FAB Balanço de aquisições
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- YOHAM
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FAB Balanço de aquisições
No site abaixo a FAB faz a descrição dos equipamentos adquiridos e modernizações em curso, além de um balanço disso tudo. Posso até estar enganado, mas dá a impressão de que essa força não está tão mal assim.
http://www.defesanet.com.br/fab/1000_days_1.htm
http://www.defesanet.com.br/fab/1000_days_1.htm
As fronteiras nos divide. A classe nos une.
Resposta da Elizabeth Koslowa na Lista Aeroespacial... Concordo 100%
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Ola Brigadeiro Ronaldo.
Poderia acrescentar a lista que você citou, alguns elementos importantes, como a entrada do MAA-1 em serviço bem como eminente homologação do SCP-01.
Não são exatamente criticas o que tenho a fazer, apenas alguns comentários que procuram enfocar a questão por outros angulos.
O senhor citou 15 linhas de aquisições de materiais para a FAB.
Eu fiz um rapido exercicio de memória e proponho a seguinte abstração.
Dos 15 itens, 2 são manutenção de contratos, então caimos para 13 itens.
Dos 13, 2 são compras complementares ao programa ALX, logo caimos para 11 itens realmente validos.
Se hoje, o Brasil entra-se em conflito, dos 11 itens, 5 não existe nenhuma celula hoje operacional em solo brasileiro.
C-295, M2000, H-60L, A-1M, P-3BR, R-DARTER
Dos outros 6 itens 5 TODOS são complementos de celulas já operacionais e SEM EMPREGO ARMADO, excessão ao VC-1A que representa a incorporação de uma nova celula sem historico anterior na FAB.
C-99, C-97, C-95, C-98 e VC-1A
E finalmente temos 1 programa, que é o F-5BR na qual se inicia a entrega operacional em ritimo lento.
Logo de tudo que o que foi citado, hoje, para emprego armado, apenas 2 F-5BR estão disponiveis.
Um exercicio de depreciação da minha parte, ou pura e simples chatisse?
Na verdade não é isto que desejo mostrar, mas apenas traçar um historico de comparação com outras forças aereas que assim como a FAB também sofre com uma enorme gama de problemas.
Veja a questão do F-5BR.
A modernização de plataformas de segunda geração como o F-5, Mig-21 e A-4, em paises como Singapura, Chile, Argentina esta em uma ordem de grandesa de 10 anos adiantadas em relação ao Brasil.
Se considerarmos a vida util de um caça como sendo 30 anos, o Brasil pedeu 30% da vida util de seus F-5 somente em atraso de programas.
A modernisação dos P-3BR se comparados com nossos vizinhos suls americanos, Brasil e Chile também caminha para uma defesagem de 10 anos.
Mesmo depois de modernisados e finalmente operacionais, fica dificil acreditar que a FAB dotara estas aeronaves de armamentos caros e complexos, como misseis anti navio e torpedos ASW, quando temos carencias enormes em sistemas bem mais baratos como sistemas AA para as bases aereas e bombas IR de emprego geral.
Se considerarmos a compra de um ASM para a FAB, como o AM-39 Exocet e os A-1M possam entrar em serviço daqui a 15 meses com este míssil (fato bastante otimista e improvavel), estariamos 25 anos atrasados em relação a Argentina que deste 1982 tem este tipo de capacidade.
Se ainda no final desta década os A-1M (que ja esgotaram metade da sua vida operacional sem a dotação de qualquer armamento ar-solo inteligente, e somente agora receberam um missil ar-ar valido que é o MAA-1), puderem operar algum tipo de arma ar-solo inteligente. Estariamos igualando a capacidade de Colombia e Peru que já operam bombas guiadas a laser segundo algumas fontes.
Se a escolha do FX for feita em 2008, como alguns acreditam, estaremos 5 anos atras do Chile no seu programa Caza2000.
O porque de tantas comparações?
