PROBLEMAS ENFRENTADO PELA INDIA COM O LEGACY DA EMBRAER
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- mauri
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PROBLEMAS ENFRENTADO PELA INDIA COM O LEGACY DA EMBRAER
MUITAS VEZES RECLAMAMOS DOS EUA POR NAO NOS FORNECER CERTOS ARMAMENTOS OU TECNOLOGIAS, MAS ESQUECEMOS QUE ISTO NAO OCORRE SOMENTE COM NOS, É UMA ATITUDE QUE ELES TOMAM COM QUASE TODOS PAISES QUE NAO SAO ALIADOS .
VEJA O CASO DO LEGACY VENDIDO PELA EMBRAER PARA A INDIA E QUE QUASE FOI VETADA A SUA ENTREGA E VEJA QUE FOI SOMENTE PELO FATO DO AVIÃO POSSUIR EQUIPAMENTOS ESPECIAS DE AUTOPROTEÇÃO, OS CONHECIDOS SISTEMA DE AUTO DEFESA LANÇADORES DE "CHAFF & FLARE" DE FABRICAÇÃO AMERICANA.
É POR ISSO QUE PENSO QUE MAIS VALE VOCE GASTAR 10 VEZES MAIS NUM DESENVOLVIMENTO DE UM ARMAMENTO A COMPRA-LO FEITO DEPOIS DE MUITO MENDIGAR A AUTORIZAÇÃO.
MAURI
VEJA O CASO DO LEGACY VENDIDO PELA EMBRAER PARA A INDIA E QUE QUASE FOI VETADA A SUA ENTREGA E VEJA QUE FOI SOMENTE PELO FATO DO AVIÃO POSSUIR EQUIPAMENTOS ESPECIAS DE AUTOPROTEÇÃO, OS CONHECIDOS SISTEMA DE AUTO DEFESA LANÇADORES DE "CHAFF & FLARE" DE FABRICAÇÃO AMERICANA.
É POR ISSO QUE PENSO QUE MAIS VALE VOCE GASTAR 10 VEZES MAIS NUM DESENVOLVIMENTO DE UM ARMAMENTO A COMPRA-LO FEITO DEPOIS DE MUITO MENDIGAR A AUTORIZAÇÃO.
MAURI
- Alcantara
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Re: PROBLEMAS ENFRENTADO PELA INDIA COM O LEGACY DA EMBRAER
mauri escreveu:MUITAS VEZES RECLAMAMOS DOS EUA POR NAO NOS FORNECER CERTOS ARMAMENTOS OU TECNOLOGIAS, MAS ESQUECEMOS QUE ISTO NAO OCORRE SOMENTE COM NOS, É UMA ATITUDE QUE ELES TOMAM COM QUASE TODOS PAISES QUE NAO SAO ALIADOS .
VEJA O CASO DO LEGACY VENDIDO PELA EMBRAER PARA A INDIA E QUE QUASE FOI VETADA A SUA ENTREGA E VEJA QUE FOI SOMENTE PELO FATO DO AVIÃO POSSUIR EQUIPAMENTOS ESPECIAS DE AUTOPROTEÇÃO, OS CONHECIDOS SISTEMA DE AUTO DEFESA LANÇADORES DE "CHAFF & FLARE" DE FABRICAÇÃO AMERICANA.
É POR ISSO QUE PENSO QUE MAIS VALE VOCE GASTAR 10 VEZES MAIS NUM DESENVOLVIMENTO DE UM ARMAMENTO A COMPRA-LO FEITO DEPOIS DE MUITO MENDIGAR A AUTORIZAÇÃO.
MAURI
Não é por causa disso não. O motivo é a eletrônica embarcada no aparelho da Embraer, que é altamente avançada e "dual-use", ou seja, pode ter uso civil e/ou militar. O problema então seria o seguinte equipamento.
Defesanet escreveu:O microchip, chamado QRS-11, usado no sistema de guia das aeronaves comerciais, é um produto das tecnologias "dual-use". O mesmo microchip, também é adotado em aeronaves militares.
Assim o mesmo equipamento que guia caças até o alvo, em operações militares, é o que guia aviões comerciais, em rotas aéreas, com segurança.
Microchips similares também equipam os jatos da Embraer, o que faz com que a empresa tenha de solicitar permissão de exportação ao Departamento de Estado, para determinados países.
http://www.defesanet.com.br/embraer/embraer_iindia_legacy_state.htm
"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
- FinkenHeinle
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Mais aí é que está. As aeronaves da Embraer são projetadas para serem usadas primordialmente no ocidente. Todo mundo sabe que os principais clientes são empresas nos EUA e na Europa, então se ela não dotar seus aviões deste equipamento, seus concorrentes o farão. A Embraer não chegaria onde está agora, quarta maior fabricante de aeronaves, se não tivesse produtos de qualidade, modernos e econômicos. E modernidade passa pelo QRS-11, rsrsrrs...
Abraços, Finken!!!!
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- Jet Crash®
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FinkenHeinle escreveu:Mas aí também é juquice da Embraer usar tecnologias "dual-use" numa aeronave executiva!
Não tem como evitar.
Há certos equipamentos do sistema de navegação que podem ser usados em mísseis balísticos assim como componentes eletrônicos. O governo americano alertou a Boeing sobre a venda de aeronaves para a China. Talvez tentaram fazer algo do tipo "caixa preta" de forma que os chineses não consigam aproveitá-los em sistemas bélicos.
Jet Crash®
- Vinicius Pimenta
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O mal de o país se focar só nas plataformas e não nos sistemas. Tudo bem que pode ser um sistema difícil de ser feito. Mas até quando a gente vai ficar dependendo desse tipo de coisa? Eternamente pelo visto.
Vinicius Pimenta
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mauri escreveu:VALEU GENTE PELO ESCLARECIMENTO, MAS CONTINUA VALENDO O RACIOCINIO, O FATO É QUE ELES(EUA) DIFICULTAM AO MAXIMO PARA TODOS AQUELES PAISES QUE NAO SAO ALIADOS.
VALEU
MAURI
E eles estão mais do que certos!
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
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- Túlio
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Bom, concordo totalmente com o Mauri e com o Pimenta, vivo pregando que, enquanto não nacionalizarmos as aeronaves E SEUS COMPONENTES, vamos estar vivendo à beira do abismo. Fazer a célula e não o motor, o radar, os aviônicos, etc., vai sempre dar nisso aí e, nesse ponto, certo está o Finken: 'Eles estão mais do que certos', para quê nos ajudar..? Ajudar a concorrência..? Agora, o Pimenta é um número, num momento diz o mesmo que eu, num outro me diz que estou sonhando, não dá para querer isso que estou postulando, vou tomar mais uma...
- delmar
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tulio escreveu:Bom, concordo totalmente com o Mauri e com o Pimenta, vivo pregando que, enquanto não nacionalizarmos as aeronaves E SEUS COMPONENTES, vamos estar vivendo à beira do abismo. Fazer a célula e não o motor, o radar, os aviônicos, etc., vai sempre dar nisso aí e, nesse ponto, certo está o Finken: 'Eles estão mais do que certos', para quê nos ajudar..? Ajudar a concorrência..? Agora, o Pimenta é um número, num momento diz o mesmo que eu, num outro me diz que estou sonhando, não dá para querer isso que estou postulando, vou tomar mais uma...
Devemos separar totalmente aviação cívil de aviação militar.
Na aviação cívil as empresas (Boeing, Airbus, Embraer) são montadoras de aviões e não fabricantes. É o cliente que determina vários aspectos do avião que deseja, especialmente o tipo de motor. Igual a uma montadora de automóveis ela deve lançar modelos que tenham mercado, agradem aos usuários, ofereça assistência técnica fácil e tenham clientes. A EMBRAER está no caminho certo e tendo bons lucros. Lembrando que o lucro não é do govêrno, tirando os impostos o lucro é dos sócios da EMBRAER. Assim como o lucro da SADIA é dos sócios da SADIA e lucro da GERDAU é dos sócios da GERDAU.
Aviação militar é diferente. Porém quem deve bancar os gastos do desenvolvimento e das pesquisas na área militar é o governo e não a EMBRAER que é uma empresa privada, com acionistas e investidores.
