UMA ARMADA DESARMADA
Moderador: Conselho de Moderação
- Morcego
- Sênior
- Mensagens: 9018
- Registrado em: Sáb Mai 01, 2004 12:27 pm
- Localização: Santos/SP
- Agradeceu: 1 vez
- Agradeceram: 9 vezes
- Contato:
UMA ARMADA DESARMADA
Defesa
Uma armada desarmada
Contingenciamento de verbas
impede implementação de plano
de reequipamento de US$ 7 bilhões
da Marinha brasileira
Eduardo Hollanda
O plano de reequipamento já está pronto desde o final do governo Fernando Henrique Cardoso. O valor, US$ 7 bilhões, a serem gastos em 18 anos, a contar de 2002. Mas a realidade da Marinha brasileira é bem diferente. Com os recursos cronicamente contingenciados – até o final do ano, já deveriam ter sido investidos cerca de US$ 3 milhões –, nenhum dos principais pontos do programa, que colocaria a Força Naval em condições de realmente defender o litoral brasileiro e os 4,5 milhões de quilômetros quadrados da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) e do prolongamento da Plataforma Continental (a chamada Amazônia Azul), foi iniciado. O País está precisando de novas fragatas, de mais corvetas e navios-patrulha, de novos helicópteros e de modernização ou substituição dos A-4 Skyhawk que equipam o porta-aviões São Paulo. No geral, toda a esquadra vai precisar de modernização nos próximos anos, o que está previsto no plano.
A situação é mais crítica com relação aos submarinos. O Tikuna, versão maior
e mais rápida do que os quatro da classe Tupi (projeto alemão, o IKL-209,
adaptado depois no Brasil), depois de mais de sete anos em construção, quando mais parecia uma interminável obra de igreja, só deverá entrar em serviço em dezembro. Pelo programa original, ele teria um irmão, mas a Marinha desistiu de construí-lo para partir logo para o chamado Submarino Médio Brasileiro (SMB), com oito metros de diâmetro, dois a mais que a classe Tupi, e 67 metros de comprimento. Mais importante: será construído com casco duplo, exigência fundamental para a construção de um futuro submarino nuclear. O SMB (a idéia é fazer dois) já deveria estar em construção no Arsenal de Marinha, onde foram construídos três da classe Tupi e o Tikuna. Cada ano de atraso complica a situação. A Venezuela, por exemplo, que tem submarinos IKL-209 semelhantes aos do Brasil, quer trocá-los pelos franco-espanhóis Scorpène, do mesmo tamanho e tecnologia esperados no SMB, que já foram oferecidos ao Brasil, incluindo transferência total de tecnologia. O Chile já comprou dois, enquanto a Índia vai construir nada menos que seis. Pelo programa original da Marinha, US$ 400 milhões seriam gastos no submarino nuclear, que já consumiu quase US$ 1 bilhão no desenvolvimento dos reatores, em componentes e no projeto.
No que se refere aos demais navios de superfície, a situação das seis fragatas
da classe Niterói, construídas nos anos 70, é até boa. O programa de modernização está quase no final e, embora de desenho antigo para os padrões de hoje, passaram a ser equipadas com o que há de mais moderno em termos de equipamentos eletrônicos e armamento. Já a classe Greenhalgh está começando
a sentir os efeitos do dinheiro curto. Uma, a Dodsworth, foi desativada no ano passado, transformando-se em uma espécie de depósito de peças de reposição para as três restantes.
As quatro corvetas da classe Inhaúma, também projeto brasileiro, deveriam ter sido acompanhadas por um número igual da classe Barroso, que é um modelo um pouco mais comprido. A Barroso segue em construção, no mesmo ritmo de obra de igreja do Tikuna, e, se não houver dinheiro, a nova classe pode ficar em uma só. Dos contratorpedeiros classe Pará (tipo Garcia, comprados dos EUA) hoje sobrou apenas um. Faltam também pelo menos dez navios-patrulha da classe Grajaú para fazer o patrulhamento diário das costas e dos campos de petróleo.
