SUBMARINOS DE PORTUGAL
Moderador: Conselho de Moderação
SUBMARINOS DE PORTUGAL
Vamos falar um pouco de submarinos da Marinha de Portugal!
Mas gostava que os nossos amigos de outras nações, também dessem a conhecer as realidades dos seu países neste ramo!
Fico à espera.
Nota: Pesquisa feita no site http://www.areamilitar.net
Mas gostava que os nossos amigos de outras nações, também dessem a conhecer as realidades dos seu países neste ramo!
Fico à espera.
Nota: Pesquisa feita no site http://www.areamilitar.net
Editado pela última vez por mpina41 em Sáb Ago 20, 2005 9:42 am, em um total de 1 vez.
A 1ª esquadrilha
1889 O Primeiro-Tenente João Augusto Fontes Pereira de Melo, projectou um submarino movido por baterias de acumuladores, em imersão, e por um motor de petróleo em superfície.
O Estado-Maior da Marinha Portuguesa aceitou a iniciativa que não passou nunca da fase experimental ao ser rejeitada pelo Governo.
1905 Outro oficial, o Também Primeiro-Tenente Valente da Cruz apresentou um novo projecto de navio submarino, que também não foi desenvolvido.
1907 o Governo autorizou a aquisição no estrangeiro de navios submarinos, sendo assinado três anos mais tarde um contrato com os estaleiros italianos de “La Spezia”, para a construção de um submarino tipo “Laurenti-Fiat” de 245 toneladas. (300 em imersão).
No dia 15 de Abril de 1913 foi recebido o “Espadarte”, em Itália, e após uma acidentada viajem, atracou na doca de Belém. O “Espadarte” tinha um comprimento de 45 metros e desenvolvia uma velocidade de 14 nos em superfície e de 8 em imersão.
A sua autonomia era de 1500 milhas e o armamento principal era constituído por quatro torpedos que podiam ser lançados através de dois tubos na proa.
Estes foram os primeiros submarinos da peninsula iberica.
1914 é constituída a Escola de Navegação Submarina o que faz dela uma das mais antigas do mundo.
1917 a Marinha Portuguesa adquiria os “Foca”, “Golfinho” e “Hidra”, também do tipo ”Laurenti-Fiat” embora algo maiores que o “Espadarte” ao deslocar 260 toneladas em superfície e 389 em imersão e ao aumentar-se a capacidade dos seus tanques de combustível, passando a sua autonomia das 1500 para as 3500 milhas.
A dotação era igualmente constituída por 21 homens e o seu armamento era idêntico ao do ”Espadarte”.
Laurenti-Fiat - 1913
Deslocamento máximo: 389 Ton.
Comprimento: M
Ano de construção: 1917
Numero de tubos 2
Numero de torpedos 4
Tripulação: 21
Autonomía (milhas náuticas) 3.500
Com estes quatro navios constituiu-se a 1ª Esquadrilha de Submarinos.
O Estado-Maior da Marinha Portuguesa aceitou a iniciativa que não passou nunca da fase experimental ao ser rejeitada pelo Governo.
1905 Outro oficial, o Também Primeiro-Tenente Valente da Cruz apresentou um novo projecto de navio submarino, que também não foi desenvolvido.
1907 o Governo autorizou a aquisição no estrangeiro de navios submarinos, sendo assinado três anos mais tarde um contrato com os estaleiros italianos de “La Spezia”, para a construção de um submarino tipo “Laurenti-Fiat” de 245 toneladas. (300 em imersão).
No dia 15 de Abril de 1913 foi recebido o “Espadarte”, em Itália, e após uma acidentada viajem, atracou na doca de Belém. O “Espadarte” tinha um comprimento de 45 metros e desenvolvia uma velocidade de 14 nos em superfície e de 8 em imersão.
A sua autonomia era de 1500 milhas e o armamento principal era constituído por quatro torpedos que podiam ser lançados através de dois tubos na proa.
Estes foram os primeiros submarinos da peninsula iberica.
1914 é constituída a Escola de Navegação Submarina o que faz dela uma das mais antigas do mundo.
1917 a Marinha Portuguesa adquiria os “Foca”, “Golfinho” e “Hidra”, também do tipo ”Laurenti-Fiat” embora algo maiores que o “Espadarte” ao deslocar 260 toneladas em superfície e 389 em imersão e ao aumentar-se a capacidade dos seus tanques de combustível, passando a sua autonomia das 1500 para as 3500 milhas.
A dotação era igualmente constituída por 21 homens e o seu armamento era idêntico ao do ”Espadarte”.
Laurenti-Fiat - 1913
Deslocamento máximo: 389 Ton.
Comprimento: M
Ano de construção: 1917
Numero de tubos 2
Numero de torpedos 4
Tripulação: 21
Autonomía (milhas náuticas) 3.500
Com estes quatro navios constituiu-se a 1ª Esquadrilha de Submarinos.
A 2ª Esquadrilha
Em 1930 ao contemplar no Programa Naval a substituição dos navios da já antiga 1ª Esquadrilha , o Governo Português encomendou 3 novos submarinos da classe “Vickers-Armstrong”, que viriam a constituir a 2ª Esquadrilha de Submarinos.
Fabricados em Barrow, os “Delfim”, “Espadarte” e “Golfinho”, deslocavam 854 toneladas em superfície, 1105 em imersão e eram navios muito superiores aos “Laurenti”.
O seu armamento era constituído por um canhão de quatro polegadas na proa e um de montagem dupla na popa. Com quatro tubos lança torpedos na proa e dois na popa podiam levar um total de 12 torpedos.