Mais do que a penuria de recursos que vivemos, mais do que as precarias situações de improviso e imobilisação de aeronaves que a FAB, MB e EB se obrigam a fazer, me preocupa muito um outro aspecto negligenciado nestes debates todos.
Que força aerea a FAB deseja ser?
Afinal de contas, depois de décadas de limitações de recursos e problemas operacionais, afinal de contas o que a FAB aprendeu com este quadro e o que ela esta disposta a fazer em nivel estrutural para melhorar este cenarios desolador?
E a minha preocupação vem do fato, que eu não vejo nenhuma transformação estrutural na FAB.
Todas estas aquisições que foram citadas, me parecem mais uma forma paleativa de manter uma mesma estrutura imutavel.
Uma estrutura de 700 celulas, de mais de 50.000 pessoas que não estabelece prioridades, que não formula mudanças estruturais.
Mais que os atrasos do FX, que as limitações dos F-5, mais que qualquer aspecto material, isto sim é preocupante!
Esta semana a MB anunciou a compra de 30 torpedos Mk-48 em um negocio avaliado em US$60mi, como muito de vocês sabem.
Este negocio é muito importante para a MB.
Não por qualquer merito tecnologico do Mk-48, tão pouco pelo valor do negocio que não é dos mais altos.
É importante, porque a MB entende que seus 5 submarinos IKL-209, são uma espécie de "bala de prata" da esquadra. E que seus niveis de letalidade tem que ser mantidos aceitaveis, mesmo que com penalidades de outros setores da força.
Estes US$60mi com certesa vão sair de algum lugar, de algum barco que vai pra reserva, de algum corte de dias no mar de alguns navios da esquadra.
Mas é uma troca. A MB mantem seus IKL-209 letais e limita a sua segunda linha.
Estes mesmos US$60mi na FAB, poderia terminar o MAR-1 ou poderia comprar Pod´s e Bombas laser de Israel, mesmo que em quantidades minimas para armar pelo menos um dos esquadrões do A-1.
Nestes programas todos que citou, foram aplicados recursos na casa de bilhão de dolares, e mesmo assim o MAR-1 continua atrasado, o MAA-2 vai a passos lentos, o SCP-01 esta atrasado, os pods de reconhecimento que deveriam ser comprados de Israel não chegaram etc...
Tudo isto, se regularizaria com uma fração do que foi gasto nos 15 itens que o senhor citou.
É esta capacidade de trabalhar para uma "visão de força aerea" que sinto falta na FAB, hoje ela parece apenas trabalhar para se manter com 700 celulas e 50.000 pessoas, pouco importando se suas aeronaves estão armadas, se seus pilotos conseguem voar um numero minimo de horas.
É preciso reagir a isto Ronaldo, a obsolecencia de equipamentos é uma mera consequencia desta falta de "visão de futuro".
Por fim, quero elogiar duas coisas que gosto muito na FAB.
Os R-99, que são hoje a unica realmente moderna na força, mas principalmente são um conceito que a FAB formulou e hoje é aceito em varias forças aereas, um verdadeiro "objeto do desejo" de muitos paises.
E a escolha do Black Hawk como helicoptero de C-SAR da força.
A muito tempo um serviço C-SAR de primeira linha precisava ser formulado e implementado, parece que chegou a hora.
Não entenda jamais isto como uma critica personalista, tão pouco é uma critica necessariamente, apenas uma visão de quem assim como você deseja o progresso da FAB.
Abraços fraternos
Elizabeth
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Ola Brigadeiro Ronaldo.
Poderia acrescentar a lista que você citou, alguns elementos importantes, como a entrada do MAA-1 em serviço bem como eminente homologação do SCP-01.
Não são exatamente criticas o que tenho a fazer, apenas alguns comentários que procuram enfocar a questão por outros angulos.
O senhor citou 15 linhas de aquisições de materiais para a FAB.
Eu fiz um rapido exercicio de memória e proponho a seguinte abstração.
Dos 15 itens, 2 são manutenção de contratos, então caimos para 13 itens.
Dos 13, 2 são compras complementares ao programa ALX, logo caimos para 11 itens realmente validos.