Mesmo quando se analisa a situação do São Paulo, navio-aeródromo francês dos anos 60 e altamente operacional, é preciso uma modernização dos jatos A-4 Skyhawk ou sua troca pelos Rafale franceses ou os russos Sukhoi-30. E os veteranos helicópteros de ataque Sea King devem ser trocados ou passar por ampla modernização. E é imprescindível que a Marinha disponha de aviões-radar (ou helicópteros) para ter a arma decisiva em uma guerra, a detecção à distância do inimigo, especialmente aviões equipados com mísseis. Radar para isso já existe, o mesmo que equipa os aviões da Embraer usados no projeto Sivam/Sipam. Mas, sem dinheiro, nada vai acontecer.
Uma armada desarmada
Contingenciamento de verbas
impede implementação de plano
de reequipamento de US$ 7 bilhões
da Marinha brasileira
Eduardo Hollanda
O plano de reequipamento já está pronto desde o final do governo Fernando Henrique Cardoso. O valor, US$ 7 bilhões, a serem gastos em 18 anos, a contar de 2002. Mas a realidade da Marinha brasileira é bem diferente. Com os recursos cronicamente contingenciados – até o final do ano, já deveriam ter sido investidos cerca de US$ 3 milhões –, nenhum dos principais pontos do programa, que colocaria a Força Naval em condições de realmente defender o litoral brasileiro e os 4,5 milhões de quilômetros quadrados da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) e do prolongamento da Plataforma Continental (a chamada Amazônia Azul), foi iniciado. O País está precisando de novas fragatas, de mais corvetas e navios-patrulha, de novos helicópteros e de modernização ou substituição dos A-4 Skyhawk que equipam o porta-aviões São Paulo. No geral, toda a esquadra vai precisar de modernização nos próximos anos, o que está previsto no plano.
A situação é mais crítica com relação aos submarinos. O Tikuna, versão maior
e mais rápida do que os quatro da classe Tupi (projeto alemão, o IKL-209,
adaptado depois no Brasil), depois de mais de sete anos em construção, quando mais parecia uma interminável obra de igreja, só deverá entrar em serviço em dezembro. Pelo programa original, ele teria um irmão, mas a Marinha desistiu de construí-lo para partir logo para o chamado Submarino Médio Brasileiro (SMB), com oito metros de diâmetro, dois a mais que a classe Tupi, e 67 metros de comprimento. Mais importante: será construído com casco duplo, exigência fundamental para a construção de um futuro submarino nuclear. O SMB (a idéia é fazer dois) já deveria estar em construção no Arsenal de Marinha, onde foram construídos três da classe Tupi e o Tikuna. Cada ano de atraso complica a situação. A Venezuela, por exemplo, que tem submarinos IKL-209 semelhantes aos do Brasil, quer trocá-los pelos franco-espanhóis Scorpène, do mesmo tamanho e tecnologia esperados no SMB, que já foram oferecidos ao Brasil, incluindo transferência total de tecnologia. O Chile já comprou dois, enquanto a Índia vai construir nada menos que seis. Pelo programa original da Marinha, US$ 400 milhões seriam gastos no submarino nuclear, que já consumiu quase US$ 1 bilhão no desenvolvimento dos reatores, em componentes e no projeto.
No que se refere aos demais navios de superfície, a situação das seis fragatas
da classe Niterói, construídas nos anos 70, é até boa. O programa de modernização está quase no final e, embora de desenho antigo para os padrões de hoje, passaram a ser equipadas com o que há de mais moderno em termos de equipamentos eletrônicos e armamento. Já a classe Greenhalgh está começando
a sentir os efeitos do dinheiro curto. Uma, a Dodsworth, foi desativada no ano passado, transformando-se em uma espécie de depósito de peças de reposição para as três restantes.
As quatro corvetas da classe Inhaúma, também projeto brasileiro, deveriam ter sido acompanhadas por um número igual da classe Barroso, que é um modelo um pouco mais comprido. A Barroso segue em construção, no mesmo ritmo de obra de igreja do Tikuna, e, se não houver dinheiro, a nova classe pode ficar em uma só. Dos contratorpedeiros classe Pará (tipo Garcia, comprados dos EUA) hoje sobrou apenas um. Faltam também pelo menos dez navios-patrulha da classe Grajaú para fazer o patrulhamento diário das costas e dos campos de petróleo.
