Antiguos barcos de guerra MUSEO
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- Rui Elias Maltez
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O NRP Creoula, da Marinha Portuguesa.
Antigo navio pesquero de bacalhau na Terra Nova, e depois de uns anos atracado em Santos, foi adquirido pela Marinha para servir de pequeno navio-escola e escola de marinharia:
U.A.M. Creoula
0 «Creoula» é um lugre de quatro mastros.
Construído no início de 1937 nos estaleiros da CUF para a Parceria Geral de Pescarias, o navio foi lançado à água no dia 10 de Maio a efectuou ainda nesse ano a sua primeira campanha de pesca. Um número a reter é o facto de o navio ter sido construído no tempo recorde de 62 dias úteis.
As obras-vivas a vante, com particular destaque para a roda de proa, tiveram construção reforçada uma vez que o navio iria navegar nos mares gelados da Terra Nova e Gronelândia.
Até à sua última campanha em 1973, o navio possuía mastaréus, retrancas e caranguejas em madeira. O gurupés, conhecido como « pau da bujarrona», que também era em madeira, deixou de existir em 1959, passando o navio a dispor apenas de duas velas de proa: giba e polaca.
As velas que agora são em dacron, material sintético mais leve e mais resistente, eram na altura feitas de lona de algodão, possuindo o navio duas andainas de pano, que eram manufacturadas pelos próprios marinheiros de bordo.
O pano latino era feito com lona de algodão n° 2, o velacho (redondo) com lona de algodão n° 4 e as extênsulas com algodão n° 7, o mais resistente. As tralhas das velas eram em cabo de manila. Quanto ao aparelho fixo, esse sempre foi em aço, mas o de laborar era outrora em sizal.
O espaço que medeia hoje entre a zona da coberta de vante (coberta das praças) e a casa da máquina, era na época o porão do peixe e em cujos duplos fundos se fazia a aguada do navio.
O navio estava assim dividido em três grandes secções por duas anteparas estanques que delimitavam, a vante e a ré, o porão do peixe. A vante do porão ficavam os alojamentos dos pescadores, o paiol de mantimentos e as câmaras frigoríficas para o isco; a ré, os alojamentos dos oficiais, a casa da máquina, os tanques do combustível, o paiol do pano e aprestos de pesca.
Tinha ainda nos delgados de vante e de ré vários piques utilizados como reserva de aguada, armazenamento de óleo de fígado, carvão de pedra para o fogão e óleos lubrificantes.
Todo o interior do navio era revestido a madeira de boa qualidade e o porão calafetado para evitar o contacto da moura com o ferro.
O mastro de vante (traquete) servia de chaminé à caldeirinha e ao fogão a carvão, fogão este que se encontra hoje no Museu Marítimo de Ílhavo.
Características
Tipo Lugre de 4 mastros
Deslocamento: 70 ton.
Comprimento de fora a fora: 67,4m
Comprimento entre perpendiculares: 52,8m
Boca: 9,9m
Pontal: 5,9m
Altura dos mastros: 36 m
Deslocamento leve: 894 ton.
Deslocamento máximo: 1.300 ton.
Calado 4,7m
Aguada 146t
Combustível (gasóleo) 60t
Propulsão
Motor Principal: MTU 8 cilindros
Potência: 500 CV
Guarnição
Oficiais 6
Sargentos 6
Praças 26
Capacidade de embarque 51 Instruendos
1 Director de treino
Fonte: http://www.marinha.pt/Marinha/PT/Menu/D ... reoula.htm
Antigo navio pesquero de bacalhau na Terra Nova, e depois de uns anos atracado em Santos, foi adquirido pela Marinha para servir de pequeno navio-escola e escola de marinharia:
U.A.M. Creoula
0 «Creoula» é um lugre de quatro mastros.
Construído no início de 1937 nos estaleiros da CUF para a Parceria Geral de Pescarias, o navio foi lançado à água no dia 10 de Maio a efectuou ainda nesse ano a sua primeira campanha de pesca. Um número a reter é o facto de o navio ter sido construído no tempo recorde de 62 dias úteis.
As obras-vivas a vante, com particular destaque para a roda de proa, tiveram construção reforçada uma vez que o navio iria navegar nos mares gelados da Terra Nova e Gronelândia.
Até à sua última campanha em 1973, o navio possuía mastaréus, retrancas e caranguejas em madeira. O gurupés, conhecido como « pau da bujarrona», que também era em madeira, deixou de existir em 1959, passando o navio a dispor apenas de duas velas de proa: giba e polaca.
As velas que agora são em dacron, material sintético mais leve e mais resistente, eram na altura feitas de lona de algodão, possuindo o navio duas andainas de pano, que eram manufacturadas pelos próprios marinheiros de bordo.