Se hoje, o Brasil entra-se em conflito, dos 11 itens, 5 não existe nenhuma celula hoje operacional em solo brasileiro.
C-295, M2000, H-60L, A-1M, P-3BR, R-DARTER
Dos outros 6 itens 5 TODOS são complementos de celulas já operacionais e SEM EMPREGO ARMADO, excessão ao VC-1A que representa a incorporação de uma nova celula sem historico anterior na FAB.
C-99, C-97, C-95, C-98 e VC-1A
E finalmente temos 1 programa, que é o F-5BR na qual se inicia a entrega operacional em ritimo lento.
Logo de tudo que o que foi citado, hoje, para emprego armado, apenas 2 F-5BR estão disponiveis.
Um exercicio de depreciação da minha parte, ou pura e simples chatisse?
Na verdade não é isto que desejo mostrar, mas apenas traçar um historico de comparação com outras forças aereas que assim como a FAB também sofre com uma enorme gama de problemas.
Veja a questão do F-5BR.
A modernização de plataformas de segunda geração como o F-5, Mig-21 e A-4, em paises como Singapura, Chile, Argentina esta em uma ordem de grandesa de 10 anos adiantadas em relação ao Brasil.
Se considerarmos a vida util de um caça como sendo 30 anos, o Brasil pedeu 30% da vida util de seus F-5 somente em atraso de programas.
A modernisação dos P-3BR se comparados com nossos vizinhos suls americanos, Brasil e Chile também caminha para uma defesagem de 10 anos.
Mesmo depois de modernisados e finalmente operacionais, fica dificil acreditar que a FAB dotara estas aeronaves de armamentos caros e complexos, como misseis anti navio e torpedos ASW, quando temos carencias enormes em sistemas bem mais baratos como sistemas AA para as bases aereas e bombas IR de emprego geral.
Se considerarmos a compra de um ASM para a FAB, como o AM-39 Exocet e os A-1M possam entrar em serviço daqui a 15 meses com este míssil (fato bastante otimista e improvavel), estariamos 25 anos atrasados em relação a Argentina que deste 1982 tem este tipo de capacidade.
Se ainda no final desta década os A-1M (que ja esgotaram metade da sua vida operacional sem a dotação de qualquer armamento ar-solo inteligente, e somente agora receberam um missil ar-ar valido que é o MAA-1), puderem operar algum tipo de arma ar-solo inteligente. Estariamos igualando a capacidade de Colombia e Peru que já operam bombas guiadas a laser segundo algumas fontes.
Se a escolha do FX for feita em 2008, como alguns acreditam, estaremos 5 anos atras do Chile no seu programa Caza2000.
O porque de tantas comparações?
Mais do que a penuria de recursos que vivemos, mais do que as precarias situações de improviso e imobilisação de aeronaves que a FAB, MB e EB se obrigam a fazer, me preocupa muito um outro aspecto negligenciado nestes debates todos.
Que força aerea a FAB deseja ser?
Afinal de contas, depois de décadas de limitações de recursos e problemas operacionais, afinal de contas o que a FAB aprendeu com este quadro e o que ela esta disposta a fazer em nivel estrutural para melhorar este cenarios desolador?
E a minha preocupação vem do fato, que eu não vejo nenhuma transformação estrutural na FAB.
Todas estas aquisições que foram citadas, me parecem mais uma forma paleativa de manter uma mesma estrutura imutavel.
Uma estrutura de 700 celulas, de mais de 50.000 pessoas que não estabelece prioridades, que não formula mudanças estruturais.
Mais que os atrasos do FX, que as limitações dos F-5, mais que qualquer aspecto material, isto sim é preocupante!
Esta semana a MB anunciou a compra de 30 torpedos Mk-48 em um negocio avaliado em US$60mi, como muito de vocês sabem.
Este negocio é muito importante para a MB.
Não por qualquer merito tecnologico do Mk-48, tão pouco pelo valor do negocio que não é dos mais altos.
É importante, porque a MB entende que seus 5 submarinos IKL-209, são uma espécie de "bala de prata" da esquadra. E que seus niveis de letalidade tem que ser mantidos aceitaveis, mesmo que com penalidades de outros setores da força.
Estes US$60mi com certesa vão sair de algum lugar, de algum barco que vai pra reserva, de algum corte de dias no mar de alguns navios da esquadra.
Mas é uma troca. A MB mantem seus IKL-209 letais e limita a sua segunda linha.
Estes mesmos US$60mi na FAB, poderia terminar o MAR-1 ou poderia comprar Pod´s e Bombas laser de Israel, mesmo que em quantidades minimas para armar pelo menos um dos esquadrões do A-1.
Nestes programas todos que citou, foram aplicados recursos na casa de bilhão de dolares, e mesmo assim o MAR-1 continua atrasado, o MAA-2 vai a passos lentos, o SCP-01 esta atrasado, os pods de reconhecimento que deveriam ser comprados de Israel não chegaram etc...
Tudo isto, se regularizaria com uma fração do que foi gasto nos 15 itens que o senhor citou.
É esta capacidade de trabalhar para uma "visão de força aerea" que sinto falta na FAB, hoje ela parece apenas trabalhar para se manter com 700 celulas e 50.000 pessoas, pouco importando se suas aeronaves estão armadas, se seus pilotos conseguem voar um numero minimo de horas.
É preciso reagir a isto Ronaldo, a obsolecencia de equipamentos é uma mera consequencia desta falta de "visão de futuro".
Por fim, quero elogiar duas coisas que gosto muito na FAB.
Os R-99, que são hoje a unica realmente moderna na força, mas principalmente são um conceito que a FAB formulou e hoje é aceito em varias forças aereas, um verdadeiro "objeto do desejo" de muitos paises.
E a escolha do Black Hawk como helicoptero de C-SAR da força.
A muito tempo um serviço C-SAR de primeira linha precisava ser formulado e implementado, parece que chegou a hora.
Não entenda jamais isto como uma critica personalista, tão pouco é uma critica necessariamente, apenas uma visão de quem assim como você deseja o progresso da FAB.
Abraços fraternos
Elizabeth
As GATs e RPs estão em toda cidade!
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
- YOHAM
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Caro ZeRo4, saudações!
Sei que não é provocação, fique tranquilo. O mais importante foi ter essas informações de forma comparativa. Parece que vc tem razão. Com essa facilidade de confirgurar os elementos para poder entendê-los, ajuda compreender a realidade do assunto em questão. Mas qual seria uma solução razoável para essa situação que vc colocou? Lembro-me que quando o programa FX foi cancelado, havia uma condenação geral e irrestrita aqui no fórum. Primeiro do governo, depois da FAB. Faz tempo que não venho aqui no Fórum da Força Aérea, fico mais no de Assuntos Gerais. Entrei hoje e me surpreendi com alguns posts dizendo que a FAB fez a decisão correta em cancelar o FX. Confesso que fiquei encabulado. Estou tentando entender esse jogo de interpretação que se desenrola na minha frente.
Abraços
Sei que não é provocação, fique tranquilo. O mais importante foi ter essas informações de forma comparativa. Parece que vc tem razão. Com essa facilidade de confirgurar os elementos para poder entendê-los, ajuda compreender a realidade do assunto em questão. Mas qual seria uma solução razoável para essa situação que vc colocou? Lembro-me que quando o programa FX foi cancelado, havia uma condenação geral e irrestrita aqui no fórum. Primeiro do governo, depois da FAB. Faz tempo que não venho aqui no Fórum da Força Aérea, fico mais no de Assuntos Gerais. Entrei hoje e me surpreendi com alguns posts dizendo que a FAB fez a decisão correta em cancelar o FX. Confesso que fiquei encabulado. Estou tentando entender esse jogo de interpretação que se desenrola na minha frente.
Abraços
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- Einsamkeit
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Antes era desespero mesmo, ou teriamos aquilo ou nada, mais teriamos 10 anos antes, agora iremos ter avioes melhores, que so chegarao em 2020+.