A tripulação era constituída por 38 homens e seu raio de acção era de 5000 milhas a 10 nos.
Estes submarinos entraram ao serviço em Maio de 1934.
Estes são os submarinos portugueses ao serviço durante a segunda-guerra mundial.
Vickers Armstrong - 1934
Deslocamento máximo: 1.105 Ton.
Comprimento: M
Ano de construção: 1934
Velocidade imersão/superficie
Numero de tubos 6
Numero de torpedos 12
Canhões de 101.6mm 1
Tripulação: 38
Autonomía (milhas náuticas) 5.000
Estes submarinos formam a 2ª esquadrilha
Fabricados em Barrow, os “Delfim”, “Espadarte” e “Golfinho”, deslocavam 854 toneladas em superfície, 1105 em imersão e eram navios muito superiores aos “Laurenti”.
O seu armamento era constituído por um canhão de quatro polegadas na proa e um de montagem dupla na popa. Com quatro tubos lança torpedos na proa e dois na popa podiam levar um total de 12 torpedos.
A tripulação era constituída por 38 homens e seu raio de acção era de 5000 milhas a 10 nos.
Estes submarinos entraram ao serviço em Maio de 1934.
Estes são os submarinos portugueses ao serviço durante a segunda-guerra mundial.
Vickers Armstrong - 1934
Deslocamento máximo: 1.105 Ton.
Comprimento: M
Ano de construção: 1934
Velocidade imersão/superficie
Numero de tubos 6
Numero de torpedos 12
Canhões de 101.6mm 1
Tripulação: 38
Autonomía (milhas náuticas) 5.000
Estes submarinos formam a 2ª esquadrilha
A 3ª esquadrilha
Finalizada a Segunda Guerra Mundial, foram adquiridos no Reino Unido em boas condições financeiras, três submarinos:
Os “Spur”, “Saga” e “Spearhead
Pertenciam todos à classe “S” a mais numerosa das construídas pela Royal Navy, com 63 unidades.
Estes navios de mediana tonelagem (814 toneladas em superfície e 990 em imersão) foram concebidos tanto para operar no Mar do Norte como no Mediterrâneo.
O projecto inicial, de 1929, concebia-os como substitutos da obsoleta classe “H” e durante a Segunda guerra Mundial sofreu três modificações.
Os submarinos portugueses “Narval” (ex Spur), “Nautilo” (ex-Saga) e Neptuno (ex-Spearhead) pertenciam ao terceiro grupo da classe “S” todos eles acabados de construir entre 1944 e 1945 em Cammell Laird vindo para a Marinha Portuguesa em 1948 com pouco mais de três anos de uso.
A sua velocidade era de 15 nos em superfície e 10 em imersão, com uma autonomia de 6000 milhas a 10 nos.
O armamento era constituído por um canhão de 4 polegadas, outro canhão Oerlikon de 20 mm. e três metralhadoras Vickers. A proa tinha seis tubos lança torpedos, e o número máximo de torpedos transportados era de 12.
Classe S - 1948
Deslocamento máximo: 990 Ton.
Comprimento: M
Ano de construção: 1944/45
Velocidade imersão/superficie 10/15
Numero de tubos 6
Numero de torpedos 12
Canhões de 101.6mm 1
Tripulação: 38
Autonomía (milhas náuticas) 6.000
Estes formaram a 3ª esquadrilha
Os “Spur”, “Saga” e “Spearhead
Pertenciam todos à classe “S” a mais numerosa das construídas pela Royal Navy, com 63 unidades.
Estes navios de mediana tonelagem (814 toneladas em superfície e 990 em imersão) foram concebidos tanto para operar no Mar do Norte como no Mediterrâneo.
O projecto inicial, de 1929, concebia-os como substitutos da obsoleta classe “H” e durante a Segunda guerra Mundial sofreu três modificações.
Os submarinos portugueses “Narval” (ex Spur), “Nautilo” (ex-Saga) e Neptuno (ex-Spearhead) pertenciam ao terceiro grupo da classe “S” todos eles acabados de construir entre 1944 e 1945 em Cammell Laird vindo para a Marinha Portuguesa em 1948 com pouco mais de três anos de uso.
A sua velocidade era de 15 nos em superfície e 10 em imersão, com uma autonomia de 6000 milhas a 10 nos.
O armamento era constituído por um canhão de 4 polegadas, outro canhão Oerlikon de 20 mm. e três metralhadoras Vickers. A proa tinha seis tubos lança torpedos, e o número máximo de torpedos transportados era de 12.
Classe S - 1948
Deslocamento máximo: 990 Ton.
Comprimento: M
Ano de construção: 1944/45
Velocidade imersão/superficie 10/15
Numero de tubos 6
Numero de torpedos 12
Canhões de 101.6mm 1
Tripulação: 38
Autonomía (milhas náuticas) 6.000
Estes formaram a 3ª esquadrilha
A 4ª esquadrilha
Com os avanços tecnológicos aparecidos durante a Segunda Guerra Mundial (invenção do snorkel, aperfeiçoamento do sonar, desaparição da artilharia, etc.) fizeram que a vida útil dos 3 submarinos da classe “S” fosse muito curta.
Por este motivo em 1964 o Governo Português encomendou aos estaleiros "Dubigeòn-Normándie", de Nantes (França) a construção de 4 submarinos da classe "Daphné" se bem com algumas modificações em função das especificações da Marinha.
Entre 1967 e 1969 foram entregues os “Albacora” (S-163), “Barracuda” (S-164), “Cachalote” (S-165) e “Delfim” (S-166). Em 1975 o “Cachalote” foi vendido à França que, posteriormente, o cedeu ao Paquistão.
