Nuclear X AIP
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Um monte de franceses juntos, alta densidade demográfica, ambiente claustrofóbico, dias sem ver mulher.
"Estou com sono, vamos rachar uma caminha?"
"Só se for horizontal" ...
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"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
- VICTOR
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Hahahaha, agora entendi...
Na verdade, o "hot-bunking" se refere ao compartilhamento não-simultâneo dos leitos, por isso o nome (quando o marinheiro vai dormir, encontra a cama ainda quente pelo que acabou de sair). Para a maioria dos tripulantes de submarinos, isso não precisa ocorrer, cada um tem seu próprio leito.
Na verdade, o "hot-bunking" se refere ao compartilhamento não-simultâneo dos leitos, por isso o nome (quando o marinheiro vai dormir, encontra a cama ainda quente pelo que acabou de sair). Para a maioria dos tripulantes de submarinos, isso não precisa ocorrer, cada um tem seu próprio leito.
According to an unofficial translation by defense-aerospace.com, DCN has received a contract for the total operational support of the 6 Rubis Amethyste Class nuclear-powered attack submarines operated by the French Navy and home-ported in Toulon, France. The deal is worth EUR 406 million (about $485 million) over four years, with a firm initial tranche worth EUR 80 million ($95 million). It extends the global contract approach adopted by the customer, the Service du Soutien de la Flotte (SSF, or Fleet Support Department) and consolidates all activities contributing to the operational support of French SSNs.
Se tomarmos essa informação como parâmetro, então temos um custo de manutenção anual de US$ 20 mi para cada submarino nuclear. Supondo que no Brasil tivéssemos custos semelhantes, será que a MB poderia arcar com tal dispêndio para manter uma pequena forta de subs nucleares?
Alguém sabe quanto custam hoje os gastos de manutenção dos Tupi ?
- Vinicius Pimenta
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Que sejam 30 milhões. Isso é nada (deveria ser) para um Marinha de um país com o tamanho da costa que temos.
Vamos colocar aí arbitrariamente $ 100 mi por ano por 4 submarinos nucleares. Eu acho que vale a pena.
Lembrando que estamos falando de 2020. As coisas não podem estar da forma que estão hoje. Do contrário, o último que sair, apaga a luz.
Vamos colocar aí arbitrariamente $ 100 mi por ano por 4 submarinos nucleares. Eu acho que vale a pena.
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Vinicius Pimenta
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É bem aí que eu queria chegar, Vinícius. Sempre tive a impressão de que os custos de manutenção de um sub nuclear eram proibitivos. Mas se custarem cerca de U$ 20 mi anuais, ou R$ 50 mi, parece ser algo que pode se encaixar na MB. Lembrando que já se comentou aqui no Fórum que o São Paulo custaria uns R$ 200 mi por ano. Não sei se é tanto, mas dá um parâmetro para vermos que a adoção de subs nucleares pela MB não trará um buraco sem fundo de recursos, como alguns colegas supunham.
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A-29 escreveu:É bem aí que eu queria chegar, Vinícius. Sempre tive a impressão de que os custos de manutenção de um sub nuclear eram proibitivos. Mas se custarem cerca de U$ 20 mi anuais, ou R$ 50 mi, parece ser algo que pode se encaixar na MB. Lembrando que já se comentou aqui no Fórum que o São Paulo custaria uns R$ 200 mi por ano. Não sei se é tanto, mas dá um parâmetro para vermos que a adoção de subs nucleares pela MB não trará um buraco sem fundo de recursos, como alguns colegas supunham.
Amigos , como já postei em outro tópico, os custos de manutençãode um sub nuclear NACIONAL, serão alto mas nãoatingiráos valores citados pelos senhores.
Por um motivo trivial.
O Submarino Nuclear BRASILEIRO, está sendo desenvolvido(planta propulsora) inteiramente no Brasil, os custos de desenvolvimento, estão portanto, em reais(apesar de serem cotados, apenas isso, em US$) e vão ficar assim por toda a vida operativa destes meios.
Lembrem-se que a maior parte das peças da instalação INAP é inclusive, patenteada por Pessoas Jurídicas Brasileiras, bem como teremos os direitos de produção cotados de fato em R$.
E, claro, o combustível Urãnio enriquecido tb.
A maior parte dos custos será portanto, inteiramente dependente do mercado interno.
