VARIG
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Varig fecha com Lufthansa e adia anúncio sobre banco que tocará reestruturação
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A Varig adiou para amanhã a divulgação do nome do banco escolhido para elaborar o plano de reestruturação financeira da companhia aérea. A escolha foi feita hoje na reunião do conselho de administração da Varig. Mas a empresa deixará para formalizar a escolha amanhã por "motivos contratuais", informou a assessoria da aérea.
No entanto, fontes do mercado dizem que a escolha deverá recair sobre a suíça UBS. O banco foi presidido até 2000 por Eleazar de Carvalho Filho, que hoje é vice-presidente do conselho de administração da Varig. A proximidade de Eleazar com a UBS teria facilitado a negociação sobre o plano de reestruturação financeira.
O banco escolhido deverá liberar um empréstimo de US$ 50 milhões a US$ 100 milhões para a Varig --recurso necessário para ajudar na recuperação da companhia.
Além do "advisor" financeiro, a Varig também contará com a ajuda da Lufthansa Consulting na reestruturação das áreas comercial e operacional da companhia aérea. A Lufthansa Consulting informou que o objetivo dessa reestruturação será "encontrar potenciais de otimização da empresa aérea como um todo e elaborar as respectivas recomendações e medidas".
Entre as atribuições da consultoria está a análise das condições técnicas dos aviões e elaboração de um plano para a modernização de sua frota. Além disso, a consultoria deverá apresentar um estudo sobre a malha aérea da Varig.
Com a contratação desses advisors, a Varig se prepara para dar seguimento ao projeto de reestruturação societária, que será combinado ao processo de recuperação judicial.
Fonte: Folha Online
Varig em fase final de contratação com o banco UBS
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
As negociações da Varig com o banco suíço UBS para contratação de serviços de consultoria estão em fase final, segundo executivos do setor. O nome da consultoria está circulando desde a semana passada no setor aéreo.
A Varig, entretanto, ainda não oficializou a contratação. A companhia diz que há detalhes técnicos e contratuais a serem fechados.
O banco foi presidido até 2000 por Eleazar de Carvalho Filho, que hoje é vice-presidente do conselho de administração da Varig. A proximidade de Eleazar com a UBS teria facilitado a negociação sobre o plano de reestruturação financeira.
Caberá à UBS liberar um empréstimo de US$ 50 milhões a US$ 100 milhões para a Varig --recurso necessário para ajudar na recuperação da companhia.
Cenário político
Relatório divulgado na semana passada pelo banco UBS indicava que a crise política do país poderia prejudicar o processo de recuperação da Varig. É que o banco considera fundamental o comprometimento do governo com o processo de reestruturação da Varig, que terá 60 dias para apresentar um plano de recuperação para os credores. E depois terá mais 120 dias para concluir a negociação com todos os credores, privados e estatais.
Para o banco UBS, 60 dias é um prazo muito curto para o governo superar a atual crise política e conseguir dispensar mais atenção ao plano de recuperação e negociação da Varig com credores, muitos deles estatais, como a Infraero e BR Distribuidora.
Em seu relatório, o UBS informa que acredita que a Varig tem condições de superar a crise através de um plano de reestruturação.
Entre as medidas sugeridas pelo banco suíço para recuperação da Varig está a renegociação dos valores devidos com os credores, injeção de novos recursos na companhia e alteração do controle da aérea. Todas essas medidas estão sendo estudadas pelo conselho de administração da Varig.
Fonte: Folha Online
Abraços
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A Varig adiou para amanhã a divulgação do nome do banco escolhido para elaborar o plano de reestruturação financeira da companhia aérea. A escolha foi feita hoje na reunião do conselho de administração da Varig. Mas a empresa deixará para formalizar a escolha amanhã por "motivos contratuais", informou a assessoria da aérea.
No entanto, fontes do mercado dizem que a escolha deverá recair sobre a suíça UBS. O banco foi presidido até 2000 por Eleazar de Carvalho Filho, que hoje é vice-presidente do conselho de administração da Varig. A proximidade de Eleazar com a UBS teria facilitado a negociação sobre o plano de reestruturação financeira.
O banco escolhido deverá liberar um empréstimo de US$ 50 milhões a US$ 100 milhões para a Varig --recurso necessário para ajudar na recuperação da companhia.
Além do "advisor" financeiro, a Varig também contará com a ajuda da Lufthansa Consulting na reestruturação das áreas comercial e operacional da companhia aérea. A Lufthansa Consulting informou que o objetivo dessa reestruturação será "encontrar potenciais de otimização da empresa aérea como um todo e elaborar as respectivas recomendações e medidas".
Entre as atribuições da consultoria está a análise das condições técnicas dos aviões e elaboração de um plano para a modernização de sua frota. Além disso, a consultoria deverá apresentar um estudo sobre a malha aérea da Varig.
Com a contratação desses advisors, a Varig se prepara para dar seguimento ao projeto de reestruturação societária, que será combinado ao processo de recuperação judicial.
Fonte: Folha Online
Varig em fase final de contratação com o banco UBS
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
As negociações da Varig com o banco suíço UBS para contratação de serviços de consultoria estão em fase final, segundo executivos do setor. O nome da consultoria está circulando desde a semana passada no setor aéreo.
A Varig, entretanto, ainda não oficializou a contratação. A companhia diz que há detalhes técnicos e contratuais a serem fechados.
O banco foi presidido até 2000 por Eleazar de Carvalho Filho, que hoje é vice-presidente do conselho de administração da Varig. A proximidade de Eleazar com a UBS teria facilitado a negociação sobre o plano de reestruturação financeira.