Mesmo quando se analisa a situação do São Paulo, navio-aeródromo francês dos anos 60 e altamente operacional, é preciso uma modernização dos jatos A-4 Skyhawk ou sua troca pelos Rafale franceses ou os russos Sukhoi-30. E os veteranos helicópteros de ataque Sea King devem ser trocados ou passar por ampla modernização. E é imprescindível que a Marinha disponha de aviões-radar (ou helicópteros) para ter a arma decisiva em uma guerra, a detecção à distância do inimigo, especialmente aviões equipados com mísseis. Radar para isso já existe, o mesmo que equipa os aviões da Embraer usados no projeto Sivam/Sipam. Mas, sem dinheiro, nada vai acontecer.
Ja havia lido essa reportagem, tirando o fato de eles diserem q nos so temos 20 A-4, d resto foi mttt boa a materia, pena q a grande populacao naum tenha acesso a esse tipo d informacao, mas mostra a triste realidade das nossas FAS, quero ver se entramos em querra com qualquem o q vamos fazer
Apesar de todos os problemas, ainda confio no Brasil
- Túlio
- Site Admin
- Mensagens: 61699
- Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
- Localização: Tramandaí, RS, Brasil
- Agradeceu: 6383 vezes
- Agradeceram: 6733 vezes
- Contato:
Não adianta, só com uma revolução comunista/bolivariana é que se armaria mesmo os milicos daqui, de medo dos ianques... Creio eu, modestamente, que estamos mesmo ferrados... Para arrumar a casa, só correndo com a cambada, e somos muito civilizados para isso...
Será que o DRUSUS é que não está certo?
Talvez um pouco de radicalismo resolvesse...
Ou ainda devemos ter esperança que com o Voto dá para resolver? Pois esse ano a coisa foi boa, naquele lance das armas...
Será que o DRUSUS é que não está certo?
Talvez um pouco de radicalismo resolvesse...
Ou ainda devemos ter esperança que com o Voto dá para resolver? Pois esse ano a coisa foi boa, naquele lance das armas...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
- Matheus
- Sênior
- Mensagens: 6182
- Registrado em: Qui Abr 28, 2005 4:33 pm
- Agradeceu: 341 vezes
- Agradeceram: 432 vezes
7 bilhões de dólares é bastante grana pensando no que é investido hoje. Daria para modernizar o SP(100mi), uns 15 A-4(100mi), comprar armamento para os A-4(150mi) mais uns 3 heli AEW(250mi). Dava pra construir umas 6 Meko A200(2,0bi), investir em 2 SMB-10(600) modernizar os Tupi(200) e investir no SNA(1,0bi). Ainda poderíamos comprar uns SH-60 ex-usaf, terminar a barroso e construir uma segunda unidade, armar mais os fuzileiros, comprar navios de desembarque, tanque, patrulha e ainda comprar uma T-23 daqui uns 10 anos.
Quem sabe ainda sobraria para começar o A-13...
Quem sabe ainda sobraria para começar o A-13...
- Penguin
- Sênior
- Mensagens: 18983
- Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
- Agradeceu: 5 vezes
- Agradeceram: 374 vezes
A-29 escreveu:Em uma pequena pesquisa que fiz para outro tópico descobri que o orçamento brasileiro de defesa destina cerca de 1 bilhão de reais anuais para investimentos... nas três forças! É muito pouco, cerca de apenas 5% do orçamento total.
Ai esta o problema, o X da questao. Os paises mais avancados militarmente destinam mais de 20% do orcamento para investimentos.
A segunda questao chave eh o que estamos fazendo com o nosso orcamento.
- Vinicius Pimenta
- Site Admin
- Mensagens: 12007
- Registrado em: Seg Fev 17, 2003 12:10 am
- Localização: Rio de Janeiro - RJ - Brasil
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 131 vezes
- Contato:
O dinheiro do PRM suficiente por um lado, mas é pouco por outro. Suficiente porque dá pra salvar a MB, mantendo-a capaz. Pouco porque não é capaz de aumentar sua capacidade comparativamente com o que tem hoje.
Óbvio que será mais capaz em relação a hoje, mas o que eu quero dizer é que a MB evoluirá sim, mas as outras também, fazendo com que a distância que as separam hoje se mantenha basicamente a mesma no futuro.
Óbvio que será mais capaz em relação a hoje, mas o que eu quero dizer é que a MB evoluirá sim, mas as outras também, fazendo com que a distância que as separam hoje se mantenha basicamente a mesma no futuro.