O pano latino era feito com lona de algodão n° 2, o velacho (redondo) com lona de algodão n° 4 e as extênsulas com algodão n° 7, o mais resistente. As tralhas das velas eram em cabo de manila. Quanto ao aparelho fixo, esse sempre foi em aço, mas o de laborar era outrora em sizal.
O espaço que medeia hoje entre a zona da coberta de vante (coberta das praças) e a casa da máquina, era na época o porão do peixe e em cujos duplos fundos se fazia a aguada do navio.
O navio estava assim dividido em três grandes secções por duas anteparas estanques que delimitavam, a vante e a ré, o porão do peixe. A vante do porão ficavam os alojamentos dos pescadores, o paiol de mantimentos e as câmaras frigoríficas para o isco; a ré, os alojamentos dos oficiais, a casa da máquina, os tanques do combustível, o paiol do pano e aprestos de pesca.
Tinha ainda nos delgados de vante e de ré vários piques utilizados como reserva de aguada, armazenamento de óleo de fígado, carvão de pedra para o fogão e óleos lubrificantes.
Todo o interior do navio era revestido a madeira de boa qualidade e o porão calafetado para evitar o contacto da moura com o ferro.
O mastro de vante (traquete) servia de chaminé à caldeirinha e ao fogão a carvão, fogão este que se encontra hoje no Museu Marítimo de Ílhavo.
Características
Tipo Lugre de 4 mastros
Deslocamento: 70 ton.
Comprimento de fora a fora: 67,4m
Comprimento entre perpendiculares: 52,8m
Boca: 9,9m
Pontal: 5,9m
Altura dos mastros: 36 m
Deslocamento leve: 894 ton.
Deslocamento máximo: 1.300 ton.
Calado 4,7m
Aguada 146t
Combustível (gasóleo) 60t
Propulsão
Motor Principal: MTU 8 cilindros
Potência: 500 CV
Guarnição
Oficiais 6
Sargentos 6
Praças 26
Capacidade de embarque 51 Instruendos
1 Director de treino
Fonte: http://www.marinha.pt/Marinha/PT/Menu/D ... reoula.htm
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Oh seus malandros,
Então a SAGRES e o CREOULA são museus?
Então eles ainda não navegam???
O Único navio-museu de verdade é a D.Fernando, agora na versão-encolhida-baixinha(sem mastreaçao)
Visitei-a na Expo98 e estava muito bonita, tendo em conta de que foi reconstruida quase a 100%
Spectral
Lembro-me bem de ver a carcaça dela no mar da palha, da escola secundária que frequentava tinha uma óptima vista para o Alfeite
Estava sempre a par das movimentações da nossa poderosa frota
Então a SAGRES e o CREOULA são museus?
Então eles ainda não navegam???
O Único navio-museu de verdade é a D.Fernando, agora na versão-encolhida-baixinha(sem mastreaçao)
Visitei-a na Expo98 e estava muito bonita, tendo em conta de que foi reconstruida quase a 100%
Spectral
Lembro-me bem de ver a carcaça dela no mar da palha, da escola secundária que frequentava tinha uma óptima vista para o Alfeite
Estava sempre a par das movimentações da nossa poderosa frota
Triste sina ter nascido português
- P44
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Já que se fala aqui de NAVIOS MUSEU, queria dar a conhecer aos Colegas, o CSS H. L. HUNLEY, o 1º Submarino da história a afundar um navio
O Submarino foi recuperado em 2000.
HISTóRIA
http://www.history.navy.mil/photos/sh-u ... hunley.htm
A RECUPERAÇãO DO HUNLEY
http://www.history.navy.mil/photos/sh-u ... nley-s.htm
H.L. Hunley bow view
O Submarino foi recuperado em 2000.
HISTóRIA
http://www.history.navy.mil/photos/sh-u ... hunley.htm
A RECUPERAÇãO DO HUNLEY
http://www.history.navy.mil/photos/sh-u ... nley-s.htm
DEPARTMENT OF THE NAVY -- NAVAL HISTORICAL CENTER
805 KIDDER BREESE SE -- WASHINGTON NAVY YARD
WASHINGTON DC 20374-5060
Press Release: Thousands Cheer Raising of Historic
Submarine, H.L. Hunley in Charleston, SC Harbor
Press Release 7-2000: 15 August 2000
One hundred thirty-six years after it forever changed the course of naval warfare, the first submarine to sink an enemy ship in combat returned to an enthusiastic hero’s welcome on Aug. 8. Cradled in a sling especially designed for this purpose, the Confederate submarine, H.L. Hunley, rose to the surface of Charleston Harbor shortly after 8:30 a.m., amid the cheers of thousands who had gathered to celebrate this long overdue homecoming.