Classe Daphné
Deslocamento máximo: 1.053 Ton.
Comprimento: 57.8M
Ano de construção: 1965/66
Velocidade imersão/superficie 16/13.5
Numero de tubos 12
Numero de torpedos 12
Tripulação: 50
Autonomía (milhas náuticas) 2.700
Estes constituiem a 4ª Esquadrilha de Submarinos.
Por este motivo em 1964 o Governo Português encomendou aos estaleiros "Dubigeòn-Normándie", de Nantes (França) a construção de 4 submarinos da classe "Daphné" se bem com algumas modificações em função das especificações da Marinha.
Entre 1967 e 1969 foram entregues os “Albacora” (S-163), “Barracuda” (S-164), “Cachalote” (S-165) e “Delfim” (S-166). Em 1975 o “Cachalote” foi vendido à França que, posteriormente, o cedeu ao Paquistão.
Classe Daphné
Deslocamento máximo: 1.053 Ton.
Comprimento: 57.8M
Ano de construção: 1965/66
Velocidade imersão/superficie 16/13.5
Numero de tubos 12
Numero de torpedos 12
Tripulação: 50
Autonomía (milhas náuticas) 2.700
Estes constituiem a 4ª Esquadrilha de Submarinos.
O Futuro
Tipo: U206A
(Submarino interino - Projecto entretanto abandonado )
Deslocamento máximo: 498 Ton.
Comprimento: 48.6M
Largura: 4.6 M
Velocidade máxima: 17 nós
Numero de unidades a adquirir:
Motores: Diesel/Electico Vel. Maxima: 17 nós em mergulho e 10 nós á superficie. Alcance máximo de 8.000 Km á velocidade de 5 nós.
Tripulação: 22.
Armamento
Misseis: Torpedos:
Oito tubos para torpedos de 533mm STN Atlas DM2A3
Radares/Sonares
Radar: Thomson CSF Calypso II Sonar: Atlas Elektronik DBQS-21 D
Notas adicionais
Como parte do projecto de aquisição pela marinha portuguesa do submarino U-209PN / U-214, a marinha alemã, poderia eventualmente ter fornecido a Portugal a título de emprestimo dois submarinos deste tipo, para substituir interinamente os submarinos da classe Daphné/Albacora, até que o U-209/214 entre ao serviço
Estes submarinos teriam por objectivo permitir a continuação do treino de pessoal da marinha na utilização desta arma.
São porém submarinos muito limitados, dado terem especialmente desenhados para operação junto á costa e no mar do norte.
A opção da marinha, pendeu no entanto para a continuação da utilização dos Daphné/Albacora, dado os U-206 serem tão diferentes dos novos U-209PN que a introdução deste pequeno submarino, implicaría apenas aumentos de custos com a transição do Albacora para o U206A e deste para o U-209PN.
(Submarino interino - Projecto entretanto abandonado )
Deslocamento máximo: 498 Ton.
Comprimento: 48.6M
Largura: 4.6 M
Velocidade máxima: 17 nós
Numero de unidades a adquirir:
Motores: Diesel/Electico Vel. Maxima: 17 nós em mergulho e 10 nós á superficie. Alcance máximo de 8.000 Km á velocidade de 5 nós.
Tripulação: 22.
Armamento
Misseis: Torpedos:
Oito tubos para torpedos de 533mm STN Atlas DM2A3
Radares/Sonares
Radar: Thomson CSF Calypso II Sonar: Atlas Elektronik DBQS-21 D
Notas adicionais
Como parte do projecto de aquisição pela marinha portuguesa do submarino U-209PN / U-214, a marinha alemã, poderia eventualmente ter fornecido a Portugal a título de emprestimo dois submarinos deste tipo, para substituir interinamente os submarinos da classe Daphné/Albacora, até que o U-209/214 entre ao serviço
Estes submarinos teriam por objectivo permitir a continuação do treino de pessoal da marinha na utilização desta arma.
São porém submarinos muito limitados, dado terem especialmente desenhados para operação junto á costa e no mar do norte.
A opção da marinha, pendeu no entanto para a continuação da utilização dos Daphné/Albacora, dado os U-206 serem tão diferentes dos novos U-209PN que a introdução deste pequeno submarino, implicaría apenas aumentos de custos com a transição do Albacora para o U206A e deste para o U-209PN.
A 5ª esquadrilha
Tipo: U209-PN (U-214)
Deslocamento (máx. estimado) 2.020 Ton.
Comprimento: 67.9M
Largura (diâmetro do casco): 6.3 M
Velocidade máxima (submerso): 22 nós
Numero de unidades da classe: 2 / 3
Motores: Motor de propulsão de iman permanente. Sistema de combustivel AIP por células de combustível (160kW )e sistema secundário Diesel/Electico Vel. Maxima: 22 nós em mergulho e 16 nós á superficie. Raio de operação máximo de 10.000 Km á velocidade de 14 nós.
Tripulação: 32
Armamento
Misseis:Quatro dos oito tubos têm capacidade de lançar misseis anti-navio sub-Harpoon. Este missil tem versões com um alcance de até 160Km com navegação orientada por GPS
Torpedos:
Oito tubos para torpedos, com 14 torpedos
(inicialmente foram anunciados os DM2A4. Posteriormente os Blackshark, de proveniência italiana)
e misseis Boeing Sub-Harpoon.
Radar:Kelvin Hughes Type 1007 I-band navigation radar (dados do U212)
Períscopio: Zeiss Optronik GmbH SERO 14
Sonar: STN Atlas Elektronik DBQS-40 (dados do U212)
Sistema de combate: Atlas Elektronik GmbH ISUS 90 (Integrated Sensor Underwater System)
Notas adicionais
Como todas as aquisições do estado, a decisão para a aquisição dos novos submarinos para a armada portuguesa foi um processo tremendamente demorado.