Misturar as duas coisas é o caminho mais rápido para a falência de um dos grandes sucessos brasileiros.
saudações
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
- Túlio
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Õ, Delmar, índio véio, pensei que eu tivesse postado de maneira clara: fiz um 'gancho' com a aviação civil para chegar à Defesa, sei perfeitamente que os aviões civis da Embraer são inclusive DESENVOLVIDOS em conjunto com EMPRESAS de outras nações, cada uma com sua(s) parte(s) a desenvolver e produzir, a Embraer faz apenas a montagem e a integração final, maaas... Falar no Legacy não nos leva, por mero acaso, ao R99? De qualquer modo, lamento ter sido dúbio, não foi intencional.
Abração
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- mauri
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OLHA GENTE QUE TEXTO LEGAL...DIZ AQUILO QUE PENSAMOS NESTE FORUM.
O BRASIL PODE
Publicado no veículo: Revista Primeira Leitura - Edição nº 43
Data Publicação: 12/09/2005
Independência tecnológica é muito mais do que belas figuras pintadas de metal.
Sociedades desenvolvidas figuram na vanguarda das campanhas pela liberdade comercial e, mais recentemente, pelo reconhecimento e proteção de patentes e da propriedade intelectual. Tal comportamento revela duas coisas – uma boa e outra ruim. A parte positiva é que elas já não podem escapar das discussões provocadas nos foros multilaterais sobre o protecionismo que mantêm seus próprios mercados locais imunes à competição, seja pelas tarifas proibitivas (o arroz estrangeiro teria de pagar uma taxa de 774% caso tivesse a pretensão de ingressar no Japão), ou mediante regras administrativas perversas. O lado ruim dessa atitude dos países de alta renda surge na reprodução pouco inteligente de suas antigas práticas defensivas em lugares que sonham prosperar e caem no equívoco da cópia pura e simples de regulamentos que uma vez deram certo nos Estados Unidos ou na França.
O Brasil republicano tentou várias vezes reproduzir esse protecionismo de natureza ideológica. A Petrobras é uma experiência que demorou meio século para vicejar – e deu certo quando foi induzida a procurar óleo no Atlântico, desafiando parecer escrito dos geólogos que dirigiam a prospecção no final da década de 60 e pretendiam redobrar a pesquisa em terra firme. Mas a reserva de mercado para equipamentos de informática, decretada nos anos 70, revelou-se um dispendioso freio ao progresso tecnológico. Uma lição importante desses episódios é direta: não há regra fixa e definitiva para escolher os setores que merecem proteção. Acertos por vezes confirmam indícios bem estabelecidos, caso típico da aventura brasileira na exploração da energia fóssil na plataforma continental, mas também pode acontecer um desastre econômico sem qualquer retorno tecnológico, situação também registrada aqui no País com o projeto da autonomia nuclear.
Um segundo ensinamento, mais sutil, diz que as melhores oportunidades decorrem das necessidades prementes. Cientistas alemães dominaram a tecnologia da extração de combustíveis a partir do carvão porque foram convocados ao esforço de guerra dramático no começo da década de 40. A descoberta foi esquecida com o triunfo aliado, mas serviu mais tarde para que a isolada África do Sul racista contornasse o bloqueio comercial e pudesse mover sua produção com uso intensivo das reservas carboníferas da região de Natal. E ainda hoje parece muito útil numa sociedade cuja maioria pobre teria dificuldades para comprar combustível aos preços atuais do petróleo.
A experiência do protecionismo exacerbado é recusada no Brasil que se diz predisposto a viver na era da globalização. O governo federal lançou no começo de 2003 um ambicioso projeto para que centros de pesquisa privados tivessem acesso a verbas públicas para especificar um padrão nacional adequado à TV de alta definição. Passados menos de trinta meses, a idéia foi abandonada sem que se registrasse um só protesto qualificado.