Caberá à UBS liberar um empréstimo de US$ 50 milhões a US$ 100 milhões para a Varig --recurso necessário para ajudar na recuperação da companhia.
Cenário político
Relatório divulgado na semana passada pelo banco UBS indicava que a crise política do país poderia prejudicar o processo de recuperação da Varig. É que o banco considera fundamental o comprometimento do governo com o processo de reestruturação da Varig, que terá 60 dias para apresentar um plano de recuperação para os credores. E depois terá mais 120 dias para concluir a negociação com todos os credores, privados e estatais.
Para o banco UBS, 60 dias é um prazo muito curto para o governo superar a atual crise política e conseguir dispensar mais atenção ao plano de recuperação e negociação da Varig com credores, muitos deles estatais, como a Infraero e BR Distribuidora.
Em seu relatório, o UBS informa que acredita que a Varig tem condições de superar a crise através de um plano de reestruturação.
Entre as medidas sugeridas pelo banco suíço para recuperação da Varig está a renegociação dos valores devidos com os credores, injeção de novos recursos na companhia e alteração do controle da aérea. Todas essas medidas estão sendo estudadas pelo conselho de administração da Varig.
Fonte: Folha Online
Abraços
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Arthur escreveu:Caro Paisano,
Espere e veja, se salvarem o Banco Santos e se rolar um Proerzinho lavo minhas mãos, mas até isso acontecer não creio que se possa induzir que o governo e o BC vão deixar isso acontecer.
Arthur
Só pra resgatar essa questão!
Já estamos em Outubro, e nada de Proer pro Banco Santos...
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
André R. Finken Heinle
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TAP propõe investir até US$ 500 milhões para recuperar Varig
NOVA YORK - A companhia aérea portuguesa TAP apresentou ontem no tribunal de falências de Nova York uma proposta para aportar até US$ 500 milhões na Varig a médio prazo, e comprometeu-se a participar como investidora no plano emergencial para levantar US$ 62 milhões numa companhia de propósito específico que ficará com as ações da Varig Log e da VEM.
A proposta feita pela TAP convenceu o juiz Robert Drain a permitir que a Varig continue com os aviões até o dia 9 de novembro, desde que cumpra algumas condições. A primeira delas é de que todos os recursos da operação liderada pelo BNDES sejam direcionados ao pagamento das parcelas de leasing atrasadas.
Outra condição para que a liminar não seja suspensa é de que a companhia faça relatórios às empresas de leasing sobre as peças que estariam sendo retiradas de aviões parados e explique como vai financiar a manutenção dos aviões daqui para frente, já que, segundo Omar Carneiro da Cunha, presidente da Varig, a companhia está com fluxo de caixa negativo.
O total de pagamento de leasing em atraso é hoje de US$ 72 milhões e aumenta em cerca de US$ 8 milhões por semana.
O juiz alertou a Varig que os sucessivos adiamentos nos pagamentos às empresas de leasing estão nos limites da paciência dos credores. Ela afirmou também que a companhia está tratando de forma diferenciada os credores, pagando em dinheiro vivo os fornecedores de combustível como Petrobras, Shell e Esso e também a fornecedores de refeições. Para ele, a Varig deve tentar tratar todos igualmente o mais rápido possível.
Drain ressaltou que a ordem dada pelo Tribunal de Nova York não impede que os credores tentem retomar os aviões na Justiça brasileira. Ele afirmou, no entanto, que os depoimentos dos executivos da Varig e da TAP são " dignos de crédito "
" Estou preparado para continuar com a liminar até o dia 11, mas para isso é preciso mostrar algum avanço nas negociações na audiência do dia 9 " , disse Drain.
A intenção da TAP é tornar-se a maior investidora individual da companhia brasileira e participar do grupo de controle, respeitando entretanto o limite legal de 20% de participação acionária estrangeira em companhias aéreas.
O presidente da Varig apresentou ao juiz Drain uma carta do presidente da TAP, Fernando Pinto, na qual a empresa portuguesa garante a intenção de participar como investidora no plano montado pelo BNDES para levantar os recursos de curto prazo necessários ao pagamento das empresas de leasing, evitando o arresto de até 30 aviões da companhia. Fernando Pinto também participou da audiência no tribunal como testemunha, assim como o ex-diretor do BNDES, Eleazar de Carvalho, que é membro da atual administração da Varig.
A " nova " Varig poderia ter o capital pulverizado, imagina o presidente da companhia portuguesa, que já presidiu a empresa brasileira. " Vamos primeiro participar deste aporte de recursos inicial e vamos avaliar se será necessário tomar o crédito do BNDES ou não " , afirma Fernando Pinto.
Na carta do presidente da TAP ao presidente da Varig, a companhia portuguesa compromete-se a disponibilizar os recursos até 15 de novembro. O texto da carta afirma que " a TAP e seus parceiros de investimento estão dispostos a prover financiamento adicional. Sujeito a aprovação do comitê de credores e do tribunal de reestruturação brasileiro, a TAP proverá um investimento em participação acionária de até US$ 500 milhões " .
Parte destes recursos poderiam entrar como participação em ações preferenciais. Existe a alternativa de constituir um fundo no Brasil para depósito dos recursos dos investidores, que comporia então uma parte considerada " nacional " do investimento. Mas o plano da TAP é pulverizar o capital da Varig reestruturada, no qual uma participação de 20% do capital votante seria a maior participação individual.