A trio of experts from the Naval Historical Center (NHC) in Washington, D.C., which has been involved since H. L. Hunley’s discovery in 1995, were on hand for the excitement. Dr. Dave Conlin, archeological field manager and Claire Peachey, assistant archeological field manager and conservator, joined Hunley Project Director Dr. Robert Neyland, in the celebration.
"When Hunley broke the surface, I felt relief, elation and, really, amazement," said Neyland, who has been on loan to the South Carolina Hunley Commission from the Naval Historical Center since 1998. "Also it was very moving to see that this sub was actually very attractive. It was beautiful – sleek, gracefully built. It’s really a marvel. To think that this was built in 1863! I think it’s something Americans can be proud of."
Comparing the impact of exploding developments in submarine technology at the time to the impact of the Wright brothers aircraft, Neyland called H. L. Hunley an important part of American Naval tradition.
"I think the story is very appealing to Americans with its technological ingenuity, individual initiative, individual courage and self-sacrifice," he said. "These are all things I think Americans take pride in and like to think of a unique to Americans, especially people in the military."
H.L. Hunley, which sank with its crew of nine on Feb. 17, 1864, shortly after blowing up the Union blockader, USS Housatonic, was a leader in the Civil War arms race. Called the "South’s secret weapon," H. L. Hunley was built by some of the best engineers of their time, but was never commissioned, in the Confederate Navy. Named after its second captain, who perished along with his crew during sea trials, the ill-fated H. L. Hunley sank three times, killing a total of 22 young men.
But for a quirk of fate, things might have gone differently that dark night in Charleston Harbor. According to Neyland, the Union submarine, Alligator, was intended for use in Charleston, but it was lost under tow off Cape Hatteras.
Neyland said he expects to learn a great deal from H.L. Hunley and the ingenuity of its designers during the seven-to-ten year span of the conservation process.
"They were solving problems without having the supporting technologies that people had for submarines in WW I," Neyland said. "They were experimenting with electro-chemical batteries, so they were way ahead of their time! During the Civil War, periscopes were first used on subs, and they attempted diver deployment, especially on some of the Northern submarines. So here’s something that I think is a big part of American Naval history that we can really be proud of and learn from."
Under the agreement between the Navy and the State of South Carolina, the Navy will retain title to the vessel and its artifacts, while South Carolina has the right to display them. Naval Historical Center, as the Navy’s representative, will continue to play a role.
"NHC was at the forefront, and still is, in protecting naval shipwrecks, whether they be U.S. Navy, or Confederate Navy or even foreign navy vessels in our waters, based on the principles of reciprocity," he explained. "If we protect foreign navy vessels in U.S. waters, they will protect U.S. Navy shipwrecks in foreign waters. (The U.S.) has several thousand shipwrecks in foreign waters. In fact, we surveyed wrecks off Normandy at the same time this summer as (the Hunley recovery) was going on."
For now, H. L. Hunley rests in chilled fresh water in Building 255, at the former Charleston Naval Base.
"The state (of South Carolina) put $2.6 million into renovating this building and turning it into a state-of-the-art conservation lab, perhaps the best one in the nation for doing large artifacts, "Neyland said. "One of the ironies of the Hunley is that we’re using some of the most advanced 20th century technology to investigate the mysteries of one of the most advanced 19th century technologies."
Point of Contact: LT Steven T. Gibson, USN, Public Affairs Officer, Naval Historical Center, 202/433-0412.
H.L. Hunley bow view
Triste sina ter nascido português
- Rui Elias Maltez
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- Rui Elias Maltez
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Uma excelente página a do navio-museu USS Missouri, da classe Iwoa.
Tenho sempre na memória a sua visita a Lisboa, da única vez que me foi permitido ver ao vivo um grande couraçado dos anos 40, numa das suas últimas viagens de prestígio pelo mundo.
E histórico.
Foi a bordo do USS Missouri que os japoneses assinaram os termos da rendição em Agosto de 1945, perante o Gen. McArthur.
Foto de demontração de fogo em Sidney, Austrália em 1986:
Tenho sempre na memória a sua visita a Lisboa, da única vez que me foi permitido ver ao vivo um grande couraçado dos anos 40, numa das suas últimas viagens de prestígio pelo mundo.
E histórico.
Foi a bordo do USS Missouri que os japoneses assinaram os termos da rendição em Agosto de 1945, perante o Gen. McArthur.
Foto de demontração de fogo em Sidney, Austrália em 1986: