Túlio, leia isso por favor:
Já no modo de “burst” de dois tiros, a coisa é diferente: ao disparar, todo o mecanismo (ferrolho, caixa de culatra e cano) começa a recuar dentro de uma segunda caixa de culatra, que é a externa. Quando o projétil passa pelo evento, os gases são direcionados para o pistão, que começa a recuar, destravando o ferrolho, que por sua vez extrai a cápsula da câmara. Só que, neste momento, uma bandeja acionada por um cabo de aço conectado ao ferrolho, segue em frente, passa sobre o carregador, coleta e coloca uma nova munição na entrada da câmara, ao mesmo tempo em que a anterior é ejetada. O ferrolho volta à frente e a bandeja para trás, trancando sobre a nova munição, e um novo disparo é feito. Só que, enquanto tudo isso ocorreu (em milésimos de segundo) o mecanismo todo ainda está recuando dentro da caixa de culatra! Após o segundo disparo, o mecanismo chega ao final de seu curso e, sob a força de uma mola recuperadora, volta à posição inicial, enquanto ejeta a cápsula deste segundo disparo e realimenta a câmara com uma nova munição. O resultado é bem simples: os dois projéteis resultantes dos disparos deixam o cano antes do recuo atingir o ombro do atirador, saindo praticamente um atrás do outro, sem desvio algum! É tão rápido que, para quem está olhando e ouvindo, parece que apenas um tiro foi dado. Cabe salientar que, com o seletor de tiro em fogo automático, os dois primeiros disparos são feitos à cadência de 1800 TPM e, do terceiro em diante, à 600 TPM.
Na AN-94 todo o mecanismo recua para dar espaço ao novo cartucho, se você acha isso mais simples...
E a tal "complexidade" que você falou do meu sistema não vai diminuir a cadência, o cano automático ira funcionar como uma arma normal, apenas no primeiro tiro que o cano semiautomático vai atuar, esse sistema permite uma cadência no mínimo igual a AN-94.