Só umas pequenas notas
Vinicius escreveu:Rui Elias escreveu:Portugal no século XV também não teve medo de se mandar ao mar e de dar novos mundos ao mundo.
Que pena que depois se esqueceu disso.
A bem da verdade, ninguém esqueceu coisa nenhuma, o problema é que o mundo foi todo descoberto
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Um reparo sobre U-214 com AIP:
Não existe U-214 sem AIP. Por isso a HDW da Alemanha assumiu um risco ao mudar a sua proposta de fornecimento à marinha de Portugal (inicialmente para submarinos U-209, que mais tarde poderiam levar AIP, sofrendo um acrescento complexo) do U-209 para o U-214, assumindo o fornecimento do AIP de raiz.
O U-214 é por definição um submarino oceânico.
É por isso que o seu casco é feito de um metal diferente do casco a-magnético do U-212, que por isso, não consegue chegar às profundidades do U-214.
A evolução dos sistemas AIP e os estudos intensivos que se fazem na área das células de hidrogénio, vão inevitavelmente levar a uma enorme aumento da sua capacidade durante a próxima década.
A única real e enorme desvantagem de um submarino moderno equipado de AIP, é que com o AIP ligado, a sua velocidade máxima é ridicula.
Já a propulsão nuclear, não tem esse problema.
Mas também há problemas com o nuclear:
Os reatores não são exactamente silenciosos, os perigos para o âmbiente são elevados. As opiniões públicas detestam a presença de centrais atómicas ambulantes nos seus portos, as manutenções são longas, custosas e perigosas, e para cúmulo, o ruido produzido por um submarino nuclear, é inversamente proporcional ao seu tamanho.
Ou seja, para dispersar a vibração, ruido e calor produzidos, é necessário um navio muito grande. Os russos e os americanos reduziram o problema com cascos enormes. Mais recentemente, os franceses, que estão mais avançados neste item, parecem ter obtido alguns sucessos.
Mas esses países estudam a questão e produzem submarinos nucleares há décadas.
Construir um submarino nuclear é uma afirmação política, mas pouco mais que isso. Do ponto de vista estratégico, como já disse outras vezes, os norte americanos devem rezar para que o Brasil construa submarinos atómicos e dispenda recursos nesse projecto, porque assim menos dinheiro haverá para projectos que poderiam realmente transformar o Brasil numa potência.
A verdade, meus senhores, é que o Brasil não tem qualquer utilidade para submarinos atómicos.
Sería para colocar misseis nucleares neles?
Para atacar quem?
O projecto do SNB é interessante como polo para manter técnicos e para desenvolver tecnologías que possam ser aplicadas noutras áreas, mas para produzir de facto um submarino nuclear, é um "elefante branco".
Aliás, considerando o tempo que já leva, o elefante tá branco de velho.
just my two cents.
Cumprimentos