Eu Prefiro o Rafale, o F-35 se vier será sem ram, e portanto bem inferior ao Rafale e Ef-2000, alem de ser Monomotor.
Mais bem que poderiamos ter alguns Su-32 com Moskit.
Logicamente que esse aviao nao serve pro Fx por ser um caça pesado de ataque.
Eu Prefiro o Rafale, o F-35 se vier será sem ram, e portanto bem inferior ao Rafale e Ef-2000, alem de ser Monomotor.
Mais bem que poderiamos ter alguns Su-32 com Moskit.
Logicamente que esse aviao nao serve pro Fx por ser um caça pesado de ataque.
Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
Moonspell - Full Moon Madness
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
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- Pablo Maica
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- Einsamkeit
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Porque nao mandar essa resposta dela para varios emails da Aeronaltica?
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- Plinio Jr
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ZeRo4 escreveu:
Resposta da Elizabeth Koslowa na Lista Aeroespacial... Concordo 100%
Excelente... pena que este tipo de infromação não chegue até o geverno e mesmo que chegue será ignorado.
Parece-me que o ambiente contaminado por falacias e promessas vazias do Palácio do Planalto baixou no alto comando da FAB.
A imensa maioria dos programas citados pelo atual Governo não passam de mera continuidade do governo anterior, muito pouco foi feito e ao meu ver ainda muito tem a ser realizado.
Concordo em 100% com o texto brilhante da Koslowa, mostra bem a realidade em que nossas FA´s passam no momento..
Resposta da Elizabeth Koslowa na Lista Aeroespacial... Concordo 100%
Excelente... pena que este tipo de infromação não chegue até o geverno e mesmo que chegue será ignorado.
Parece-me que o ambiente contaminado por falacias e promessas vazias do Palácio do Planalto baixou no alto comando da FAB.
A imensa maioria dos programas citados pelo atual Governo não passam de mera continuidade do governo anterior, muito pouco foi feito e ao meu ver ainda muito tem a ser realizado.
Concordo em 100% com o texto brilhante da Koslowa, mostra bem a realidade em que nossas FA´s passam no momento..
A situação da FAB não está mal, pessoalmente acho que comparando com os últimos 25 anos a FAB nunca esteve tão bem. Houve mudanças importantes durante os últimos 10 anos e isso é inegável:
1995-------------------------------------->2005
Tucano/Xavante------------------------->AT-29 Super Tucano
F-5E--------------------------------------->F5-EM
C-91 Avro-------------------------------->C-99
AIM9-B----------------------------------->MAA-1/ Phyton 3
?------------------------------------------>AEW&C (R99A) / R99-B
Só coloquei os itens que estão verdadeiramente operacionais na FAB hoje. Se o projeto de mordenização do AMX, homologação do MAR-1, recebimento do C295 e P3 Orion mordenizados forem concluídos a situação será ainda mais favorável.
Falou,
Carlos.
1995-------------------------------------->2005
Tucano/Xavante------------------------->AT-29 Super Tucano
F-5E--------------------------------------->F5-EM
C-91 Avro-------------------------------->C-99
AIM9-B----------------------------------->MAA-1/ Phyton 3
?------------------------------------------>AEW&C (R99A) / R99-B
Só coloquei os itens que estão verdadeiramente operacionais na FAB hoje. Se o projeto de mordenização do AMX, homologação do MAR-1, recebimento do C295 e P3 Orion mordenizados forem concluídos a situação será ainda mais favorável.
Falou,
Carlos.
- Carlos Lima
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Ola pessoal,
Sem querer ser polêmico mas já sendo... depois de ler um bocado o e-mail da Elizabeth eu acho que alguns pontos citados por ela não estão completamente... corretos
Antes de mais nada gostaria de dizer que não quero ofender a ninguém, más só queria deixar mas uma opnião sobre o assunto...
Os ALX também estão disponíveis...