- soultrain
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Controladora da Varig escolhe proposta da TAP
O Conselho de Curadores da Fundação Ruben Berta, controladora da Varig, e a administração da companhia escolheram na tarde de terça-feira a proposta apresentada pela TAP para dar continuidade ao processo de recuperação da empresa.
A TAP apresentou uma proposta de investimento de até 500 milhões de dólares (414 milhões de euros) no processo de recuperação da operadora aérea brasileira.
O Conselho de Curadores da Fundação Ruben Berta, controladora da Varig, e a administração da companhia escolheram na tarde de terça-feira a proposta apresentada pela TAP para dar continuidade ao processo de recuperação da empresa.
A TAP apresentou uma proposta de investimento de até 500 milhões de dólares (414 milhões de euros) no processo de recuperação da operadora aérea brasileira.
- soultrain
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Depósito financeiro até terça-feira
TAP compromete-se a antecipar dinheiro em troca de créditos da Varig
A TAP foi escolhida pelo Conselho de Administração, Comissão Executiva e Fundação Ruben Berta para executar a primeira fase do processo de reestruturação da Varig que, além de implicar uma injecção de 62 milhões de dólares (51,52 milhões de euros), deverá envolver uma disponibilização superior de capital por antecipação dos créditos a receber dos pagamentos feitos por clientes através de cartões de crédito.
--------------------------------------------------------------------------------
Bárbara Leite
bl@mediafin.pt*
A TAP foi escolhida pelo Conselho de Administração, Comissão Executiva e Fundação Ruben Berta para executar a primeira fase do processo de reestruturação da Varig que, além de implicar uma injecção de 62 milhões de dólares (51,52 milhões de euros), deverá envolver uma disponibilização superior de capital por antecipação dos créditos a receber dos pagamentos feitos por clientes através de cartões de crédito.
A injecção de capital inicial será de 62 milhões de dólares (51,52 milhões de euros), dos quais 21 milhões (17,45milhões de euros) serão mobilizados pela estatal portuguesa, dinheiro que terá que ser depositado até ao próximo dia 8 de Novembro.
A Varig, em comunicado oficial, vem confirmar a notícia publicada hoje pelo Jornal de Negócios de que a oferta da TAP foi a eleita num rol de seis propostas para socorrer, no curtíssimo prazo, a tesouraria da Varig, sob pena de arresto de 20 a 30 aviões da maior companhia da América Latina.
Do montante total, 41 milhões de dólares (34 milhões de euros) virão de um empréstimo que o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) acedeu em realizar para ajudar o investidor, nesta fase da recuperação e, os restantes 21 milhões (17,5 milhões de euros) a TAP disse ter como mobilizar junto de parceiros financeiros que ainda não quis identificar.
Em comunicado, a Varig afirma que «a Fundação Rubem Berta acolheu a decisão unânime do Conselho de Administração e directoria da Varig que elegeu a proposta da TAP como a mais adequada para a execução da primeira fase do processo de reestruturação da companhia aérea brasileira».
Nesse sentido, como hoje é feriado no Brasil (Dia dos Finados), a proposta da TAP será encaminhada ao BNDES, amanhã, para ser apreciada pelo banco estatal, disse ao Jornal de Negócios, David Zylbersztajn, presidente da Varig.
Os 62 milhões de dólares (51,6 milhões de euros) terão que ser «depositados numa conta vinculada para o pagamento às empresas de leasing no exterior».
Além desse investimento, segundo o comunicado, «a TAP comprometeu-se a realizar a antecipação de recebíveis, cujo valor definitivo será definido posteriormente».
Esta antecipação de recebíveis, dinheiro que a Varig tem a receber por pagamentos feitos pelos clientes com cartão de crédito, tinha sido equacionada pelo presidente da Varig. A imprensa brasileira falava de 50 milhões de dólares (41,6 milhões de euros), mas o executivo da Varig disse ao Jornal de Negócios que o eventual montante ainda estaria a ser discutido com a TAP.
Terça-feira é a véspera da próxima audiência dos administradores da Varig, BNDES e agora a TAP com o juiz Robert Drain, da Corte de Nova Iorque para impedir o arresto dos aviões e apresentar o depósito que foi feito em nome das empresas de «leasing».
Nesta primeira fase, a TAP injecta o capital e, em troca adquire os activos VarigLog (logística e transporte de carga) e VEM (Engenharia e Manutenção).
A avaliação dos activos deve começar a ser feita para ver se há lugar a novas capitalizações.
A estatal portuguesa também quer participar na segunda fase do plano de reestruturação que levará à compra dos 20% da Varig permitidos a estrangeiros, a intenção inicial da empresa portuguesa. Com esta fase, os investimentos devem chegar a 500 milhões de dólares (416 milhões de euros).
*Correspondente em São Paulo
TAP compromete-se a antecipar dinheiro em troca de créditos da Varig
A TAP foi escolhida pelo Conselho de Administração, Comissão Executiva e Fundação Ruben Berta para executar a primeira fase do processo de reestruturação da Varig que, além de implicar uma injecção de 62 milhões de dólares (51,52 milhões de euros), deverá envolver uma disponibilização superior de capital por antecipação dos créditos a receber dos pagamentos feitos por clientes através de cartões de crédito.
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Bárbara Leite
bl@mediafin.pt*
A TAP foi escolhida pelo Conselho de Administração, Comissão Executiva e Fundação Ruben Berta para executar a primeira fase do processo de reestruturação da Varig que, além de implicar uma injecção de 62 milhões de dólares (51,52 milhões de euros), deverá envolver uma disponibilização superior de capital por antecipação dos créditos a receber dos pagamentos feitos por clientes através de cartões de crédito.
