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Apesar da probabilidade da ocorrência de um conflito convencional na Europa ter diminuido grandemente, acho que ainda faz sentido dispôr de uma unidade mecanizada. Mesmo em missões de manutenção de paz e de contra-insurreição, os blindados pesados ainda podem ser úteis, sobretudo quando o inimigo dispõe de RPG's e IED's em quantidade, como no Iraque.
No entanto, a BMI foi votada ao abandono (tal como boa parte do Exército), mas sofreu ainda mais com isso, porque por exemplo, ao contrário da BAI, cuja eficácia em combate depende sobretudo da qualidade e treino dos paraquedistas que a integram, na BMI o equipamento desempenha um papel primordial.
E é aqui que se atingiu a obsolescência em massa. Os M60A3 estão perfeitamente desfazados face aos padrões NATO, tal como os M113. Mas pior do que estes estão os meios de comando e controlo, vigilância do campo de batalha e artilharia anti-aérea. O único ponto em que a BMI está bem servida é na artilharia auto-propulsada.
Também percebo que é um desperdício pensar em grandes compras para a BMI, sobretudo quando há lacunas em practicamente todas as outras áreas das FA. Mas isso não quer dizer que, com (relativamente) pouco dinheiro, não se possa fazer muito.
Quanto aos carros de combate, acho que temos algumas alternativas relativamente baratas. Não acho que exista qualquer necessidade de tanques novos. Em segunda mão, só há um modelo disponível - os Leopard 2A4 ou A5 excedentários em algumas forças armadas europeias. Poderiam ser uma alternativa, mas só se viessem a preço de saldo...
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Ainda outra alternativa seria pedinchar aos EUA torres de M1 (se se quisesse manter a peça de 105mm) ou de M1A1 (120mm) e depois construir algo do género do M60-2000.
Os M113 também estão gravemente desactualizados, mas nada que uma modernização não possa resolver. Claro que eu gostava de ver a BMI com CV90's, mas realisticamente, não precisamos deles nem os podemos pagar. Para além do mais, um upgrade como o do L-Vas fica em cerca de 75.000 dólares, o que o torna MUITO competitivo face a um IFV novo. Mais uma vez, poderíamos recorrer aos israelitas para modernizarem os M113 para o padrão Zelda 2 ou L-Vas. Como armamento, colocava-se uma OWS por forma a dar mais protecção ao artilheiro.
Até aqui, creio que não gastaríamos assim muito. Onde a situação se torna mais complicada é nos meios de comunicação, comando e controlo, radares e outros meios de vigilância, e ainda na artilharia anti-aérea. A maioria teria que ser adquirida no estrangeiro, e a preços não tão baixos como a gente gostaria.
Em relação à artilharia anti-aérea, gostaria de saber o que pensam sobre a substituição do Chaparral. Devemos apostar no sistema auto-propulsado, mais caro mas mais versátil e eficaz, ou em MANPADS, consideravelmente mais baratos mas também muito menos capazes? No primeiro caso, talvez se pudesse conseguir alguns Avenger a preços de amigo (embora eu não acredite muito na generosidade dos EUA) ou então alguns Gepard excedentários (se existirem), instalando-lhes lançadores para mísseis Stinger, como a KMW planeia fazer.
Seria ainda necessário rever a frota de veículos de ligação e apoio logístico, e neste campo, é pena ver a capacidade que a indústria portuguesa perdeu nas últimas décadas...
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E agora, gostaria de saber o que têm a dizer...
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