No caso do F5 a vida útil será de +40 anos (1975 / 2015+) sendo assim não é de todo o mal a FAB estar fazendo a sua modernização deles agora (de qq maneira não creio que à 10 anos atrás tinhamos din-din para fazer isso).
Em primeiro lugar não é que o Brasil já estivesse usando os P3 e só agora os estivessem modernizando. Até aonde eu sei os aviões ainda estão nos EUA. Além disso não da para comparar os sensores eletrônicos dos P3 do Chile e da Argentina com os que a CASA vai instalar nos nossos... não mesmo!
Já li em umas revistas que na verdade somente os P3 Chilenos tem alguma capacidade real anti-submarino.
Em relação a essa história do armamento eu concordo de um modo geral com o que ela está dizendo, mas eu acho que o fócuo da FAB é criar a "doutrina", ou seja, trabalhar o recheio eletrônico, voltar a aprender como se faz para caçar submarinos e depois então comprar as armas (não é o ideal, mas é o que se faz com o dinheiro que temos).
...
Além disso, eu fiquei pensando bem sobre essa história da FAB obsoleta e acho que a FAB vem adotando a atitude correta com o que tem disponível.
A prioridade número 1 foi aumentar as horas de vôo dos seus pilotos - isso sendo a prioridade n1 do Ministro anterior, o que eu sou completamente de acordo... (como chegamos a um número de horas bem baixo de vôo por piloto é que foi o problema)
Em seguida pegou carona no SIVAM e conseguiu empurrar por meio deste radares, P3br, Casa295, ALX, R99a/b e C98.
Vem organizando exercícios regulares por toda a fronteira com os nossos vizinhos (o que estimula integração e troca de experiências além de marketing da indústria nacional)
Vem organizando exercícios internacionais para aprender como a OTAN trabalha, além de puxar uma sardinha para o lado da Africa do Sul.
Tem um ministro da Aeronáutica que na minha opnião parecia ser meio mole no ínicio mas agora está passeando pelo Brasil todo dando satisfação sobre o que a FAB está fazendo para melhorar... acho isso legal!
Está começando a se organizar com as outras FA para criar centro de manutençao integrados (o primeiro ao que parece vai ser na Amazônia)
Tá dando uma força danada para o pessoal da MB (AFA, exercícios, Radar para a Base Aérea de S Pedro, operações conjuntas)
Além disso tem essa história do CAN e das doações de aviões excedentes que ajudam a criar laços entre as FA dos países vizinhos.
Começou a pensar em AAA com a aquisição dos IGLA (novamente doutrina)
Criou soluções logisticas que eu vi serem apresentadas até em Le Bourget (o módulo de refeição em lugares dispersos)
Voltou a fazer Rodopista
Tem ainda a criação do C-SAR com o S-70 o que se virmos bem começou com aqueles exercícios que eles faziam com os americanos no Mato Grosso (2/10). - Show de bola.
Com relação a falta de armamento é um problema sim, mas comprar as armas nunca foi muito o problema, e sim dominar a tecnologia... o Chilenos, Argentinos, Peruanos e Colombianos tiveram as armas que tinham por problemas fronteiriços e de conflitos internos...
Além desses países viverem circunstâncias economico-políticas diferentes do Brasil na época.
O problema nos atrasos no desenvolvimento dos mísseis/Bombas, etc é ruim sim, e nesse ponto sou da opnião de que a FAB deveria se "aliar" (e não simplismente comprar) à países como a África do Sul - que tem domínio de muitas dessas tecnologias mas não tem demanda!
Temos que ver que a FAB está montando uma estrutura que daqui a pouco tempo a irá colocá-la como a melhor força aérea da Am Latina (eu já acho que é mas vou ser menos polêmico )
Erros foram cometidos no passado mas não deixo de pensar que a situação política/econômica do País foi a principal responsável pela bagunça... e acho que os caras estão fazendo um trabalho show de bola para os recursos que estão disponíveis para ela.
Na minha opnião a FAB está pensando certo a Força Aérea do Futuro...