A injecção de capital inicial será de 62 milhões de dólares (51,52 milhões de euros), dos quais 21 milhões (17,45milhões de euros) serão mobilizados pela estatal portuguesa, dinheiro que terá que ser depositado até ao próximo dia 8 de Novembro.
A Varig, em comunicado oficial, vem confirmar a notícia publicada hoje pelo Jornal de Negócios de que a oferta da TAP foi a eleita num rol de seis propostas para socorrer, no curtíssimo prazo, a tesouraria da Varig, sob pena de arresto de 20 a 30 aviões da maior companhia da América Latina.
Do montante total, 41 milhões de dólares (34 milhões de euros) virão de um empréstimo que o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) acedeu em realizar para ajudar o investidor, nesta fase da recuperação e, os restantes 21 milhões (17,5 milhões de euros) a TAP disse ter como mobilizar junto de parceiros financeiros que ainda não quis identificar.
Em comunicado, a Varig afirma que «a Fundação Rubem Berta acolheu a decisão unânime do Conselho de Administração e directoria da Varig que elegeu a proposta da TAP como a mais adequada para a execução da primeira fase do processo de reestruturação da companhia aérea brasileira».
Nesse sentido, como hoje é feriado no Brasil (Dia dos Finados), a proposta da TAP será encaminhada ao BNDES, amanhã, para ser apreciada pelo banco estatal, disse ao Jornal de Negócios, David Zylbersztajn, presidente da Varig.
Os 62 milhões de dólares (51,6 milhões de euros) terão que ser «depositados numa conta vinculada para o pagamento às empresas de leasing no exterior».
Além desse investimento, segundo o comunicado, «a TAP comprometeu-se a realizar a antecipação de recebíveis, cujo valor definitivo será definido posteriormente».
Esta antecipação de recebíveis, dinheiro que a Varig tem a receber por pagamentos feitos pelos clientes com cartão de crédito, tinha sido equacionada pelo presidente da Varig. A imprensa brasileira falava de 50 milhões de dólares (41,6 milhões de euros), mas o executivo da Varig disse ao Jornal de Negócios que o eventual montante ainda estaria a ser discutido com a TAP.
Terça-feira é a véspera da próxima audiência dos administradores da Varig, BNDES e agora a TAP com o juiz Robert Drain, da Corte de Nova Iorque para impedir o arresto dos aviões e apresentar o depósito que foi feito em nome das empresas de «leasing».
Nesta primeira fase, a TAP injecta o capital e, em troca adquire os activos VarigLog (logística e transporte de carga) e VEM (Engenharia e Manutenção).
A avaliação dos activos deve começar a ser feita para ver se há lugar a novas capitalizações.
A estatal portuguesa também quer participar na segunda fase do plano de reestruturação que levará à compra dos 20% da Varig permitidos a estrangeiros, a intenção inicial da empresa portuguesa. Com esta fase, os investimentos devem chegar a 500 milhões de dólares (416 milhões de euros).
*Correspondente em São Paulo
- soultrain
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In Presstur
Citação:
Parceria TAP-Varig
Seixas da Costa: Parceria com Varig permite à TAP ganhar novas asas na América Latina
Presstur 02-11-2005 (11h59)
Em declarações ao presstur.com, o embaixador de Portugal no Brasil, Seixas da Costa, diz que a decisão anunciada pela Varig de escolher a TAP para parceira no processo de recuperação representa “um momento importantíssimo para criar uma maior inter-acção entre Portugal e o Brasil”, permite à TAP ganhar novas asas na América Latina e que a imagem de Portugal no Brasil sai reforçada.
“Ganhamos todos neste processo e, gostava muito de sublinhar isto, ganha muito a imagem de Portugal neste país [Brasil]”, destacou Seixas da Costa.
“No caso da TAP e da Varig há elementos de natureza complementar, esta é uma situação, como dizem os economistas, de win-win, ganhamos todos”, sustenta o Embaixador, acrescentando que “a Varig ganha com uma injecção muito importante para a sua recuperação, a TAP ganha uma complementaridade possível no futuro em termos de articulação empresarial que lhe pode permitir ganhar novas asas na América Latina”.
O diplomata português referiu que acompanhou desde o quarto trimestre do ano passado todo o processo “com o maior cuidado, e obviamente com a maior discrição” e que este “é de facto um momento importantíssimo para criar uma maior inter-acção entre Portugal e o Brasil”.
Após o anúncio da decisão da escolha da TAP como parceira no processo de recuperação, Seixas da Costa revela a sua satisfação quanto ao desfecho das negociações “porque representa uma grande prova de confiança das entidades públicas e privadas brasileiras numa grande empresa portuguesa”.
“A TAP é um orgulho para todos nós, a recuperação da TAP é um grande sucesso em Portugal”, remata o embaixador de Portugal em Brasília, acrescentando que “é muito reconfortante ver uma grande empresa portuguesa servir de âncora à companhia de bandeira brasileira”.
Por seu lado, o presidente do Conselho das Câmaras de Comércio no Brasil, António de Bacelar Carrelhas, “a parceria TAP – Varig é a coisa mais estratégica e mais válida que há para Portugal e para o Brasil, porque a TAP com isso alarga os seus campos de voos não só para o Brasil mas para a América do Sul em geral e até para outras posições”.