Vinicius Pimenta
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
- Rui Elias Maltez
- Sênior
- Mensagens: 13951
- Registrado em: Ter Nov 16, 2004 1:38 pm
- Localização: Sintra, Portugal
- Agradeceram: 1 vez
- Contato:
Colegas:
Daquilo que eu julgo conhecer da MB não me parece que esteja neste momento a bater no fundo, como por exemplo o está a Marinha portuguesa.
O Brasil possui ainda boas plataformas, quer de projecção quer escoltas (o S. Paulo em vias de ser modernizado, uma classe de corvetas Inhauma, que apesar dos problemas de navegabilidade, proporcionam um razoável protecção da costa apenas pecando pelo pequeno número para uma tão extensa costa, de fragatas Niteroi que estão em vias de ficar totalmente modernizadas para daram para mais 10/15 anos, etc).
E têm em reserva as 3 Pará, para além da Type22 que apesar de serem evidentemente desfasadas, ainda possuem algum poder de fogo em caso de absoluta necessidade.
Para além do S. Paulo, tem outros meios de projecção, algo antigos mas ainda em bom estado de operacionalidade.
Em resumo:
A vossa lei de reequipaento da MB parece-se um pouco com a nossa LPM.
Tem planos e verbas para os concretizar, mas essas verbas acabam por ser muitas vezes cativadas, o que pode atrasar alguns dos programas, mas isso não deve ser motivo para desesperos.
Dependendo do crescimento económico do país e das vontades dos governos, é possível que o Brasil tenha até 2020 novas fragatas.
A grande questão que se coloca, e já se falou noutros noutros tópicos é a questão do S. Paulo e da opção estratégica, de fundo que o Brasil deverá fazer:
Ter um único grande meio de projecção, ou flexibilizar essa capacidade através de outros meios, já que não se espera que até 2020 os C-30 e C-31 se mantenham operacionais.
Nesta fase, o que mais interessa é tomar decisões estratégicas.
No fundo, definir o que se quer, e como se atingirá esse desiderato.
Uma forças armadas não podem navegar à vista e ao sabor do momento, ou acabarão afundando, como parece estar a acontecer à Marinha portuguesa.
Falaram os colegas no exemplo das Venezuela ou do Chile:
Como eu afirmei por diversas vezes por veses, e em caso de necessidade, há que sacrificar o ideal, pelo mais prático.
O Chile ou a Venezuela precisam de meios, e simplesmente compram-nos.
O Brasil, sempre perocupado com denvolvimentos internos, com repasse de tecnologia, vai sonhando alto, e acaba por ficar sempre um patamar abaixo do dos seus vizinhos ao nível de certas capacidades.
As opções pagam-se, e neste caso dos submarinos ou das escoltas, está a pagar uma factura demasiadamente alta na minha opinião.
Daquilo que eu julgo conhecer da MB não me parece que esteja neste momento a bater no fundo, como por exemplo o está a Marinha portuguesa.
O Brasil possui ainda boas plataformas, quer de projecção quer escoltas (o S. Paulo em vias de ser modernizado, uma classe de corvetas Inhauma, que apesar dos problemas de navegabilidade, proporcionam um razoável protecção da costa apenas pecando pelo pequeno número para uma tão extensa costa, de fragatas Niteroi que estão em vias de ficar totalmente modernizadas para daram para mais 10/15 anos, etc).
E têm em reserva as 3 Pará, para além da Type22 que apesar de serem evidentemente desfasadas, ainda possuem algum poder de fogo em caso de absoluta necessidade.
Para além do S. Paulo, tem outros meios de projecção, algo antigos mas ainda em bom estado de operacionalidade.
Em resumo:
A vossa lei de reequipaento da MB parece-se um pouco com a nossa LPM.
Tem planos e verbas para os concretizar, mas essas verbas acabam por ser muitas vezes cativadas, o que pode atrasar alguns dos programas, mas isso não deve ser motivo para desesperos.
Dependendo do crescimento económico do país e das vontades dos governos, é possível que o Brasil tenha até 2020 novas fragatas.
A grande questão que se coloca, e já se falou noutros noutros tópicos é a questão do S. Paulo e da opção estratégica, de fundo que o Brasil deverá fazer:
Ter um único grande meio de projecção, ou flexibilizar essa capacidade através de outros meios, já que não se espera que até 2020 os C-30 e C-31 se mantenham operacionais.