Uma nota:
O Brasil a partir dos anos 70 a FAB vem tentando adotar a filosofia Smith no que diz respeito a pesquisa/aquisição aeronáutica (Prof. Richard Harbert Smith - que foi um dos fundadores do ITA/CTA e cuja a filosofia era a de menos dependência possível de fornecedores externos - ele já falava em parcerias e off-set à 30 anos atrás!) - Por conta desta filosofia temos hoje a Embraer.
Só uma opnião
CB_Lima
Sem querer ser polêmico mas já sendo... depois de ler um bocado o e-mail da Elizabeth eu acho que alguns pontos citados por ela não estão completamente... corretos
Antes de mais nada gostaria de dizer que não quero ofender a ninguém, más só queria deixar mas uma opnião sobre o assunto...
Logo de tudo que o que foi citado, hoje, para emprego armado, apenas 2 F-5BR estão disponiveis.
Os ALX também estão disponíveis...
Se considerarmos a vida util de um caça como sendo 30 anos, o Brasil pedeu 30% da vida util de seus F-5 somente em atraso de programas.
No caso do F5 a vida útil será de +40 anos (1975 / 2015+) sendo assim não é de todo o mal a FAB estar fazendo a sua modernização deles agora (de qq maneira não creio que à 10 anos atrás tinhamos din-din para fazer isso).
A modernisação dos P-3BR se comparados com nossos vizinhos suls americanos, Brasil e Chile também caminha para uma defesagem de 10 anos.
Em primeiro lugar não é que o Brasil já estivesse usando os P3 e só agora os estivessem modernizando. Até aonde eu sei os aviões ainda estão nos EUA. Além disso não da para comparar os sensores eletrônicos dos P3 do Chile e da Argentina com os que a CASA vai instalar nos nossos... não mesmo!
Já li em umas revistas que na verdade somente os P3 Chilenos tem alguma capacidade real anti-submarino.
Em relação a essa história do armamento eu concordo de um modo geral com o que ela está dizendo, mas eu acho que o fócuo da FAB é criar a "doutrina", ou seja, trabalhar o recheio eletrônico, voltar a aprender como se faz para caçar submarinos e depois então comprar as armas (não é o ideal, mas é o que se faz com o dinheiro que temos).
...
Além disso, eu fiquei pensando bem sobre essa história da FAB obsoleta e acho que a FAB vem adotando a atitude correta com o que tem disponível.
A prioridade número 1 foi aumentar as horas de vôo dos seus pilotos - isso sendo a prioridade n1 do Ministro anterior, o que eu sou completamente de acordo... (como chegamos a um número de horas bem baixo de vôo por piloto é que foi o problema)
Em seguida pegou carona no SIVAM e conseguiu empurrar por meio deste radares, P3br, Casa295, ALX, R99a/b e C98.
Vem organizando exercícios regulares por toda a fronteira com os nossos vizinhos (o que estimula integração e troca de experiências além de marketing da indústria nacional)
Vem organizando exercícios internacionais para aprender como a OTAN trabalha, além de puxar uma sardinha para o lado da Africa do Sul.
Tem um ministro da Aeronáutica que na minha opnião parecia ser meio mole no ínicio mas agora está passeando pelo Brasil todo dando satisfação sobre o que a FAB está fazendo para melhorar... acho isso legal!
Está começando a se organizar com as outras FA para criar centro de manutençao integrados (o primeiro ao que parece vai ser na Amazônia)
Tá dando uma força danada para o pessoal da MB (AFA, exercícios, Radar para a Base Aérea de S Pedro, operações conjuntas)
Além disso tem essa história do CAN e das doações de aviões excedentes que ajudam a criar laços entre as FA dos países vizinhos.
Começou a pensar em AAA com a aquisição dos IGLA (novamente doutrina)
Criou soluções logisticas que eu vi serem apresentadas até em Le Bourget (o módulo de refeição em lugares dispersos)
Voltou a fazer Rodopista
Tem ainda a criação do C-SAR com o S-70 o que se virmos bem começou com aqueles exercícios que eles faziam com os americanos no Mato Grosso (2/10). - Show de bola.