“Eu só tenho a felicitar o Engº Fernando Pinto por ter perseguido esse objectivo e pelos vistos tê-lo conseguido”, remata.
Citação:
Parceria TAP-Varig
Marques da Cruz: “Bom para o relacionamento económico dos dois países”
Presstur 02-11-2005 (11h32)
“É bom para a exportação para o Brasil, é bom para os fluxos turísticos nos dois sentidos, é bom para o relacionamento económico entre os dois países”, disse ao presstur.com o presidente do ICEP, Marques da Cruz, relativamente à anunciada parceria entre a TAP e a Varig, que considera beneficiar a imagem de Portugal e proporcionar uma relação mais estreita e ligações mais facilitadas com o Brasil.
“É bom como imagem, porque nós temos gosto de sermos um país que exporta bacalhau, vinho, azeite, mas também somos um país que ganha concursos internacionais de tecnologias de informação, um país que está na linha da frente em maquinaria e moldes e neste caso que ganha em processos complexos no âmbito do transporte aéreo, uma actividade extremamente competitiva”, referiu Marques da Cruz.
Para o presidente do ICEP, “é muito importante que as empresas portuguesas em geral, e a TAP é uma grande empresa portuguesa, consigam ganhar no grande tabuleiro da internacionalização”.
Congratulando-se com a decisão anunciada pela Varig de escolher a TAP para parceira no processo de recuperação, Marques da Cruz pensa “ser de dar os parabéns à equipa de gestão da TAP, nomeadamente ao presidente da sua Comissão Executiva, engº Fernando Pinto, por esta importante vitória empresarial para o futuro da TAP e seguramente também para a Varig”.
Citação:
Parceria TAP-Varig
Seixas da Costa: Parceria com Varig permite à TAP ganhar novas asas na América Latina
Presstur 02-11-2005 (11h59)
Em declarações ao presstur.com, o embaixador de Portugal no Brasil, Seixas da Costa, diz que a decisão anunciada pela Varig de escolher a TAP para parceira no processo de recuperação representa “um momento importantíssimo para criar uma maior inter-acção entre Portugal e o Brasil”, permite à TAP ganhar novas asas na América Latina e que a imagem de Portugal no Brasil sai reforçada.
“Ganhamos todos neste processo e, gostava muito de sublinhar isto, ganha muito a imagem de Portugal neste país [Brasil]”, destacou Seixas da Costa.
“No caso da TAP e da Varig há elementos de natureza complementar, esta é uma situação, como dizem os economistas, de win-win, ganhamos todos”, sustenta o Embaixador, acrescentando que “a Varig ganha com uma injecção muito importante para a sua recuperação, a TAP ganha uma complementaridade possível no futuro em termos de articulação empresarial que lhe pode permitir ganhar novas asas na América Latina”.
O diplomata português referiu que acompanhou desde o quarto trimestre do ano passado todo o processo “com o maior cuidado, e obviamente com a maior discrição” e que este “é de facto um momento importantíssimo para criar uma maior inter-acção entre Portugal e o Brasil”.
Após o anúncio da decisão da escolha da TAP como parceira no processo de recuperação, Seixas da Costa revela a sua satisfação quanto ao desfecho das negociações “porque representa uma grande prova de confiança das entidades públicas e privadas brasileiras numa grande empresa portuguesa”.
“A TAP é um orgulho para todos nós, a recuperação da TAP é um grande sucesso em Portugal”, remata o embaixador de Portugal em Brasília, acrescentando que “é muito reconfortante ver uma grande empresa portuguesa servir de âncora à companhia de bandeira brasileira”.
Por seu lado, o presidente do Conselho das Câmaras de Comércio no Brasil, António de Bacelar Carrelhas, “a parceria TAP – Varig é a coisa mais estratégica e mais válida que há para Portugal e para o Brasil, porque a TAP com isso alarga os seus campos de voos não só para o Brasil mas para a América do Sul em geral e até para outras posições”.
“Eu só tenho a felicitar o Engº Fernando Pinto por ter perseguido esse objectivo e pelos vistos tê-lo conseguido”, remata.
Citação:
Parceria TAP-Varig
Marques da Cruz: “Bom para o relacionamento económico dos dois países”
Presstur 02-11-2005 (11h32)
“É bom para a exportação para o Brasil, é bom para os fluxos turísticos nos dois sentidos, é bom para o relacionamento económico entre os dois países”, disse ao presstur.com o presidente do ICEP, Marques da Cruz, relativamente à anunciada parceria entre a TAP e a Varig, que considera beneficiar a imagem de Portugal e proporcionar uma relação mais estreita e ligações mais facilitadas com o Brasil.
“É bom como imagem, porque nós temos gosto de sermos um país que exporta bacalhau, vinho, azeite, mas também somos um país que ganha concursos internacionais de tecnologias de informação, um país que está na linha da frente em maquinaria e moldes e neste caso que ganha em processos complexos no âmbito do transporte aéreo, uma actividade extremamente competitiva”, referiu Marques da Cruz.
Para o presidente do ICEP, “é muito importante que as empresas portuguesas em geral, e a TAP é uma grande empresa portuguesa, consigam ganhar no grande tabuleiro da internacionalização”.
Congratulando-se com a decisão anunciada pela Varig de escolher a TAP para parceira no processo de recuperação, Marques da Cruz pensa “ser de dar os parabéns à equipa de gestão da TAP, nomeadamente ao presidente da sua Comissão Executiva, engº Fernando Pinto, por esta importante vitória empresarial para o futuro da TAP e seguramente também para a Varig”.
