Radares nacionais
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Radares nacionais
Atech fabricará o primeiro radar totalmente nacional
São José dos Campos (SP), 12 de Setembro de 2005 - O Brasil retomou a sua capacitação tecnológica na área de radares meteorológicos. A experiência adquirida com a participação no fornecimento dos radares do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) motivou a Atech Tecnologias Críticas ao desenvolvimento do primeiro radar 100% nacional. A Aeronáutica acaba de fechar um contrato com a empresa, no valor de US$ 1,9 milhão, para a aquisição do equipamento, que será entregue em abril do próximo ano.
"Este será o 11 radar meteorológico do Sivam, mas a diferença é que ele será desenvolvido com tecnologia brasileira", afirma Fábio Haruo Fukuda, diretor da Atmos. A empresa foi criada no ano passado a partir de uma associação entre a Atech (60%) e a Omnisys (40%), que atua no desenvolvimento de sistemas meteorológicos e de telecomunicações.
A Omnisys trouxe para a Atmos o conhecimento tecnológico acumulado por seus fundadores durante o período em que trabalharam na antiga Elebra. A empresa, que fechou em 1997, produzia, entre outras coisas, radares de aproximação e controle de tráfego aéreo. Também participou de vários programas estratégicos com a Aeronáutica, entre eles o caça AMX.
Os 10 radares meteorológicos do Sivam, segundo Fukuda, foram fornecidos pela empresa americana Enterprise, mas o processador digital foi feito pela Atech e o software meteorológico é alemão. A idéia inicial da Aeronáutica era que o fornecimento fosse feito integralmente pela indústria brasileira.
A Tectelcom Aeroespacial foi, inclusive, selecionada para desenvolver os radares, mas as dificuldades financeiras enfrentadas pela empresa inviabilizaram o fornecimento. A Aeronáutica já havia rescindido um outro contrato com a empresa, que previa o fornecimento de 10 radares para os Cindactas (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), localizados nas regiões de Brasília, Curitiba e Recife.
A Tectelcom só conseguiu entregar seis radares e ainda com dois anos de atraso. A empresa finalizou o desenvolvimento desse radar meteorológico, baseado em projeto feito pelo Centro Técnico Aeroespacial (CTA), na década de 1970 e depois transferido para a Tecnasa. "Temos potencial para fornecer os quatro radares que não foram entregues pela Tectelcom, mas a Aeronáutica ainda não retomou o contrato."
O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer) informou que não há previsão do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) de expandir a rede de radares meteorológicos do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (Sisceab). "Já foram instalados 11 canais meteorológicos nos radares de vigilância de área terminal, o que aumentou bastante a já satisfatória cobertura radar para acompanhamento das condições de tempo presente."
Apostando no potencial de mercado do seu radar, a Atmos desenvolveu uma versão mais avançada do equipamento. O novo sistema possui banda X (freqüência de 9,5 gigahertz), com dois canais de transmissão e recepção, maior precisão para medir o índice de precipitação, além de capacidade para estudar o tamanho das gotas de chuva e fazer a detecção automática de granizo.
Parceria com a USP
Em junho deste ano a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) assinou contrato com a Atmos, no valor de R$ 1,3 milhão, para financiar o desenvolvimento do novo radar. O equipamento integrará o Sistema Integrado de Hidrometeorologia do Estado de São Paulo (Sihesp), que também prevê a aquisição de estações meteorológicas de superfície e a modernização de radares já existentes.
O projeto, coordenado pelo Instituto de Astronomia , Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), da Universidade de São Paulo (USP), ampliará a capacidade de observação e previsão de chuvas e tempestades na região metropolitana de São Paulo. Ao contrário do sistema que será fornecido para o Sivam, que opera numa faixa de freqüência menor (Banda S, com 2,8 gigahertz), o novo radar meteorológico do Sihesp será equipado com software meteorológico importado em função da necessidade de se ter os equipamentos prontos para o verão de 2006.
O diretor da Atmos ressalta, no entanto, que toda a parte de engenharia de integração será realizada pela empresa no Brasil. Para reforçar sua experiência nessa área, a Atmos desenvolveu um radar dopller (consegue medir a velocidade e eliminar o eco de solo, ou seja, e reflexão das ondas eletromagnéticas).
