Rui Elias Maltez escreveu:Mas para que um dia isso se torne uma realidade, é necessário caminhar no sentido da integração política e económica.
E é aí que poderão aparecer os maiores escolhos à navegação.
Exactamente. Tudo isto se resume à vontade política (normalmente à sua falta...), visto que a UE tem, quer os meios orçamentais, quer humanos e tecnológicos para se colocar ao lado dos EUA. O problema é que, enquanto nestes, as aquisições são feitas em bloco, o que permite renovações mais frequentes de equipamento e economias de escala, na Europa são os países a comprarem individualmente, sem sentido de integração ou de cooperação.
Enquanto nos EUA se pensa em comprar algumas centenas de aviões reabastecedores, na Europa alguns países (poucos) compram algumas dezenas de A310 ou A330; enquanto nos EUA se faz uma classe de destroyers com 5 dezenas de unidades, na Europa fazem-se 4 ou 5 classes cada uma com meia dúzia de navios... E exemplos destes não faltam.
Na Europa não falta equipamento ao nível do americano, ou mesmo melhor, em practicamente todos os campos, senão veja-se, apenas como exemplo:
- caças - Eurofighter, Rafale e JAS-39 Grippen
- reabastecedores - A310 e A330
- mísseis ar-ar - Meteor, Iris-T, ASRAAM, Mica
- mísseis de cruzeiro - Storm Shadow/Scalp EG, Tauros
- aeronaves de treino - Mako, Hawk, etc...
- aviões de transporte - C-295, A400M, An-70
- carros de combate - Leclerc, Leopard 2A6EX, Chalenger 2
- IFV's - Warrior, Pizarro/Ascod, Puma, CV90
- APC's - MRAV/Boxer, Pandur 2, VBCI, Patria AMV
- blindados de reconhecimento - Vextra, AMX-10RC, Centauro, Fennek, Eagle
- Artilharia auto-propulsada - AS90 Braveheart, Pzh2000, Caesar
- mísseis anti-aéreos - RBS23, Jernas/Rapier, Roland, MEADS
- fragatas e destroyers - LCF, F-100, F-124, Horizon, Type 45, Meko D, X e 200
- corvetas - Visby, AFCON, Sigma, K130
- mísseis anti-navio - Exocet, RBS-15Mk3, NSM
E podia continuar com isto o dia todo... Agora o que é preciso é vontade política para, em vez de produzir 3, 4 ou 5 modelos em cada classe de equipamento, se produza 1 ou 2, com o acréscimo de encomendas correspondente. Só reconhecendo esta necessidade é que a UE pode assumir um papel mais relevante no palco mundial.