Nesta fase, o que mais interessa é tomar decisões estratégicas.
No fundo, definir o que se quer, e como se atingirá esse desiderato.
Uma forças armadas não podem navegar à vista e ao sabor do momento, ou acabarão afundando, como parece estar a acontecer à Marinha portuguesa.
Falaram os colegas no exemplo das Venezuela ou do Chile:
Como eu afirmei por diversas vezes por veses, e em caso de necessidade, há que sacrificar o ideal, pelo mais prático.
O Chile ou a Venezuela precisam de meios, e simplesmente compram-nos.
O Brasil, sempre perocupado com denvolvimentos internos, com repasse de tecnologia, vai sonhando alto, e acaba por ficar sempre um patamar abaixo do dos seus vizinhos ao nível de certas capacidades.
As opções pagam-se, e neste caso dos submarinos ou das escoltas, está a pagar uma factura demasiadamente alta na minha opinião.
Editado pela última vez por Rui Elias Maltez em Ter Nov 08, 2005 10:24 am, em um total de 1 vez.
- pt
- Sênior
- Mensagens: 3131
- Registrado em: Qua Out 01, 2003 6:42 pm
- Localização: Setubal - Portugal
- Agradeceu: 1 vez
- Agradeceram: 161 vezes
- Contato:
Comecei a ler a reportagem e inicialmente pareceu-me interessante.
Mas comecei logo com algumas duvidas quando li
Ora, a arma submarina brasileira, é provavelmente aquela que está em melhor estado.
Depois diz-nos que os U-209 da Venezuela são do mesmo tamanho dos Scorpéne
A reportagem continua com afirmações como a de que a Niteroi foi equipada com "tudo o que há de melhor" em termos de electrónica e armamento, não referindo por exemplo que o Chile adquiriu fragatas em segunda mão, com 10 a 15 anos de uso, que são efectivamente melhor armadas que as Niteroi (melhores radares e melhores sistemas CIWS, misseis Sea-Sparrow e misseis SM1-MR e estes últimos nem sequer são exactamente modernos)
Eu gostava de saber o que é que o senhor que escreveu a matéria acha que quer dizer "tudo o que há de mais moderno" e se ele alguma vez fez uma pesquisa no Google, sobre coisas como sistema Goalkeeper, SEARAM, radares APAR sistemas VLS de lançamento de misseis, misseis ESSM, só para dar uns exemplos dos mais conhecidos.
Depois termina com esta joia da coroa:
Altamente operacional?
Mas operacional para quê?
Este senhor sabe o que quer dizer altamente operacional, quando se trata de operar um Porta-Aviões?
O Foch era apenas um porta aviões médio, antes de ter sido despido de praticamente todas as armas que tinha na marinha francesa.
Onde estão os lançadores de misseis de defesa aproximada Crotale e o que os substitui?
Onde estão os lançadores/ misseis SADRAL/MISTRAL, e o que os substitui ?
Os franceses removeram os quatro canhões de 100mm! Vai a MB colocar no São Paulo uma arma com características aproximadas se não substituir os lançadores SADRAL?
O que foi feito dos radares de controlo de tiro dessas armas?
Que armas de controle de tiro tem o São Paulo?
Mas o diamante da Joia da Coroa é isto:
Sukhoi 30 ?
A França usou o Crusader no São Paulo (Foch/Clemanceau) até relativamente tarde porque não tinha outro avião suficientemente leve para ser lançado pelas catapultas do porta-aviões, e porque o tamanho do Crusader (largura inferior a 11 metros) era comportável para o porta-aviões. O outro avião utilizado foi o Super Etendard.
A utilização do Sukhoi 30 a bordo do São Paulo, parece-me ser absolutamente delirante. Os dados conhecidos, apontam para que o avião tenha um peso (VAZIO), portanto sem combustivel e sem armamento, superior a 17 toneladas.
Ou seja, no máximo, pode-se colocar combustivel no SU-30 para uns 20 minutos de voo, armado apenas com alguma munição para o canhão de 30mm.
Mais que isso, e a catapulta principal do São Paulo não aguenta.
Lembro que o São Paulo tem duas catapultas, a frontal, para 20 Ton e a lateral, para 15 Ton.