Com relação a falta de armamento é um problema sim, mas comprar as armas nunca foi muito o problema, e sim dominar a tecnologia... o Chilenos, Argentinos, Peruanos e Colombianos tiveram as armas que tinham por problemas fronteiriços e de conflitos internos...
Além desses países viverem circunstâncias economico-políticas diferentes do Brasil na época.
O problema nos atrasos no desenvolvimento dos mísseis/Bombas, etc é ruim sim, e nesse ponto sou da opnião de que a FAB deveria se "aliar" (e não simplismente comprar) à países como a África do Sul - que tem domínio de muitas dessas tecnologias mas não tem demanda!
Temos que ver que a FAB está montando uma estrutura que daqui a pouco tempo a irá colocá-la como a melhor força aérea da Am Latina (eu já acho que é mas vou ser menos polêmico )
Erros foram cometidos no passado mas não deixo de pensar que a situação política/econômica do País foi a principal responsável pela bagunça... e acho que os caras estão fazendo um trabalho show de bola para os recursos que estão disponíveis para ela.
Na minha opnião a FAB está pensando certo a Força Aérea do Futuro...
Uma nota:
O Brasil a partir dos anos 70 a FAB vem tentando adotar a filosofia Smith no que diz respeito a pesquisa/aquisição aeronáutica (Prof. Richard Harbert Smith - que foi um dos fundadores do ITA/CTA e cuja a filosofia era a de menos dependência possível de fornecedores externos - ele já falava em parcerias e off-set à 30 anos atrás!) - Por conta desta filosofia temos hoje a Embraer.
Só uma opnião
CB_Lima
CB_Lima = Carlos Lima
Aunque no pretendo inmiscuirme en esta interesante discusión.....(aunque me encataría)
No veo porqué no es comparable...... , ¿tienes algún antecedente?.
Saludos cordiales,
Além disso não da para comparar os sensores eletrônicos dos P3 do Chile e da Argentina com os que a CASA vai instalar nos nossos... não mesmo!
No veo porqué no es comparable...... , ¿tienes algún antecedente?.
Saludos cordiales,
Chile, fértil provincia y señalada, de la región antártica famosa, que no ha sido por rey jamás regida, ni sus tierras y dominios sometida!!!.
- Vinicius Pimenta
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Concordo inteiramente com o cb_lima.
Discordo da Elizabeth quando diz que a FAB parece não saber o que quer. Sabe sim e está fazendo um trabalho, especialmente na área logística (pilar em um conflito), doutrina e reequipamento (dentro das possibilidades) sensacional. Só que isso aparece pouco.
A FAB até 10 anos atrás não era uma Força Aérea de verdade. Mas hoje ela trabalha cada vez mais para ser. Eu parabenizo a FAB, só quem acompanha de perto suas ações sabe das dificuldades e dos problemas que eles vêem enfrentando. Todos reconhecidos mas encarados de frente. Ainda há muita coisa errada, muita coisa por fazer. Mas acredito que a FAB esteja no caminho certo. Sem dúvida, apesar das críticas, apesar das desconfianças, é a Força Aérea mais capacitada da América Latina.
Discordo da Elizabeth quando diz que a FAB parece não saber o que quer. Sabe sim e está fazendo um trabalho, especialmente na área logística (pilar em um conflito), doutrina e reequipamento (dentro das possibilidades) sensacional. Só que isso aparece pouco.
A FAB até 10 anos atrás não era uma Força Aérea de verdade. Mas hoje ela trabalha cada vez mais para ser. Eu parabenizo a FAB, só quem acompanha de perto suas ações sabe das dificuldades e dos problemas que eles vêem enfrentando. Todos reconhecidos mas encarados de frente. Ainda há muita coisa errada, muita coisa por fazer. Mas acredito que a FAB esteja no caminho certo. Sem dúvida, apesar das críticas, apesar das desconfianças, é a Força Aérea mais capacitada da América Latina.
Vinicius Pimenta
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