Tão demorado, que na prática, Portugal quase vai deixar de ter submarinos, entre o período em que o ultimo "Albacora" for desactivado, ou utilizado apenas para treino (porque para pouco mais serve) até á chegada dos novos U209-PN.
Durante esse período, a marinha utilizará um dos velhos submarinos da classe Daphné. Todas as classes de submarinos anteriores aos actuais Daphné/Albacora, tiveram uma vida util de aproximadamente 20 anos. Os actuais submarinos, tiveram a sua vida util esticada até aos 30 e em alguns casos 35 anos.
O U209PN, é na realidade um U-214, com a ultima geração de células de combustível para o sistema de propulsão independente.
São, presentemente (em teoria) os mais silenciosos submarinos convencionais do mundo.
O sistema de propulsão independente AIP da HDW por células de combustível, é superior ao sistema AIP dos submarinos franceses SCORPENE que também foram analisados pela marinha portuguesa.
Estes ultimos utilizavam um sistema de propulsão AIP de turbina a vapor em circuito fechado, que é mais ruidoso, mais pesado (implicando maiores dimensões) e menos flexivel. àÀ altura em que são encomendados os U209PN são os mais modernos e sofisticados submarinos convencionais europeus.
Os U-209PN são uma extensão derivada do modelo de submarino alemão U-212. O U-212, foi desenhado para a marinha alemã, que opera essencialmente no mar do norte e no mar báltico, por isso, não tem nem a mesma autonomia, nem a mesma capacidade de mergulho, nem pode disparar mísseis dos seus tubos.
Os U209PN / U214 serão os primeiros submarinos de origem alemã na marinha portuguesa, por onde já passaram submarinos Italianos, Ingleses e Franceses.
D ponto de vista táctico, o U-209/214 será uma considerável mais-valia na garantia de defesa das aguas portuguesas e na garantia igualmente importante do direito de ligação marítima entre o continente e os arquipelagos da Madeira e dos Açores.
A existência destes submarinos, pode parecer insignificante. No entanto as suas características "Stealth" tornam-no numa arma a temer, por quem quer que seja, que durante o seu tempo de vida útil, tente (por alguma razõa) negar a Portugal o seu direito de navegação nas águas do oceano Atlântico, o qual é vital para a propria existência do país, como nação independente.
A entrega dos 2 ou 3 submarinos está prevista para 2010/11
Estes formaram a 5ª esquadrilha
Deslocamento (máx. estimado) 2.020 Ton.
Comprimento: 67.9M
Largura (diâmetro do casco): 6.3 M
Velocidade máxima (submerso): 22 nós
Numero de unidades da classe: 2 / 3
Motores: Motor de propulsão de iman permanente. Sistema de combustivel AIP por células de combustível (160kW )e sistema secundário Diesel/Electico Vel. Maxima: 22 nós em mergulho e 16 nós á superficie. Raio de operação máximo de 10.000 Km á velocidade de 14 nós.
Tripulação: 32
Armamento
Misseis:Quatro dos oito tubos têm capacidade de lançar misseis anti-navio sub-Harpoon. Este missil tem versões com um alcance de até 160Km com navegação orientada por GPS
Torpedos:
Oito tubos para torpedos, com 14 torpedos
(inicialmente foram anunciados os DM2A4. Posteriormente os Blackshark, de proveniência italiana)
e misseis Boeing Sub-Harpoon.
Radar:Kelvin Hughes Type 1007 I-band navigation radar (dados do U212)
Períscopio: Zeiss Optronik GmbH SERO 14
Sonar: STN Atlas Elektronik DBQS-40 (dados do U212)
Sistema de combate: Atlas Elektronik GmbH ISUS 90 (Integrated Sensor Underwater System)
Notas adicionais
Como todas as aquisições do estado, a decisão para a aquisição dos novos submarinos para a armada portuguesa foi um processo tremendamente demorado.
Tão demorado, que na prática, Portugal quase vai deixar de ter submarinos, entre o período em que o ultimo "Albacora" for desactivado, ou utilizado apenas para treino (porque para pouco mais serve) até á chegada dos novos U209-PN.
Durante esse período, a marinha utilizará um dos velhos submarinos da classe Daphné. Todas as classes de submarinos anteriores aos actuais Daphné/Albacora, tiveram uma vida util de aproximadamente 20 anos. Os actuais submarinos, tiveram a sua vida util esticada até aos 30 e em alguns casos 35 anos.
O U209PN, é na realidade um U-214, com a ultima geração de células de combustível para o sistema de propulsão independente.
São, presentemente (em teoria) os mais silenciosos submarinos convencionais do mundo.
O sistema de propulsão independente AIP da HDW por células de combustível, é superior ao sistema AIP dos submarinos franceses SCORPENE que também foram analisados pela marinha portuguesa.
Estes ultimos utilizavam um sistema de propulsão AIP de turbina a vapor em circuito fechado, que é mais ruidoso, mais pesado (implicando maiores dimensões) e menos flexivel. àÀ altura em que são encomendados os U209PN são os mais modernos e sofisticados submarinos convencionais europeus.
Os U-209PN são uma extensão derivada do modelo de submarino alemão U-212. O U-212, foi desenhado para a marinha alemã, que opera essencialmente no mar do norte e no mar báltico, por isso, não tem nem a mesma autonomia, nem a mesma capacidade de mergulho, nem pode disparar mísseis dos seus tubos.