Depois disto, devo lembrar que os elevadores do São Paulo foram projectados para uma capacidade máxima de 20 Ton. Ou seja, operando Sukhoi, mesmo com eles vazios, os elevadores estariam sempre a ser utilizados quase no máximo da capacidade.
O São Paulo já tem 40 anos. Foi poupado (como porta-jelicopteros) mas o peso dos anos, conta sempre (vide os problemas com as tubagens condutoras de vapor).
Infelizmente a análise sobre o São Paulo, levou-me a achar que esta matéria foi escrito por alguém que nem se deu ao trabalho de fazer um minimo de pesquisa.
Cumprimentos
Mas comecei logo com algumas duvidas quando li
.A situação é mais crítica com relação aos submarinos
Ora, a arma submarina brasileira, é provavelmente aquela que está em melhor estado.
Depois diz-nos que os U-209 da Venezuela são do mesmo tamanho dos Scorpéne
A reportagem continua com afirmações como a de que a Niteroi foi equipada com "tudo o que há de melhor" em termos de electrónica e armamento, não referindo por exemplo que o Chile adquiriu fragatas em segunda mão, com 10 a 15 anos de uso, que são efectivamente melhor armadas que as Niteroi (melhores radares e melhores sistemas CIWS, misseis Sea-Sparrow e misseis SM1-MR e estes últimos nem sequer são exactamente modernos)
Eu gostava de saber o que é que o senhor que escreveu a matéria acha que quer dizer "tudo o que há de mais moderno" e se ele alguma vez fez uma pesquisa no Google, sobre coisas como sistema Goalkeeper, SEARAM, radares APAR sistemas VLS de lançamento de misseis, misseis ESSM, só para dar uns exemplos dos mais conhecidos.
Depois termina com esta joia da coroa:
Mesmo quando se analisa a situação do São Paulo, navio-aeródromo francês dos anos 60 e altamente operacional
Altamente operacional?
Mas operacional para quê?
Este senhor sabe o que quer dizer altamente operacional, quando se trata de operar um Porta-Aviões?
O Foch era apenas um porta aviões médio, antes de ter sido despido de praticamente todas as armas que tinha na marinha francesa.
Onde estão os lançadores de misseis de defesa aproximada Crotale e o que os substitui?
Onde estão os lançadores/ misseis SADRAL/MISTRAL, e o que os substitui ?
Os franceses removeram os quatro canhões de 100mm! Vai a MB colocar no São Paulo uma arma com características aproximadas se não substituir os lançadores SADRAL?
O que foi feito dos radares de controlo de tiro dessas armas?
Que armas de controle de tiro tem o São Paulo?
Mas o diamante da Joia da Coroa é isto:
é preciso uma modernização dos jatos A-4 Skyhawk ou sua troca pelos Rafale franceses ou os russos Sukhoi-30
Sukhoi 30 ?
A França usou o Crusader no São Paulo (Foch/Clemanceau) até relativamente tarde porque não tinha outro avião suficientemente leve para ser lançado pelas catapultas do porta-aviões, e porque o tamanho do Crusader (largura inferior a 11 metros) era comportável para o porta-aviões. O outro avião utilizado foi o Super Etendard.
A utilização do Sukhoi 30 a bordo do São Paulo, parece-me ser absolutamente delirante. Os dados conhecidos, apontam para que o avião tenha um peso (VAZIO), portanto sem combustivel e sem armamento, superior a 17 toneladas.
Ou seja, no máximo, pode-se colocar combustivel no SU-30 para uns 20 minutos de voo, armado apenas com alguma munição para o canhão de 30mm.
Mais que isso, e a catapulta principal do São Paulo não aguenta.
Lembro que o São Paulo tem duas catapultas, a frontal, para 20 Ton e a lateral, para 15 Ton.
Depois disto, devo lembrar que os elevadores do São Paulo foram projectados para uma capacidade máxima de 20 Ton. Ou seja, operando Sukhoi, mesmo com eles vazios, os elevadores estariam sempre a ser utilizados quase no máximo da capacidade.
O São Paulo já tem 40 anos. Foi poupado (como porta-jelicopteros) mas o peso dos anos, conta sempre (vide os problemas com as tubagens condutoras de vapor).
Infelizmente a análise sobre o São Paulo, levou-me a achar que esta matéria foi escrito por alguém que nem se deu ao trabalho de fazer um minimo de pesquisa.
Cumprimentos