-se de um projeto: ao se aumentar o produto final, altera-se TODA a cadeia de suprimento. Isso é uma vantagem ou desvantagem?

Luís Henrique escreveu:Portanto, as vantagens de um caça pesado são MUITAS.
O problema é o preço. Um F-15 é BEM mais caro que um F-16.
Por isto que a família Su-27/30 e derivados fazem MUITO sucesso. Pois entregam todas as qualidades de um caça PESADO, e custam o mesmo que um caça ocidental leve.
Não podemos dizer que certas coisas são vantagens ou desvantagens sem sabermos em relação a quê estamos comparando, ou como já disse, o OBJETIVO!!
Não é a toa que as aeronaves na FAB são chamadas de Projetos; muito menos o PMBOOK foi escolhido a toa para direcionar as ações de Logistica da FAB.
Temos que levar em conta primeiro o que necessitamos, segundo o quanto podemos nos comprometer para atingir esse objetivo; somente ai podemos então dar juizo de valor as coisas e definir parametros como Vantagem ou Desvantagem ou Desejavel e Mandatorio.

E sinceramente: AONDE a familia SU-27/30 faz muito sucesso?
Será que ele é vendido por causa do preço mais baixo em relação aos ocidentais ou pelas relações politicas?
E custam o mesmo inicialmente ou no ciclo do projeto?
Luís Henrique escreveu:Outro ponto que queria expressar é que em todos os comparativos você diz que depende de variáveis x, y e z.
Oras, ninguém aqui possui todas as variáveis. Se não pudermos avaliar as variáveis que são DIVULGADAS e não pudermos compará-las, qual a graça de participar de um fórum de debates???
Se formos levar ao pé da letra não da para saber se um JF-17 chinês é pior ou melhor que o F-22.... Afinal nos faltam INÚMERAS informações e variáveis para realizar qualquer análise.
Os fornecedores divulgam muitas informações de seus caças. Podemos compará-los com tudo aquilo que é divulgado.
Não será um comparativo perfeito, mas será válido....Po, se tudo que eu escrever, vc retrucar que depende do vento, da pressão atmosférica e de mais N variáveis, então não da para debater nada.
Repito, se for assim, podemos dizer que o JF-17 argentino será melhor que o F-22 americano. :?
Cuidado com as falacias Luis:
-porque não posso provar o que falo, então posso falar tudo?
-em contra partida devemos acreditar que aquilo que é divulgado é verdade, exceto quando o JF-17 é melhor que o F-22?

Veja bem, não estou querendo lhe convencer de nada.
E procuro sempre dizer o que é fato, na medida do possivel:

-Sim, TODOS OS COMPARATIVOS dependem de variaveis que não sabemos. Cabe a nós, caso queiramos realmente debater e não convencer, tentar extrair o maximo de informações possiveis com aquilo que podemos provar ou sabemos que e fato, como por exemplo o alcance de uma RADAR. Ou você acha que o SU-35 pega um alvo a 240km, passou para 241 ele não pega mais? Tem como chegar a algo viavel? Claro, coloquei aqui mesmo uma versão simplificada da equação RADAR, basta pegarmos as caracteristicas divulgadas pelo fabricante e calcularmos, ou jogarmos em programas gratis (como o AREPS) para visualizarmos em 2d.

-Não possuo dados, mas só de olhar para um SU-35, um JAS-39 e um F-18 eu SEI que eles não possuem, nem de longe, qualquer caracteristica presente no F-117/B-2/F-22/UC-47 como angluos retos, proteção na entrada de ar e exaustores nas saidas de ar. Na minha LÓGICA, QUALQUER atenuação de RCS feita nessas aeronaves é realizada por sensores ATIVOS e não pelo projeto, que NÃO vislumbrava uma aeronave furtiva quando na concepção diferente do T-50 e do J-20. São 2 opçoes: ou descobriram uma tinta milagrosa para passar nas aeronaves que faz cair por terra a necessidade de um design especifico para uma aeronave ser stealth ou elas NÃO o são necessitando de equipamentos para diminuir a sua detecção. Eu fico com a segunda opção.

- E sim, podemos debater sim incluindo ai TODAS as variaveis necessárias, só concordo que dá muito mais trabalho que pegar simples dados no internet ou folders de fabricantes. Eu mesmo revirei algumas apostilas aqui para ter certeza do que falo, ou dos fatos que citei; isso é claro se a intenção é realmente trocar experiencias e opiniões (como acho que foi o caso até agora).

abraço

Re: Alternativas para fim do FX2

Enviado: Qui Jun 27, 2013 2:33 pm
por sapao
gabriel219 escreveu: Em relação a distância, foram feitas a mesma distância com as demais aeronaves.
O Rafale foi feito ainda mais de perto.
Não sei como foi feita em que condições climáticas e etc, isso não é relatado, mas com todos foram feitos sobre as mesmas condições - pelo menos é isso o afirmado - e os resultados variam entre iguais ou melhores que o F/A-22.
A medida tomada para tentar diminuir a emissão de IR do F/A-22A não foi bem sucedida, ainda mais em suas turbinas, onde aparenta ser idêntico a emissão das outras turbinas das demais aeronaves que não possuem essa medida.
Um abraço.

Gabriel,
não emitir IR é impossivel, mas o que vemos pode ser devido a uma serie de fatores:
-o regime utilizado, sendo a redução efetiva em certas faixas de operação;
-a distancia da filmagem, já que a atmosfera é o maior atenuante na faixa de IR e por conseguinte essa proteção so seja valida até determinada distancia;
-que a faixa de operação protegida pelo sistema NÃO seja a mesma utilizada pelo FLIR, sendo assim não quer dizer que ele não proteja e sim que ele não é efetivo na faixa em questão,
-que o sistema seja falho mesmo, mas acho que seria então para todas as aeronaves pois já vi a filmagem de um B-2 e é bem parecido, e;
-como sempre, alguma outra coisa que não tenha nada a ver com tudo o que eu disse aqui! :D

Re: Alternativas para fim do FX2

Enviado: Qui Jun 27, 2013 3:44 pm
por sapao
NovaTO escreveu:Sobre o RCS do Gripen:

Imagem

Acredito que é o único caça com dado documentado disponível na internet. :mrgreen:

Mas é bom lembrar que é em configuração LIMPA, e todos os demais caças de 4,5ª geração quando afirmam que tem o menor RCS também o fazem baseado em configuração LIMPA, para fins de marketing, evidentemente.

Em configuração "suja", com Pods, Cabides, Tanques externos, bombas e misseis, antenas, etc, é claro que esse valor se multiplica várias vezes.

[]'s
Novato,
vou ter que discordar pois lendo (com o tradutor, claro) o trabalho informado pode-se perceber que na verdade o que houve foi uma modelagem para simular um NCW.
Varios alvos foram colocados como amigos e inimigos, e como seria necessário colocar a caracteristicas dos alvos (raio de ação, armamento, RCS, etc...) me parece que ele estipularam valores genericos para tais alvos, tanto amigos como inimigos.
Portanto acho que eles utlizaram algo já divulgado, de conhecimento publico ou estipularam um valor da cabeça deles (como fizzeram com os demais equipamentos), mas que nem de longe significa a verdade até porque eles mesmos consideram a possibilidade da aeronave ser armada na simulação.
Lembrar que a finalidade do estudo era provar em quais ambientes um NCW é necessário ou não, e não a emitância do JAS-39 que é com certeza material classificado.



quem quiser tirar as duvidas e colaborar:
http://www.foi.se/en/Search/Abstract/?r ... --0338--SE

Re: Alternativas para fim do FX2

Enviado: Qui Jun 27, 2013 3:50 pm
por sapao
gabriel219 escreveu:
Olinda escreveu:Considero o Su-35 melhor para o Brasil, pois diferente dos caças OTAN foi desenvolvido para atuar de forma mais autonoma (ver sua autonomia e potência do radar), os caças da Europeus tem um territorio bem menor para defender, e contam com os vizinhos da OTAN, e a ajuda dos reabastecedores e AWACs dos EUA (por isso todos precisão quase sempre de tanques externos). Os EUA possuem uma quantidade que o Brasil "nunca" vai ter.

Por isso pela quantidade a ser adquirida e pelas dimensões do territorio nacional o melhor (na minha opinião) é o SU-35.

Dúvida: O SU-35 não pode operar em rede (link de dados) com outras aeronaves?
Não sei se pode - creio que sim -, mas mesmo de não tem essa capacidade, nada pode impedir que possa ser feito a modificação para ter a capacidade.
Vide F-5EBR/FBR e os AMX A-1M, que, após modificações durante a modernização, terão/tem essa capacidade.
Um abraço.
Que eu saiba sim, que deve ser algo similar ao do MI-35.

E pode ser impedida sim a instalação, pois o fabricante pode impedir de instalar QUALQUER equipamento que ele queira sobre pena de interromper a Garantia ou assistencia tecnica para a aeronave.

Re: Alternativas para fim do FX2

Enviado: Qui Jun 27, 2013 5:32 pm
por Petry
Caramba, adoro as postagens do sapão, aprendo um monte!!!

Re: Alternativas para fim do FX2

Enviado: Qui Jun 27, 2013 6:27 pm
por Penguin
gabriel219 escreveu:Mas ninguém está comparando FLIR com IRST, estamos falando de emissão de IR.
Então, sendo assim, excluímos o Rafale, tudo bem, mas e as outras aeronaves?
Um abraço.
Esquece a observação.
O que é que tem as outras aeronaves que foram "filmadas" pela FLIR Systems?

[]s

Re: Alternativas para fim do FX2

Enviado: Qui Jun 27, 2013 10:21 pm
por lobo_guara
Em primeiro lugar quero dizer que sou um otimista e ainda acredito que possa haver uma decisão este ano a respeito do FX2.
Mas caso isso não seja possível e tenha-se que partir para uma alternativa, entendo que possa haver oferta de Mirrage 2000-5 Mk2 da frança ou F16 MLU dos EUA, ambas boas opções neste caso.

Re: Alternativas para fim do FX2

Enviado: Sex Jun 28, 2013 9:07 am
por gabriel219
sapao escreveu:
gabriel219 escreveu: Em relação a distância, foram feitas a mesma distância com as demais aeronaves.
O Rafale foi feito ainda mais de perto.
Não sei como foi feita em que condições climáticas e etc, isso não é relatado, mas com todos foram feitos sobre as mesmas condições - pelo menos é isso o afirmado - e os resultados variam entre iguais ou melhores que o F/A-22.
A medida tomada para tentar diminuir a emissão de IR do F/A-22A não foi bem sucedida, ainda mais em suas turbinas, onde aparenta ser idêntico a emissão das outras turbinas das demais aeronaves que não possuem essa medida.
Um abraço.

Gabriel,
não emitir IR é impossivel, mas o que vemos pode ser devido a uma serie de fatores:
-o regime utilizado, sendo a redução efetiva em certas faixas de operação;
-a distancia da filmagem, já que a atmosfera é o maior atenuante na faixa de IR e por conseguinte essa proteção so seja valida até determinada distancia;
-que a faixa de operação protegida pelo sistema NÃO seja a mesma utilizada pelo FLIR, sendo assim não quer dizer que ele não proteja e sim que ele não é efetivo na faixa em questão,
-que o sistema seja falho mesmo, mas acho que seria então para todas as aeronaves pois já vi a filmagem de um B-2 e é bem parecido, e;
-como sempre, alguma outra coisa que não tenha nada a ver com tudo o que eu disse aqui! :D
Amigo Sapão (posso te chamar assim?), você ainda não entendeu onde quero chegar.
Não falei que há possibilidade de não emitir IR, apenas falei que algumas afirmações feitas que o F/A-22A "teria a menor emissão IR", isso não baseado no IRST, mas no FLIR, o que detecta justamente emissão de IR.
Sim, em todas as aeronaves, mas nção sei como seria em um F/A-35A/B/C, J-20, J-31 ou no Su-50. Quis citar o F/A-22A e sobre sua suposta supressão de emissão IR, sendo que, em câmera FLIR, ele teve resultados de aeronaves que não possuem esse tratamento, como MiG-29, Su-30MKI, EF-2000 e etc. Se houver, são mais tímidos do que no F/A-22A e mesmo assim obtém o mesmo resultado.
Não questiono o desempenho da aeronave, mas sua suposta baixa emissão de IR.
Em negrito:
Significa então que largamos todos os sistemas IRST e partimos para o FLIR, então teremos mais sucesso de acha-los?
Um abraço.