Os U209PN / U214 serão os primeiros submarinos de origem alemã na marinha portuguesa, por onde já passaram submarinos Italianos, Ingleses e Franceses.
D ponto de vista táctico, o U-209/214 será uma considerável mais-valia na garantia de defesa das aguas portuguesas e na garantia igualmente importante do direito de ligação marítima entre o continente e os arquipelagos da Madeira e dos Açores.
A existência destes submarinos, pode parecer insignificante. No entanto as suas características "Stealth" tornam-no numa arma a temer, por quem quer que seja, que durante o seu tempo de vida útil, tente (por alguma razõa) negar a Portugal o seu direito de navegação nas águas do oceano Atlântico, o qual é vital para a propria existência do país, como nação independente.
A entrega dos 2 ou 3 submarinos está prevista para 2010/11
Estes formaram a 5ª esquadrilha
- Charlie Golf
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- Contato:
Excelente trabalho de pesquisa, colega mpina.
A propósito dos dois novos submarinos que irão ser construídos para a Armada, eu tenho 2 dúvidas: primeiro, o porquê da nossa versão ser designada por U-209PN quando esta variante a adquirir pelo Estado português será, em quase tudo, idêntica ao modelo U-214, e se a anterior intenção de dotá-los de mísseis superfície-superfície (Sub-Harpoon? Exocet?) ainda se encontra em cima da mesa ou se já terá sido abandonada?
A propósito dos dois novos submarinos que irão ser construídos para a Armada, eu tenho 2 dúvidas: primeiro, o porquê da nossa versão ser designada por U-209PN quando esta variante a adquirir pelo Estado português será, em quase tudo, idêntica ao modelo U-214, e se a anterior intenção de dotá-los de mísseis superfície-superfície (Sub-Harpoon? Exocet?) ainda se encontra em cima da mesa ou se já terá sido abandonada?
Editado pela última vez por Charlie Golf em Sáb Ago 20, 2005 3:13 pm, em um total de 1 vez.
Um abraço,
Carlos Jorge Gomes
"SIC ITUR AD ASTRA"
(Deste modo alcançamos as estrelas)
Carlos Jorge Gomes
"SIC ITUR AD ASTRA"
(Deste modo alcançamos as estrelas)
as diferenças
A propósito dos dois novos submarinos que irão ser construídos para a Armada, eu tenho 2 dúvidas: primeiro, o porquê nossa versão ser designada por U-209PN quando esta variante a adquirir pelo Estado português será, em quase tudo, idêntica ao modelo U-214
A formalização do contrato de aquisição por parte da marinha portuguesa de dois submarinos, com o objectivo de substituir os antigos submarinos Albacora, adquiridos nos anos sessenta, gerou alguma confusão relativamente às suas características, e nomeadamente ao tipo ou família de submarinos em que os futuros U-209PN se inserem.
A família U-209, tem origem na Alemanha São construídos no inicio dos anos 70, depois de os aliados ocidentais, terem levantado a restrição a que a Alemanha produzisse submarinos com mais de 1000 toneladas de deslocamento, dado até ali a Alemanha se ter limitado aos pequenos U-205 e U-206 costeiros.
O U-209, é assim um submarino que se baseia nos conceitos dos pequenos U-206, mas com um tamanho maior, capacidade das baterias aumentada, propulsão mais potente, lemes horizontais retracteis a vante, montados a baixa altura na proa, lemes cruciformes a ré e uma tripulação reduzida. O U-209 foi um enorme sucesso de exportação, tendo sido vendidos U-209 para vários países, como o Equador, a Venezuela, a Indonésia, a Colombia, o Brasil, a Grécia, a Turquia ou o Chile
Os primeiros U-209: Submarinos convencionais a Diesel
Os U-209 mais recentes: Mais compridos, electrónica melhorada, mais espaço, alteração de linhas exteriores, mas a mesma estrutura básica
as diferenças
O concurso para a substituição dos submarinos Albacora:
Os sistemas AIP MESMA e de Células de Combustível
Quando Portugal, abriu um concurso para o fornecimento de novos submarinos, de imediato, dois concorrentes se destacaram:
Os franceses, com o seu novo submarino Scorpéne, com uma proposta para um submarino com o sistema AIP conhecido por MESMA, e outra proposta para um submarino sem o AIP, idêntica aos Scorpene posteriormente vendidos ao Chile.
Os alemães com o U-209-1400, na sua última versão, SEM AIP, mas com possibilidade de incorporação de um sistema AIP de células de combustível. O submarino francês, era superior ao submarino alemão. No entanto, nas versões com AIP ou "Preparadas para futura incorporação do AIP" a situação não era tão clara.
Além disso, a instalação do AIP nos Scorpene, parece ser mais simples que nos U-209, uma vez que, nos Scorpene, se trata de acrescentar um módulo (secção), enquanto que nos U-209, é necessário acrescentar os tanques de Hidrogénio e de Oxigénio, noutras secções do submarino.
Ver matéria sobre a comparação entre o sistema MESMA e o sistema de CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL
Mas entretanto, o processo pára durante muito tempo. O atraso da decisão é provocado por razões políticas, técnicas e outras, (que não são objecto de análise nesta matéria) de tal forma que, só com a tomada de posse do governo seguinte, o tema do concurso para a aquisição de novos submarinos volta novamente a ser tocado. Nessa altura, a preferência, segundo as informações divulgadas pela imprensa, é principalmente para o sistema frances, e para o submarino Scorpéne. O U-209-1500 com AIP, é eficiente, mas trata-se de um submarino com mais de 30 anos. Na altura em que as novas propostas são apresentadas, o U-209-1500 parece estar condenado a não ser aceite.
