Qual o melhor destino para o porta-aviões HMS Invencible?

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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#46 Mensagem por ferrol » Sex Ago 19, 2005 6:47 am

Lauro Melo escreveu:os Espanhóis possuem realmente uma Marinha ameaçadora.
Corrección a pé de páxina:
"os Espanhóis possuem realmente uma Marinha protectora"




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Rui Elias Maltez
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#47 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Ago 19, 2005 6:52 am

Ferrol:

Por mais que você queira, é a visão que as pessoas de fora têm.

E a compra de mísseis de cruzeiro não ajuda nada à mudança de imagem das FA's de Espanha.




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#48 Mensagem por ferrol » Sex Ago 19, 2005 8:33 am

Rui Elias Maltez escreveu:Ferrol:

Por mais que você queira, é a visão que as pessoas de fora têm.
Bueno, para eso participamos as persoas que estamos "dentro". Para correxir os erros das persoas de "fóra" :wink:
Como todos nos equivocamos ás veces, pois sempre está ben que alguén máis preto do tema poida falar del e sacarnos das equivocacións.

De todos xeitos, deixemos esto aquí Rui, que non é o fío. Eu só quería dar unha nota ó pé, non desvia-lo tópico.

Un saúdo, Rui.




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#49 Mensagem por A-29 » Sex Ago 19, 2005 11:46 am

Rui,

Obrigado pela diferenciação. Não tinha pensado por este ângulo de "entrega" das tropas. A substituição de nossos Ceará por uma dupla de de LPD parece realmente ideal. O investimento também não deve ser assim tão grande, pois, afinal de contas, um LPD não envolve sistemas assim tão complexos se comparado a uma fragata AAe, por exemplo.
Levando em conta o tamanho, complexidade e custo de manutenção do São Paulo, acho que sua substituição por uma dupla de LHD seria altamente vantajosa e viável, mesmo em questão de custos. Só continua o dilema quanto à operação de aeronaves de asa fixa. Não creio que a MB venha a operar aeronaves VTOL no futuro, o que obriga a que o futuro PA tenha capacidade de operar aeronaves CTOL. Continuo, então, com a pergunta: seria possível uma aeronave CTOL decolar de um LHD com sky jump?




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#50 Mensagem por A-29 » Sex Ago 19, 2005 11:46 am

Rui,

Obrigado pela diferenciação. Não tinha pensado por este ângulo de "entrega" das tropas. A substituição de nossos Ceará por uma dupla de de LPD parece realmente ideal. O investimento também não deve ser assim tão grande, pois, afinal de contas, um LPD não envolve sistemas assim tão complexos se comparado a uma fragata AAe, por exemplo.
Levando em conta o tamanho, complexidade e custo de manutenção do São Paulo, acho que sua substituição por uma dupla de LHD seria altamente vantajosa e viável, mesmo em questão de custos. Só continua o dilema quanto à operação de aeronaves de asa fixa. Não creio que a MB venha a operar aeronaves VTOL no futuro, o que obriga a que o futuro PA tenha capacidade de operar aeronaves CTOL. Continuo, então, com a pergunta: seria possível uma aeronave CTOL decolar de um LHD com sky jump?




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#51 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Ago 19, 2005 12:07 pm

A-29:

O que eu preconizaria para o futuro da MB seria um conjunto de projecção composto por 2 LPD + 1 LHD.

Para isso de facto a aviação de asa fixa ficaria sacrificada, a menos que o LHD utilzassem aviões de descolagem vertical.

Num LHD puro, julgo que não se devem colocar rampas, a menos que ficasse com a configuração do HMS Invencible, e daí que eu acharia que não era mau negócio para o Brasil essa compra para 2010, e para 2020, os 2 LPD.

Os LPD são navios relativamente baratos, e gastariam mais nas escoltas para essas Task-Force, qunado saíssem para o mar.

Para agora as Niteroi serviriam, e no futuro, apostariam em 3 escoltas AAW mais sofisticadas, ao nível das actuais F-100 ou LCF.