A capacidade para tomar decisões unicamente com base em motivos internos parece não interessar aos partidos políticos. E a rápida ampliação da distância que separa o conhecimento brasileiro da vanguarda nas questões da farmacologia e das telecomunicações – para citar duas áreas que chegaram a merecer verbas e interesse do aparelho de Estado na geração passada – sugere que a opinião pública se contenta com algumas realizações nos campos tradicionais, como a metalurgia e o agro-negócio.
No centro de tudo está um engano: desenvolvimento econômico sem conhecimento é ilusão pueril. Sociedades que vivem no topo podem cair por diversos motivos. Mas nenhuma chegou lá porque cultivou a bonomia ou foi beneficiada com oferendas desinteressadas de outros povos. O Brasil desfruta neste instante de uma oportunidade rara: pela primeira vez em três gerações está em condições de tocar a vida sem depender de ninguém. Enfim auto-suficiente no petróleo, dono de contas externas razoavelmente sólidas e, mais importante, com a bomba demográfica controlada, pode escolher o caminho. E fará uma bobagem imensa se desprezar os enormes desafios da Era do Conhecimento.
Equipamentos podem ser adquiridos, assim como patentes e sistemas de produção. Mas a capacidade para pensar, para conceber, para especificar, ou seja, tudo aquilo que tem valor e flutua no plano dos intangíveis, terá de ser criado aqui, protegido da curiosidade interessada do alheio e posto para funcionar pela vontade e decisão do Estado. Aqui mora o verdadeiro projeto de uma sociedade com futuro: saber para onde vai, como fará o percurso e com quem conta para guia-la nessa trajetória. Por aqui ainda se pensa que a parte mais importante de um computador é o chip eletrônico que faz os cálculos, sem levar em conta que o cérebro humano que junta os conceitos e sintetiza as conclusões é muito mais importante. Esse deslize terá de ser corrigido para que este belo recanto do planeta redescubra a rota da independência tecnológica. Que seja logo!
Mário de Almeida é jornalista
MAURI
O BRASIL PODE
Publicado no veículo: Revista Primeira Leitura - Edição nº 43
Data Publicação: 12/09/2005
Independência tecnológica é muito mais do que belas figuras pintadas de metal.
Sociedades desenvolvidas figuram na vanguarda das campanhas pela liberdade comercial e, mais recentemente, pelo reconhecimento e proteção de patentes e da propriedade intelectual. Tal comportamento revela duas coisas – uma boa e outra ruim. A parte positiva é que elas já não podem escapar das discussões provocadas nos foros multilaterais sobre o protecionismo que mantêm seus próprios mercados locais imunes à competição, seja pelas tarifas proibitivas (o arroz estrangeiro teria de pagar uma taxa de 774% caso tivesse a pretensão de ingressar no Japão), ou mediante regras administrativas perversas. O lado ruim dessa atitude dos países de alta renda surge na reprodução pouco inteligente de suas antigas práticas defensivas em lugares que sonham prosperar e caem no equívoco da cópia pura e simples de regulamentos que uma vez deram certo nos Estados Unidos ou na França.
O Brasil republicano tentou várias vezes reproduzir esse protecionismo de natureza ideológica. A Petrobras é uma experiência que demorou meio século para vicejar – e deu certo quando foi induzida a procurar óleo no Atlântico, desafiando parecer escrito dos geólogos que dirigiam a prospecção no final da década de 60 e pretendiam redobrar a pesquisa em terra firme. Mas a reserva de mercado para equipamentos de informática, decretada nos anos 70, revelou-se um dispendioso freio ao progresso tecnológico. Uma lição importante desses episódios é direta: não há regra fixa e definitiva para escolher os setores que merecem proteção. Acertos por vezes confirmam indícios bem estabelecidos, caso típico da aventura brasileira na exploração da energia fóssil na plataforma continental, mas também pode acontecer um desastre econômico sem qualquer retorno tecnológico, situação também registrada aqui no País com o projeto da autonomia nuclear.
Um segundo ensinamento, mais sutil, diz que as melhores oportunidades decorrem das necessidades prementes. Cientistas alemães dominaram a tecnologia da extração de combustíveis a partir do carvão porque foram convocados ao esforço de guerra dramático no começo da década de 40. A descoberta foi esquecida com o triunfo aliado, mas serviu mais tarde para que a isolada África do Sul racista contornasse o bloqueio comercial e pudesse mover sua produção com uso intensivo das reservas carboníferas da região de Natal. E ainda hoje parece muito útil numa sociedade cuja maioria pobre teria dificuldades para comprar combustível aos preços atuais do petróleo.