Os sistemas AIP MESMA e de Células de Combustível
Quando Portugal, abriu um concurso para o fornecimento de novos submarinos, de imediato, dois concorrentes se destacaram:
Os franceses, com o seu novo submarino Scorpéne, com uma proposta para um submarino com o sistema AIP conhecido por MESMA, e outra proposta para um submarino sem o AIP, idêntica aos Scorpene posteriormente vendidos ao Chile.
Os alemães com o U-209-1400, na sua última versão, SEM AIP, mas com possibilidade de incorporação de um sistema AIP de células de combustível. O submarino francês, era superior ao submarino alemão. No entanto, nas versões com AIP ou "Preparadas para futura incorporação do AIP" a situação não era tão clara.
Além disso, a instalação do AIP nos Scorpene, parece ser mais simples que nos U-209, uma vez que, nos Scorpene, se trata de acrescentar um módulo (secção), enquanto que nos U-209, é necessário acrescentar os tanques de Hidrogénio e de Oxigénio, noutras secções do submarino.
Ver matéria sobre a comparação entre o sistema MESMA e o sistema de CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL
Mas entretanto, o processo pára durante muito tempo. O atraso da decisão é provocado por razões políticas, técnicas e outras, (que não são objecto de análise nesta matéria) de tal forma que, só com a tomada de posse do governo seguinte, o tema do concurso para a aquisição de novos submarinos volta novamente a ser tocado. Nessa altura, a preferência, segundo as informações divulgadas pela imprensa, é principalmente para o sistema frances, e para o submarino Scorpéne. O U-209-1500 com AIP, é eficiente, mas trata-se de um submarino com mais de 30 anos. Na altura em que as novas propostas são apresentadas, o U-209-1500 parece estar condenado a não ser aceite.
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O U-209-1400 e o 1500 com AIP com a inclusão de uma secção adicional, que lhe permite utilizar o sistema de propulsão AIP. Estes dois submarinos, constituiram a primeira proposta da HDW à Marinha Portuguesa.
O U-209PN
O U-209PN
O submarino apresentado pela empresa HDW, na segunda fase do concurso, apresenta características diferentes dos anteriores.
Ao contrário dos submarinos anteriormente propostos U-209, este último (U-209PN) tem sistema AIP de raiz, e linhas e dimensões diferentes.
No entanto, como compartilha com os U-209 algumas das suas características que o qualificam como submarinos oceânicos, não é completamente incorrecto chamar-lhe um "209".
No entanto, na realidade, trata-se de um U-214, uma nova família de submarinos alemães, que têm em comum, o sistema AIP, instalado de raiz. as suas linhas hidrodinâmicas, e ligas metálicas que permitem ao submarino atingir profundidades maiores . São equipamentos, pensados para o novo sistema de propulsão, , o que resulta, por exemplo, em termos de arranjo e acondicionamento dos vários sistemas do navio, em ganhos de espaço consideráveis.
Os novos U-209PN, serão mais espaçosos que os U-209-1400/1500/AIP, e em grande medida mais capazes, principalmente pelas suas capacidades acrescidas quanto a capacidade de mergulho e operação silenciosa.
Perante a nova proposta dos concorrentes, e entre optar por um submarino moderno, com um sistema AIP menos eficiente, e um U209PN, igualmente moderno, mas com um sistema AIP mais eficiente, a decisão foi no sentido de aceitar a proposta da HDW, e portanto escolher o U-209PN em vez do Scorpéne com sistema AIP-MESMA.
Perante a situação de vitória do projecto alemão, a francesa DCN, contestou o resultado do concurso, porque, em seu entender, o novo submarino, não era um U-209, mas sim um U-214, e neste caso, a HDW deveria ter sido excluída, porque o submarino apresentado na segunda fase, não era o mesmo que o apresentado na primeira fase. (ver notas sobre a questão jurídica abaixo)
A empresa DCN, terá alguma razão nas suas alegações, uma vez que, pela análise das suas características, o U-209PN, é um derivado do U-212 da própria HDW, e tem características que o tornam mesmo superior ao projecto 212, do qual várias unidades foram encomendadas pelas marinhas da Alemanha e da Itália.
O submarino apresentado pela empresa HDW, na segunda fase do concurso, apresenta características diferentes dos anteriores.
Ao contrário dos submarinos anteriormente propostos U-209, este último (U-209PN) tem sistema AIP de raiz, e linhas e dimensões diferentes.
No entanto, como compartilha com os U-209 algumas das suas características que o qualificam como submarinos oceânicos, não é completamente incorrecto chamar-lhe um "209".
No entanto, na realidade, trata-se de um U-214, uma nova família de submarinos alemães, que têm em comum, o sistema AIP, instalado de raiz. as suas linhas hidrodinâmicas, e ligas metálicas que permitem ao submarino atingir profundidades maiores . São equipamentos, pensados para o novo sistema de propulsão, , o que resulta, por exemplo, em termos de arranjo e acondicionamento dos vários sistemas do navio, em ganhos de espaço consideráveis.
Os novos U-209PN, serão mais espaçosos que os U-209-1400/1500/AIP, e em grande medida mais capazes, principalmente pelas suas capacidades acrescidas quanto a capacidade de mergulho e operação silenciosa.
Perante a nova proposta dos concorrentes, e entre optar por um submarino moderno, com um sistema AIP menos eficiente, e um U209PN, igualmente moderno, mas com um sistema AIP mais eficiente, a decisão foi no sentido de aceitar a proposta da HDW, e portanto escolher o U-209PN em vez do Scorpéne com sistema AIP-MESMA.
