Fernão de Magalhães: ou Magallanes?
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A eterna origem de Colombo. Não nos esqueçamos, porém, que ele era burro.
NÃO SERIA UM BELGA ??????????
Por outro lado, li um livre que especulava que Vasco da Gama possuísse raízes inglesas ...
Claro, era nascido em Portugal, mas parte de sua ascendência, sugeriu-se, seria britânica.
É realmente interessante observar as cordiais discordâncias entre os ibéricos. Fora por isso que sugeri o tópico.
Mas senhores europeus, se possível, continuemos com o Oceano Pacífico das Grandes Navegações, sob as óticas portuguesa e castelhana.
Na biografia de Magalhães/Magallanes (este, um ex-jogador de futebol da pobre - e desclassificada - Celeste Olímpica . O Uruguai está repleto de descendente de portugueses, que espanholaram seus sobrenomes), que li, suger-se-iu (em realidade, especulou-se) que Portugal mandara uma esquadra rastrear o grande navegador. Tudo sem provas, mas se especulou ...
O Oceano Pacífico, pois. A rota Filipinas/México era realmente desimportante ? E as especiarias das ìndias, não foram comercializadas pelos castelhanos ?
Grato, amigos ...
NÃO SERIA UM BELGA ??????????
Por outro lado, li um livre que especulava que Vasco da Gama possuísse raízes inglesas ...
Claro, era nascido em Portugal, mas parte de sua ascendência, sugeriu-se, seria britânica.
É realmente interessante observar as cordiais discordâncias entre os ibéricos. Fora por isso que sugeri o tópico.
Mas senhores europeus, se possível, continuemos com o Oceano Pacífico das Grandes Navegações, sob as óticas portuguesa e castelhana.
Na biografia de Magalhães/Magallanes (este, um ex-jogador de futebol da pobre - e desclassificada - Celeste Olímpica . O Uruguai está repleto de descendente de portugueses, que espanholaram seus sobrenomes), que li, suger-se-iu (em realidade, especulou-se) que Portugal mandara uma esquadra rastrear o grande navegador. Tudo sem provas, mas se especulou ...
O Oceano Pacífico, pois. A rota Filipinas/México era realmente desimportante ? E as especiarias das ìndias, não foram comercializadas pelos castelhanos ?
Grato, amigos ...
- joaolx
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alexandre lemos escreveu:Na biografia de Magalhães/Magallanes (este, um ex-jogador de futebol da pobre - e desclassificada - Celeste Olímpica . O Uruguai está repleto de descendente de portugueses, que espanholaram seus sobrenomes),
Ao que sei Portugal teve no que é hoje o territorio do Uruguai uma colonia, a Colónia de Sacramento...
- pt
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As Indias das especiarias, estavam fora da linha de Tordesilhas. As Filipinas nunca tiveram um importância de maior para a coroa castelhana.
Na realidade as colónias de Castela e mais tarde de Espanha, estavam muito longe do que era realmente a parte importante do império dos Habsburgos e depois dos Bourbon.
Os portugueses, que sabiam já qual era o tamanho do planeta, no tempo de Colombo, sabiam perfeitamente que não era viável efectuar a ligação entre a Europa e a India navegando para ocidente. Só não sabiam que no meio estava a américa (embora já tivessem calculado com exactidão a dimensão do planeta).
Logo, a ligação via oceano Pacífico sempre foi um parente pobre.
Curiosamente, as rivalidades entre portugueses e castelhanos continuaram mesmo durante o periodo de 60 anos em que Portugal e Castela tiveram o mesmo rei.
Os portugueses conheciam melhor as dimensões do mapa, e as Filipinas, se se cumprisse o tratado de Tordesilhas, seriam portuguesas e não castelhanas.
Mas a verdade é que o que interessava realmente os portugueses era o oceano indico e as riquezas da India (A India incluia as costas do que é hoje Moçambique, até às costas do que é hoje a Tailandia).
As questões ligadas à colónia de sacramento prendem-se com outro periodo histórico, pois Portugal achava que a fronteira natural entre Portugal e a Espanha deveria ser o rio da prata. Logo, o Uruguai, deveria ser o extremo sul do Brasil.
Cumprimentos
Na realidade as colónias de Castela e mais tarde de Espanha, estavam muito longe do que era realmente a parte importante do império dos Habsburgos e depois dos Bourbon.
Os portugueses, que sabiam já qual era o tamanho do planeta, no tempo de Colombo, sabiam perfeitamente que não era viável efectuar a ligação entre a Europa e a India navegando para ocidente. Só não sabiam que no meio estava a américa (embora já tivessem calculado com exactidão a dimensão do planeta).
Logo, a ligação via oceano Pacífico sempre foi um parente pobre.
Curiosamente, as rivalidades entre portugueses e castelhanos continuaram mesmo durante o periodo de 60 anos em que Portugal e Castela tiveram o mesmo rei.
