Teatro de operações da amazônia
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Acho que deviam ser tomadas atitudes políticas tb além das militares.
-Por exemplo, encerrar imediatamente as delimitações de terras indígenas e revê-las inserindo cláusulas como o direito de exploração e benefícios das terras, sim, porque são uma nação indígena, mas antes de tudo povo brasileiro, portanto a coletividade deve se beneficiar não somente os proprietários daquela terra.
-Fiscalizar essas ongs internacionais que atuam no país, atualmente seus propósitos são sombrios, deveriam ter mais controle.
**Particularmente acho que o MST também tem dedo de fora. Para desestabilizar a região, seu propósito é relevante(reforma agrária) mas estão caminhando pra uma luta armada.
-Publicar logo a lei do abate pra vigiar a amazônia efetivamente(assim não podem dizer que somos omissos em relação ao narcotráfico), e doa a quem doer.
-Muito se fala no espaço aéreo por onde a droga passa, mas os rios são os grandes corredores. Devemos firmar mais acordos como este com o Peru e Colômbia com outros países fronteiriço para ampliar o Sivam, assim protegendo a fronteira desses países estamos protegendo as nossas tb.
-Devemos criar uma organização tipo OTAN no âmbito sul americano, impedindo outros países de penetrarem em nossas fronteiras.(é claro que muitos países sul americanos dependem dos EUA pra sua economia e isso podia persuadí-los como já fazem, por isso devíamos incrementar tb nossas economias).
É isso, contradições serão bem vindas,
Abraços.
-Por exemplo, encerrar imediatamente as delimitações de terras indígenas e revê-las inserindo cláusulas como o direito de exploração e benefícios das terras, sim, porque são uma nação indígena, mas antes de tudo povo brasileiro, portanto a coletividade deve se beneficiar não somente os proprietários daquela terra.
-Fiscalizar essas ongs internacionais que atuam no país, atualmente seus propósitos são sombrios, deveriam ter mais controle.
**Particularmente acho que o MST também tem dedo de fora. Para desestabilizar a região, seu propósito é relevante(reforma agrária) mas estão caminhando pra uma luta armada.
-Publicar logo a lei do abate pra vigiar a amazônia efetivamente(assim não podem dizer que somos omissos em relação ao narcotráfico), e doa a quem doer.
-Muito se fala no espaço aéreo por onde a droga passa, mas os rios são os grandes corredores. Devemos firmar mais acordos como este com o Peru e Colômbia com outros países fronteiriço para ampliar o Sivam, assim protegendo a fronteira desses países estamos protegendo as nossas tb.
-Devemos criar uma organização tipo OTAN no âmbito sul americano, impedindo outros países de penetrarem em nossas fronteiras.(é claro que muitos países sul americanos dependem dos EUA pra sua economia e isso podia persuadí-los como já fazem, por isso devíamos incrementar tb nossas economias).
É isso, contradições serão bem vindas,
Abraços.
"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
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Bush expõe seu plano para assaltar a Amazônia
A proposta republicana e as bases militares ianques já implantadas em torno da Amazônia, sob o cínico pretexto de combate ao narcotráfico, só revelam o objetivo do império decadente de apoderar-se de uma das mais ricas regiões do planeta e o desespero em assaltar riquezas naturais alheias, em busca de alguma sobrevida.
"Proponho que os países que têm dívida externa com os EUA troquem essas dívidas por suas florestas tropicais", afirmou George W. Bush, do Partido Republicano, no terceiro e último debate com o candidato do Partido Democrata, Al Gore, transmitido pela televisão, em Saint Louis.
Essa proposta de Bush expressa a decadência do império ianque e sua busca desesperada por alguma sobrevida, através do assalto às riquezas naturais de outras nações, já que as suas foram quase todas dilapidadas. As bases militares ianques já implantadas em torno da Amazônia e as tentativas em curso para instalação de novas, só revelam o verdadeiro objetivo do império: apoderar-se da Amazônia, uma das mais ricas regiões do planeta.
Sob o cínico pretexto de combate ao narcotráfico, o mal chamado "plano Colômbia" destina US$ 1,3 bilhão para armamento e outros gastos que visam só e unicamente dar sustentação à intervenção militar ianque na América do Sul. Não contempla, nem de fachada, uma política que substitua a cultura da coca por outros cultivos, nem que permita o país superar a crise. A única instituição que faz isso, com planos, propostas e ações concretas nos quase 40% do território que governa, são as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, FARC, contra as quais o império dirige sua histeria, chegando a perder a compostura em reuniões internacionais, como a realizada em Manaus, quando afirmaram que a intervenção na Colômbia não depende da opinião dos governos sul-americanos.
No Equador, o capacho Noboa cedeu a base aérea de Manta para instalar radares e controles do império, fato rejeitado decididamente pelo conjunto da população. No Paraguai, o embaixador estadunidense David Greenlee, circula com desenvoltura pelo país, autorizado pelo golpista González Macchi, deblaterando sobre a instalação de uma base estadunidense em Pedro Juan Caballero, cidade separada de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, por uma rua apenas. Na Bolívia, com a surrada desculpa do combate aos cultivos de coca, tentaram emplacar 3 bases militares na região do Trópico, em Chapare, sendo barrados pela heróica luta dos indígenas e de todos os demais patriotas bolivianos. No Peru, mantêm bases militares e dão sustentação ao agente da CIA e traficante Vladimiro Montesinos, cuja presença no país vem conflagrando toda a população que quer livrar-se desse traidor e do capacho Fujimori.
EUA PROMOVEM O NARCOTRÁFICO
A Amazônia é a região mais cobiçada pelo império por sua riqueza e biodiversidade. Os Estados Unidos já esgotaram ou estão esgotando seus recursos naturais e dependem hoje de importação das principais matérias-primas que consomem. Essa realidade demonstra quão predatória é a economia dos EUA e o quanto é cínica a sua "defesa da ecologia e do meio ambiente", fachada que usam para tentar se apropriar dos 7 milhões e 160 mil km2 de reservas de água, madeiras, petróleo, minerais valiosos, flora e fauna.
Em nenhum lugar do mundo os estadunidenses combateram o tráfico, pelo contrário o estimulam e brigam para mantê-lo sob seu controle. George Bush, pai de Bush, ex-diretor da CIA e ex-presidente, esteve no centro do escândalo conhecido como Irã-Contras - a CIA entupiu os bairros negros dos EUA com crak, e o dinheiro desse narcotráfico foi usado para financiar os crimes da máfia nicaragüense contra o governo sandinista. Na Indochina eles fomentaram o tráfico de entorpecentes e as quadrilhas que se enriqueceram com sua venda. Na Iugoslávia cevaram o ELK, grupo de assassinos e narcotraficantes, para agredir a população de Kosovo e viabilizar sua política de desmembrar o único país na região que defendia sua soberania. Na Rússia, alimentaram com dinheiro do FMI, e até do seu Tesouro Federal, a máfia das drogas e o narco-separatismo da Chechênia. No seu próprio território, desde 1988 não se conhece nenhuma prisão pela Lei de Tráfico e Controle de Químicos - dado mais do que sugestivo se consideramos que, na Colômbia, mais de 70% dos materiais químicos usados para a transformação da folha de coca em droga, vem dos EUA. No Brasil, pressionam abertamente para que o país não adote a decisão de abater os aviões de narcotraficantes que violam nossa fronteira.
Portanto, a "proposta" de Bush só terá pela frente o crescimento avassalador da luta dos povos e a unidade das nações da América do Sul pela defesa de seu patrimônio e de sua soberania.
A proposta republicana e as bases militares ianques já implantadas em torno da Amazônia, sob o cínico pretexto de combate ao narcotráfico, só revelam o objetivo do império decadente de apoderar-se de uma das mais ricas regiões do planeta e o desespero em assaltar riquezas naturais alheias, em busca de alguma sobrevida.
"Proponho que os países que têm dívida externa com os EUA troquem essas dívidas por suas florestas tropicais", afirmou George W. Bush, do Partido Republicano, no terceiro e último debate com o candidato do Partido Democrata, Al Gore, transmitido pela televisão, em Saint Louis.
