Nuclear X AIP

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Vinicius Pimenta
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#16 Mensagem por Vinicius Pimenta » Ter Dez 20, 2005 12:49 pm

Um sub como o U 214 com AIP pode navegar até 70 dias, o que lhe daria para partir do RJ, navegar até às ilhas britânicas, rodeá-las e navegar de volta ao Brasil sem ser facilmente detectado.


E um nuclear? :wink:

E sem as dores de cabeça que dão a operação e manutenção de um reactor nuclear.


O Brasil nunca teve medo de operar material sensível. Quem quer ser alguma coisa na vida se capacita para operar qualquer coisa.




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#17 Mensagem por Rui Elias Maltez » Ter Dez 20, 2005 1:07 pm

Com um nuclear, a menos que a tripulação não precisasse de comer nem beber, até poderiam ficar 5 anos no fundo do mar :mrgreen:

Mas acho que um periodo de tempo de mais de um mês é o suficiente para uma dissuasão relevante.

A questão não é o medo, ou de querer.

Portugal no século XV também não teve medo de se mandar ao mar e de dar novos mundos ao mundo.

É uma questão de poder. :wink:




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J.Ricardo
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#18 Mensagem por J.Ricardo » Ter Dez 20, 2005 1:12 pm

Vinicius Pimenta escreveu:Falta uma merreca pra terminar o projeto, o protótipo do reator está pronto, a tecnologia de fabricação de submarinos está dominada e será ampliada com os Scórpene ou 214.


Vinicius, se não me engano, as últimas notícias que li a esse respeito (inclusive aqui no forum) davam conta que o Brasil tinha se interessado por um projeto alemão novo, agora você diz que possivelmente será o Scórpene ou 214, o caminho é esse mesmo?




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#19 Mensagem por old » Ter Dez 20, 2005 2:04 pm

Sabe qual é a vantagem de o Brasil ter um sub nuclear? Poder de dissuasão
maior que um AIP. Por quê? Porque um sub nuclear por natureza deverá ser
usado longe da costa.
Para a defesa costeira teremos os Tupis e os novos Scórpene ou 214.



Hombre un U214 o un S80 de 2.300tn +0- con Aip y unos cuantos Tomahackw en las bodegas son yo creo que suficientemente disuasorios :wink: , mas discretos que un nuclear y mas baratos, aunque estan logicamente mas limitados.

Invertir $$ en proyectos de esa naturaleza y a tantos años vista y cuando el resto de flota esta algo antigua parece algo temerario.
Un saludo




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Rui Elias Maltez
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#20 Mensagem por Rui Elias Maltez » Ter Dez 20, 2005 2:42 pm

Os Scorpéne ou os U-214, não são propriamente navios para vigilânica costeira, Vinícius.




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#21 Mensagem por Vinicius Pimenta » Ter Dez 20, 2005 2:48 pm

Rui Elias Maltez escreveu:Com um nuclear, a menos que a tripulação não precisasse de comer nem beber, até poderiam ficar 5 anos no fundo do mar


Ou seja, uma enorme vantagem do nuclear. Menos uma coisa pra se preocupar. Se preocupa apenas em abastercer-se de víveres para a tripulação.

Mas acho que um periodo de tempo de mais de um mês é o suficiente para uma dissuasão relevante.


Talvez, mas esse um mês seria suficiente para navegar até a costa do inimigo, manter-se lá tempo o suficiente para a missão e depois voltar?

Portugal no século XV também não teve medo de se mandar ao mar e de dar novos mundos ao mundo.


Que pena que depois se esqueceu disso. :wink:

É uma questão de poder.


Ufa, que sorte que nós podemos. :wink:

--------------------------------

J.Ricardo escreveu:Vinicius, se não me engano, as últimas notícias que li a esse respeito (inclusive aqui no forum) davam conta que o Brasil tinha se interessado por um projeto alemão novo, agora você diz que possivelmente será o Scórpene ou 214, o caminho é esse mesmo?


É esse mesmo. Palavras do Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante-de-Esquadra Euclides Duncan Janot de Matos. Confira:

http://www.alide.com.br/noticias/tikuna01/index.htm

------------------------

old escreveu:Hombre un U214 o un S80 de 2.300tn +0- con Aip y unos cuantos Tomahackw en las bodegas son yo creo que suficientemente disuasorios , mas discretos que un nuclear y mas baratos, aunque estan logicamente mas limitados.


1- Não temos Tomahawk nem eles seriam vendidos para nós.

2- Teremos o U214 com AIP.

3- Além disso, teremos o nuclear. É simples. Cada um tem suas vantagens e desvantagem. Ficamos com os dois. Equilíbrio é a chave. :wink:

Invertir $$ en proyectos de esa naturaleza y a tantos años vista y cuando el resto de flota esta algo antigua parece algo temerario.


Tirando a D-27 Pará que está com seus dias contados, a frota da MB está perfeitamente condizente com a realidade sul-americana. Além disso, há um programa de reaparelhamento em curso. :wink:




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#22 Mensagem por lelobh » Ter Dez 20, 2005 2:50 pm

Teremos o SUB NUCLEAR pq como disse o vinicius já estamos quase no fim. Ademais é fator de relevancia no cenário externo. Porteger a costa foi o que me veio a cabeça, mas nesse caso tens razão. Seria o Nuclear um objeto para propagação da nossa influencia externa. Assim como o PA. Afinal quando terminamos o nosso SNB? Sabemos fazer algum torpedo?




Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.

Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
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#23 Mensagem por Rui Elias Maltez » Ter Dez 20, 2005 2:51 pm

Tá... vocês é que sabem :lol:




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#24 Mensagem por Vinicius Pimenta » Ter Dez 20, 2005 2:55 pm

Rui Elias Maltez escreveu:Os Scorpéne ou os U-214, não são propriamente navios para vigilânica costeira, Vinícius.


Tampouco guardam as mesmas capacidades oceânicas que um nuclear. :wink:


Assim como a defesa aérea, eu encaro a defesa através de submarinos em camadas. Pequenos e mortais submarinos diesel-elétricos semelhantes aos Classe Tupi, complementados por moderníssimos e capazes submarinos U-214 AIP para defesa mais afastada e, por fim, por submarinos nucleares para pegar o inimigo "no quintal dele".




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#25 Mensagem por Einsamkeit » Ter Dez 20, 2005 2:56 pm

Caso os EUa nao liberem o Tomahawk, Sempre existem os Russos ou o Scalp-N




Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
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#26 Mensagem por Rui Elias Maltez » Ter Dez 20, 2005 2:58 pm

:shock: :shock: :shock:




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#27 Mensagem por Bolovo » Ter Dez 20, 2005 3:01 pm

Rui Elias Maltez escreveu::shock: :shock: :shock:

Qual é o espanto?!




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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#28 Mensagem por Einsamkeit » Ter Dez 20, 2005 3:08 pm

Um SSN com Triton, Scalp e Mk-48 ja esta bem armado




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#29 Mensagem por manuel.liste » Ter Dez 20, 2005 3:23 pm

Vinicius Pimenta escreveu:2- Teremos o U214 com AIP.

3- Além disso, teremos o nuclear. É simples. Cada um tem suas vantagens e desvantagem. Ficamos com os dois. Equilíbrio é a chave.


Pienso que si Brasil adquiere U214 la opción nuclear quedaría descartada por un tiempo. No tendría sentido duplicar el esfuerzo aunque se aleguen razones de equilibrio.




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#30 Mensagem por pt » Ter Dez 20, 2005 3:47 pm

Só umas pequenas notas

Vinicius escreveu:
Rui Elias escreveu:Portugal no século XV também não teve medo de se mandar ao mar e de dar novos mundos ao mundo.


Que pena que depois se esqueceu disso.
A bem da verdade, ninguém esqueceu coisa nenhuma, o problema é que o mundo foi todo descoberto :mrgreen:

= = = =

Um reparo sobre U-214 com AIP:
Não existe U-214 sem AIP. Por isso a HDW da Alemanha assumiu um risco ao mudar a sua proposta de fornecimento à marinha de Portugal (inicialmente para submarinos U-209, que mais tarde poderiam levar AIP, sofrendo um acrescento complexo) do U-209 para o U-214, assumindo o fornecimento do AIP de raiz.

O U-214 é por definição um submarino oceânico.
É por isso que o seu casco é feito de um metal diferente do casco a-magnético do U-212, que por isso, não consegue chegar às profundidades do U-214.

A evolução dos sistemas AIP e os estudos intensivos que se fazem na área das células de hidrogénio, vão inevitavelmente levar a uma enorme aumento da sua capacidade durante a próxima década.

A única real e enorme desvantagem de um submarino moderno equipado de AIP, é que com o AIP ligado, a sua velocidade máxima é ridicula.

Já a propulsão nuclear, não tem esse problema.

Mas também há problemas com o nuclear:
Os reatores não são exactamente silenciosos, os perigos para o âmbiente são elevados. As opiniões públicas detestam a presença de centrais atómicas ambulantes nos seus portos, as manutenções são longas, custosas e perigosas, e para cúmulo, o ruido produzido por um submarino nuclear, é inversamente proporcional ao seu tamanho.

Ou seja, para dispersar a vibração, ruido e calor produzidos, é necessário um navio muito grande. Os russos e os americanos reduziram o problema com cascos enormes. Mais recentemente, os franceses, que estão mais avançados neste item, parecem ter obtido alguns sucessos.

Mas esses países estudam a questão e produzem submarinos nucleares há décadas.

Construir um submarino nuclear é uma afirmação política, mas pouco mais que isso. Do ponto de vista estratégico, como já disse outras vezes, os norte americanos devem rezar para que o Brasil construa submarinos atómicos e dispenda recursos nesse projecto, porque assim menos dinheiro haverá para projectos que poderiam realmente transformar o Brasil numa potência.

A verdade, meus senhores, é que o Brasil não tem qualquer utilidade para submarinos atómicos.
Sería para colocar misseis nucleares neles?
Para atacar quem?

O projecto do SNB é interessante como polo para manter técnicos e para desenvolver tecnologías que possam ser aplicadas noutras áreas, mas para produzir de facto um submarino nuclear, é um "elefante branco".

Aliás, considerando o tempo que já leva, o elefante tá branco de velho.

just my two cents.

Cumprimentos




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