Walter
Editado pela última vez por WalterGaudério em Dom Fev 12, 2006 9:04 pm, em um total de 1 vez.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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- Vinicius Pimenta
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Walter escreveu: É CHATO, mas devemos admitir, que uma chance de vitória acachapante sobre a USNavy atualmente talvez, nem a Rússia seria capaz de oferecer. Mas não falo de derrotar a USNavy, mas de oferecer uma possibilidade de danos tão grandes, que até mesmo essa força, mesmo que tendo um vitória quase garantida ficaria desestimulada a niciar o ataque, ou mesmo a prosseguir com ele, caso as hostilidade ja tenham sido deflagradas.
E é essa toda a definição de dissuasão. Pt e Rui Maltez levantaram uma série de argumentos de grande argúcia e validade. Se o Brasil fosse iniciar seu projeto de submarino nuclear, amanhã, e dependessem de um voto meu. Eu pensaria 1 vez e meia antes de votar "sim". Mas agora, depois de tanto investimento, não há a menor possibilidade de se dar às costas a todo esse esforço. E se o submarino nuclear brasileiro ainda não saiu da barra do porto, creio que se deve a todos os desastres econômicos dos últimos 30 anos.
Sobre desempenho, sendo o pai de todos os leigos no assunto, ainda assim não estou convencido de que submarinos AIP possam se equiparar aos nucleares. Eles são, sim, a superação dos submarinos convencionais. Embora não saiba sobre os custos comparados entre os dois, mas acho que nenhuma marinha européia irá, doravante, construir submarinos convencionais. E eu lembro de que existia um projeto de submarino AIP baseado num pequeno reator nuclear (um submarino híbrido) mas que não foi à frente. Pelo menos, ainda não.
E é devido a isso que meus olhos de leigo não conseguem enxergar essa dicotomia “ou eu ou você”. Como bem disse Walter, os mais otimistas dos chefes da Marinha brasileira estimam uma flotilha de quatro submarinos nucleares. Mas, deixemos em três. Ora, o Brasil – pressupondo-se que nossa economia não caia em frangalhos outra vez – não poderia basear sua arma submarina em apenas três unidades, ainda que nucleares. Portanto, os substitutos dos atuais “Tupi” e do “Tikuna” (se não me engano, um “Tupi” aperfeiçoado) deverão ser submarinos AIP. Então, digamos que a arma submarina brasileira possa, em algum momento do futuro, ter:
3 submarinos nucleares e 6 submarinos AIP (puxa! Eu adoro montar exércitos e frotas de brinquedo! Me sinto Napoleão Bonaparte!:shock:).
Seria isso alguma aberração para um Brasil economicamente estabilizado? E, talvez, com forças armadas reorganizadas para evitarem eventuais desperdícios e má utilização de verbas? Eu acho que não. Outras coisas, como porta-aviões me parecem mais aberrantes. Mas isso é outra história.
Se a Alemanha e o Japão não pensam em adquirir submarinos nucleares se devem a evidentes restrições históricas, estratégicas e de opinião pública interna. Tenho dúvidas se tais restrições não existissem, os almirantes alemães não insistiriam junto ao parlamento de seu país para que a Bundesmarine adquirisse alguns submarinos nucleares.
Quanto a questão do Brasil pretender conquistar o mundo e obrigar todo o restante dos terráqueos a gostarem de samba e de bunda de mulata, acho que não se trata do caso. Penso que a maioria dos brasileiros já se dará por satisfeita se nunca permitirmos que outros terráqueos venham pra cá nos obrigar a gostar de “rock” e de peitões de alemãs.
Epa! Agora me dei conta! Nós já estamos gostando de “rock” e de peitões de alemãs!!!
- VICTOR
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Rio, 14 de janeiro de 2006 Versão impressa
Brasil domina tecnologia nuclear
Ramona Ordoñez
RIO e BRASÍLIA
OGLOBO
O Brasil entrará para um seleto clube que agora terá nove países detendo a tecnologia e a produção em escala industrial do urânio enriquecido, combustível para as usinas nucleares Angra 1 e Angra 2. No próximo dia 20 está prevista a inauguração da fábrica de enriquecimento de urânio, construída em Resende pela Indústrias Nucleares do Brasil (INB) — estatal responsável pela produção do combustível — e com tecnologia da Marinha. O presidente da INB, Roberto Garcia Esteves, destacou que o país agora é, na prática, auto-suficiente no domínio da tecnologia do setor nuclear.
