Inhaúma

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Inhaúma

#1 Mensagem por Bolovo » Ter Dez 27, 2005 7:56 pm

Achei esse desenho em uma revista de 1985, as Inhaúma eram pra ser assim?

A proa pelo menos parece que não afunda aqui hehehe 8-]


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#2 Mensagem por J.Ricardo » Qua Dez 28, 2005 8:38 am

Pelo que eu sei, as Inhaúma nasceram para ser NPOs e não corvetas, esse talves fosse concepção original, me parece muito melhor assim do que do jeito que esta hoje, pelo menos teriamos o dobro de navios, mais baratos e fazendo a mesmo coisa.




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#3 Mensagem por Bolovo » Qua Dez 28, 2005 8:43 pm

J.Ricardo escreveu:Pelo que eu sei, as Inhaúma nasceram para ser NPOs e não corvetas, esse talves fosse concepção original, me parece muito melhor assim do que do jeito que esta hoje, pelo menos teriamos o dobro de navios, mais baratos e fazendo a mesmo coisa.

Perfeito. :wink:




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#4 Mensagem por REGATEANO » Qui Dez 29, 2005 2:04 pm

J.Ricardo escreveu:Pelo que eu sei, as Inhaúma nasceram para ser NPOs e não corvetas, esse talves fosse concepção original, me parece muito melhor assim do que do jeito que esta hoje, pelo menos teriamos o dobro de navios, mais baratos e fazendo a mesmo coisa.


Fazendo a mesma coisa? Bebeu foi?




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#5 Mensagem por J.Ricardo » Sex Dez 30, 2005 8:52 am

Hoje, o que elas fazem de diferente de um NPO?




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#6 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Dez 30, 2005 9:38 am

As Inhaúma actualmente fazem outras tarefes sem ser de fiscalização costeira, como o faria um NPO?




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#7 Mensagem por J.Ricardo » Sex Dez 30, 2005 10:59 am

Olha, pelo que sei elas não fazem operações ASW, não fazem operações AAW, fazem somente patrulha de superfície, isso NPO fazem sem gastar tanto dinheiro. Se formos realistas, manter um estrutura com 08 NPO é melhor que manter 04 corvetas.




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#8 Mensagem por alex » Sex Dez 30, 2005 11:22 am

J. Ricardo
As Inhaumas tem sonares, lancadores de torpedos e, principalmente os Lynx para guerra ASW e como voce falou quase nenhuma AAW (Bofors -40mm)
O que se discute são as condições deste navio para executar a ASW.
Em condições de mar não muito bravio já vemos a proa do navio já afundando imagine o balanço da popa para decolar e aterrisar um Lynx.
E durante a decada de 90 toda revista técnica (S&D e T&D) perguntaram se a MB faria a Instalação de Misseis AA esempre foi respondido que seria ex tremamente complexo (nunca foi explicado mais que isso).
Portanto temos um navio que precisa de ouitro para escolta-lo em um ambiente de confronto com aviões e helis inimigos. :shock:




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#9 Mensagem por A-29 » Sex Dez 30, 2005 12:56 pm

Vou ter que confessar uma coisa: passei os últimos anos acreditando piamente que o nome era Ihaúna, assim mesmo, com "N". Só agora, depois de anos de ignorância e graças a esse tópico eu descubro que a grafia correta é com "M" :oops: [002]




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#10 Mensagem por REGATEANO » Sex Dez 30, 2005 1:49 pm

J.Ricardo escreveu:Olha, pelo que sei elas não fazem operações ASW, não fazem operações AAW, fazem somente patrulha de superfície, isso NPO fazem sem gastar tanto dinheiro. Se formos realistas, manter um estrutura com 08 NPO é melhor que manter 04 corvetas.


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É melhor ler mais antes de criticar.