Aí é que gastariam muito dinheiro, mas poderiam poupar na aviação de asa fixa, que afinal quase não é usada os dias de hoje, e na manutenção de um PA clássico que quase não sai das águas brasileiras.




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#52 Mensagem por P44 » Sex Ago 19, 2005 12:11 pm

seria possível uma aeronave CTOL decolar de um LHD com sky jump?


Eu suponho que não, dado que os LHDs não têm catapultas...

:oops: Só espero não estar a dizer uma grande calinada.




Triste sina ter nascido português 👎
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#53 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Ago 19, 2005 12:13 pm

Falta cá os mestres para ensinar os discípulos.

:mrgreen:

Se eu ao menos soubesse o que é um avião CTOL :oops:




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#54 Mensagem por JLRC » Sex Ago 19, 2005 12:30 pm

Rui Elias Maltez escreveu:Falta cá os mestres para ensinar os discípulos.

:mrgreen:

Se eu ao menos soubesse o que é um avião CTOL :oops:


Conventional Take Off and Landing, ou seja um avião que descola e aterra de maneira convencional.
Um avião CTOL poderá levantar voo de um LHD que tenha Sky Jump (depende do avião), é o caso do Mig-29 ou do Su-33 no Kuznetzov (que por isso são designados STOBAR, Short Take OFF But Arrested) e julgo que o Eurofigther também poderá levantar voo da mesma maneira. O problema é a aterragem, sem os cabos de paragem eles não poderão aterrar e isto impede a utilização destes aviões num LHD. Já aviões STOVL (Short Take Off and Vertical Landing) podem descolar e aterrar nos LHB, como é o caso dos vários tipos de Harrier e o futuro JSF.




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#55 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Ago 19, 2005 12:37 pm

Bem regressado, JLRC.
:wink:


Eu bem me parecia, e por isso para o LHD precisariam dos Harrier, ou do que houver nessa altura.

Por isso é que o "bicho" espanhol poderá operar harrier's no seu convés, quando estiver pronto.




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#56 Mensagem por A-29 » Sex Ago 19, 2005 1:16 pm

Estou a concordar que a idéia do Rui parece ser das melhores para o futuro da MB. Demandaria um certo investimento, é fato, mas resultaria num custo operativo certamente inferior ao atual.
Eu já vinha pensando no problema dos cabos de parada levantado pelo colega JLRC. Tentei pesquisar mas não descobri ainda quão complicado é um sistema de parada. Sei que os cabos têm um limite de utilizações (100 enganchamentos, creio), e que são dispostos ao menos três no convôo. Mas não sei dizer se o sistema como um todo é por demais complexo ou caro para ser instalado num LHD. Nem se haveria espaço para isso. Mas caso fosse possível, sem dúvida seria uma boa opção.




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#57 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Ago 19, 2005 1:21 pm

A-29:

Num LHD "puro" não há lugar para catapultas ou cabos de paragem.

Só sde for uma coisa por encomenda.

Acho que para terem um LHD grande que seja, teriam que sacrificar os CTOL (agora já sei o que isso é :wink: )




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#58 Mensagem por ferrol » Sex Ago 19, 2005 2:32 pm

JLRC escreveu:é o caso do Mig-29 ou do Su-33 no Kuznetzov (que por isso são designados STOBAR, Short Take OFF But Arrested) e julgo que o Eurofigther também poderá levantar voo da mesma maneira.
Como case todo nesta vida, depende do diñeiro, neste caso dos clientes que podería ter a versión naval do EF.

En principio, como sabemos, tanto os franceses, como futuramente os ingleses preparan un deseño común de porta convencional, polo que non necesitarían ese modelo de EF "navalizado" para STOBAR.

Os alemáns non teñen previsto construir un porta, polo que tampouco necesitan un EF naval.

Os italianos están construindo o seu novo NUM (Nuova Unitá Magiore) para o F-35B de despegue vertical, e nós, por moito que sustituiramos o PdA por un STOBAR, que é máis barato que un CTOL, non podemos pagar todo o custo de adaptación dun EF naval para 2 ducias de aparatos.

Por outra banda, o LHD español está pensado para Harrier e F-35B, e o próximo porta, aló polo 2.020-25, deberá en boa lóxica seguir coa cadea loxística do F-35B que sustituirá ó Harrier no 2.015-2.020, polo que seguramente será o F-35...

E só falando dos países orixinarios do EF.

Polo tanto, e salvo o Rafale, non vexo competencia industrial en Europa para o F-35 nas azuis augas do Atlántico Norte.

Un saúdo.




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#59 Mensagem por Alcantara » Sáb Ago 20, 2005 9:05 am

ferrol escreveu:¿Está preparado Brasil para ser un pais vixiado permanentemente por parte dos aliados da OTAN como pais suspeitoso, como Irán, Corea ou Cuba?


Sim. O Brasil está pensando no futuro. O planejamento estratégico é em vista do domínio do Atlantico Sul, sem apoio de outros países ou, em áreas mais longíquoas, em "colisão"

pt escreveu:Creio que o problema é que a opção brasileira prende-se com o facto de os pequenos porta-aviões estarem limitados a aviões de descolagem vertical, como o Harrier e eventualmente o F-35.


Aparelhos como estes são muito mais caros para manter (veja o custo em homens/hora para trocar um motor, por exemplo, de um Harrier e compare com de outro caça "convencional"). Creio haver o inconveniente político também.

Rui Elias Maltez escreveu:Um conjunto de 2 LPD de cerca de 15.000 ton. de deslocamento, do estilo Rotterdam, e de um LHD, de onde pudessem operar helis de grande porte e alguns aviões de descolagem vertical (Harrier, ou o que houver nessa altura no mercado).


A necessidade de ter estes navios não exclui a necessidade do porta-aviões.

Paisano escreveu:O Brasil e a Marinha teriam o controle do mar territorial e, consequentemente, do Atlantico Sul com essa combinação de forças, juntamente com demais navios da esquadra.


É justamente isso que o Brasil quer. Se você reparar, nos últimos anos o Brasil tem procurado se afirmar no cenário internacional e essa afirmação passa pela área militar também. O Brasil tem procurado maior participação em todas as áreas. A participação no Haiti pode ser apenas o começo e dentro desta lógica existe a necessidade de projeção de poder.




"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
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#60 Mensagem por Rui Elias Maltez » Seg Ago 22, 2005 10:43 am

Alcântara:

Mas esse engajamento em missões das Nações Unidas, também Portugal as tem, e em certo modo até desproporcionais para o seu tamanho e condições económicas.

Estamos e estivemos em diversos locais no mundo, e não temos pretenções de sermos sequer uma potência regional.

A capacidade legítima do Brasil em se tronar numa potência regional, que de certo modfo já o é requer, é evidente, uma capacidade de projecção de forças que ainda não tem.

Não lhe basta ter um velho PA praticamente desarmado e que raramente sai para o mar.

Nem lhe basta ter esse PA para, como afirmou o Paisano, andar pelo mares territoriais brasileiros, porque para isso, bastam-lhes os patrulhas e eventualmente as corvetas Inhaúma e uma ou outra fragata.

A flaxibilidade requer mais que um único meio de projecção, de operação mais barata e que permita o apoio em diversas frentes.

Em verdadiera capacidae de projecção requer meios navais e aéreos.

Daí que eu tenha preconizado a existência de 3 unidades mais pequenas que o PA S. Paulo, mais flexíveis e leves e com maior modernidade.

2 LPD + 1 LHD modernos e até 2020, 3 a 4 escoltas AAW sérias, na ordem das 5.000 ton de deslocamento, com sistemas AEGIS ou similares de origem europeia, e continuar com o up-grade das Niteroi.

E pensar seriamente em adquirir para o futuro 4 a 6 unidade do A-400M, já que pelo caminho que vejo, seriam impossível o Brasil vir a equipar-se com C-17.




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