Na produção do combustível nuclear, a fase do enriquecimento é a mais estratégica — e praticamente a única que não acontecia no país. Agora, apenas a etapa de transformar o concentrado de urânio, o yellow cake (pasta amarela), em gás é feita no exterior, por não ser economicamente viável ter uma usina no país.
No complexo industrial da INB em Resende estão também as unidades das outras etapas de fabricação do combustível nuclear. Apesar de anunciada, a assessoria do Palácio do Planalto informou que a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na inauguração da fábrica de enriquecimento de urânio é apenas uma previsão e não foi confirmada por questões de agenda. No dia 20, do Rio Lula segue para o Acre, onde tem eventos no sábado. Fontes do setor informaram, no entanto, que devido às pressões que o Irã tem sofrido dos EUA e da União Européia (UE) contra o desenvolvimento do enriquecimento de urânio naquele país, o governo poderia tomar a decisão política de adiar a inauguração.
Nova fábrica é alvo de críticas
Além do Brasil, dominam a tecnologia do enriquecimento de urânio Alemanha, Holanda, Inglaterra, França, EUA, China, Japão e Rússia. Essa tecnologia não se transfere porque pode ser usada para a fabricação de armas atômicas. O urânio é encontrado na natureza com um nível de enriquecimento de 0,7%. Para ser usado nas usinas, precisa ter um grau de enriquecimento de 5%, enquanto o percentual para artefatos bélicos tem de chegar a 90%.
— O enriquecimento é uma tecnologia sofisticada e muito restrita, porque pode ser diversificada para armamentos — explicou Esteves.
A nova fábrica tem provocado muitas críticas. O deputado Carlos Minc (PT-RJ) acha a construção um erro. Segundo ele, não faz sentido o Brasil persistir no erro depois de tantos prejuízos com seu programa nuclear:
— É uma energia mais cara do que outras que temos no Brasil, como a solar, a eólica e a biomassa. Além disso existem sérios problemas de segurança e de destino do lixo atômico. Muitos países estão abandonando seus programas.
— Não sou contra energia nuclear, discordo de como o programa foi feito. Mas já que o país tem um programa de geração de energia elétrica com usinas nucleares, é importante dominar o enriquecimento — disse o coordenador do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa.
Já os dirigentes da ONG Greenpeace são radicalmente contra o país ter uma usina de enriquecimento.
Na unidade de Resende, a Marinha vai instalar as cascatas (conjuntos de máquinas) de ultracentrífugas de forma gradual. O projeto da INB prevê a instalação de 16 cascatas até 2010, para chegar à produção de 114 mil unidades de trabalho separativo (UTS, medida utilizada para o urânio). Esse volume será suficiente para atender a 60% das necessidades de Angra 1 e 2. O presidente da INB explicou que para atingir essa etapa serão necessários investimentos de US$ 400 milhões. Desse total, já foram gastos cerca de US$ 100 milhões.
O Brasil gasta US$ 25 milhões por ano para enriquecer lá fora o urânio. Segundo Esteves, atingir a produção de 114 mil UTS significará uma economia anual de US$ 16 milhões.
— Para atender totalmente às necessidades das duas usinas, seria preciso uma produção de 200 mil UTS por ano, o que custaria mais US$ 150 milhões — disse Esteves.
As centrífugas são construídas pela Marinha e vão para Resende encapsuladas e lacradas. Os operadores da fábrica de enriquecimento não podem abrir as cápsulas. Em caso de uma das centrífugas apresentar problemas, elas são isoladas e devolvidas à Marinha. Todo esse cuidado é para evitar o roubo da tecnologia.
COLABOROU Luiza Damé
Brasil domina tecnologia nuclear
Ramona Ordoñez
RIO e BRASÍLIA
OGLOBO
O Brasil entrará para um seleto clube que agora terá nove países detendo a tecnologia e a produção em escala industrial do urânio enriquecido, combustível para as usinas nucleares Angra 1 e Angra 2. No próximo dia 20 está prevista a inauguração da fábrica de enriquecimento de urânio, construída em Resende pela Indústrias Nucleares do Brasil (INB) — estatal responsável pela produção do combustível — e com tecnologia da Marinha. O presidente da INB, Roberto Garcia Esteves, destacou que o país agora é, na prática, auto-suficiente no domínio da tecnologia do setor nuclear.
Na produção do combustível nuclear, a fase do enriquecimento é a mais estratégica — e praticamente a única que não acontecia no país. Agora, apenas a etapa de transformar o concentrado de urânio, o yellow cake (pasta amarela), em gás é feita no exterior, por não ser economicamente viável ter uma usina no país.
No complexo industrial da INB em Resende estão também as unidades das outras etapas de fabricação do combustível nuclear. Apesar de anunciada, a assessoria do Palácio do Planalto informou que a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na inauguração da fábrica de enriquecimento de urânio é apenas uma previsão e não foi confirmada por questões de agenda. No dia 20, do Rio Lula segue para o Acre, onde tem eventos no sábado. Fontes do setor informaram, no entanto, que devido às pressões que o Irã tem sofrido dos EUA e da União Européia (UE) contra o desenvolvimento do enriquecimento de urânio naquele país, o governo poderia tomar a decisão política de adiar a inauguração.
Nova fábrica é alvo de críticas
Além do Brasil, dominam a tecnologia do enriquecimento de urânio Alemanha, Holanda, Inglaterra, França, EUA, China, Japão e Rússia. Essa tecnologia não se transfere porque pode ser usada para a fabricação de armas atômicas. O urânio é encontrado na natureza com um nível de enriquecimento de 0,7%. Para ser usado nas usinas, precisa ter um grau de enriquecimento de 5%, enquanto o percentual para artefatos bélicos tem de chegar a 90%.
— O enriquecimento é uma tecnologia sofisticada e muito restrita, porque pode ser diversificada para armamentos — explicou Esteves.
A nova fábrica tem provocado muitas críticas. O deputado Carlos Minc (PT-RJ) acha a construção um erro. Segundo ele, não faz sentido o Brasil persistir no erro depois de tantos prejuízos com seu programa nuclear:
— É uma energia mais cara do que outras que temos no Brasil, como a solar, a eólica e a biomassa. Além disso existem sérios problemas de segurança e de destino do lixo atômico. Muitos países estão abandonando seus programas.
— Não sou contra energia nuclear, discordo de como o programa foi feito. Mas já que o país tem um programa de geração de energia elétrica com usinas nucleares, é importante dominar o enriquecimento — disse o coordenador do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa.
Já os dirigentes da ONG Greenpeace são radicalmente contra o país ter uma usina de enriquecimento.
Na unidade de Resende, a Marinha vai instalar as cascatas (conjuntos de máquinas) de ultracentrífugas de forma gradual. O projeto da INB prevê a instalação de 16 cascatas até 2010, para chegar à produção de 114 mil unidades de trabalho separativo (UTS, medida utilizada para o urânio). Esse volume será suficiente para atender a 60% das necessidades de Angra 1 e 2. O presidente da INB explicou que para atingir essa etapa serão necessários investimentos de US$ 400 milhões. Desse total, já foram gastos cerca de US$ 100 milhões.
O Brasil gasta US$ 25 milhões por ano para enriquecer lá fora o urânio. Segundo Esteves, atingir a produção de 114 mil UTS significará uma economia anual de US$ 16 milhões.
— Para atender totalmente às necessidades das duas usinas, seria preciso uma produção de 200 mil UTS por ano, o que custaria mais US$ 150 milhões — disse Esteves.
As centrífugas são construídas pela Marinha e vão para Resende encapsuladas e lacradas. Os operadores da fábrica de enriquecimento não podem abrir as cápsulas. Em caso de uma das centrífugas apresentar problemas, elas são isoladas e devolvidas à Marinha. Todo esse cuidado é para evitar o roubo da tecnologia.
COLABOROU Luiza Damé
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Rio, 14 de janeiro de 2006 Versão impressa
Militares sonhavam com a usina em 70
Deter a tecnologia de enriquecimento de urânio era um sonho acalentado pelo Brasil há mais de 30 anos. Por ser um conhecimento que pode levar à fabricação da bomba atômica, os países que o detêm não o transferem para outros. Atualmente os Estados Unidos estão pressionando o Irã para não desenvolver seu processo de enriquecimento de urânio, com receio de que seja para fins bélicos.
Em 1975, quando foi assinado o acordo nuclear Brasil-Alemanha pelo então presidente Ernesto Geisel, a intenção era construir oito usinas nucleares e desenvolver tecnologia no país para a fabricação do combustível. Como não se consegue comprar tecnologia de enriquecimento de urânio, para se garantir a autonomia energética do Brasil na área nuclear, fez parte do acordo com a Alemanha o desenvolvimento de uma nova tecnologia, pelo processo de jato centrífugo.
Depois de gastos cerca de US$ 350 milhões no desenvolvimento dessa tecnologia, ficou provado que ela não era economicamente viável, pois consumia muita energia. Nos anos 80, o programa nuclear praticamente parou por falta de recursos — até agora só se construíram duas usinas. A Marinha decidiu desenvolver a tecnologia do enriquecimento, dizendo que ele se destinava ao projeto do submarino nuclear. O processo usado foi o de ultracentrifugação, a tecnologia mais usada no mundo.
Em 2000, a Marinha assinou um acordo com a Indústrias Nucleares do Brasil (INB) para construção de uma usina para escala industrial de enriquecimento.
Militares sonhavam com a usina em 70
Deter a tecnologia de enriquecimento de urânio era um sonho acalentado pelo Brasil há mais de 30 anos. Por ser um conhecimento que pode levar à fabricação da bomba atômica, os países que o detêm não o transferem para outros. Atualmente os Estados Unidos estão pressionando o Irã para não desenvolver seu processo de enriquecimento de urânio, com receio de que seja para fins bélicos.
Em 1975, quando foi assinado o acordo nuclear Brasil-Alemanha pelo então presidente Ernesto Geisel, a intenção era construir oito usinas nucleares e desenvolver tecnologia no país para a fabricação do combustível. Como não se consegue comprar tecnologia de enriquecimento de urânio, para se garantir a autonomia energética do Brasil na área nuclear, fez parte do acordo com a Alemanha o desenvolvimento de uma nova tecnologia, pelo processo de jato centrífugo.
Depois de gastos cerca de US$ 350 milhões no desenvolvimento dessa tecnologia, ficou provado que ela não era economicamente viável, pois consumia muita energia. Nos anos 80, o programa nuclear praticamente parou por falta de recursos — até agora só se construíram duas usinas. A Marinha decidiu desenvolver a tecnologia do enriquecimento, dizendo que ele se destinava ao projeto do submarino nuclear. O processo usado foi o de ultracentrifugação, a tecnologia mais usada no mundo.
Em 2000, a Marinha assinou um acordo com a Indústrias Nucleares do Brasil (INB) para construção de uma usina para escala industrial de enriquecimento.
J.Ricardo escreveu:Parar hoje o programa do SNB seria jogar no falo 30 anos de pesquisas e investimentos, seria um desastre, mesmo que a passos de tartaruga ainda é mais vantagem continuar o programa e colher os frutos que já foram e continuam a ser gerados. Talvés daqui a alguns anos tenhamos uma pequena frota de SNB e até mesmo sendo exportados para países amigos como Irã, Coréia do Norte e Venezuela. (essa última parte é brincadeira )
J.Ricardo,
sem contar que se hoje o Brasil é CAPAZ de enriquecer seu próprio Urânio para abastecer as Usinas de Angra 1 e 2, deve-se a Marinha do Brasil, pois foi graças a todos esses anos( tecnologia nuclear não se vende), que nós aprendemos, dominamos e agora poderemos economizar em torno, inicialmente, de 16 milhões de dolares ao ano.
Quanto ao projeto do submarino com propulsão nuclear ( em outro fórum foi sugerido que usassemos esta terminologia), creio que devemos continuar sim, por que outras tecnologias podem e devem ser adquiridas com este empenho.
Eu penso que se olharmos por outro ponto de vista, veremos que foi como se o governo brasileiro estivesse se desenvolvendo para adiquirir tecnologias e não para contruir um sub ou seu reator, apesar de que evidentemente, este já está até pronto segundo informações.
Então acho que não é o caso de:" Devemos prosseguir a construção do sub ou não?"
Acho que devemos e precisamos continuar a nos desenvolver na area nuclear.
Não entrarei no mérito de ser necessário ter Usinas Nucleares ou não, mesmo por que, as 2 que temos geram energia para o Sudeste e qdo elas param, dá um trabalho danado reorganizar a planta de energia para suprir sua falta.
Bem, é isso que eu penso a respeito.
Um grande abraço a todos.
Padilha
"Um defensor da MB acima e debaixo d'água."