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3520 escreveu:TAP propõe investir até US$ 500 milhões para recuperar Varig
A companhia aérea portuguesa TAP apresentou ontem no tribunal de falências de Nova York uma proposta para aportar até US$ 500 milhões na Varig a médio prazo, e comprometeu-se a participar como investidora no plano emergencial para levantar US$ 62 milhões numa companhia de propósito específico que ficará com as ações da Varig Log e da VEM.
Mais uma vez, uma empresa que se mostrava promissora, deixará o país...
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
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joaolx escreveu:E ai André...Vc preferia os Americanos? A TAP das soluções possiveis é a melhor p vcs.
E o CEO da TAP é brasileiro, ex-quadro da VARIG e grande conhecedor da empresa e da realidade Brasileira...
Abraço
Preferia os Brasileiros...
Atte.
André R. Finken Heinle
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- rodrigo
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Credores aprovam proposta da TAP, mas vão fiscalizar a operação
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 2151.shtml
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"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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FinkenHeinle escreveu:joaolx escreveu:E ai André...Vc preferia os Americanos? A TAP das soluções possiveis é a melhor p vcs.
E o CEO da TAP é brasileiro, ex-quadro da VARIG e grande conhecedor da empresa e da realidade Brasileira...
Abraço
Preferia os Brasileiros...
Na verdade, a preferência do André é que fossem gaúchos.
- FinkenHeinle
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Paisano escreveu:FinkenHeinle escreveu:joaolx escreveu:E ai André...Vc preferia os Americanos? A TAP das soluções possiveis é a melhor p vcs.
E o CEO da TAP é brasileiro, ex-quadro da VARIG e grande conhecedor da empresa e da realidade Brasileira...
Abraço
Preferia os Brasileiros...
Na verdade, a preferência do André é que fossem gaúchos.
Certamente...
Há uma espécie de "hierarquia" de preferências...
- Gaúchos;
- Brasileiros;
- Estrangeiros.
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
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Proposta da TAP desagrada e credores interrompem assembléia da Varig
FABIANA FUTEMA
JANAINA LAGE
da Folha Online, em SP e no Rio
A nova proposta da TAP para comprar a VarigLog (cargas) e VEM (manutenção) desagradou os credores trabalhistas e privados da Varig, que estão reunidos em assembléia hoje no Rio. Por conta do impasse, os advogados dos trabalhadores suspenderam a assembléia e se reuniram em outra sala para analisar as mudanças que foram feitas na proposta da estatal aérea portuguesa.
Pela proposta, a TAP ficará com as duas empresas por US$ 62 milhões. Desse total, US$ 42 milhões virão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e US$ 20 milhões sairão da TAP.
O advogado do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Álvaro Quintão, disse que a proposta apresentada hoje é completamente diferente daquela que foi aprovada na última assembléia de credores da Varig. "A TAP não quer entrar com nada e quer ficar com tudo. Não ficou claro ainda quais são as garantias da TAP."
"A proposta saiu do escopo do que foi aprovado na última assembléia. Nossa proposta é adiar para que se reúnam mais informações. Essa é também a posição do Aerus [fundo de pensão dos funcionários da Varig]", disse a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio.
Entre as críticas está a solução que será implantada caso o valor de avaliação da VarigLog e VEM supere os US$ 62 milhões. Pela proposta inicial, a diferença seria coberta pela TAP e BNDES. Na nova proposta, a Varig terá 30 dias para encontrar um investidor interessado em pagar mais que US$ 62 milhões pelos ativos. E se isso ocorrer, a TAP terá direito a receber uma indenização de US$ 12,5 milhões.
"Essa proposta não faz sentido. A TAP paga num primeiro momento US$ 20 milhões para levar duas empresas. Se aparecer alguém querendo pagar mais, ela [TAP] leva US$ 12,5 milhões de indenização? A metade do que ela está pagando?", diz Quintão.
Outro problema refere-se à falta de comprometimento da TAP com a segunda etapa do processo, que envolve a reestruturação da Varig. O advogado diz que os credores querem um compromisso da TAP com a próxima etapa. "Toda essa operação tem um objetivo: salvar a Varig. A VEM e VarigLog estão sendo vendidas para recuperar a Varig. Esse é o objetivo da venda dos ativos."
Também há divergências em relação às garantias apresentadas pela TAP para conseguir o empréstimo do BNDES para comprar a VarigLog e VEM. "A Varig e BNDES disseram que a TAP foi a única a apresentar garantias. Mas essas garantias envolveriam um fundo desconhecido em Macau", afirmou Quintão.
Apesar do descontentamento com a proposta, os credores estariam sendo pressionados a aceitar a oferta, pois a Varig tem urgência para injetar diheiro em caixa e pagar as dívidas com empresas de leasing e impedir o arresto de aviões. E A TAP se compromete a depositar amanhã o dinheiro da venda da VarigLog e VEM numa conta vinculada da Varig.
Na quarta-feira haverá uma audiência com o juiz Robert Drain, da Corte de Nova York, que recebeu pedidos das empresas de leasing para retomar as aeronaves arrendadas para a Varig. Nessa audiência, administradores da Varig, BNDES e TAP tentarão convencer o juiz sobre o potencial de recuperação da aérea brasileira e evitar que o juiz derrube a liminar que impede o arresto dos
aviões.
Com a interrupção da assembléia, credores, trabalhadores e representantes da administração da empresa passaram a discutir a proposta da TAP numa sala anexa.