A Atech e a Ominsys investiram US$ 1 milhão no radar, que está instalado na área rural de Mogi das Cruzes, a 40 km de São Paulo. O sistema, com alcance de 400 quilômetros, mede, em tempo real, as condições meteorológicas de toda a porção leste e sul de São Paulo, sul do Rio de Janeiro, parte do sul de Minas Gerais e do Paraná, incluindo o litoral paranaense.
O Brasil, de acordo com a Atmos, possui hoje 24 radares doppler em operação. A maior parte, 10, está no Sivam e os demais no Estado de São Paulo. Nos Estados Unidos existem cerca de 300 radares desse tipo, sendo que metade deles está a serviço da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA).
A Atmos, diz Fukuda, está empenhada na busca de novos contratos. "Agora nós temos condições de participar em pé de igualdade com os produtos estrangeiros e estamos de olho na próxima aquisição de radar meteorológico que a Aeronáutica pretende fazer para o seu Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão."
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Talvez seja a hora de tentarmos desenvolver um radar portátil de vigilância para o Exército, não vai ser tão caro...
[abraços]
São José dos Campos (SP), 12 de Setembro de 2005 - O Brasil retomou a sua capacitação tecnológica na área de radares meteorológicos. A experiência adquirida com a participação no fornecimento dos radares do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) motivou a Atech Tecnologias Críticas ao desenvolvimento do primeiro radar 100% nacional. A Aeronáutica acaba de fechar um contrato com a empresa, no valor de US$ 1,9 milhão, para a aquisição do equipamento, que será entregue em abril do próximo ano.
"Este será o 11 radar meteorológico do Sivam, mas a diferença é que ele será desenvolvido com tecnologia brasileira", afirma Fábio Haruo Fukuda, diretor da Atmos. A empresa foi criada no ano passado a partir de uma associação entre a Atech (60%) e a Omnisys (40%), que atua no desenvolvimento de sistemas meteorológicos e de telecomunicações.
A Omnisys trouxe para a Atmos o conhecimento tecnológico acumulado por seus fundadores durante o período em que trabalharam na antiga Elebra. A empresa, que fechou em 1997, produzia, entre outras coisas, radares de aproximação e controle de tráfego aéreo. Também participou de vários programas estratégicos com a Aeronáutica, entre eles o caça AMX.
Os 10 radares meteorológicos do Sivam, segundo Fukuda, foram fornecidos pela empresa americana Enterprise, mas o processador digital foi feito pela Atech e o software meteorológico é alemão. A idéia inicial da Aeronáutica era que o fornecimento fosse feito integralmente pela indústria brasileira.
A Tectelcom Aeroespacial foi, inclusive, selecionada para desenvolver os radares, mas as dificuldades financeiras enfrentadas pela empresa inviabilizaram o fornecimento. A Aeronáutica já havia rescindido um outro contrato com a empresa, que previa o fornecimento de 10 radares para os Cindactas (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), localizados nas regiões de Brasília, Curitiba e Recife.
A Tectelcom só conseguiu entregar seis radares e ainda com dois anos de atraso. A empresa finalizou o desenvolvimento desse radar meteorológico, baseado em projeto feito pelo Centro Técnico Aeroespacial (CTA), na década de 1970 e depois transferido para a Tecnasa. "Temos potencial para fornecer os quatro radares que não foram entregues pela Tectelcom, mas a Aeronáutica ainda não retomou o contrato."
O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer) informou que não há previsão do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) de expandir a rede de radares meteorológicos do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (Sisceab). "Já foram instalados 11 canais meteorológicos nos radares de vigilância de área terminal, o que aumentou bastante a já satisfatória cobertura radar para acompanhamento das condições de tempo presente."
Apostando no potencial de mercado do seu radar, a Atmos desenvolveu uma versão mais avançada do equipamento. O novo sistema possui banda X (freqüência de 9,5 gigahertz), com dois canais de transmissão e recepção, maior precisão para medir o índice de precipitação, além de capacidade para estudar o tamanho das gotas de chuva e fazer a detecção automática de granizo.
Parceria com a USP
Em junho deste ano a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) assinou contrato com a Atmos, no valor de R$ 1,3 milhão, para financiar o desenvolvimento do novo radar. O equipamento integrará o Sistema Integrado de Hidrometeorologia do Estado de São Paulo (Sihesp), que também prevê a aquisição de estações meteorológicas de superfície e a modernização de radares já existentes.
O projeto, coordenado pelo Instituto de Astronomia , Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), da Universidade de São Paulo (USP), ampliará a capacidade de observação e previsão de chuvas e tempestades na região metropolitana de São Paulo. Ao contrário do sistema que será fornecido para o Sivam, que opera numa faixa de freqüência menor (Banda S, com 2,8 gigahertz), o novo radar meteorológico do Sihesp será equipado com software meteorológico importado em função da necessidade de se ter os equipamentos prontos para o verão de 2006.
O diretor da Atmos ressalta, no entanto, que toda a parte de engenharia de integração será realizada pela empresa no Brasil. Para reforçar sua experiência nessa área, a Atmos desenvolveu um radar dopller (consegue medir a velocidade e eliminar o eco de solo, ou seja, e reflexão das ondas eletromagnéticas).
A Atech e a Ominsys investiram US$ 1 milhão no radar, que está instalado na área rural de Mogi das Cruzes, a 40 km de São Paulo. O sistema, com alcance de 400 quilômetros, mede, em tempo real, as condições meteorológicas de toda a porção leste e sul de São Paulo, sul do Rio de Janeiro, parte do sul de Minas Gerais e do Paraná, incluindo o litoral paranaense.
O Brasil, de acordo com a Atmos, possui hoje 24 radares doppler em operação. A maior parte, 10, está no Sivam e os demais no Estado de São Paulo. Nos Estados Unidos existem cerca de 300 radares desse tipo, sendo que metade deles está a serviço da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA).
A Atmos, diz Fukuda, está empenhada na busca de novos contratos. "Agora nós temos condições de participar em pé de igualdade com os produtos estrangeiros e estamos de olho na próxima aquisição de radar meteorológico que a Aeronáutica pretende fazer para o seu Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão."
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Re: Radares nacionais
Brasileiro escreveu:Talvez seja a hora de tentarmos desenvolver um radar portátil de vigilância para o Exército, não vai ser tão caro...
Excelente Notícia!
Mas talvez não seja a hora de tentarmos desenvolver um radar portátil para o Exército!
Alguma vez o EB mencionou tal necessidade?! Ou tu propôs isso somente porque tecnológicamente é possível?!
Acho que é hora das FFAA buscarem, antes de tudo, terem forças capazes. O desenvolvimento de tecnologia nacional, hoje, é secundário!
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
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Acho que é hora das FFAA buscarem, antes de tudo, terem forças capazes. O desenvolvimento de tecnologia nacional, hoje, é secundário!
Se puder combinar com capacitação nacional como fez a FAB no PFCEAB, que mal tem? Agora é a vez da MB. Com certeza ela vai saber cuidar muito bem do dinheiro do reaparelhamento.
Vinicius Pimenta
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Vinicius Pimenta escreveu:Se puder combinar com capacitação nacional como fez a FAB no PFCEAB, que mal tem? Agora é a vez da MB. Com certeza ela vai saber cuidar muito bem do dinheiro do reaparelhamento.
Se as FFAA conseguirem conciliar Capacitação Tecnológica à Fortalecimento do Poderio, ótimo, não tem mal algum.
Pena que não está conseguindo!
A AFB mal consegue manter níveies de operacionalidade razoáveis, os programas de modernização andam à passo de tartaruga, e tem gente que ainda acredita poder conciliar isso com Capacitação Nacional!
Me perdoem, mas isso é uma falácia!
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André R. Finken Heinle
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Thomas Sowell
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Alguma vez o EB mencionou tal necessidade?! Ou tu propôs isso somente porque tecnológicamente é possível?!
Olá meu amigo Finken
O Exército tem intenção de comprar radares portáteis sim. É para otimizar o desempenho do Igla, pois segundo um artigo que eu li, um Igla sozinho não é capaz de atingir um caça em 5,5 Km que é o alcance máximo, por isso seria necessário um radar portátil e daria mais tempo para os oficiais. Seria interessante também para a FAB.
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Tecnologia nacional equipa caças AMX
Primeiro radar de bordo inteligente fabricado no País tem homologação prevista para outubro
São José dos Campos (SP), 26 de Setembro de 2005 - Depois de 16 anos de muitos contratempos, o Brasil finalmente consegue avançar no desenvolvimento do primeiro radar de bordo inteligente fabricado no país. A homologação do radar, que equipará 53 caças AMX da Força Aérea Brasileira (FAB), está prevista para acontecer em outubro.
A campanha de certificação durou cerca de três anos. O primeiro lote, com 10 conjuntos de pré-série do radar, já foram entregues para a Aeronáutica pelas empresas Mectron, do Brasil e Galileo, da Itália, responsáveis pelo desenvolvimento do equipamento. O contrato com as duas empresas, segundo a Aeronáutica, prevê a produção de 60 unidades para equipar toda a frota de caças AMX que está sendo modernizada pela Embraer e a empresa israelense Elbit.
O valor do contrato do primeiro lote está avaliado em US$ 7,1 milhões e inclui a transferência de tecnologia da parte italiana para a indústria nacional, informou a Aeronáutica. A produção de todos os radares tem um custo estimado de US$ 40 milhões.
O projeto do radar do AMX, do tipo Multímodo SCP-01 (que detecta alvos terrestre, marítimos e aéreos) sofreu atrasos sucessivos, ocasionados por problemas financeiros das duas primeiras empresas contratadas pela Aeronáutica para gerenciá-lo. Com a saída da Tecnasa, que iniciou o projeto na década de 80 e, posteriormente, da Tectelcom Aeroespacial, a Aeronáutica transferiu o desenvolvimento final do radar para a Mectron em 2000.
A versão final que será homologada pela Aeronáutica brasileira inclui algumas modificações em relação ao projeto original, feitas para atender os requisitos ambientais exigidos para um radar de aeronave militar. As exigências estão relacionadas a níveis de vibração, temperatura, pressão e choque mecânico.
O novo radar, segundo o gerente do Projeto na Mectron, Pnelson de Souza Pinto, representa um marco tecnológico para o Brasil, pois além de ser o primeiro radar tático embarcado produzido no País, tem condições de competir com vários modelos internacionais em sua categoria, como o italiano Griffo e os radares produzidos pela empresa israelense IAI Elta.
A participação brasileira no projeto do radar envolve a produção das unidades antena e servo da antena, receptor, painel de controle, estrutura de fixação na aeronave, bem como o fornecimento dos radares completos e da logística de apoio ao sensor.
A Galileo ficou encarregada do processador e do transmissor do radar, além de ser a responsável pelo projeto como um todo. O primeiro protótipo do radar foi feito pela Tecnasa, mas a integração do modelo aconteceu na Itália e os testes em vôo no Brasil, com o apoio da Embraer.
Potencial para exportação
O produto tem potencial para ser exportado para a Itália, já que a Aeronáutica Militar Italiana (AMI) opera uma frota de mais de 150 caças AMX. O avião foi desenvolvido em parceria com o Brasil na década de 80, pela Embraer e as empresas italianas Alenia e Aermacchi.
Atualmente, a frota brasileira de AMX está sendo modernizada com a troca dos sistemas e componentes eletrônicos e a aquisição de equipamentos e peças de reposição para as áreas terrestres de logística e de proteção ao vôo. O projeto está avaliado em US$ 400 milhões. As aeronaves AMX são os principais vetores de ataque aeroestratégico em operação na Força Aérea Brasileira.
O primeiro lote, com 10 conjuntos de pré-série do radar, já foram entregues para a Aeronáutica pela Mectron e Galileo
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 7)(Virgínia Silveira)
--------------
Com a compra destes 10 Radares, significa que a modernização do A-1 já deve ter começado, será que já instalaram os radares?
[abraços]
Primeiro radar de bordo inteligente fabricado no País tem homologação prevista para outubro
São José dos Campos (SP), 26 de Setembro de 2005 - Depois de 16 anos de muitos contratempos, o Brasil finalmente consegue avançar no desenvolvimento do primeiro radar de bordo inteligente fabricado no país. A homologação do radar, que equipará 53 caças AMX da Força Aérea Brasileira (FAB), está prevista para acontecer em outubro.
A campanha de certificação durou cerca de três anos. O primeiro lote, com 10 conjuntos de pré-série do radar, já foram entregues para a Aeronáutica pelas empresas Mectron, do Brasil e Galileo, da Itália, responsáveis pelo desenvolvimento do equipamento. O contrato com as duas empresas, segundo a Aeronáutica, prevê a produção de 60 unidades para equipar toda a frota de caças AMX que está sendo modernizada pela Embraer e a empresa israelense Elbit.