Re: Alternativas para fim do FX2

Enviado: Sex Jun 28, 2013 9:15 am
por gabriel219
Penguin escreveu:
gabriel219 escreveu:Mas ninguém está comparando FLIR com IRST, estamos falando de emissão de IR.
Então, sendo assim, excluímos o Rafale, tudo bem, mas e as outras aeronaves?
Um abraço.
Esquece a observação.
O que é que tem as outras aeronaves que foram "filmadas" pela FLIR Systems?

[]s
O que eu estou querendo falar é sobre: por que o F/A-22A teve, praticamente, os mesmos resultados de emissão IR por uma câmera FLIR com outras aeronaves de categoria inferior?
Meu comentário não é uma afirmação e sim uma pergunta.
Um abraço.

Re: Alternativas para fim do FX2

Enviado: Sex Jun 28, 2013 9:22 am
por gabriel219
sapao escreveu:
gabriel219 escreveu: Não sei se pode - creio que sim -, mas mesmo de não tem essa capacidade, nada pode impedir que possa ser feito a modificação para ter a capacidade.
Vide F-5EBR/FBR e os AMX A-1M, que, após modificações durante a modernização, terão/tem essa capacidade.
Um abraço.
Que eu saiba sim, que deve ser algo similar ao do MI-35.

E pode ser impedida sim a instalação, pois o fabricante pode impedir de instalar QUALQUER equipamento que ele queira sobre pena de interromper a Garantia ou assistencia tecnica para a aeronave.
As empresas Russas sabem que se não quererem ceder algumas exigências para o Brasil comprar delas, o Brasil não compra mais. Algumas como integração de armamentos nacionais (isso é o básico do básico para termos uma certa independência), transferência de tecnologia (o máximo possível, que possa ser negociado), mudança de aviônicos, para que falem uma língua que entendemos (isso aconteceu no Mi-35M4/AH-2) e entre outros.
A nossa grande proximidade com a Rússia também é um fator importante (talvez o mais) para que possamos fazer algumas exigências ou até recebermos uma oferta que atenda as nossas necessidades, como a oferta da fabricação do YAK-130 (como está?) e a fabricação e total transferência de tecnologia do Su-35S, se transformando em Su-35M.
Um abraço.

Re: Alternativas para fim do FX2

Enviado: Sáb Jun 29, 2013 10:53 am
por sapao
gabriel219 escreveu: Amigo Sapão (posso te chamar assim?), você ainda não entendeu onde quero chegar.
Não falei que há possibilidade de não emitir IR, apenas falei que algumas afirmações feitas que o F/A-22A "teria a menor emissão IR", isso não baseado no IRST, mas no FLIR, o que detecta justamente emissão de IR.
Sim, em todas as aeronaves, mas nção sei como seria em um F/A-35A/B/C, J-20, J-31 ou no Su-50. Quis citar o F/A-22A e sobre sua suposta supressão de emissão IR, sendo que, em câmera FLIR, ele teve resultados de aeronaves que não possuem esse tratamento, como MiG-29, Su-30MKI, EF-2000 e etc. Se houver, são mais tímidos do que no F/A-22A e mesmo assim obtém o mesmo resultado.
Não questiono o desempenho da aeronave, mas sua suposta baixa emissão de IR.
Em negrito:
Significa então que largamos todos os sistemas IRST e partimos para o FLIR, então teremos mais sucesso de acha-los?
Um abraço.
Claro Gabriel, sem problema! :)