A proposta
O presidente da Varig, Omar Carneiro da Cunha, apresentou em detalhes no início da assembléia os procedimentos considerados necessários para a venda das subsidiárias de transporte de cargas e manutenção.
Segundo Cunha, a Varig teve informações sobre 11 investidores interessados em adquirir as companhias, entre eles Matlin Patterson, OceanAir, ATS, TGV, Docas, banco Pactual e AIG Capital. Até a data final estabelecida pela companhia foram apresentadas propostas de cinco investidores: TAP, Matlin Patterson, Ocean Air, Docas e AIG Capital.
O plano de recuperação da companhia apresentado pelo BNDES sofreu modificações. Inicialmente o banco aportaria recursos adicionais junto com os investidores caso o valor das empresas VarigLog e VEM fosse superior ao estimado inicialmente de US$ 62 milhões após uma due dilligence (avaliação) que levaria 90 dias. Agora, o banco se limitará a financiar o equivalente a dois terços deste valor nesta primeira etapa de recuperação da companhia.
Além disso, não será mais criado um Fundo de Investimentos e Participações porque o BNDES não será mais um cotista na primeira etapa do plano e apenas financiará a aquisição das ações pelo novo investidor. O comprador vai adquirir 95% das ações da VarigLog e 90% das ações da VEM.
O DAC (Departamento de Aviação Civil) já concedeu aprovação prévia à estrutura societária apresentada pela TAP.
O presidente da Varig afirmou que a proposta da TAP foi escolhida porque além de apresentar valores superiores ao das demais, também apresentava a intenção de manter a 'integralidade do negócio Varig' e de participar da segunda etapa de recuperação da companhia com um montante de até US$ 500 milhões.
A proposta inclui também o financiamento adicional concedido à Varig por meio de desconto de recebíveis até o limite de US$ 50 milhões. Será aplicada nesta operação uma taxa de desconto que ainda está sendo negociada.
Na quinta-feira a Varig vai publicar um comunicado a fim de informar os possíveis investidores de que a partir do dia 14 de novembro estará franqueado o acesso ao data room da Varig Log e da VEM. Os interessados em adquirir as ações das duas companhias precisam apresentar propostas até o dia 9 de dezembro.
Caso a Varig receba uma oferta superior à da TAP neste período, deverá comunicar à estatalportuguesa até o dia 12 de dezembro. A TAP teria até o dia 19 para informar a Varig se pretende igualar a oferta. Se ela não apresentar proposta igual até o dia 19, as ações serão alienadas ao novo investidor e a TAP terá direito a uma multa de US$ 12,5 milhões. Se não for apresentada nenhuma proposta de valor superior ao da TAP, as duas empresas serão vendidas por US$ 62 milhões.
FABIANA FUTEMA
JANAINA LAGE
da Folha Online, em SP e no Rio
A nova proposta da TAP para comprar a VarigLog (cargas) e VEM (manutenção) desagradou os credores trabalhistas e privados da Varig, que estão reunidos em assembléia hoje no Rio. Por conta do impasse, os advogados dos trabalhadores suspenderam a assembléia e se reuniram em outra sala para analisar as mudanças que foram feitas na proposta da estatal aérea portuguesa.
Pela proposta, a TAP ficará com as duas empresas por US$ 62 milhões. Desse total, US$ 42 milhões virão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e US$ 20 milhões sairão da TAP.
O advogado do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Álvaro Quintão, disse que a proposta apresentada hoje é completamente diferente daquela que foi aprovada na última assembléia de credores da Varig. "A TAP não quer entrar com nada e quer ficar com tudo. Não ficou claro ainda quais são as garantias da TAP."
"A proposta saiu do escopo do que foi aprovado na última assembléia. Nossa proposta é adiar para que se reúnam mais informações. Essa é também a posição do Aerus [fundo de pensão dos funcionários da Varig]", disse a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio.
Entre as críticas está a solução que será implantada caso o valor de avaliação da VarigLog e VEM supere os US$ 62 milhões. Pela proposta inicial, a diferença seria coberta pela TAP e BNDES. Na nova proposta, a Varig terá 30 dias para encontrar um investidor interessado em pagar mais que US$ 62 milhões pelos ativos. E se isso ocorrer, a TAP terá direito a receber uma indenização de US$ 12,5 milhões.
"Essa proposta não faz sentido. A TAP paga num primeiro momento US$ 20 milhões para levar duas empresas. Se aparecer alguém querendo pagar mais, ela [TAP] leva US$ 12,5 milhões de indenização? A metade do que ela está pagando?", diz Quintão.
Outro problema refere-se à falta de comprometimento da TAP com a segunda etapa do processo, que envolve a reestruturação da Varig. O advogado diz que os credores querem um compromisso da TAP com a próxima etapa. "Toda essa operação tem um objetivo: salvar a Varig. A VEM e VarigLog estão sendo vendidas para recuperar a Varig. Esse é o objetivo da venda dos ativos."
Também há divergências em relação às garantias apresentadas pela TAP para conseguir o empréstimo do BNDES para comprar a VarigLog e VEM. "A Varig e BNDES disseram que a TAP foi a única a apresentar garantias. Mas essas garantias envolveriam um fundo desconhecido em Macau", afirmou Quintão.
Apesar do descontentamento com a proposta, os credores estariam sendo pressionados a aceitar a oferta, pois a Varig tem urgência para injetar diheiro em caixa e pagar as dívidas com empresas de leasing e impedir o arresto de aviões. E A TAP se compromete a depositar amanhã o dinheiro da venda da VarigLog e VEM numa conta vinculada da Varig.