Essa proposta de Bush expressa a decadência do império ianque e sua busca desesperada por alguma sobrevida, através do assalto às riquezas naturais de outras nações, já que as suas foram quase todas dilapidadas. As bases militares ianques já implantadas em torno da Amazônia e as tentativas em curso para instalação de novas, só revelam o verdadeiro objetivo do império: apoderar-se da Amazônia, uma das mais ricas regiões do planeta.
Sob o cínico pretexto de combate ao narcotráfico, o mal chamado "plano Colômbia" destina US$ 1,3 bilhão para armamento e outros gastos que visam só e unicamente dar sustentação à intervenção militar ianque na América do Sul. Não contempla, nem de fachada, uma política que substitua a cultura da coca por outros cultivos, nem que permita o país superar a crise. A única instituição que faz isso, com planos, propostas e ações concretas nos quase 40% do território que governa, são as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, FARC, contra as quais o império dirige sua histeria, chegando a perder a compostura em reuniões internacionais, como a realizada em Manaus, quando afirmaram que a intervenção na Colômbia não depende da opinião dos governos sul-americanos.
No Equador, o capacho Noboa cedeu a base aérea de Manta para instalar radares e controles do império, fato rejeitado decididamente pelo conjunto da população. No Paraguai, o embaixador estadunidense David Greenlee, circula com desenvoltura pelo país, autorizado pelo golpista González Macchi, deblaterando sobre a instalação de uma base estadunidense em Pedro Juan Caballero, cidade separada de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, por uma rua apenas. Na Bolívia, com a surrada desculpa do combate aos cultivos de coca, tentaram emplacar 3 bases militares na região do Trópico, em Chapare, sendo barrados pela heróica luta dos indígenas e de todos os demais patriotas bolivianos. No Peru, mantêm bases militares e dão sustentação ao agente da CIA e traficante Vladimiro Montesinos, cuja presença no país vem conflagrando toda a população que quer livrar-se desse traidor e do capacho Fujimori.
EUA PROMOVEM O NARCOTRÁFICO
A Amazônia é a região mais cobiçada pelo império por sua riqueza e biodiversidade. Os Estados Unidos já esgotaram ou estão esgotando seus recursos naturais e dependem hoje de importação das principais matérias-primas que consomem. Essa realidade demonstra quão predatória é a economia dos EUA e o quanto é cínica a sua "defesa da ecologia e do meio ambiente", fachada que usam para tentar se apropriar dos 7 milhões e 160 mil km2 de reservas de água, madeiras, petróleo, minerais valiosos, flora e fauna.
Em nenhum lugar do mundo os estadunidenses combateram o tráfico, pelo contrário o estimulam e brigam para mantê-lo sob seu controle. George Bush, pai de Bush, ex-diretor da CIA e ex-presidente, esteve no centro do escândalo conhecido como Irã-Contras - a CIA entupiu os bairros negros dos EUA com crak, e o dinheiro desse narcotráfico foi usado para financiar os crimes da máfia nicaragüense contra o governo sandinista. Na Indochina eles fomentaram o tráfico de entorpecentes e as quadrilhas que se enriqueceram com sua venda. Na Iugoslávia cevaram o ELK, grupo de assassinos e narcotraficantes, para agredir a população de Kosovo e viabilizar sua política de desmembrar o único país na região que defendia sua soberania. Na Rússia, alimentaram com dinheiro do FMI, e até do seu Tesouro Federal, a máfia das drogas e o narco-separatismo da Chechênia. No seu próprio território, desde 1988 não se conhece nenhuma prisão pela Lei de Tráfico e Controle de Químicos - dado mais do que sugestivo se consideramos que, na Colômbia, mais de 70% dos materiais químicos usados para a transformação da folha de coca em droga, vem dos EUA. No Brasil, pressionam abertamente para que o país não adote a decisão de abater os aviões de narcotraficantes que violam nossa fronteira.
Portanto, a "proposta" de Bush só terá pela frente o crescimento avassalador da luta dos povos e a unidade das nações da América do Sul pela defesa de seu patrimônio e de sua soberania.
"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
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O texto é sobre nossa soberania naval / costeira / oceânica, mas segue bem a linha de raciocínio deste tópico, por isso estou postando aqui e não em Forças Navais.
A outra Amazônia
ROBERTO DE GUIMARÃES CARVALHO
Toda riqueza acaba por se tornar objeto de cobiça, impondo ao detentor o ônus da proteção. Tratando-se de recursos naturais, a questão adquire conotações de soberania nacional, envolvendo políticas adequadas, que não se limitam a, mas incluem, necessariamente, a defesa daqueles recursos.
Nesse contexto, a Amazônia brasileira, com mais de 4 milhões de km2, abrigando parcela considerável da água doce do planeta, reservas minerais de toda ordem e a maior biodiversidade da Terra, tornou-se riqueza conspícua o suficiente para, após a percepção de que se poderiam desenvolver ameaças à soberania nacional, receber a atenção dos formuladores da política nacional. Assim, a região passou a ser objeto de notáveis iniciativas governamentais, que visam à consolidação de sua integração ao território nacional, à garantia das fronteiras, à ocupação racional do espaço físico e à exploração sustentada dos importantes recursos naturais ali existentes. Como exemplos dessas iniciativas podemos citar o Projeto Calha Norte e o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), que inclui o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam).
Entretanto, há uma outra Amazônia, cuja existência é, ainda, tão ignorada por boa parte dos brasileiros quanto o foi aquela por muitos séculos. Trata-se da "Amazônia azul", que, maior do que a verde, é inimaginavelmente rica. Seria, por todas as razões, conveniente que dela cuidássemos antes de perceber-lhe as ameaças.
Conforme estabelecido na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, ratificada por quase cem países, inclusive o Brasil, todos os bens econômicos existentes no seio da massa líquida, sobre o leito do mar e no subsolo marinho, ao longo de uma faixa litorânea de 200 milhas marítimas de largura, na chamada Zona Econômica Exclusiva (ZEE), constituem propriedade exclusiva do país ribeirinho. Em alguns casos, a Plataforma Continental (PC) -prolongamento natural da massa terrestre de um Estado costeiro- ultrapassa essa distância, podendo estender a propriedade econômica do Estado a até 350 milhas marítimas. Essas áreas somadas -a ZEE mais a PC- caracterizam a imensa "Amazônia azul", medindo quase 4,5 milhões de km2, o que acrescenta ao país uma área equivalente a mais de 50% de sua extensão territorial.
No Brasil, apesar de 80% da população viver a menos de 200 km do litoral, pouco se sabe sobre os direitos que o país tem sobre o mar que o circunda e seu significado estratégico e econômico, fato que, de alguma forma, parece estar na raiz da escassez de políticas voltadas para o aproveitamento e proteção dos recursos e benefícios dali advindos.
Citemos, de início, o transporte marítimo. Apesar de ser lugar-comum afirmar que mais de 95% do nosso comércio exterior é transportado por via marítima, poucos se dão conta da magnitude que o dado encerra. O comércio exterior, soma das importações e das exportações, totalizou, no ano passado, um montante da ordem de US$ 120 bilhões. Ademais, não é só o valor financeiro que conta, pois, em tempos de globalização, nossos próprios produtos empregam insumos importados, de tal sorte que interferências com nosso livre trânsito sobre os mares podem levar-nos, rapidamente, ao colapso. A conclusão lógica é a de que somos de tal maneira dependentes do tráfego marítimo que ele se constitui em uma de nossas grandes vulnerabilidades. Como agravante, o país gasta com fretes marítimos, anualmente, cerca de US$ 7 bilhões, sendo que apenas 3% desse total são transportados por navios de bandeira brasileira.
O petróleo é outra grande riqueza da nossa "Amazônia azul". No limiar da auto-suficiência, o Brasil prospecta, no mar, mais de 80% do seu petróleo, o que, em números, significa algo na ordem de 2 milhões de barris por dia. Com as cotações vigentes, é dali extraído, anualmente, um valor aproximado de US$ 22 bilhões. Novamente, não é só o valor financeiro que conta. Privados desse petróleo, a decorrente crise energética e de insumos paralisaria, em pouco tempo, o país.
Além do tráfego marítimo e do petróleo, que, per se, já bastariam para mensurar o significado da nossa dependência em relação ao mar, poderíamos mencionar outras potencialidades econômicas como, por exemplo, a pesca. Em que pese a vastidão da área a explorar, a pesca permanece praticamente artesanal, enfrentando dificuldades de toda ordem, que elevam os custos e limitam a produção, quando poderia ser uma valiosa fonte para a geração de empregos e, também, um poderoso aliado para o programa Fome Zero. Existem, ainda, potencialidades menos tangíveis, como os nódulos polimetálicos, jazentes sobre o leito do mar e cuja exploração, economicamente inviável no presente, poderá se tornar considerável filão de riquezas no futuro.
Na Amazônia verde, as fronteiras que o Brasil faz com seus vizinhos são fisicamente demarcáveis e estão sendo efetivamente ocupadas por pelotões de fronteira e obras de infra-estrutura. Na "Amazônia azul", entretanto, os limites das nossas águas jurisdicionais são linhas sobre o mar. Elas não existem fisicamente. O que as define é a existência de navios patrulhando-as ou realizando ações de presença.
Para tal, a Marinha tem que ter meios, e há que se ter em mente que, como dizia Rui Barbosa, esquadras não se improvisam. Para que, em futuro próximo, se possa dispor de uma estrutura capaz de fazer valer nossos direitos no mar, é preciso que sejam delineadas e implementadas políticas para a exploração racional e sustentada das riquezas da nossa "Amazônia azul", bem como que sejam alocados os meios necessários para a vigilância e a proteção dos interesses do Brasil no mar.
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Roberto de Guimarães Carvalho, 64, almirante-de-esquadra, é o comandante da Marinha.
Folha de S. Paulo
A outra Amazônia
ROBERTO DE GUIMARÃES CARVALHO
Toda riqueza acaba por se tornar objeto de cobiça, impondo ao detentor o ônus da proteção. Tratando-se de recursos naturais, a questão adquire conotações de soberania nacional, envolvendo políticas adequadas, que não se limitam a, mas incluem, necessariamente, a defesa daqueles recursos.
Nesse contexto, a Amazônia brasileira, com mais de 4 milhões de km2, abrigando parcela considerável da água doce do planeta, reservas minerais de toda ordem e a maior biodiversidade da Terra, tornou-se riqueza conspícua o suficiente para, após a percepção de que se poderiam desenvolver ameaças à soberania nacional, receber a atenção dos formuladores da política nacional. Assim, a região passou a ser objeto de notáveis iniciativas governamentais, que visam à consolidação de sua integração ao território nacional, à garantia das fronteiras, à ocupação racional do espaço físico e à exploração sustentada dos importantes recursos naturais ali existentes. Como exemplos dessas iniciativas podemos citar o Projeto Calha Norte e o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), que inclui o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam).
Entretanto, há uma outra Amazônia, cuja existência é, ainda, tão ignorada por boa parte dos brasileiros quanto o foi aquela por muitos séculos. Trata-se da "Amazônia azul", que, maior do que a verde, é inimaginavelmente rica. Seria, por todas as razões, conveniente que dela cuidássemos antes de perceber-lhe as ameaças.
Conforme estabelecido na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, ratificada por quase cem países, inclusive o Brasil, todos os bens econômicos existentes no seio da massa líquida, sobre o leito do mar e no subsolo marinho, ao longo de uma faixa litorânea de 200 milhas marítimas de largura, na chamada Zona Econômica Exclusiva (ZEE), constituem propriedade exclusiva do país ribeirinho. Em alguns casos, a Plataforma Continental (PC) -prolongamento natural da massa terrestre de um Estado costeiro- ultrapassa essa distância, podendo estender a propriedade econômica do Estado a até 350 milhas marítimas. Essas áreas somadas -a ZEE mais a PC- caracterizam a imensa "Amazônia azul", medindo quase 4,5 milhões de km2, o que acrescenta ao país uma área equivalente a mais de 50% de sua extensão territorial.
No Brasil, apesar de 80% da população viver a menos de 200 km do litoral, pouco se sabe sobre os direitos que o país tem sobre o mar que o circunda e seu significado estratégico e econômico, fato que, de alguma forma, parece estar na raiz da escassez de políticas voltadas para o aproveitamento e proteção dos recursos e benefícios dali advindos.
Citemos, de início, o transporte marítimo. Apesar de ser lugar-comum afirmar que mais de 95% do nosso comércio exterior é transportado por via marítima, poucos se dão conta da magnitude que o dado encerra. O comércio exterior, soma das importações e das exportações, totalizou, no ano passado, um montante da ordem de US$ 120 bilhões. Ademais, não é só o valor financeiro que conta, pois, em tempos de globalização, nossos próprios produtos empregam insumos importados, de tal sorte que interferências com nosso livre trânsito sobre os mares podem levar-nos, rapidamente, ao colapso. A conclusão lógica é a de que somos de tal maneira dependentes do tráfego marítimo que ele se constitui em uma de nossas grandes vulnerabilidades. Como agravante, o país gasta com fretes marítimos, anualmente, cerca de US$ 7 bilhões, sendo que apenas 3% desse total são transportados por navios de bandeira brasileira.
O petróleo é outra grande riqueza da nossa "Amazônia azul". No limiar da auto-suficiência, o Brasil prospecta, no mar, mais de 80% do seu petróleo, o que, em números, significa algo na ordem de 2 milhões de barris por dia. Com as cotações vigentes, é dali extraído, anualmente, um valor aproximado de US$ 22 bilhões. Novamente, não é só o valor financeiro que conta. Privados desse petróleo, a decorrente crise energética e de insumos paralisaria, em pouco tempo, o país.
Além do tráfego marítimo e do petróleo, que, per se, já bastariam para mensurar o significado da nossa dependência em relação ao mar, poderíamos mencionar outras potencialidades econômicas como, por exemplo, a pesca. Em que pese a vastidão da área a explorar, a pesca permanece praticamente artesanal, enfrentando dificuldades de toda ordem, que elevam os custos e limitam a produção, quando poderia ser uma valiosa fonte para a geração de empregos e, também, um poderoso aliado para o programa Fome Zero. Existem, ainda, potencialidades menos tangíveis, como os nódulos polimetálicos, jazentes sobre o leito do mar e cuja exploração, economicamente inviável no presente, poderá se tornar considerável filão de riquezas no futuro.
Na Amazônia verde, as fronteiras que o Brasil faz com seus vizinhos são fisicamente demarcáveis e estão sendo efetivamente ocupadas por pelotões de fronteira e obras de infra-estrutura. Na "Amazônia azul", entretanto, os limites das nossas águas jurisdicionais são linhas sobre o mar. Elas não existem fisicamente. O que as define é a existência de navios patrulhando-as ou realizando ações de presença.
Para tal, a Marinha tem que ter meios, e há que se ter em mente que, como dizia Rui Barbosa, esquadras não se improvisam. Para que, em futuro próximo, se possa dispor de uma estrutura capaz de fazer valer nossos direitos no mar, é preciso que sejam delineadas e implementadas políticas para a exploração racional e sustentada das riquezas da nossa "Amazônia azul", bem como que sejam alocados os meios necessários para a vigilância e a proteção dos interesses do Brasil no mar.
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Roberto de Guimarães Carvalho, 64, almirante-de-esquadra, é o comandante da Marinha.
Folha de S. Paulo
Queimadas, isso não passa de uma grande mentira para nos tirar a amazônia, a queimada é uma tecnica indígina e não se queima mata virgem, ocorre o sistema de roteamento, primeiro você queima uma área planta nela, colhe, e deixa ela descansando, depois você parte para outra área e faz o mesmo, depois de 10 anos você volta para a primeira área,
Não é totalmente mentira . Eu diria que tratasse de um equivoco . Mas chega um ponto em que tal técinica desgasta definitivamente essa terra se não me engano .
Existem estados inteiros da Federação que não têm como crescer ou se desenvolver porque mais de 90% de sua área é reserva indígena ou de preservação ambiental. Cite-se AC, RR, RO, AP por exemplo. Acho que mais que isso não precisa. O que mais eles querem?
Apoiado . Muitos índios até nem querem essa extensão . Isso deveria ser revisto .
Enquanto essa VIADAGEM de ficar com medo de passar a lei do Abate prevalecer,
Pô viadagem é um termo forte . O probelma de aprovarmos a Lei do Abate está no fim do suporte americano ao Sivam . Seria bom se ( não sei qto custaria ...) tentar adquirir tecnologia nacional para termos independ6encia no Sivam . mas ouvi dizer que estamos esperando os peruanos regulamentarem sau lei do abate para fazermos o mesmo , acho .
Amazônia é de transcendental importância para nós. Ela é o argumento maior para garantir o Brasil-potência do próximo século. Sem a Amazônia, o Brasil seria uma Argentina ou um Peru.
Discordo 100% . Temos conseguido manter o núcleo da Amaz6onia intacto e somos hoje uma das 10 maiores economias em termos de PIB medidos por PPP .
"Por conta disso, inúmeras organizações não-governamentais, umas ingênuas, outras malandras, são subsidiadas pelos governos e pelas multinacionais dos países ricos para defender a formação de nações indígenas independentes nas fronteiras do Brasil com a Guiana, a Venezuela, a Colômbia e o Peru. Onde existirem tribos nômades, que passam daqui pra lá e de lá pra cá, a estratégia será considerá-las desligadas da soberania brasileira, colocando-as sob a proteção das Nações Unidas. Ou da Organização dos Estados Americanos. De preferência onde existirem grandes reservas de minerais nobres, como o nióbio utilizado na fabricação de mísseis e foguetes, do qual a Amazônia brasileira detém 90% do total mundial."
Acho quea sONGS se bem aproveitadas podem complementar o Estado brasileiro em pesquisa devitoa falta de recursos para estudar um ecossistema tão rico . Mas é claro que apra evitarmos más intenções a PF deve estar muito bem aparaelhada e sintonizada com uma bem euipada ag6encia nacional de espionagem . Há um interesse gande e justo de ONGS e grupos de estudo de cooperarem e estudar nosso ecossistema . Temos de saber canalizar essas boas intenções .
Eu dei uma solução, adotar o sistema de fundos de pensão, como no Chile
Apoiado . Nosso sistema prevideciário foi criado com o intuito de garantir uma grede canalização de recursos a curto prazo mas que fatalmente seria uma bomba relógia que necessitária ( e foi parcialmente ) desarmada .
O problema é que não se aumenta o orçamento de defesa, conforme vão aumentando os gastos com pensões dos militares. Isso que é um absurdo, na minha opinião, e não as pensões em si, pois quem trabalhou por décadas, tem todo o direito de receber suas pensões.
É mas o justo seria se o sistema previdenciário mos milicos fosse semelhante aos civis que não fram funcionário públicos .
O Chile conseguiu resolver esse problema da previdencia, nao tenho maiores informacoes sobre a solucao que eles adotaram, mas ao que tudo indica, está indo muito bem. E eles adotaram ese novo modelo de previdencia no inicio dos anos 90, se nao me engano
Qdo tiver tempo posso dar mais inf;rmações sobre isso ( depois que responder ao SUNdao aquele tópico sobre Alemanha...)
Entretanto, há uma outra Amazônia, cuja existência é, ainda, tão ignorada por boa parte dos brasileiros quanto o foi aquela por muitos séculos. Trata-se da "Amazônia azul", que, maior do que a verde, é inimaginavelmente rica. Seria, por todas as razões, conveniente que dela cuidássemos antes de perceber-lhe as ameaças.
Conforme estabelecido na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, ratificada por quase cem países, inclusive o Brasil, todos os bens econômicos
Putz finalmente alguem se lembrou disso . Acho mais importante do que imaginarmos invasões americanas é instalarmos um Sivam marítimo . ë constante a invasão de barcos pesqueiros emnossa costa exaurindo nossas reservas marítimas . Recentemente visitei o Peru ( que imagina tb teorias conspratórias no nosso estilo e explorada por políticos e jornais inescrupulosis mas... do Chile!!!!!) que era uma potencia em pesca na América do SUl e hje graças as barcos japoneses//noruegueses etc perdeu sua importância .
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Li este artigo neste site http://www.bvroraima.com.br/
Não sei se tem base, mas vale apena dar uma lida.
A criação da Reserva Ianomami
Essa reserva foi criada, inicialmente, em uma área correspondente a 2,4 milhões de hectares. Tão logo foram conhecidos os resultados do levantamento sobre as jazidas minerais existentes na Amazônia, realizado pelo Projeto Radam-Brasil, em 1975, os seus idealizadores trataram de pressionar a sua ampliação para 5 milhões de hectares, estando hoje, em torno de 10 milhões de hectares, por força de Decreto Presidencial, assinado pelo então Presidente Fernando Collor, em 15 de novembro de 1991.
Naquela ocasião, tanto o Presidente como seus ministros do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, comportaram-se irresponsavelmente em relação à segurança nacional, procurando, tão somente, satisfazer os interesses da oligarquia britânica e do Presidente dos Estados Unidos George Bush, que lhes acenavam com a ilusória possibilidade do ingresso do Brasil no clube das nações do chamado "Primeiro Mundo".
Para se ter uma idéia de como tudo começou, transcrevemos trechos do relato feito pelos jornalistas Sílvia Palácios e Lorenzo Carrasco (Extraído da Revista Almanaque Republicano edição de junho de 1995. Sílvia Palácios e Lorenzo Carrasco, eram correspondentes da Revista Executive Intelligence Review (EIR), no Brasil) na revista Almanaque Republicano: Não foi nenhuma instituição brasileira, nem qualquer grupo privado de cidadãos brasileiros bem intencionados ou não, muito menos, membros das várias tribos Ianomami, preocupados com sua sobrevivência, que deram partida ao processo de criação dessa Reserva Indígena. Esta decisão foi tomada em meados da década de 60, por iniciativa do aparato colonial britânico, comandado pela decadente Casa de Windsor e cujos pormenores e implicações estratégicas foram discutidas nos salões do Palácio de Buckinham, por ninguém menos que o próprio Príncipe Philip, o "doge" da Casa de Windsor, na presença da Rainha Elizabeth II.
Mas, qual foi o verdadeiro motivo que concorreu para que a oligaquia britânica adotasse os Ianomami como tribos de sua atenção? Foi nada mais nada menos do que a imensa riqueza mineral existente na região, que, a seu ver, ajudaria a manter o seu domínio sobre o mercado mundial de bens minerais, como ocorre no continente africano.
Segundo a narrativa dos referidos jornalistas, as campanhas para a criação da Reserva Ianomami, foram baseadas na experiência de domínio colonial na África Subsaariana. A precisa localização da Reserva Ianomami, foi resultado de várias viagens de exploradores inglêses, especialmente Robin Hambury-Tenison, os quais faziam parte de um esforço de localização dos principais grupos indígenas situados sobre os eixos naturais de integração do continente Iberoameriano: eixo Norte-Sul, ligando as bacias hidrográficas do Orinoco, Amazonas e Paraná; o eixo Leste-Oeste, fazendo a conexão interoceânica, fundamental para o desenvolvimento da região central do subcontinente. A meta era escolher grupos indígenas que, posteriormente, poderíam ser manipulados para obstaculizar a construção de grandes obras de infraestrutura necessária para concretizar tais conexões. Em seu livro Worlds a part (Mundos a Parte), Hambury-Tenison, apresenta um mapa no qual mostra, precisamente, essa preocupação, e revela que a importância estratégica de seus roteiros lhe foram indicadas, pessoalmente, pelo Príncipe Philip.
Para dar continuidade à sua estratégia, a oligarquia do Palácio de Buckingham criou, em 1969, a organização não governamental denominada Survival International, cujo objetivo principal de suas campanhas era a criação do Parque Ianomami.
A existência dessa organização resultou de uma série de expedições de Hambury-Tenison e de seu companheiro Kenneth Taylor, tendo este último iniciado exaustivo e meticuloso trabalho junto aos Ianomami. Constituiu-se, um dos autores do primeiro projeto de criação do Parque Ianomami.
Além de Hambury-Tenison e Kennet Taylor, tiveram participação ativa na criação do Parque as seguintes pessoas: John Hermmings, Diretor da Real Sociedade Geográfica Britânica; os antropólogos Andrey Colson, Tames Woodburn, Nicollas Guppy e Francis Huxley; o ecologista Edward Goldsmith que, em seguida, fundaria a Revista The Ecologist; o cineasta Adrian Cowell que, mais tarde, tornar-se-ia famoso por seus filmes sobre a "devastação da Amazônia".
É importante destacar que a Real Sociedade Geográfica é uma das principais instituições do Establishment britânico em cuja diretoria participaram figuras que representam a primeira linha da inteligência britânica.
Para a constituição da Survival International, os recursos financeiros necessários foram conseguidos através da Word Wildlife Fund (WWF), na pessoa de seu presidente Sir Peter Scott, que, naquela época, comandava outra entidade importante da estrutura burocrática inglesa, a Sociedade para a Preservação da Fauna e da Flora, cujo objetivo era a manutenção dos privilégios imperiais britânicos travestidos de conservação da natureza, sobretudo através da ampliação de parques nacionais, estendidos a todos os continentes.
Outra fonte financeira da citada organização foi o irmão de Edward Goldsmith, o magnata James Goldsmith que, juntamente com os seus primos da família Rothschild, é um dos principais patrocinadores do movimento ambientalista mundial.
É importante enfatizar que a Survival International foi concebida para ser um braço indigenista da WWF, e que da sua criação até a edição do decreto de Fernando Collor, em 1991, pode-se destacar nela três grandes fases:
A Primeira, também chamada de "reconhecimento do terreno", com as referidas viagens à região dos diretores da organização, que durou até 1976, com a expulsão do país pelo Governo Federal de Kenneth Taylor e Bruce Albert.
A Segunda, aconteceu a partir da mudança de estratégia, isto é, "nacionalizando" a campanha. Para isso, Bruce Albert, participou, em 1978, da comissão Pro-Criação do Parque Ianomami (CCPY), cuja presidência, ficou nas mãos de uma fotógrafia suiça, naturalizada brasileira, chamada Cláudia Andujar, que começou a atuar como braço do lobby oligárquico britânico, constituindo-se como principal propagandista perante as autoridades brasileira, junto ao Congresso, à grande imprensa brasileira, aos intelectuais, aos religiosos, aos cientistas, aos grupos privados brasileiros, etc. Ao mesmo tempo foi deflagrada uma saraivada de pressões internacionais contra o Brasil, tendo a Survival International lançado publicações denominadas de "Boletins de Ação Urgente", destinada a um público determinado. Essa campanha de pressões incluía ações contra o Brasil ao nível da ONU, da OEA e da OIT.
A Segunda fase encerrou-se com a apresentação, no Senado da República, do Projeto de Lei nº 379/85, assinado, mas não de autoria do Senador, paulista, Severo Gomes, pois a autoria do projeto foi da CCPY.
A Terceira fase da estratégia foi iniciada por um episódio que, até certo ponto, pode-se pensar não ter sido programado, do qual foi tirado grande vantagem, qual seja, o assassinato do líder seringueiro Chico Mendes, em dezembro de 1988, no Acre, desencadeando uma descarada campanha de pressões internacionais contra o Brasil.
Dando continuidade à estratégia, no ano seguinte, o "líder" Ianomami Davi Kopennawa foi contemplado com o Prêmio Global 500 da ONU, sendo, ainda convidado pela Survival International para realizar uma viagem pelo continente europeu, durante a qual recebeu magistral cobertura da imprensa internacional.
No mesmo ano, precisamente em 14 de setembro, paralelamente à publicação de um contundente editorial da Revista The Economist sobre a Amazônia, aconteceu, em Londres, uma grandiosa manifestação em frente à Embaixada brasileira, com os manifestantes protestando contra a devastação da Amazônia. Além da Survival International, outras ONGs famosas participaram da referida manifestação, tais como: Friends of the Earth, Greenpeace, Oxfam e Forest Peopols Support Group. Dias depois, aconteceu, também na Inglaterra, em Sheffielld, o Simpósio intitulado "Amazônia: Meio Ambiente de Quem? Luta de Quem?, com o objetivo de organizar uma federação de ONGs para patrulhar as campanhas ambientais na Amazônia. Os organizadores desse conclave foram as ONGs Brazil Network e Instituto Católico de Relações Internacionais(CIIR).
No Brasil o contato com ditas organizações, é o Instituto de Estudos Econômicos e Sociais (INESC), com sede na capital da República, onde exerce a missão de lobby junto ao Congresso Nacional.
De acordo com o relato de Palácios e Carrasco a frequência com que deparamos com a Inglaterra, quando investigamos os bastidores da campanha ambientalista contra o Brasil, não constitui mera coincidência, pois, como se percebe, naquele país, se encontra a cabeça da "hidra verde". Não admira, pois, que em vidros de automóveis ingleses, tenham aparecido plásticos com a inscrição SALVE A FLORESTA; QUEIME UM BRASILEIRO.
No ano de 1989, o INESC, em cooperação com as ONGs dos EUA, patrocinou a visita de vários líderes indígenas brasileiros àquele país.
A ofensiva final ocorreu em 1990, com o reconhecimento das pressões, destacando-se a sugestão de "renúncia à parcela de soberania" sobre a Amazônia, apresentada pelos líderes franceses François Mitterand e Michel Rocard na Conferência de Haia, além da proposta de troca da "dívida por natureza", feita pelo Vice-Primeiro Ministro holandês Rudolf de Koorte, na mesma época. (Almanaque Republicano Opus Cit)
Nesse mesmo ano, a "agenda verde" se constituiu num outro instrumento de pressão pelo qual se impôs às nações amazônicas a chamada Nova Ordem Mundial, concebida pelo então Presidente dos EUA, George Bush e executada através de sua aliança com a Primeira Ministra da Inglaterra, Margareth Thatcher e o líder soviético Mikail Gorbachov.
Segundo narrativa dos mencionados jornalistas, as pressões renovadas, produziram efeito com o avento do Governo de Fernando Collor de Melo, sensível a tais inflências externas, como ficou evidenciado pela presença do fanático ambientalista José Lutzenberger, um íntimo do Príncipe Charles, que introduziu, no governo, as pontas reivindicatórias de seu colega das redes ambientalistas internacionais, o que não admira já que além dos seus múltiplos contatos entre elas, ele recebia - e, talvez ainda receba - importantes doações financeiras da Gaia Foudation da Inglaterra, como provou a revista Executive Intelligence Review(EIR)
Ainda no ano de 1990, a Survival International patrocinou ampla divulgação daquilo que o Príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, o chamou de "pavoroso genocídio coletivo dos Ianomami". A partir desse fato, a Survival International, a Oxfam e o CIIR, iniciaram contatos formais com autoridades do governo britânico sobre a Questão Ianomami, provocando uma série de debates no Parlamento daquele país.
Em maio, o Ministro do Meio Ambiente do Brasil, Sr. Lutzemberger visitou Londres, a convite do Príncipe Charles, levando em sua agenda a discussão sobre assuntos ambientais e a Questão Ianomami e a possível visita ao Brasil do herdeiro do Trono Britânico. No retorno, o Ministro brasileiro entregou ao Presidente Fernando Collor as preocupações da comunidade internacional, particularmente em ralação aos Ianomami.
Em outubro, a Ministra britânica do Desenvolvimento do Ultramar, Lynda Chalker, em estada no Brasil, já preparando a visita do Príncipe Charles ao país, participou de um Seminário patrocinado pelo seu ministério e pela Empresa Imperial Chemical Industries, ocasião em que ofereceu apoio do seu ministério a um program de ajuda médica para as comunidades Ianomami.
Naquele mesmo ano, o conlúio do governo Collor com as pressões internacionais permitiu a invasão descarada das ONGs às terras Ianomami.
Em abril de 1991, aconteceu a tão badalada visita do Príncipe Charles ao Brasil. Na sua comitiva vieram, dentre outras personalidades internacionais: o Ministro do Meio Ambiente da Inglaterra, David Tripper; o Diretor da Agência de Proteção Ambiental dos EUA, William Reilly, o Coordenador de Meio Ambiente da Comunidade Europeia, Carlos Ripa i Meana e o Presidente da Bristish Petroleum, Robert Horton. Naquela oportunidade, Charles realizou um Seminário, de dois dias, a bordo do Iate Real Brittania ancorado no rio Amazonas, sobre assuntos ambientalistas e a Questão Ianomami ao qual compareceram o Presidente Fernando Collor e seu Ministro do Meio Ambiente Lutzemberger.
Em junho, num artifício estratégico que reforçou as pressões sobre o Brasil, o então Presidente da Venezuela, Carlos Andrés Peres, assinou um Decreto determinando a criação da Reserva da Biosfera Alto Orinoco-Casiquiare, delimitando uma reserva para os Ianomami venezuelanos, contígua à brasileira.
Em seguida, ainda no mês de junho, Fernando Collor visitou Washington, ocasião em que o Presidente George Bush foi portador de uma mensagem assinada por oito senadores do Partido Democrata Americano, pedindo a Bush que pressionasse o Presidente brasileiro a fim de que fosse acelarada a demarcação da Reserva Ianomami.
Em outubro, Fernando Collor recebeu dois enviados internacionais para discutir o assunto. Eram eles, o Diretor da WWF, Hernner Ehringhous e o Deputado americano John Batter.
Em 15 de novembro de 1991, o Presidente brasileiro deu o tiro de misericórdia assinando o decreto que demarcava a Reserva Ianomami, com uma área em torno de 10 milhões de hectares, quase do tamanho de Portugal.
Como se pode verificar, a demarcação da área Ianomami foi o principal objetivo de toda a ofensiva ambientalista internacional sobre a Região Amazônica, comandada pela oligarquia britânica interessada nas riquezas de solo e subsolo nela existentes.
Não sei se tem base, mas vale apena dar uma lida.
A criação da Reserva Ianomami
Essa reserva foi criada, inicialmente, em uma área correspondente a 2,4 milhões de hectares. Tão logo foram conhecidos os resultados do levantamento sobre as jazidas minerais existentes na Amazônia, realizado pelo Projeto Radam-Brasil, em 1975, os seus idealizadores trataram de pressionar a sua ampliação para 5 milhões de hectares, estando hoje, em torno de 10 milhões de hectares, por força de Decreto Presidencial, assinado pelo então Presidente Fernando Collor, em 15 de novembro de 1991.
Naquela ocasião, tanto o Presidente como seus ministros do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, comportaram-se irresponsavelmente em relação à segurança nacional, procurando, tão somente, satisfazer os interesses da oligarquia britânica e do Presidente dos Estados Unidos George Bush, que lhes acenavam com a ilusória possibilidade do ingresso do Brasil no clube das nações do chamado "Primeiro Mundo".
Para se ter uma idéia de como tudo começou, transcrevemos trechos do relato feito pelos jornalistas Sílvia Palácios e Lorenzo Carrasco (Extraído da Revista Almanaque Republicano edição de junho de 1995. Sílvia Palácios e Lorenzo Carrasco, eram correspondentes da Revista Executive Intelligence Review (EIR), no Brasil) na revista Almanaque Republicano: Não foi nenhuma instituição brasileira, nem qualquer grupo privado de cidadãos brasileiros bem intencionados ou não, muito menos, membros das várias tribos Ianomami, preocupados com sua sobrevivência, que deram partida ao processo de criação dessa Reserva Indígena. Esta decisão foi tomada em meados da década de 60, por iniciativa do aparato colonial britânico, comandado pela decadente Casa de Windsor e cujos pormenores e implicações estratégicas foram discutidas nos salões do Palácio de Buckinham, por ninguém menos que o próprio Príncipe Philip, o "doge" da Casa de Windsor, na presença da Rainha Elizabeth II.
Mas, qual foi o verdadeiro motivo que concorreu para que a oligaquia britânica adotasse os Ianomami como tribos de sua atenção? Foi nada mais nada menos do que a imensa riqueza mineral existente na região, que, a seu ver, ajudaria a manter o seu domínio sobre o mercado mundial de bens minerais, como ocorre no continente africano.
Segundo a narrativa dos referidos jornalistas, as campanhas para a criação da Reserva Ianomami, foram baseadas na experiência de domínio colonial na África Subsaariana. A precisa localização da Reserva Ianomami, foi resultado de várias viagens de exploradores inglêses, especialmente Robin Hambury-Tenison, os quais faziam parte de um esforço de localização dos principais grupos indígenas situados sobre os eixos naturais de integração do continente Iberoameriano: eixo Norte-Sul, ligando as bacias hidrográficas do Orinoco, Amazonas e Paraná; o eixo Leste-Oeste, fazendo a conexão interoceânica, fundamental para o desenvolvimento da região central do subcontinente. A meta era escolher grupos indígenas que, posteriormente, poderíam ser manipulados para obstaculizar a construção de grandes obras de infraestrutura necessária para concretizar tais conexões. Em seu livro Worlds a part (Mundos a Parte), Hambury-Tenison, apresenta um mapa no qual mostra, precisamente, essa preocupação, e revela que a importância estratégica de seus roteiros lhe foram indicadas, pessoalmente, pelo Príncipe Philip.
Para dar continuidade à sua estratégia, a oligarquia do Palácio de Buckingham criou, em 1969, a organização não governamental denominada Survival International, cujo objetivo principal de suas campanhas era a criação do Parque Ianomami.
A existência dessa organização resultou de uma série de expedições de Hambury-Tenison e de seu companheiro Kenneth Taylor, tendo este último iniciado exaustivo e meticuloso trabalho junto aos Ianomami. Constituiu-se, um dos autores do primeiro projeto de criação do Parque Ianomami.
Além de Hambury-Tenison e Kennet Taylor, tiveram participação ativa na criação do Parque as seguintes pessoas: John Hermmings, Diretor da Real Sociedade Geográfica Britânica; os antropólogos Andrey Colson, Tames Woodburn, Nicollas Guppy e Francis Huxley; o ecologista Edward Goldsmith que, em seguida, fundaria a Revista The Ecologist; o cineasta Adrian Cowell que, mais tarde, tornar-se-ia famoso por seus filmes sobre a "devastação da Amazônia".
É importante destacar que a Real Sociedade Geográfica é uma das principais instituições do Establishment britânico em cuja diretoria participaram figuras que representam a primeira linha da inteligência britânica.
Para a constituição da Survival International, os recursos financeiros necessários foram conseguidos através da Word Wildlife Fund (WWF), na pessoa de seu presidente Sir Peter Scott, que, naquela época, comandava outra entidade importante da estrutura burocrática inglesa, a Sociedade para a Preservação da Fauna e da Flora, cujo objetivo era a manutenção dos privilégios imperiais britânicos travestidos de conservação da natureza, sobretudo através da ampliação de parques nacionais, estendidos a todos os continentes.
Outra fonte financeira da citada organização foi o irmão de Edward Goldsmith, o magnata James Goldsmith que, juntamente com os seus primos da família Rothschild, é um dos principais patrocinadores do movimento ambientalista mundial.
É importante enfatizar que a Survival International foi concebida para ser um braço indigenista da WWF, e que da sua criação até a edição do decreto de Fernando Collor, em 1991, pode-se destacar nela três grandes fases:
A Primeira, também chamada de "reconhecimento do terreno", com as referidas viagens à região dos diretores da organização, que durou até 1976, com a expulsão do país pelo Governo Federal de Kenneth Taylor e Bruce Albert.
A Segunda, aconteceu a partir da mudança de estratégia, isto é, "nacionalizando" a campanha. Para isso, Bruce Albert, participou, em 1978, da comissão Pro-Criação do Parque Ianomami (CCPY), cuja presidência, ficou nas mãos de uma fotógrafia suiça, naturalizada brasileira, chamada Cláudia Andujar, que começou a atuar como braço do lobby oligárquico britânico, constituindo-se como principal propagandista perante as autoridades brasileira, junto ao Congresso, à grande imprensa brasileira, aos intelectuais, aos religiosos, aos cientistas, aos grupos privados brasileiros, etc. Ao mesmo tempo foi deflagrada uma saraivada de pressões internacionais contra o Brasil, tendo a Survival International lançado publicações denominadas de "Boletins de Ação Urgente", destinada a um público determinado. Essa campanha de pressões incluía ações contra o Brasil ao nível da ONU, da OEA e da OIT.
A Segunda fase encerrou-se com a apresentação, no Senado da República, do Projeto de Lei nº 379/85, assinado, mas não de autoria do Senador, paulista, Severo Gomes, pois a autoria do projeto foi da CCPY.
A Terceira fase da estratégia foi iniciada por um episódio que, até certo ponto, pode-se pensar não ter sido programado, do qual foi tirado grande vantagem, qual seja, o assassinato do líder seringueiro Chico Mendes, em dezembro de 1988, no Acre, desencadeando uma descarada campanha de pressões internacionais contra o Brasil.
Dando continuidade à estratégia, no ano seguinte, o "líder" Ianomami Davi Kopennawa foi contemplado com o Prêmio Global 500 da ONU, sendo, ainda convidado pela Survival International para realizar uma viagem pelo continente europeu, durante a qual recebeu magistral cobertura da imprensa internacional.
No mesmo ano, precisamente em 14 de setembro, paralelamente à publicação de um contundente editorial da Revista The Economist sobre a Amazônia, aconteceu, em Londres, uma grandiosa manifestação em frente à Embaixada brasileira, com os manifestantes protestando contra a devastação da Amazônia. Além da Survival International, outras ONGs famosas participaram da referida manifestação, tais como: Friends of the Earth, Greenpeace, Oxfam e Forest Peopols Support Group. Dias depois, aconteceu, também na Inglaterra, em Sheffielld, o Simpósio intitulado "Amazônia: Meio Ambiente de Quem? Luta de Quem?, com o objetivo de organizar uma federação de ONGs para patrulhar as campanhas ambientais na Amazônia. Os organizadores desse conclave foram as ONGs Brazil Network e Instituto Católico de Relações Internacionais(CIIR).
No Brasil o contato com ditas organizações, é o Instituto de Estudos Econômicos e Sociais (INESC), com sede na capital da República, onde exerce a missão de lobby junto ao Congresso Nacional.
De acordo com o relato de Palácios e Carrasco a frequência com que deparamos com a Inglaterra, quando investigamos os bastidores da campanha ambientalista contra o Brasil, não constitui mera coincidência, pois, como se percebe, naquele país, se encontra a cabeça da "hidra verde". Não admira, pois, que em vidros de automóveis ingleses, tenham aparecido plásticos com a inscrição SALVE A FLORESTA; QUEIME UM BRASILEIRO.
No ano de 1989, o INESC, em cooperação com as ONGs dos EUA, patrocinou a visita de vários líderes indígenas brasileiros àquele país.
A ofensiva final ocorreu em 1990, com o reconhecimento das pressões, destacando-se a sugestão de "renúncia à parcela de soberania" sobre a Amazônia, apresentada pelos líderes franceses François Mitterand e Michel Rocard na Conferência de Haia, além da proposta de troca da "dívida por natureza", feita pelo Vice-Primeiro Ministro holandês Rudolf de Koorte, na mesma época. (Almanaque Republicano Opus Cit)
Nesse mesmo ano, a "agenda verde" se constituiu num outro instrumento de pressão pelo qual se impôs às nações amazônicas a chamada Nova Ordem Mundial, concebida pelo então Presidente dos EUA, George Bush e executada através de sua aliança com a Primeira Ministra da Inglaterra, Margareth Thatcher e o líder soviético Mikail Gorbachov.
Segundo narrativa dos mencionados jornalistas, as pressões renovadas, produziram efeito com o avento do Governo de Fernando Collor de Melo, sensível a tais inflências externas, como ficou evidenciado pela presença do fanático ambientalista José Lutzenberger, um íntimo do Príncipe Charles, que introduziu, no governo, as pontas reivindicatórias de seu colega das redes ambientalistas internacionais, o que não admira já que além dos seus múltiplos contatos entre elas, ele recebia - e, talvez ainda receba - importantes doações financeiras da Gaia Foudation da Inglaterra, como provou a revista Executive Intelligence Review(EIR)
Ainda no ano de 1990, a Survival International patrocinou ampla divulgação daquilo que o Príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, o chamou de "pavoroso genocídio coletivo dos Ianomami". A partir desse fato, a Survival International, a Oxfam e o CIIR, iniciaram contatos formais com autoridades do governo britânico sobre a Questão Ianomami, provocando uma série de debates no Parlamento daquele país.
Em maio, o Ministro do Meio Ambiente do Brasil, Sr. Lutzemberger visitou Londres, a convite do Príncipe Charles, levando em sua agenda a discussão sobre assuntos ambientais e a Questão Ianomami e a possível visita ao Brasil do herdeiro do Trono Britânico. No retorno, o Ministro brasileiro entregou ao Presidente Fernando Collor as preocupações da comunidade internacional, particularmente em ralação aos Ianomami.
Em outubro, a Ministra britânica do Desenvolvimento do Ultramar, Lynda Chalker, em estada no Brasil, já preparando a visita do Príncipe Charles ao país, participou de um Seminário patrocinado pelo seu ministério e pela Empresa Imperial Chemical Industries, ocasião em que ofereceu apoio do seu ministério a um program de ajuda médica para as comunidades Ianomami.
Naquele mesmo ano, o conlúio do governo Collor com as pressões internacionais permitiu a invasão descarada das ONGs às terras Ianomami.
Em abril de 1991, aconteceu a tão badalada visita do Príncipe Charles ao Brasil. Na sua comitiva vieram, dentre outras personalidades internacionais: o Ministro do Meio Ambiente da Inglaterra, David Tripper; o Diretor da Agência de Proteção Ambiental dos EUA, William Reilly, o Coordenador de Meio Ambiente da Comunidade Europeia, Carlos Ripa i Meana e o Presidente da Bristish Petroleum, Robert Horton. Naquela oportunidade, Charles realizou um Seminário, de dois dias, a bordo do Iate Real Brittania ancorado no rio Amazonas, sobre assuntos ambientalistas e a Questão Ianomami ao qual compareceram o Presidente Fernando Collor e seu Ministro do Meio Ambiente Lutzemberger.
Em junho, num artifício estratégico que reforçou as pressões sobre o Brasil, o então Presidente da Venezuela, Carlos Andrés Peres, assinou um Decreto determinando a criação da Reserva da Biosfera Alto Orinoco-Casiquiare, delimitando uma reserva para os Ianomami venezuelanos, contígua à brasileira.
Em seguida, ainda no mês de junho, Fernando Collor visitou Washington, ocasião em que o Presidente George Bush foi portador de uma mensagem assinada por oito senadores do Partido Democrata Americano, pedindo a Bush que pressionasse o Presidente brasileiro a fim de que fosse acelarada a demarcação da Reserva Ianomami.
Em outubro, Fernando Collor recebeu dois enviados internacionais para discutir o assunto. Eram eles, o Diretor da WWF, Hernner Ehringhous e o Deputado americano John Batter.
Em 15 de novembro de 1991, o Presidente brasileiro deu o tiro de misericórdia assinando o decreto que demarcava a Reserva Ianomami, com uma área em torno de 10 milhões de hectares, quase do tamanho de Portugal.
Como se pode verificar, a demarcação da área Ianomami foi o principal objetivo de toda a ofensiva ambientalista internacional sobre a Região Amazônica, comandada pela oligarquia britânica interessada nas riquezas de solo e subsolo nela existentes.
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Notícia interessante.
SÃO PAULO (Reuters) - Dois anos depois do início da polêmica sobre a marca comercial do cupuaçu, o Escritório Japonês de Patentes decidiu nesta segunda-feira cancelar o registro de uma empresa japonesa, atendendo a pedido de entidades brasileiras.
Fruta amazônica apreciada no exterior para uso na indústria alimentícia e de cosméticos, o cupuaçu tornou-se o centro de uma polêmica depois que a empresa japonesa Asahi Foods registrou, em 2002, seu nome como uma marca comercial, impedindo sua exportação pelos produtores brasileiros.
O pedido para anulação do registro da marca foi feito pela Amazonlink, ONG que defende os recursos da Amazônia, e pelo Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), entidade que une mais de 500 associações de produtores da região.
A informação sobre a decisão japonesa foi dada pelo advogado da Amazonlink, Eugênio Pantoja.
Com a decisão, a empresa japonesa já não tem mais a exclusividade do uso da ``marca'' cupuaçu. Até então, os produtores brasileiros que comercializavam a fruta no exterior eram obrigados a pagar royalties aos japoneses sempre que o nome "cupuaçu'' aparecia nas embalagens do produto in natura ou de seus derivados, incluído na lista de ingredientes.
Segundo Pantoja, na avaliação da Amazonlink, a decisão tem um valor ainda maior do que apenas o comercial.
''É uma batalha ganha contra as multinacionais que chegam e se apropriam das riquezas do país, mais especificamente da Amazônia, sem nenhum escrúpulo'', disse o advogado.
Outro motivo positivo, segundo o advogado, é que a decisão é definitiva. ``Agora a Asahi não pode mais recorrer administrativamente e é bem pouco provável que recorra juridicamente, pois o parecer do escritório de patentes no Japão foi totalmente contrário ao pedido da Asahi.''
PEDÁGIO
Desde o registro da patente, os produtores brasileiros que comercializam a fruta no exterior eram obrigados, teoricamente, a pagar royalties aos japoneses sempre que o nome cupuaçu aparecia nas embalagens do produto in natura ou de seus derivados, incluído na lista de ingredientes.
Mas Solange Mota, proprietária da Sucos da Amazônia S.A. (Sucasa) -localizada no Pará, principal Estado produtor de cupuaçu, com cerca de 6.500 toneladas por ano-, afirmou que nunca recebeu qualquer cobrança da detentora da marca. A Sucasa exporta polpa de cupuaçu para Portugal, Itália e Estados Unidos desde 2000.
Segundo ela, a empresa, com sede em Castanhal, era a única da Região Norte que estava conseguindo vender o produto no mercado externo.
''A Seicom (Secretaria Executiva de Indústria, Comércio e Mineração do Pará) pediu que eu enviasse ao Itamaraty recibos de embarque do produto, como prova de que eu exportava antes de a Asahi ter exclusividade do uso do nome'', disse Solange.
A documentação foi enviada ao escritório de patentes no Japão como argumento para anulação do registro obtido pela Asahi.
CUPULATE
No mês passado, o órgão japonês já havia acatado um outro pedido, feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), contra a tentativa da Asahi Foods de registrar o processo de obtenção do cupulate, um chocolate feito da semente do cupuaçu. A Embrapa Amazônia Oriental foi pioneira na descoberta desse processo, desenvolvendo-o na década de 80.
A advogada Simone Ferreira, da Gerência de Propriedade Intelectual da Embrapa, não acredita em uma eventual reversão do veredicto, ainda que a Asahi tenha direito a recurso.
''O exame de um processo de patente é mais demorado e cuidadoso que o de marca, por isso a empresa também tem poucas chances de argumentar a seu favor no caso do cupulate.''
NA EUROPA
A Asahi Foods já registrou o nome cupuaçu em um escritório de patentes em Munique, na Alemanha.
Para evitar novos direitos de uso do nome da fruta na Europa, o Ministério das Relações Exteriores entrou com pedido de cancelamento do registro no Instituto de Harmonização do Mercado Interno Europeu, em Alicante, na Espanha. A Amazonlink foi uma das entidades que deram subsídio à ação do ministério.
SÃO PAULO (Reuters) - Dois anos depois do início da polêmica sobre a marca comercial do cupuaçu, o Escritório Japonês de Patentes decidiu nesta segunda-feira cancelar o registro de uma empresa japonesa, atendendo a pedido de entidades brasileiras.
Fruta amazônica apreciada no exterior para uso na indústria alimentícia e de cosméticos, o cupuaçu tornou-se o centro de uma polêmica depois que a empresa japonesa Asahi Foods registrou, em 2002, seu nome como uma marca comercial, impedindo sua exportação pelos produtores brasileiros.
O pedido para anulação do registro da marca foi feito pela Amazonlink, ONG que defende os recursos da Amazônia, e pelo Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), entidade que une mais de 500 associações de produtores da região.
A informação sobre a decisão japonesa foi dada pelo advogado da Amazonlink, Eugênio Pantoja.
Com a decisão, a empresa japonesa já não tem mais a exclusividade do uso da ``marca'' cupuaçu. Até então, os produtores brasileiros que comercializavam a fruta no exterior eram obrigados a pagar royalties aos japoneses sempre que o nome "cupuaçu'' aparecia nas embalagens do produto in natura ou de seus derivados, incluído na lista de ingredientes.
Segundo Pantoja, na avaliação da Amazonlink, a decisão tem um valor ainda maior do que apenas o comercial.
''É uma batalha ganha contra as multinacionais que chegam e se apropriam das riquezas do país, mais especificamente da Amazônia, sem nenhum escrúpulo'', disse o advogado.
Outro motivo positivo, segundo o advogado, é que a decisão é definitiva. ``Agora a Asahi não pode mais recorrer administrativamente e é bem pouco provável que recorra juridicamente, pois o parecer do escritório de patentes no Japão foi totalmente contrário ao pedido da Asahi.''
PEDÁGIO
Desde o registro da patente, os produtores brasileiros que comercializam a fruta no exterior eram obrigados, teoricamente, a pagar royalties aos japoneses sempre que o nome cupuaçu aparecia nas embalagens do produto in natura ou de seus derivados, incluído na lista de ingredientes.
Mas Solange Mota, proprietária da Sucos da Amazônia S.A. (Sucasa) -localizada no Pará, principal Estado produtor de cupuaçu, com cerca de 6.500 toneladas por ano-, afirmou que nunca recebeu qualquer cobrança da detentora da marca. A Sucasa exporta polpa de cupuaçu para Portugal, Itália e Estados Unidos desde 2000.
Segundo ela, a empresa, com sede em Castanhal, era a única da Região Norte que estava conseguindo vender o produto no mercado externo.
''A Seicom (Secretaria Executiva de Indústria, Comércio e Mineração do Pará) pediu que eu enviasse ao Itamaraty recibos de embarque do produto, como prova de que eu exportava antes de a Asahi ter exclusividade do uso do nome'', disse Solange.
A documentação foi enviada ao escritório de patentes no Japão como argumento para anulação do registro obtido pela Asahi.
CUPULATE
No mês passado, o órgão japonês já havia acatado um outro pedido, feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), contra a tentativa da Asahi Foods de registrar o processo de obtenção do cupulate, um chocolate feito da semente do cupuaçu. A Embrapa Amazônia Oriental foi pioneira na descoberta desse processo, desenvolvendo-o na década de 80.
A advogada Simone Ferreira, da Gerência de Propriedade Intelectual da Embrapa, não acredita em uma eventual reversão do veredicto, ainda que a Asahi tenha direito a recurso.
''O exame de um processo de patente é mais demorado e cuidadoso que o de marca, por isso a empresa também tem poucas chances de argumentar a seu favor no caso do cupulate.''
NA EUROPA
A Asahi Foods já registrou o nome cupuaçu em um escritório de patentes em Munique, na Alemanha.
Para evitar novos direitos de uso do nome da fruta na Europa, o Ministério das Relações Exteriores entrou com pedido de cancelamento do registro no Instituto de Harmonização do Mercado Interno Europeu, em Alicante, na Espanha. A Amazonlink foi uma das entidades que deram subsídio à ação do ministério.
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Interessante post Malandro, obrigado! Fico esperando sua análise sobre a solução chilena para a previdência - se não me engano, seria um a solução boa mas é preciso uma quantidade absurda de dinheiro para iniciar o processo, coisa completamente impossível Brasil da responsabilidade fiscal. Não quis falar nada porque esperava mesmo sua análise,
abraço,
abraço,