O que eu quis dizer e que não sabendo em que faixa o FLIR estava "olhando", fica dificil saber se a redução da emissão foi efetiva ou não.
Deixa eu explicar:

A faixa de IR, quando medida pelo comprimento de onda que é o mais usual, vai aproximadamente de 0.7 mícron ( que equivale a 1 milésimo de milímetro) até 1000 mícrons entre a faixa do visivel e de microondas.
Essa faixa é dividida (na FAB) entre IR próximo ( cerca de 0.7 até 3 mícrons), intermediario (3 a 8 mícrons), distante (8 a 15 mícrons) e muito distante ( 15 a 1000 mícrons).

Bom, de maneira teorica podemos determinar a exata Emissividade ( a capacidade de determinado objeto de absorver e emitir energia otica) de qualquer material, e dessa maneira programar nossos sistemas para perseguir o alvo que desejamos através das Leis da Potencia Total, de Planck, de Deslocamento de Wien, de Kirchoff e de STEFAN - BOLTZMANN combinadas.
O problema é que as emissões nessa faixa sofrem de um forte atenuação, principalmente devido a Distancia, a absroção atmosferica e a dispersão.

Quanto a Distancia do objeto não se pode fazer muito além de aumentar a sensibilidade dos equipamentos, já que a radiação diminui ao quadrado da distancia.
Quanto a dispersão também não se pode fazer muito, já que ela vai depender de varios fatores que são alheios ao nosso equipamento, como por exemplo o proprio material utilizado na aeronave, da posição que estamos observando, da atmosfera, etc... .

Já quanto a atenuação atmosferica, podemos sim observar como as ondas no IR se comprotam de maneira geral na atmosfera terrestre (http://cartografia.eng.br/artigos/senso01.php) e percebermos que as melhores faixas de utlização se encontram entre 3 e 5 mícrons (maior transmissão) e entre 8 e 10 mícrons (maior largura de comprimento de onda com transmitancia relativamente igual).
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/c ... edning.gif (desculpe, mas não consigo colocar figura aqui nem pagando! :D )

Por isso desde os primordios a faixa de 3-5 mícrons, devido a absorção atmosferica, é utilizada para detecção de altas temperaturas (como tubeiras de aeronaves) e tem melho operação em ambientes quentes e umidos com sensores utilizando normalmente Sulfeto de Chumbo (PbS).
E NESSA faixa que operam os sensores dos missies IR.

Ja na faixa de 8-12 mícrons são utlizados equipamentos de busca e detecção ( como o FLIR, que na verdade é um sistema de imageamento termal já que FLIR é uma marca) que operam melhor em ambiente frio, com ou sem neve, normalmente com a utilização do Antimoneto de Índio.

Em resumo, para uma proteção efetiva uma tubeira de aeronave DEVE diminuir a sua emissão na faixa de 3-5, mas não necessariamente na faixa de 8-12. Portanto eu posso esta vendo no equipamento de Busca uma lamparina acesa que não significa, necessariamente, que ele está suscetivel a ameaça de um misil IR que opera na mesma faixa.
E como ver uma pessao andando a noite com um NVG: para mim ele está completamente visivel, mas para a faixa do olho humano ele passa despercebido.

Então, respondendo a sua pergunta, eu acredito que não. Na minha opinião um IRST nada mais é do que um Seeker maior a mais potente pois não está restrito as condições necessários para um equipamento que deve caber na cabeça de um missil; mas que para alimentar o armamento com a posição de uma aeronave deve operar na mesma faixa que aquele, ou pelo menos proxima a ela.
Caso contrario eu estarei detectando o inimigo mais não serei capaz de direcionar meu missil para atingi-lo pois não terei saberei (exceto pelo tone missil) se ele está emitindo energia suficiente ou não para a aquisição do alvo, pois o que eu percebo no meu IRST NÃO significa que meu missil seja capaz de perceber tambem.

