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Mensagem
por Clermont » Sáb Mai 03, 2003 2:58 am
Talvez o Brasil devesse ter mantido sua estrutura militar como era, antes de 1942, com a criação da Aeronáutica. Afinal, a maior parte da FAB de hoje em dia, ou é uma força de apoio ao Exército (aviação de transporte de tropas; esquadrões de ataque ao solo) ou de apoio à Marinha (aviação de patrulha e salvamento). Dadas as dimensões do poderio militar brasileiro, talvez tivesse sido mais econômico manter a Marinha e o Exército com suas armas aéreas.
Mas isso é, apenas, um pensamento teórico. A Aeronáutica existe e deve continuar assim. Logo, não seria bom introduzir mudanças excessivamente radicais como subtrair uma função de uma força (no exemplo citado, a patrulha marítima) e transferí-la para outra força. Talvez, com uma única exceção: realmente, com a criação da Aviação do Exército, qual seria o número adequado de helicópteros a ser mantido pela Aeronáutica?
Agora, o que seria importante talvez fosse a criação de comandos combinados setoriais nas Forças Armadas. Por exemplo, um hipotético comando combinado de patrulha marítima, constituído por efetivos da FAB e da Marinha, sob um comandante único, centralizando todo o planejamento, treinamento, aquisição de meios aéreos e navais. Tal medida poderia ser bem eficiente para incrementar a eficiência da proteção às águas territorias brasileiras.
Quanto à Guarda Costeira, (aliás, me lembrei de alguém que achava engraçado o Brasil desejar possuir submarinos nucelares, sem ter, sequer, uma Guarda Costeira) eu sei que a Marinha não abriria mão do seu controle. Mais ou menos, como o Exército não abre mão do controle das Polícias Militares estaduais. Bem, a mim pareceria uma idéia melhor colocar uma hipotética Guarda Costeira brasileira sob controle do Ministério da Justiça (talvez vinculada à Polícia Federal) em tempo de paz. Apenas em tempo de guerra, ela deveria ser posta sob controle operacional da Marinha.