A experiência do protecionismo exacerbado é recusada no Brasil que se diz predisposto a viver na era da globalização. O governo federal lançou no começo de 2003 um ambicioso projeto para que centros de pesquisa privados tivessem acesso a verbas públicas para especificar um padrão nacional adequado à TV de alta definição. Passados menos de trinta meses, a idéia foi abandonada sem que se registrasse um só protesto qualificado.
A capacidade para tomar decisões unicamente com base em motivos internos parece não interessar aos partidos políticos. E a rápida ampliação da distância que separa o conhecimento brasileiro da vanguarda nas questões da farmacologia e das telecomunicações – para citar duas áreas que chegaram a merecer verbas e interesse do aparelho de Estado na geração passada – sugere que a opinião pública se contenta com algumas realizações nos campos tradicionais, como a metalurgia e o agro-negócio.
No centro de tudo está um engano: desenvolvimento econômico sem conhecimento é ilusão pueril. Sociedades que vivem no topo podem cair por diversos motivos. Mas nenhuma chegou lá porque cultivou a bonomia ou foi beneficiada com oferendas desinteressadas de outros povos. O Brasil desfruta neste instante de uma oportunidade rara: pela primeira vez em três gerações está em condições de tocar a vida sem depender de ninguém. Enfim auto-suficiente no petróleo, dono de contas externas razoavelmente sólidas e, mais importante, com a bomba demográfica controlada, pode escolher o caminho. E fará uma bobagem imensa se desprezar os enormes desafios da Era do Conhecimento.
Equipamentos podem ser adquiridos, assim como patentes e sistemas de produção. Mas a capacidade para pensar, para conceber, para especificar, ou seja, tudo aquilo que tem valor e flutua no plano dos intangíveis, terá de ser criado aqui, protegido da curiosidade interessada do alheio e posto para funcionar pela vontade e decisão do Estado. Aqui mora o verdadeiro projeto de uma sociedade com futuro: saber para onde vai, como fará o percurso e com quem conta para guia-la nessa trajetória. Por aqui ainda se pensa que a parte mais importante de um computador é o chip eletrônico que faz os cálculos, sem levar em conta que o cérebro humano que junta os conceitos e sintetiza as conclusões é muito mais importante. Esse deslize terá de ser corrigido para que este belo recanto do planeta redescubra a rota da independência tecnológica. Que seja logo!
Mário de Almeida é jornalista
MAURI
O Brasil republicano tentou várias vezes reproduzir esse protecionismo de natureza ideológica. A Petrobras é uma experiência que demorou meio século para vicejar – e deu certo quando foi induzida a procurar óleo no Atlântico, desafiando parecer escrito dos geólogos que dirigiam a prospecção no final da década de 60 e pretendiam redobrar a pesquisa em terra firme
Em termos se levarmos em consideração as insenções de impostos que a Petrobras tem....Se a Petrossauro fosse privatizada estaria lucrando muito mais ( e pagando altos impostos )
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- Alcantara
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Não se iludam. Não é por que a Petrobrás é estatal que ela irá vender aqui dentro a preço subsidiado. Muito pelo contrário. Ela vende os derivados de petróleo internamente a preços internacionais, mesmo com grande parte da produção sendo nacional. Se o custo de produção de um barril de petróleo tirado da bacia de Campos custa, sei lá, uns 38 dólares, e ela compra no mercado externo um outro barril para complementar a produção a 70 dólares, ela irá cobrar aqui dentro como se todos os barris fossem importados. Não é a toa o gigantesco lucro que ela vem tendo. Imaginem: 80% da produção a 38 dólares (não sei o valor exato) o barril e 20% a 70 dólares o barril, mas cobrando das distribuidoras como se fosse 100% a 70 dólares! Deve ser isso que ela chama de economia de mercado. É o mercado internacional que regula o preço dos combustíveis.
"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"