abraço

Re: Alternativas para fim do FX2

Enviado: Sáb Jun 29, 2013 10:57 am
por sapao
gabriel219 escreveu: As empresas Russas sabem que se não quererem ceder algumas exigências para o Brasil comprar delas, o Brasil não compra mais. Algumas como integração de armamentos nacionais (isso é o básico do básico para termos uma certa independência), transferência de tecnologia (o máximo possível, que possa ser negociado), mudança de aviônicos, para que falem uma língua que entendemos (isso aconteceu no Mi-35M4/AH-2) e entre outros.
A nossa grande proximidade com a Rússia também é um fator importante (talvez o mais) para que possamos fazer algumas exigências ou até recebermos uma oferta que atenda as nossas necessidades, como a oferta da fabricação do YAK-130 (como está?) e a fabricação e total transferência de tecnologia do Su-35S, se transformando em Su-35M.
Um abraço.
Tomara Gabriel, pois para a operação de um sistema de data-link eficiente teremos que ser capazes de programar os sistemas nós mesmos.

Re: Alternativas para fim do FX2

Enviado: Sáb Jun 29, 2013 2:03 pm
por gabriel219
sapao escreveu:
gabriel219 escreveu: Amigo Sapão (posso te chamar assim?), você ainda não entendeu onde quero chegar.
Não falei que há possibilidade de não emitir IR, apenas falei que algumas afirmações feitas que o F/A-22A "teria a menor emissão IR", isso não baseado no IRST, mas no FLIR, o que detecta justamente emissão de IR.
Sim, em todas as aeronaves, mas nção sei como seria em um F/A-35A/B/C, J-20, J-31 ou no Su-50. Quis citar o F/A-22A e sobre sua suposta supressão de emissão IR, sendo que, em câmera FLIR, ele teve resultados de aeronaves que não possuem esse tratamento, como MiG-29, Su-30MKI, EF-2000 e etc. Se houver, são mais tímidos do que no F/A-22A e mesmo assim obtém o mesmo resultado.
Não questiono o desempenho da aeronave, mas sua suposta baixa emissão de IR.
Em negrito:
Significa então que largamos todos os sistemas IRST e partimos para o FLIR, então teremos mais sucesso de acha-los?
Um abraço.
Claro Gabriel, sem problema! :)

O que eu quis dizer e que não sabendo em que faixa o FLIR estava "olhando", fica dificil saber se a redução da emissão foi efetiva ou não.
Deixa eu explicar:

A faixa de IR, quando medida pelo comprimento de onda que é o mais usual, vai aproximadamente de 0.7 mícron ( que equivale a 1 milésimo de milímetro) até 1000 mícrons entre a faixa do visivel e de microondas.
Essa faixa é dividida (na FAB) entre IR próximo ( cerca de 0.7 até 3 mícrons), intermediario (3 a 8 mícrons), distante (8 a 15 mícrons) e muito distante ( 15 a 1000 mícrons).

Bom, de maneira teorica podemos determinar a exata Emissividade ( a capacidade de determinado objeto de absorver e emitir energia otica) de qualquer material, e dessa maneira programar nossos sistemas para perseguir o alvo que desejamos através das Leis da Potencia Total, de Planck, de Deslocamento de Wien, de Kirchoff e de STEFAN - BOLTZMANN combinadas.
O problema é que as emissões nessa faixa sofrem de um forte atenuação, principalmente devido a Distancia, a absroção atmosferica e a dispersão.

Quanto a Distancia do objeto não se pode fazer muito além de aumentar a sensibilidade dos equipamentos, já que a radiação diminui ao quadrado da distancia.
Quanto a dispersão também não se pode fazer muito, já que ela vai depender de varios fatores que são alheios ao nosso equipamento, como por exemplo o proprio material utilizado na aeronave, da posição que estamos observando, da atmosfera, etc... .