Os portugueses conheciam melhor as dimensões do mapa, e as Filipinas, se se cumprisse o tratado de Tordesilhas, seriam portuguesas e não castelhanas.
Mas a verdade é que o que interessava realmente os portugueses era o oceano indico e as riquezas da India (A India incluia as costas do que é hoje Moçambique, até às costas do que é hoje a Tailandia).
As questões ligadas à colónia de sacramento prendem-se com outro periodo histórico, pois Portugal achava que a fronteira natural entre Portugal e a Espanha deveria ser o rio da prata. Logo, o Uruguai, deveria ser o extremo sul do Brasil.
Cumprimentos
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joaolx escreveu:alexandre lemos escreveu:Na biografia de Magalhães/Magallanes (este, um ex-jogador de futebol da pobre - e desclassificada - Celeste Olímpica . O Uruguai está repleto de descendente de portugueses, que espanholaram seus sobrenomes),
Ao que sei Portugal teve no que é hoje o territorio do Uruguai uma colonia, a Colónia de Sacramento...
1) Boa parte da nossa rivalidade com a Argentina começou aí. Brasil e Argentina, sob muitos aspectos, levaram adiante os projetos imperiais de Portugal e Espanha. Talvez o grande mérito que vocês, portugueses nos legaram, foi a indivisibilidade do Brasil. Jamais se tolerou aqui a secessão, como ocorrera no resto da América Espanhola.
Lembro em um post do Degan reclamar que os portugueses eram mui mais solidários com o Brasil (e vice-versa) do que os espanhóis com o resto de suas colônias. Sinceramente, acho que tenhamos esse bem-querer mútuo, mesmo porque, no Brasil, NUNCA OCORRERAM RUPTURAS. Até nossa independência foi consensuada (blargh !! palavra feia), sem maiores perdas do status quo (nossos governantes, por duas gerações, pertenceram à Coroa Portuguesa). Grandes mágoas, pois, não sobreviveram, talvez ao contrário dos nossos vizinhos .
O atual Uruguai, se não me engano, era chamada de Província Cisplatina, um desafio da Coroa Portuguesa, no Prata, em frente a Buenos Aires.
Se compararmos com a Argentina, de fato perceberemos uma muito maior quantidade de negros, uma característica do modo de produção econômico escravagista dos lusos. A Argentina - e isso quem disse foi Ernesto Sábato -, efetuou uma política de embranquecimento, sendo que boa parte dos descendentes africanos pereceram na Guerra do Paraguai.
Ainda olhando a gloriosa Celeste Olímpica, percebemos, a par dos inevitáveis sobrenomes italianos - lembram-se do ENzo Francescoli ? E do Ghigia ? -, uma enormidade de sobrenomes portugueses: Coelho (Conejo), Almeida, Varela, Magallanes, Pereira (Perera), Fonseca, Rocha, Paz, Morales, etc e etc.
2) E aquele país mítico, que Portugal alcançou primeiro? Sim, o Japão ? Se não me engano, em Hiroshima até hoje há uma grande quantidade de católicos, doutrinados que foram por padres (franciscanos? jesuítas?) portugueses.
E o comércio com a China?
3) As especiarias, pois, eram comercializadas principalmente por Portugal e Holanda, certo ?
4) Volvendo ao tópico, qual a impressão portuguesa acerca de Magalhães?
saudações vascaínas ...
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pt escreveu:Porque diacho é assim tão esquisito considerar a hipotese de o tal Collona, ser de facto português?
A ignorância é tão atrevida, quanto o saber é prudente.
Cumprimentos
Mas peraí, índio: Maquiavel, n'O Príncipe', discorre abundantemente sobre as turras em que viviam os Orsini e os...Colonna - para ele italianos. Se me disseres que eles eram portugueses, vai ser bem brabo de engolir...
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alexandre lemos escreveu:O Oceano Pacífico, pois. A rota Filipinas/México era realmente desimportante ? E as especiarias das ìndias, não foram comercializadas pelos castelhanos ?
La ruta Filipinas-Acapulco era relativamente importante, pero larga y peligrosa para un navío de aquella época. Piense que eran miles de millas en océano abierto frecuentado por tifones. Al ser tan peligrosa, no era muy utilizada.
A cambio, tenía la ventaja de la ausencia de piratas y de buques de otras naciones europeas. Y unos fabulosos beneficios, por supuesto.
Filipinas no era rica en especias. Era una base inmejorable para el comercio con Asia.
Pongo a continuación un enlace (link) con valiosa información sobre la ruta Filipinas-Acapulco: Galeón de Manila
Lembro em um post do Degan reclamar que os portugueses eram mui mais solidários com o Brasil (e vice-versa) do que os espanhóis com o resto de suas colônias. Sinceramente, acho que tenhamos esse bem-querer mútuo, mesmo porque, no Brasil, NUNCA OCORRERAM RUPTURAS. Até nossa independência foi consensuada (blargh !! palavra feia), sem maiores perdas do status quo (nossos governantes, por duas gerações, pertenceram à Coroa Portuguesa). Grandes mágoas, pois, não sobreviveram, talvez ao contrário dos nossos vizinhos .