Na quarta-feira haverá uma audiência com o juiz Robert Drain, da Corte de Nova York, que recebeu pedidos das empresas de leasing para retomar as aeronaves arrendadas para a Varig. Nessa audiência, administradores da Varig, BNDES e TAP tentarão convencer o juiz sobre o potencial de recuperação da aérea brasileira e evitar que o juiz derrube a liminar que impede o arresto dos
aviões.
Com a interrupção da assembléia, credores, trabalhadores e representantes da administração da empresa passaram a discutir a proposta da TAP numa sala anexa.
A proposta
O presidente da Varig, Omar Carneiro da Cunha, apresentou em detalhes no início da assembléia os procedimentos considerados necessários para a venda das subsidiárias de transporte de cargas e manutenção.
Segundo Cunha, a Varig teve informações sobre 11 investidores interessados em adquirir as companhias, entre eles Matlin Patterson, OceanAir, ATS, TGV, Docas, banco Pactual e AIG Capital. Até a data final estabelecida pela companhia foram apresentadas propostas de cinco investidores: TAP, Matlin Patterson, Ocean Air, Docas e AIG Capital.
O plano de recuperação da companhia apresentado pelo BNDES sofreu modificações. Inicialmente o banco aportaria recursos adicionais junto com os investidores caso o valor das empresas VarigLog e VEM fosse superior ao estimado inicialmente de US$ 62 milhões após uma due dilligence (avaliação) que levaria 90 dias. Agora, o banco se limitará a financiar o equivalente a dois terços deste valor nesta primeira etapa de recuperação da companhia.
Além disso, não será mais criado um Fundo de Investimentos e Participações porque o BNDES não será mais um cotista na primeira etapa do plano e apenas financiará a aquisição das ações pelo novo investidor. O comprador vai adquirir 95% das ações da VarigLog e 90% das ações da VEM.
O DAC (Departamento de Aviação Civil) já concedeu aprovação prévia à estrutura societária apresentada pela TAP.
O presidente da Varig afirmou que a proposta da TAP foi escolhida porque além de apresentar valores superiores ao das demais, também apresentava a intenção de manter a 'integralidade do negócio Varig' e de participar da segunda etapa de recuperação da companhia com um montante de até US$ 500 milhões.
A proposta inclui também o financiamento adicional concedido à Varig por meio de desconto de recebíveis até o limite de US$ 50 milhões. Será aplicada nesta operação uma taxa de desconto que ainda está sendo negociada.
Na quinta-feira a Varig vai publicar um comunicado a fim de informar os possíveis investidores de que a partir do dia 14 de novembro estará franqueado o acesso ao data room da Varig Log e da VEM. Os interessados em adquirir as ações das duas companhias precisam apresentar propostas até o dia 9 de dezembro.
Caso a Varig receba uma oferta superior à da TAP neste período, deverá comunicar à estatalportuguesa até o dia 12 de dezembro. A TAP teria até o dia 19 para informar a Varig se pretende igualar a oferta. Se ela não apresentar proposta igual até o dia 19, as ações serão alienadas ao novo investidor e a TAP terá direito a uma multa de US$ 12,5 milhões. Se não for apresentada nenhuma proposta de valor superior ao da TAP, as duas empresas serão vendidas por US$ 62 milhões.
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09/11/2005 - 09h16
Portugal apóia decisão da TAP de comprar empresas da Varig
LISBOA (Reuters) - O governo português apóia a decisão da TAP Portugal de adquirir a Varilog e Varig Engenharia e Manutenção (VEM), empresas do grupo Varig . Na avaliação das autoridades, o negócio contribui para a valorização da companhia aérea portuguesa e sua internacionalização.
Em comunicado enviado à imprensa, o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC) acrescenta que a opção da TAP em relação à Varig contribui ainda para a consolidação da "sua atual posição competitiva".
"O MOPTC congratula-se com os desenvolvimentos até agora registados neste processo e manterá todo o seu empenho para o sucesso na conclusão do mesmo, nas fases subsequentes", afirma o comunicado do MOPTC.
A TAP foi autorizada pela assembléia de credores da Varig, no final da noite da segunda-feira, a comprar a Varilog e a VEM, mantendo a intenção, numa segunda fase, de adquirir 20 por cento da aérea brasileira, ficando com o controle da gestão da empresa, num investimento de 500 milhões de dólares.
Portugal apóia decisão da TAP de comprar empresas da Varig
LISBOA (Reuters) - O governo português apóia a decisão da TAP Portugal de adquirir a Varilog e Varig Engenharia e Manutenção (VEM), empresas do grupo Varig . Na avaliação das autoridades, o negócio contribui para a valorização da companhia aérea portuguesa e sua internacionalização.
Em comunicado enviado à imprensa, o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC) acrescenta que a opção da TAP em relação à Varig contribui ainda para a consolidação da "sua atual posição competitiva".
"O MOPTC congratula-se com os desenvolvimentos até agora registados neste processo e manterá todo o seu empenho para o sucesso na conclusão do mesmo, nas fases subsequentes", afirma o comunicado do MOPTC.
A TAP foi autorizada pela assembléia de credores da Varig, no final da noite da segunda-feira, a comprar a Varilog e a VEM, mantendo a intenção, numa segunda fase, de adquirir 20 por cento da aérea brasileira, ficando com o controle da gestão da empresa, num investimento de 500 milhões de dólares.