Já quanto a atenuação atmosferica, podemos sim observar como as ondas no IR se comprotam de maneira geral na atmosfera terrestre (http://cartografia.eng.br/artigos/senso01.php) e percebermos que as melhores faixas de utlização se encontram entre 3 e 5 mícrons (maior transmissão) e entre 8 e 10 mícrons (maior largura de comprimento de onda com transmitancia relativamente igual).
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/c ... edning.gif (desculpe, mas não consigo colocar figura aqui nem pagando! :D )

Por isso desde os primordios a faixa de 3-5 mícrons, devido a absorção atmosferica, é utilizada para detecção de altas temperaturas (como tubeiras de aeronaves) e tem melho operação em ambientes quentes e umidos com sensores utilizando normalmente Sulfeto de Chumbo (PbS).
E NESSA faixa que operam os sensores dos missies IR.

Ja na faixa de 8-12 mícrons são utlizados equipamentos de busca e detecção ( como o FLIR, que na verdade é um sistema de imageamento termal já que FLIR é uma marca) que operam melhor em ambiente frio, com ou sem neve, normalmente com a utilização do Antimoneto de Índio.

Em resumo, para uma proteção efetiva uma tubeira de aeronave DEVE diminuir a sua emissão na faixa de 3-5, mas não necessariamente na faixa de 8-12. Portanto eu posso esta vendo no equipamento de Busca uma lamparina acesa que não significa, necessariamente, que ele está suscetivel a ameaça de um misil IR que opera na mesma faixa.
E como ver uma pessao andando a noite com um NVG: para mim ele está completamente visivel, mas para a faixa do olho humano ele passa despercebido.

Então, respondendo a sua pergunta, eu acredito que não. Na minha opinião um IRST nada mais é do que um Seeker maior a mais potente pois não está restrito as condições necessários para um equipamento que deve caber na cabeça de um missil; mas que para alimentar o armamento com a posição de uma aeronave deve operar na mesma faixa que aquele, ou pelo menos proxima a ela.
Caso contrario eu estarei detectando o inimigo mais não serei capaz de direcionar meu missil para atingi-lo pois não terei saberei (exceto pelo tone missil) se ele está emitindo energia suficiente ou não para a aquisição do alvo, pois o que eu percebo no meu IRST NÃO significa que meu missil seja capaz de perceber tambem.

abraço
Finalmente alguém entendeu meu comentário como um questionamento.
Obrigado Amigo Sapão.
Agora entendi tudo.
Espectros diferentes....
Um forte abraço.

Re: Alternativas para fim do FX2

Enviado: Sáb Jun 29, 2013 2:09 pm
por gabriel219
sapao escreveu:
gabriel219 escreveu: As empresas Russas sabem que se não quererem ceder algumas exigências para o Brasil comprar delas, o Brasil não compra mais. Algumas como integração de armamentos nacionais (isso é o básico do básico para termos uma certa independência), transferência de tecnologia (o máximo possível, que possa ser negociado), mudança de aviônicos, para que falem uma língua que entendemos (isso aconteceu no Mi-35M4/AH-2) e entre outros.
A nossa grande proximidade com a Rússia também é um fator importante (talvez o mais) para que possamos fazer algumas exigências ou até recebermos uma oferta que atenda as nossas necessidades, como a oferta da fabricação do YAK-130 (como está?) e a fabricação e total transferência de tecnologia do Su-35S, se transformando em Su-35M.
Um abraço.
Tomara Gabriel, pois para a operação de um sistema de data-link eficiente teremos que ser capazes de programar os sistemas nós mesmos.
Com a transferência de tecnologia, podemos, talvez, fazer isso até aqui.
Se nós conseguirmos a linha de produção do YAK-130 e do Su-35S, além da transferência de tecnologia, a Embraer dará um salto quântico, e no futuro, podemos fazer nosso próprio caça de 5ª geração (prefiro adquirir o Su-50 Firefox e participar do desenvolvimento do Su-50K Seafox, como li que a Rússia pretende te-lo, só que o nome eu inventei :mrgreen: , isso se a Marinha - provavelmente será - quiser ter 2 NAes) ou quiça um de 6ª geração ou o tão sonhado (de um certo amigo por aqui... 8-] ) o substituto do AMX A-1M, stealth, SEM PC, Bi-turbina e etc.
Um abraço.