O valor do contrato do primeiro lote está avaliado em US$ 7,1 milhões e inclui a transferência de tecnologia da parte italiana para a indústria nacional, informou a Aeronáutica. A produção de todos os radares tem um custo estimado de US$ 40 milhões.
O projeto do radar do AMX, do tipo Multímodo SCP-01 (que detecta alvos terrestre, marítimos e aéreos) sofreu atrasos sucessivos, ocasionados por problemas financeiros das duas primeiras empresas contratadas pela Aeronáutica para gerenciá-lo. Com a saída da Tecnasa, que iniciou o projeto na década de 80 e, posteriormente, da Tectelcom Aeroespacial, a Aeronáutica transferiu o desenvolvimento final do radar para a Mectron em 2000.
A versão final que será homologada pela Aeronáutica brasileira inclui algumas modificações em relação ao projeto original, feitas para atender os requisitos ambientais exigidos para um radar de aeronave militar. As exigências estão relacionadas a níveis de vibração, temperatura, pressão e choque mecânico.
O novo radar, segundo o gerente do Projeto na Mectron, Pnelson de Souza Pinto, representa um marco tecnológico para o Brasil, pois além de ser o primeiro radar tático embarcado produzido no País, tem condições de competir com vários modelos internacionais em sua categoria, como o italiano Griffo e os radares produzidos pela empresa israelense IAI Elta.
A participação brasileira no projeto do radar envolve a produção das unidades antena e servo da antena, receptor, painel de controle, estrutura de fixação na aeronave, bem como o fornecimento dos radares completos e da logística de apoio ao sensor.
A Galileo ficou encarregada do processador e do transmissor do radar, além de ser a responsável pelo projeto como um todo. O primeiro protótipo do radar foi feito pela Tecnasa, mas a integração do modelo aconteceu na Itália e os testes em vôo no Brasil, com o apoio da Embraer.
Potencial para exportação
O produto tem potencial para ser exportado para a Itália, já que a Aeronáutica Militar Italiana (AMI) opera uma frota de mais de 150 caças AMX. O avião foi desenvolvido em parceria com o Brasil na década de 80, pela Embraer e as empresas italianas Alenia e Aermacchi.
Atualmente, a frota brasileira de AMX está sendo modernizada com a troca dos sistemas e componentes eletrônicos e a aquisição de equipamentos e peças de reposição para as áreas terrestres de logística e de proteção ao vôo. O projeto está avaliado em US$ 400 milhões. As aeronaves AMX são os principais vetores de ataque aeroestratégico em operação na Força Aérea Brasileira.
O primeiro lote, com 10 conjuntos de pré-série do radar, já foram entregues para a Aeronáutica pela Mectron e Galileo
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 7)(Virgínia Silveira)
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Com a compra destes 10 Radares, significa que a modernização do A-1 já deve ter começado, será que já instalaram os radares?
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Ótima Notícia!
Já não era sem tempo!
Creio que é um passo à mais, para nossa Indústria Aeroespacial e de Defesa, mas é preciso conter os ânimos, e não fiocar achando que ele tem chances de exportação, que é o melhor, e coisas desse tipo!
Já não era sem tempo!
Creio que é um passo à mais, para nossa Indústria Aeroespacial e de Defesa, mas é preciso conter os ânimos, e não fiocar achando que ele tem chances de exportação, que é o melhor, e coisas desse tipo!
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- Mateus Dias
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Brasileiro escreveu:Alguma vez o EB mencionou tal necessidade?! Ou tu propôs isso somente porque tecnológicamente é possível?!
Olá meu amigo Finken
O Exército tem intenção de comprar radares portáteis sim. É para otimizar o desempenho do Igla, pois segundo um artigo que eu li, um Igla sozinho não é capaz de atingir um caça em 5,5 Km que é o alcance máximo, por isso seria necessário um radar portátil e daria mais tempo para os oficiais. Seria interessante também para a FAB.
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Só que essa necessidade é urgente, será que essa tecnologia da Artech conseguirá atender o EB a tempo ?? Os testes com o radar da Elbit já estão bem avançados no EB, pra variar está faltando somente a verba para aquisição.
Mateus Dias
BRASIL ACIMA DE TUDO !!!
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