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#11 Mensagem por Einsamkeit » Sex Dez 30, 2005 1:55 pm

Francisco Daniel escreveu:
J.Ricardo escreveu:Olha, pelo que sei elas não fazem operações ASW, não fazem operações AAW, fazem somente patrulha de superfície, isso NPO fazem sem gastar tanto dinheiro. Se formos realistas, manter um estrutura com 08 NPO é melhor que manter 04 corvetas.


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É melhor ler mais antes de criticar.


Entao por favor esclareça nossas mentes com seu aprendizado superior

:D :D :D




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#12 Mensagem por J.Ricardo » Sex Dez 30, 2005 3:14 pm

Acalmem os ânimos parceiros, quero dizer que para fazer patrulha como as Inhúma fazem, NPO fazem e mais barato, quanto será que custa um navio do porte da Inhaúma fazendo parulha na Bacia de Campos? Agora, quanto custa um NPO fazendo a mesma coisa? Quero dizer isso, hoje, hoje, nós estaríamos melhor com 08 NPO (ou mais) do que com 04 corvetas! (imaginando que um NPO custa-se menos que uma corveta para construir e operar).




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#13 Mensagem por REGATEANO » Sex Dez 30, 2005 7:52 pm

1) Histórico

Em 78/80 a Marinha possuía os seguintes navios de combate:

6 Fragatas Niterói
2 CTs Gearing Fram I
4 CTs Allen M. Summer Fram II
1 CT Allen M. Summer Fram I
6 CTs Fletcher


Características dos CTs Allen Summer Fram II

Deslocamento: 2.341 ton (padrão), 3.225 ton (carregado).
Dimensões: 114.6 m de comprimento, 12.2 m de boca e 5.5 m de calado maximo (hélices).
Propulsão: 4 caldeiras Babcock & Wilcox de 615 lbs/cm2 a 850º F; 2 turbinas a vapor G.E., gerando 60.000 shp, acoplados a dois eixos e dois hélices.
Combustível: 139.335 galões de Óleo Combustível e 7785 galões de diesel (JP-5).
Eletricidade: dois turbo-geradores Westinghouse 450VAC / 500kW – 120VDC / 50kW; dois motores Diesel-geradores General Motors modelo 3-268A /General Eletric de 450VAC / 100kW.
Velocidade: máxima de 33 nós, velocidade máxima mantida de 32 nós e de cruzeiro de 12.5 nós.
Raio de ação: 4.245 milhas náuticas a 12.5 nós.
Armamento: 6 canhões de 5 pol. (127 mm/38 cal) em três torres Mk-12 mod.1 duplas; 2 lançadores de bomba granada A/S (LBG) Mk 10 mod.1 e 2 lançadores triplos Mk 32 mod.5 de torpedos A/S de 324mm (Mk-44 ou Mk-46).
Sensores: 1 radar de vigilância aérea tipo AN/SPS-40; 1 radar de vigilância de superfície AN/SPS-10B; IFF Mk-10; agulha giroscópica Sperry Mk-11 mod.6, LORAN AN/UPN-12B, odômetro de fundo, 1 ecobatimetro AN/UQN-11D, 1 radar de direção de tiro Mk-25 mod.3, acoplado ao sistema de direção de tiro Mk-37 mod.109 integrado ao sistema de designação de alvos Mk-5; MAGE AN/WLR 1C e WLR 3A e um sonar de casco AN/SQS-45V integrado ao sistema de direção de tiro A/S Mk-105 mod.32.
Aeronaves: 1 helicóptero Westland UH-2 Wasp.
Tripulação: 287 homens, sendo 17 oficiais e 270 praças.