Perante a situação de vitória do projecto alemão, a francesa DCN, contestou o resultado do concurso, porque, em seu entender, o novo submarino, não era um U-209, mas sim um U-214, e neste caso, a HDW deveria ter sido excluída, porque o submarino apresentado na segunda fase, não era o mesmo que o apresentado na primeira fase. (ver notas sobre a questão jurídica abaixo)
A empresa DCN, terá alguma razão nas suas alegações, uma vez que, pela análise das suas características, o U-209PN, é um derivado do U-212 da própria HDW, e tem características que o tornam mesmo superior ao projecto 212, do qual várias unidades foram encomendadas pelas marinhas da Alemanha e da Itália.
A confusão
A confusão entre U-209PN / U-214 / U-212 ?
As dúvidas sobre que tipo de submarino é efectivamente o U-209PN, prende-se com o facto de este ter sido apresentado apenas na segunda fase do concurso, tendo na primeira fase a HDW alemã apresentado o U-209-1400 (proposto na versão com AIP e na versão sem AIP).
O U-214 (e o U-209PN) tem na sua génese, não os mais antigos U-209 (nas suas várias versões), mas sim o submarino U-212.
Este, é um projecto alemão que tem como objectivo substituir os pequenos submarinos costeiros alemães, por um submarino com características de submarino costeiro, mas com dimensões maiores e (naturalmente) com o sistema AIP.
Isto vai permitir à marinha alemã, se necessário, operar no Atlântico, coisa que, com os pequenos U-206 não podia fazer.
O U-212 foi pensado para as necessidades decorrentes da utilização do sistema AIP.
O reservatório de Oxigénio está colocado fora da zona pressurizada do navio, assim como os reservatórios de Hidrogénio. Esta é aliás a maior diferença entre os dois navios, porque o U-214, não tem os reservatórios de Oxigénio na parte exterior, mas sim na parte pressurizada.
A razão prende-se com o facto de, um submarino oceânico, ter necessidade de submergir a profundidades maiores.
É por isto que o seu casco, (ou a parte pressurizada) deve ser mais resistente. O U-214, tem uma área pressurizada uniforme, quase como uma enorme botija de gás.
Parece ter-se optado por colocar o reservatório de Oxigénio “dentro” da parte pressurizada, porque ao contrário, isso implicaria o aumento da parte exterior, o que tornaria o submarino, ou muito mais volumoso, ou então implicaria a existência de bossas, no casco exterior, o que prejudicaría uma das vantagens do U-214, que é o seu casco hidrodinâmico, que reduz o ruído.
No U-212, o reservatório de Oxigénio está colocado na parte exterior. Como resultado, o U-212 tem uma área pressurizada com dois diâmetros diferentes.
A secção frontal é maior que a secção posterior, exactamente porque, nessa secção do navio, está alojado o tanque de Oxigénio.
O único problema neste caso, é a possibilidade de existir aí, um ponto de menor resistência à pressão, tornando o U-212 menos eficiente que o U-214 no que respeita a mergulho a grande profundidade. [/b
[b]Outra diferença entre U-212 e U-214, são os lemes.
http://imageshack.us][/URL]
Enquanto que o U-214 tem um leme vertical de proa, o U-214, dispõe de lemes verticais na vela.
Também se verifica no leme traseiro uma diferença considerável:
[b]
Assim: Enquanto o U-212 tem um leme em " X" o U-214 tem um leme tradicional, na configuração "+"
Quer num caso quer noutro, as razões prendem-se com o conceito de utilização. O leme em "X" do U-212, torna-o menos proeminente, facilitando ao mesmo tempo o "pouso" no fundo do mar.
Também por isso, os lemes verticais foram colocados na vela e não mais abaixo no casco, como no U-214, que, pensado para operar no oceano, não tem que "pousar" no fundo do mar, o que tornaria o leme em X e o leme vertical na vela, de pouca utilidade.
A família U-209 e a família U-212/214 são diferentes, no entanto, há, mesmo dentro da nova família (U-212/214) diferenças que estão directamente relacionadas com os teatros de operações onde se espera que os navios venham a ser utilizados.
O U-209PN, sendo um U-214, embora cumprindo com todas as exigências da marinha portuguesa, determinadas para os U-209 inicialmente propostos, são dos navios mais modernos presentemente em construção, e, serão, em 2010, quando forem incorporados, dos submarinos convencionais mais eficientes de qualquer marinha europeia
As dúvidas sobre que tipo de submarino é efectivamente o U-209PN, prende-se com o facto de este ter sido apresentado apenas na segunda fase do concurso, tendo na primeira fase a HDW alemã apresentado o U-209-1400 (proposto na versão com AIP e na versão sem AIP).
O U-214 (e o U-209PN) tem na sua génese, não os mais antigos U-209 (nas suas várias versões), mas sim o submarino U-212.
Este, é um projecto alemão que tem como objectivo substituir os pequenos submarinos costeiros alemães, por um submarino com características de submarino costeiro, mas com dimensões maiores e (naturalmente) com o sistema AIP.
Isto vai permitir à marinha alemã, se necessário, operar no Atlântico, coisa que, com os pequenos U-206 não podia fazer.
O U-212 foi pensado para as necessidades decorrentes da utilização do sistema AIP.
O reservatório de Oxigénio está colocado fora da zona pressurizada do navio, assim como os reservatórios de Hidrogénio. Esta é aliás a maior diferença entre os dois navios, porque o U-214, não tem os reservatórios de Oxigénio na parte exterior, mas sim na parte pressurizada.
A razão prende-se com o facto de, um submarino oceânico, ter necessidade de submergir a profundidades maiores.
É por isto que o seu casco, (ou a parte pressurizada) deve ser mais resistente. O U-214, tem uma área pressurizada uniforme, quase como uma enorme botija de gás.
Parece ter-se optado por colocar o reservatório de Oxigénio “dentro” da parte pressurizada, porque ao contrário, isso implicaria o aumento da parte exterior, o que tornaria o submarino, ou muito mais volumoso, ou então implicaria a existência de bossas, no casco exterior, o que prejudicaría uma das vantagens do U-214, que é o seu casco hidrodinâmico, que reduz o ruído.
No U-212, o reservatório de Oxigénio está colocado na parte exterior. Como resultado, o U-212 tem uma área pressurizada com dois diâmetros diferentes.
A secção frontal é maior que a secção posterior, exactamente porque, nessa secção do navio, está alojado o tanque de Oxigénio.
O único problema neste caso, é a possibilidade de existir aí, um ponto de menor resistência à pressão, tornando o U-212 menos eficiente que o U-214 no que respeita a mergulho a grande profundidade. [/b
[b]Outra diferença entre U-212 e U-214, são os lemes.
http://imageshack.us][/URL]
Enquanto que o U-214 tem um leme vertical de proa, o U-214, dispõe de lemes verticais na vela.
Também se verifica no leme traseiro uma diferença considerável:
[b]
Assim: Enquanto o U-212 tem um leme em " X" o U-214 tem um leme tradicional, na configuração "+"
Quer num caso quer noutro, as razões prendem-se com o conceito de utilização. O leme em "X" do U-212, torna-o menos proeminente, facilitando ao mesmo tempo o "pouso" no fundo do mar.
Também por isso, os lemes verticais foram colocados na vela e não mais abaixo no casco, como no U-214, que, pensado para operar no oceano, não tem que "pousar" no fundo do mar, o que tornaria o leme em X e o leme vertical na vela, de pouca utilidade.
A família U-209 e a família U-212/214 são diferentes, no entanto, há, mesmo dentro da nova família (U-212/214) diferenças que estão directamente relacionadas com os teatros de operações onde se espera que os navios venham a ser utilizados.
O U-209PN, sendo um U-214, embora cumprindo com todas as exigências da marinha portuguesa, determinadas para os U-209 inicialmente propostos, são dos navios mais modernos presentemente em construção, e, serão, em 2010, quando forem incorporados, dos submarinos convencionais mais eficientes de qualquer marinha europeia
Comparações
A família U-209 e a família U-212/214 são diferentes, no entanto, há, mesmo dentro da nova família (U-212/214) diferenças que estão directamente relacionadas com os teatros de operações onde se espera que os navios venham a ser utilizados.
O U-209PN, sendo um U-214, embora cumprindo com todas as exigências da marinha portuguesa, determinadas para os U-209 inicialmente propostos, são dos navios mais modernos presentemente em construção, e, serão, em 2010, quando forem incorporados, dos submarinos convencionais mais eficientes de qualquer marinha europeia.
O U-209PN, sendo um U-214, embora cumprindo com todas as exigências da marinha portuguesa, determinadas para os U-209 inicialmente propostos, são dos navios mais modernos presentemente em construção, e, serão, em 2010, quando forem incorporados, dos submarinos convencionais mais eficientes de qualquer marinha europeia.
- Charlie Golf
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Muito obrigado, caro colega mpina.
Já tinha lido a "Revista da Armada" onde vinha publicado o artigo sobre os novos submarinos mas confesso-lhe que entendi agora a coisa muito melhor.
Só uma questão: e os mísseis? Há alguma novidade ou será como no caso dos "Sea Skua" para os Super Lynx, isto é, as plataformas podem utilizá-los mas o Estado não tem o mínimo interesse em os comprar?
Já tinha lido a "Revista da Armada" onde vinha publicado o artigo sobre os novos submarinos mas confesso-lhe que entendi agora a coisa muito melhor.
Só uma questão: e os mísseis? Há alguma novidade ou será como no caso dos "Sea Skua" para os Super Lynx, isto é, as plataformas podem utilizá-los mas o Estado não tem o mínimo interesse em os comprar?
Um abraço,
Carlos Jorge Gomes
"SIC ITUR AD ASTRA"
(Deste modo alcançamos as estrelas)
Carlos Jorge Gomes
"SIC ITUR AD ASTRA"
(Deste modo alcançamos as estrelas)
Só uma questão: e os mísseis? Há alguma novidade ou será como no caso dos "Sea Skua" para os Super Lynx, isto é, as plataformas podem utilizá-los mas o Estado não tem o mínimo interesse em os comprar?
Código: Selecionar todos
Características
Fabricante: Boeing
Motor: Turbojacto Teledyne, propelente sólido
Potência: Superior a 272 Kg
Alcance: Até 124 Km - Velocidade: Subsónica (855 Km/h)
Ogiva: 224Kg - Preço: aproximadamente $1.2 milhões de dolares para um block II e $700.000 para um block I.
Comprimento: - 3.8M (versão aérea) e 4.6 M (versão lançada de navios de superficie e de submarinos)
Peso: 661 KgDiâmetro: 34.3 cm
Largura alar: 91.4cm
Código: Selecionar todos
Misseis:Quatro dos oito tubos têm capacidade de lançar misseis anti-navio sub-Harpoon. Este missil tem versões com um alcance de até 160Km com navegação orientada por GPS
O sub tem capacidade para misseis, falta saber se o país tem capacidade para o sub.
Editado pela última vez por mpina41 em Sáb Ago 20, 2005 5:25 pm, em um total de 1 vez.