La llamada "guerra de independencia" de los virreinatos españoles en América fue, ante todo, una guerra civil en la que lucharon americanos. Los españoles europeos tenían demasiados problemas por entonces como para poder intervenir de forma significativa. Si todos los americanos hubieran estado de acuerdo, esa guerra hubiese durado una semana, como mucho, pues la presencia militar peninsular era escasa.
De esas querellas internas surgieron también los distintos paises. Seamos sinceros: un mexicano y un chileno nada tenían en común, excepto la obligada obediencia al Rey.
Ainda olhando a gloriosa Celeste Olímpica, percebemos, a par dos inevitáveis sobrenomes italianos - lembram-se do ENzo Francescoli ? E do Ghigia ? -, uma enormidade de sobrenomes portugueses: Coelho (Conejo), Almeida, Varela, Magallanes, Pereira (Perera), Fonseca, Rocha, Paz, Morales, etc e etc.
Los apellidos Varela, Pereira, Fonseca, Paz o Morales también son típicos de España. No olvide que España y Portugal son sociedades cercanas (aunque a algún acomplejado no le guste)
Cumprimentos, e escuse por utilizar o espanhol: não tenho tempo para traduzir
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[quote="alexandre lemos"]
2) E aquele país mítico, que Portugal alcançou primeiro? Sim, o Japão ? Se não me engano, em Hiroshima até hoje há uma grande quantidade de católicos, doutrinados que foram por padres (franciscanos? jesuítas?) portugueses.
Sim isso é verdade, e em Nagasaki tambem.
Foram os Portugueses que introduziram a arma de fogo na sociedade Japonesa na epoca, se reparares Obrigado em Japones diz-se Arigato.
Mas a India sempre foi a Joia da coroa, o interesse pelo extremo oriente era marginal.
2) E aquele país mítico, que Portugal alcançou primeiro? Sim, o Japão ? Se não me engano, em Hiroshima até hoje há uma grande quantidade de católicos, doutrinados que foram por padres (franciscanos? jesuítas?) portugueses.
Sim isso é verdade, e em Nagasaki tambem.
Foram os Portugueses que introduziram a arma de fogo na sociedade Japonesa na epoca, se reparares Obrigado em Japones diz-se Arigato.
Mas a India sempre foi a Joia da coroa, o interesse pelo extremo oriente era marginal.
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joaolx escreveu:alexandre lemos escreveu:
2) E aquele país mítico, que Portugal alcançou primeiro? Sim, o Japão ? Se não me engano, em Hiroshima até hoje há uma grande quantidade de católicos, doutrinados que foram por padres (franciscanos? jesuítas?) portugueses.
Sim isso é verdade, e em Nagasaki tambem.
Foram os Portugueses que introduziram a arma de fogo na sociedade Japonesa na epoca, se reparares Obrigado em Japones diz-se Arigato.
Mas a India sempre foi a Joia da coroa, o interesse pelo extremo oriente era marginal.
El primer misionero cristiano que llegó a Japón fue el jesuita español Francisco Javier, santo de la Iglesia católica. Los jesuitas permanecieron en Japón durante unos cincuenta años hasta su expulsión a principios del siglo XVII. Ignoro si entre ellos había mayoría de portugueses o de españoles, aunque supongo que a ellos les daría lo mismo puesto que su misión no era la de enseñar su bandera, sino la de predicar su religión.
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- Rui Elias Maltez
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Em qualquer caso ele não deu verdadeiramente a volta ao mundo.
Morreu (foi morto) a meio da viagem, nas Molucas.
Quem a completou foi o Sebastião del Cano, que como se sabe era natural de Lisboa, mais propriamente da Travessa do Capelão
Era conhecido como tendo levado o bacalhau para Espanha, que se tornou famoso sob o nome de "bacalhau á biscainha".
Morreu (foi morto) a meio da viagem, nas Molucas.
Quem a completou foi o Sebastião del Cano, que como se sabe era natural de Lisboa, mais propriamente da Travessa do Capelão
Era conhecido como tendo levado o bacalhau para Espanha, que se tornou famoso sob o nome de "bacalhau á biscainha".
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Rui Elias Maltez escreveu:Mas eu acho que acabámos por ficar a ganhar:
Os espanhois ficaram com a prata e com o ouro e já o gastaram.
Curioso o que afirmas...
Em Economia politica estuda-se este periodo da economia Espanhola e nossa tb, e a conclusão foi que o enorme afluxo de moeda que chegava ao reino sem actividade economica correspondente só serviu foi para minar a economia no médio prazo...tendo um efeito bastante negativo, pois toda a divisa obtida era pura e simplesmente gasto servindo para comprar artigosd ao exterior deixando de se produzir internamente...deixando de se investir...
Qd as minas começaram a secar...começaram os problemas...
Parece Portugal face ao fim dos aopios comunitários...