[img]
http://www.naviosdeguerrabrasileiros.hp ... 21-f12.jpg
[/img]

Características do CT Allen Summer Fram I

Deslocamento: 2.200 ton (padrão), 3.320 ton (carregado).
Dimensões: 114.8 m de comprimento, 12.5 m de boca e 5.8 m de calado.
Propulsão: 4 caldeiras Babcock & Wilcox de 43.3 kg/cm2 a 454º C; 2 turbinas a vapor G.E., gerando 60.000 shp, acoplados a dois eixos e dois hélices.
Eletricidade: ?
Velocidade: máxima de 34 nós.
Raio de ação: 5.800 milhas náuticas.
Armamento: 6 canhões de 5 pol. (127 mm) em três torres Mk-38 duplas; 2 lançadores de bomba granada A/S (LBG) Mk 10; 1 calha de cargas de profundidade Mk 3 e 2 lançadores triplos Mk 32 de torpedos A/S de 324mm.
Sensores: 1 radar de vigilância aérea tipo SPS-6; 1 radar de vigilância de superfície SPS-10B; 1 radar de direção de tiro Mk-25 mod.3, acoplado ao sistema de direção de tiro Mk-37; MAGE AN/BLR 1 e 1 sonar de casco SQS-31.
Tripulação: 274 homens, sendo 14 oficiais e 260 praças.
Imagem

Características dos CTs Gearing

Deslocamento: 2.425 ton (padrão), 3.498 ton (carregado).
Dimensões: 119.6 metros de comprimento, 12.46 metros de boca e 5.63 metros de calado.
Propulsão: 4 caldeiras Babcock & Wilcox de 39.8 kg/cm2 a 454º C; 2 turbinas a vapor G.E., gerando 60.000 shp, acoplados a dois eixos e dois hélices.
Eletricidade: ?
Velocidade: máxima de 34,5 nós.
Raio de ação: 5.800 milhas náuticas.
Armamento: 4 canhões de 5 pol. (127 mm) em duas torres Mk-38 duplas; 2 lançadores triplos Mk 32 de torpedos A/S de 324mm e 1 lançador óctuplo Mk 116 mod.3 de foguetes A/S ASROC.
Sensores: 1 radar de vigilância aérea tipo SPS-40 B; 1 radar de vigilância de superfície SPS-10 C; 1 radar de direção de tiro Mk-25 mod.3, acoplado ao sistema de direção de tiro Mk-37; MAGE WLR 1C e WLR 3A; CME ULQ 6B; sonar de casco SQS-23 D.
Aeronaves: 1 helicóptero Westland UH-2 Wasp.
Tripulação: 301 homens, sendo 18 oficiais e 283 praças.

Imagem

Características dos CTs Fletcher

Deslocamento: 2.050 ton (padrão), 3.050 ton (carregado).
Dimensões: 114.8 m de comprimento, 12 m de boca e 5.5 m de calado.
Propulsão: 4 caldeiras Babcock & Wilcox de 39.8 kg/cm2 a 454º C; 2 turbinas a vapor G.E., gerando 60.000 shp, acoplados a dois eixos e dois hélices.
Eletricidade: 2 turbo-geradores G.E. de 350 Kw, 1 gerador diesel de emergência G.M. de 100 Kw.
Velocidade: máxima de 35 nós.
Raio de ação: 4.600 milhas náuticas.
Armamento: 5 canhões de 5 pol. (127 mm) em cinco torres Mk-30 singelas; 6 canhões Bofors L/60 de 40 mm em três reparos duplos Mk 1; 1 lançador quíntuplo Mk 15 de torpedos de 21 polegadas; 2 lançadores de bomba granada A/S (LBG) Mk 10; 1 calha de cargas de profundidade Mk 3 e 2 lançadores triplos Mk 32 de torpedos A/S de 324mm.
Sensores: 1 radar de vigilância aérea tipo SPS-6C; 1 radar de vigilância de superfície SPS-10; 1 radar de direção de tiro Mk-25 mod.3, acoplado ao sistema de direção de tiro Mk-37 e 1 sonar de casco SQS-29.
Tripulação: 310 homens, sendo 17 oficiais, 10 suboficiais, 56 sargentos 57 cabos e 170 marinheiros.

[img]
http://www.naviosdeguerrabrasileiros.hp ... %20001.jpg
[/img]



Com exceção dos primeiros, todos eram navios remanescentes da II Guerra e da US Navy. Somente os Gearing possuíam lançadores de mísseis, fazendo uso dos Sea Cat (AAW) instalados posteriormente a sua entrada em serviço no Brasil.

Estes vasos oriundos da Marinha Americana eram caros de operar, de manutenção elevada (utilizavam caldeiras a vapor), e totalmente defasados para a Guerra Moderna, além de necessitarem grande número de pessoal a bordo.

Note-se que a Marinha sempre teve traços para a Guerra AS.

A par disso, iniciou-se o projeto Corveta, que dotaria a MB de Navios de no máximo 2.000t com versões ASW e AAW. No entanto, em decorrência das grandes restrições orçamentárias só foi possível construir as 4 primeiras unidades.

Outrossim, os CTs Fletcher foram completamente substituídos pelas Inhaúmas, e para os demais, foi necessária a compra das Garcias, e posteriormente, das T22.

2) Emprego

O principal emprego das Corvetas classe Inhaúma é a Guerra AS e ASu, com a efetivação de escoltas transoceânicas.

Elas nunca foram concebidas para PATRULHA NAVAL, como alguns imaginam.

Cada uma custou o equivalente a US$ 150 mi. Com índice de nacionalização da ordem de 40%.

3) Armamentos e Sensores.

“O armamento das corvetas é constituído por um canhão Vickers Mk.8 de 4,5 polegadas (114,3mm) na proa, do mesmo modelo usado nas fragatas, com capacidade antiaérea e anti-superfície; dois lançadores sêxtuplos Plessey Shield de chaff sobre o passadiço; dois lançadores duplos de mísseis superfície-superfície Exocet MM40; dois reparos triplos de torpedos Mk.32 para torpedos anti-submarino Mk.46 à meia-nau e dois canhões de 40mm/L70 em ambos os lados do hangar, na popa.

Um hangar e convés de vôo servem para um helicóptero orgânico Westland Super Lynx Mk.21A (SAH-11A), desempenhando missões de esclarecimento, ataque anti-submarino com torpedos, ataque a navios com mísseis Sea Skua e orientação além-do-horizonte (OTH) para os mísseis Exocet MM40 do navio.

O principal sensor das corvetas é o radar Plessey AWS-4 de vigilância aérea e de superfície (com capacidade IFF), operando na banda E/F. Este radar é dotado de MTI (moving target indicator), que remove o clutter (retorno do mar e de terra) e só apresenta alvos móveis, tornando possível o acompanhamento de alvos em vôo rasante sobre o mar (sea-skimmer). Existe também um radar de navegação Kelvin Hughes e um sonar de casco passivo/ativo Atlas Elektronik DSQS-21C de média frequência. Os canhões são direcionados por um radar de direção de tiro Orion RTN-10X a vante, por uma alça eletro-ótica Saab EOS-400 (TV, infravermelho e telêmetro laser) e por duas alças óticas OFDLSE. Para a guerra eletrônica cada navio dispõe de um sistema Racal Cygnus/Cutlass B1, com capacidade de interceptação, análise e bloqueio eletrônico. Este sistema já foi nacionalizado pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM) e será instalado nas fragatas classe "Niterói" no programa ModFrag. ” (As corvetas classe Inhúma – Alexandre Galante – Poder Naval (http://www.naval.com.br)).

4) Sistema de propulsão

“O sistema de propulsão das corvetas é do tipo CODOG (Combined Diesel or Gas Turbine), com uma turbina a gás General Electric LM-2500 de 27.000hp e dois motores diesel MTU 16V956 TB91 de 3.900hp cada, movimentando dois eixos com hélices de passo controlável KaMeWa e dois lemes, sendo os navios equipados com sistema Voper de estabilização ativa por aletas. A velocidade máxima contínua é de 27 nós com turbinas a gás e de 18 nós com os motores diesel. A autonomia é de cerca de 4.000 milhas marítimas a 15 nós.” (As corvetas classe Inhúma – Alexandre Galante – Poder Naval (http://www.naval.com.br)).

5) Demais Características.

A principal vantagem dessas corvetas é a capacidade eletrônica e seu baixo consumo de combustível, além da capacidade de operar o Lynx.

Possui ainda guarnição reduzida e elevado grau de automação.

“O sistema de combate do navio da série Ferranti WSA-420 é dividido em dois subsistemas: Comando e Controle CAAIS-450 e Direção de Tiro WSA-421, utilizando computadores de 5ª geração e uso dedicado Ferranti FM-1600E. Os subsistemas possuem apenas um programa operacional, o que faz com que troquem informações em tempo real, possibilitando, em caso de avaria ou paralização de um deles, que o outro assuma as suas funções, sem que haja perdas de processamento.

A apresentação dos dados é feita de forma clara e organizada, através de displays, onde podem ser traçadas linhas, círculos, áreas, além de outros recursos gráficos que dão ao comandante a possibilidade de avaliar com clareza e em tempo real a situação tática, permitindo a tomada de decisões precisas e corretas.

Para fins de treinamento, pode-se também gerar alvos fictícios como retornos do mar, bloqueios eletrônicos, alvos aéreos, alvos de superfície, mísseis e outros contatos que tornam o ambiente bem próximo do real para os operadores.

O sistema tem capacidade para abrir e gerenciar contatos radar automaticamente, todos inicialmente designados com categoria aérea (mais alto grau de ameaça), inclusive contatos sobre terra. A ação do homem tem grande importância em todo o processo, pois é o operador quem define para o computador, quais são as características do inimigo ou das ameaças. Ao homem caberá a decisão final, de quando, como e com que armas abrirá fogo.

O operador definirá ao computador, através de uma série de parâmetros (códigos de IFF, assinaturas eletromagnéticas, números de acompanhamento, velocidades mínimas de vôo), quais as características da ameaça esperada. Assim, a cada informação obtida pelo sensor, o sistema irá comparar com os memorizados. Quando conincidentes, será apresentado ao operador um alerta de possível alvo.

Quando este alerta for dado pelo equipamento de medidas de apoio à guerra eletrônica como uma ameaça do tipo míssil anti-navio, o sistema agirá sem a intervenção do operador, no sentido de defender o navio. Todos os sensores disponíveis são designados para a marcação de onde o míssil esteja vindo; o bloqueador eletrônico é conteirado e ativado de acordo com as respostas pré-programdas e o sistema de chaff será acionado, disparando os foguetes no modo mais adequado.

O computador informará ao oficial de manobra, através de um alarme visual situado no console de governo do passadiço, que é necessário fazer uma evasiva, de maneira a retirar o navio da área onde foi gerado um alvo falso pelos foguetes de chaff.

O sistema de sonar passivo, associado ao sonar de casco, é imensamente valioso não só na detecção submarina, como também na detecção de superfície. O equipamento permite a identificação da fonte emissora no mesmo nível dos submarinos, podendo-se determinar número de pás, hélices e tipo de propulsão. Em alguns casos é possível detectar contatos de superfície pelo sonar antes do radar!

Um sistema multissensor (televisão, IR e laser) possibilita a avaliação de alvos à noite e em mau tempo, permitindo a solução de tiro em todas as condições meteorológicas e o engajamento de alvos de forma totalmente passiva, sem alertar a vítima.

O emprego de mísseis superfície-superfície Exocet, associado ao esclarecimento antecipado feito pela aeronave orgânica, permite estender o braço armado do navio, executando ações de designação e lançamento de míssil pelo helicóptero além do horizonte visual. O sistema de dados táticos permite também a direção do ataque vetorado contra submarinos, realizado pelo helicóptero.” .” (As corvetas classe Inhúma – Alexandre Galante – Poder Naval (http://www.naval.com.br)).

6) Fim

Acho que nunca foi nossa pretensão (da MB) acabar com todos os problemas da Esquadra ao projetar e construir estes navios, mas sim, projetar a força para uma nova guerra eletrônica e projeção de meios com maior facilidade e menor onerosidade em manutenção, principalmente por substituir antigos meios com sistema de propulsão custoso para equipamentos no Estado de Arte (LM 2500).

Tem mais, os senhores sabiam que este navio pode detectar outros semelhantes além do alcance do radar fazendo uso do Sonar passivo?

Para uma força que operava com antigos CTs e submarinos “Guppys” da IIWW até 1986. Estas corvetas e os IKL já são um bom salto.

7) Ficha técnica

Deslocamento: 1.970 ton (carregado).
Dimensões: 95.77 m de comprimento, 11.4 m de boca e 5.3 m de calado.
Propulsão: CODOG (Combined Diesel or Gas) com 1 turbina a gás GE LM 2500 de 27.490 shp; 2 motores diesel MTU 16V956 TB91 de 3.940 bhp cada, acoplados a dois eixos e dois hélices passo variável, e estabilizadores Vosper T.
Energia Elétrica: 4 diesel-alternadores MTU/Siemens de 500 kw.
Velocidade: máxima de 27 nós.
Raio de ação: 4.000 milhas náuticas à 15 nós (motores diesel)
Armamento: 1 canhão Vickers Mk 8 de 4.5 polegadas/55 calibres (114mm); 2 canhões Bofors L/70 de 40 mm, em dois reparos singelos; 4 lançadores de mísseis superfície-superfície MM 40 Exocet e 2 lançadores triplos Mk 32 de torpedos A/S de 324mm.
Sensores: 1 radar de busca combinada tipo Plessey AWS-4 com IFF; 1 radar de navegação Decca TM-1226; agulhas giroscópicas Sperry Mk-29; 1 radar de direção de tiro Alenia Orion RTN-10X; 1 diretora eletro-ótica/laser Saab EOS 400; 2 alças óticas tipo OFDLSE; CME Racal Cygnus (substituído pelo IPqM ET/SLQ1); MAGE Racal Cutlass B-1; 2 lançadores sêxtuplos de chaffs/flares Plessey Shield; sonar de casco Krupp-Atlas DSQS-21C.
Sistema de Dados Táticos: CAAIS 450, integrado pelos sistemas WSA-420 e WSA-421 baseados nos computadores Ferranti FM-1600E.
Aeronaves: 1 helicóptero Westland SAH-11 Lynx, substituído pelo AH-11A Super Lynx.
Tripulação: 133 homens, sendo 20 oficiais e 113 praças.


Imagem

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8) Fontes

Poder Naval – http://www.naval.com.br
Navios de guerra brasileiros - http://www.naviosdeguerrabrasileiros.hpg.ig.com.br - TODAS AS FOTOS
Revista Segurança e Defesa nº 23.[/img]




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#14 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sex Dez 30, 2005 8:29 pm

Meus parabéns, Francisco! Quem sabe, SABE.

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#15 Mensagem por Einsamkeit » Sex Dez 30, 2005 9:25 pm

Nao julgo o valor das corvetas em si, e sim o investimento feio, que poderia ter sido traduzido em mais Niteroi,

Sobre a escolta de comboios transoceanicos, No maximo serviria para proteçao ASW, e precisaria de outro navio para AAW, porque nao vejo uma guerra contra o brasil que precise da escolta de comboios sem o atacante ter avioes.

Os Destroyers americanos poderiam ter sido substituidos por mais niteroi, que cumpririam melhor a missao

Mais ja que voces tem a razao eu nao discuto mais 8-] 8-] 8-]




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