J.Ricardo escreveu: Qui Mar 13, 2025 8:50 am
Papel aceita tudo, se for higiênico então, vixe...
E é isso que parece essas programações militares, só loucura e coisas que não se cumprem, será que levaram em conta o custo de manter um SNA (ou mais?), quando tiraram da cartola a necessidade de dois PA? Duvido...
Pelo que está descrito no novo planejamento da MB, com validade até 2044, aposto que nem eles sabem direito se vão ter ou não Nae convencional ou outra coisa, tanto que colocaram uma sigla que simplesmente não diz nada sobre o que de fato são, ou serão, os dois navios apontados.
O NAM Atlântico chega até 2044, presumo, e é com esta presunção que eles devem estar pensando no que fazer, e no que comprar, em relação ao mercado externo.
Se vai haver recursos para SNA e NAe juntos na mesma esquadra tupiniquim, quem ainda estiver vivo até lá vai saber.
gogogas escreveu: Qui Mar 13, 2025 1:06 pm
Aqueles F-18 do Kuwait poderiam dar um fôlego pra MB e FAB , umas 6 unidades pra MB e substituir os remendados A-4 , e pra FAB os AMX no sul e F-5 em Santa Cruz
Já tem gente na nossa frente na fila para comprar estes caças do Kuwait.
É pouco provável, senão inviável que compremos esses F-18.
A FAB, espero, deve bater o pé no chão com Gripen E\F ou nada.
Já o VF-1 com alguma sorte ele ainda existirá pelo menos no papel no começo da próxima década, até que se decida o que fazer com ele.
gogogas escreveu: Dom Mar 16, 2025 1:30 pm
Se não fosse essa lei ridícula , a MB deveria usar o Super Tucano , seria muito mais vantajoso que os A-4 que já estão chegando a hora de aposentar !
O decreto presidencial, a meu ver, até seria relativamente fácil de ser alterado, já que a FAB, oficialmente, não implica mais com a ideia da asa fixa na aviação naval. Vide os planos atuais da MB para operar, além do VF-1, aviões de patrulha no futuro, sem nenhum resquício(conhecido) de rabugice do cmdo da força aérea sobre o assunto.
O problema é como fazer isso sem gastar uma grana pesada que poderia ir para setores, digamos, mais prioritários para uma marinha que está, literalmente, em vias de ver metade da sua antiquada frota de superfície ir a pique.
Com certeza os ST seriam um bom acréscimo no caso de faltar condições de comprar um caça novo para o VF-1. Mas, será que a MB teria disposição para pagar cerca de US$ 20 milhões de dólares ou mais por um "A-29 Mk II", como se está propondo à FAB, quando poderia eventualmente pagar até menos por caças a jato usados e disponíveis no mercado
Voltando ao assunto.
Para o que está proposto no texto, a MB em princípio, está olhando a aquisição de helos de ataque puros, como previsto no novo plano de defesa marítima. Mas, com apenas 8 unidades sendo consideradas, duvido que seja suficiente para dar conta de todas as necessidades do CFN. Mas, como a MB só pensa o CFN no Rio de Janeiro a partir da FFE e nada mais, isto também pode ser caracterizado como uma compra meramente protocolar para "criação de doutrina", e pouco ou nada tem a ver com criar uma verdadeira capacidade de apoio CAS e\ou outros aos fuzileiros ou a esquadra.
A mim me parece nada plausível um KAAN naval, seja pelas dimensões e peso do caça turco, seja pela complexidade que este projeto tem em si mesmo, para não falar dos custos bem mais altos, antes mesmo da versão terrestre estar completamente operacional e homologada. E isto só deve acontecer, presumo, daqui a uns dez anos, se nada der errado.
Na minha opinião, para nós o KAAN só faz sentido na FAB como caça de superioridade aérea e interceptador, complementando os Gripen E\F, como era a dupla Mirage III e F-5, com os Xavante fazendo a segunda linha, que hoje são os Super Tucano.
A MB não contempla, ainda, um Nae superior a 40 mil ton proposto inicialmente nas versões originais PAEMB, e mesmo agora na revisão do Planejamento Defesa Marítimo, sequer se especulou quais as características um navio assim teria. Aliás, sequer a sigla Nae é mencionada, trocada que foi por outra parecida com NAM, que não diz muita coisa.
O futuro Nae turco está na marca das 60 mil ton no seu projeto, algo que vai além do que a MB entende ser a capacidade desejada a si.
Por outro lado os indianos também estão estudando o seu terceiro porta aviões, embora ainda não tenham decidido ainda qual será o deslocamento e dimensões. A mídia local trabalha com a ideia de um Nae na casa também das 60 mil, novamente, acima do que a MB desejaria em principio. O AMCA, supostamente, teria uma versão naval, embora sem nenhuma confirmação oficial quanto a isso. Por enquanto eles vão se virar com Rafale M e Teja Naval nos próximos anos, até que o terceiro navio esteja pronto. O INS Vykrant, que é um navio STOBAR, tem deslocamento por volta de 42 mil ton.
A título de comparação o P0 do KAAN mede cerca de 21 m comprimento e 14 m de envergadura, com o novo desing feito pela TAI indicando um comprimento de 20,3 m e 13,4 m de envergadura e altura de 5 metros. O indicativo do MTOW do jato está na casa das 34,7 ton. Já o AMCA por sua vez os indianos apresentaram um avião relativamente menor que o jato turco, mas mesmo assim, ainda comparável, por exemplo, ao F-18E, com comprimento 17.6 m, envergadura 11.13 m, altura 4.5 m e MTOW aproximado de 25,000 kg. Estes números podem ser alterados até o final do programa, com a versão final de produção do caças.
Assim, no que tange um caça naval, o AMCA tende a ser mais indicado para as reduzidas dimensões do navio que a MB estaria se propondo lá para os idos de 2040, ou mesmo acima, como proposto por turcos e indianos, caso ele venha de fato a ser produzido para a aviação naval indiana. E isto com certeza deve estar na agenda político militar deles em relação aos negócios com o Brasil.
Não é necessário gastar um único centavo do erário público neste momento. A Embraer pode\poderá fazer isso.
O acordo com a TAI prevê colaboração em diversos setores, inclusive o de defesa, que obviamente não foi comentado. Esta é uma aposta visando os anos 2040 em diante. E até lá, resolvemos o problema dos Gripen E\F, mesmo que a solução seja apenas receber os 36 encomendados. O que não duvido.
A ideia deste acordo é colaborativa em termos de integração de capacidades entre as empresas. Os turcos com certeza desejam ver a engenharia brasileira trabalhando no KAAN. E para isso não precisamos apor recursos públicos neste momento. A própria FAB já alardeou que precisa de mais de um tipo de caça, e ainda sonha acordada com o 5o G tupiniquim, que por óbvio, não existirá em momento algum no que depender apenas e tão somente do poder público nacional.
O KAAN pode ser uma aposta honesta e adequada na medida em que a participação da Embraer fornecer aos turcos o que eles esperam de nós, e para a empresa brasileira a oportunidade de trabalhar desde o início em um projeto de 5a G que de outra forma, talvez, ela não teria a mesma oportunidade.
Em relação ao AMCA, penso que de alguma forma ele entrará na fatura da conta do KC-390 para a IAF. Aos indianos interessa não apenas a compra dos aviões, mas, sobretudo, tirar da Embraer o máximo possível de proveito em relação a seus projetos, de forma que a engenharia brasileira não apenas colabore, mas, impulsione os mesmos, de forma que as soluções apontadas possam vir a ser aplicadas às demandas de ambos países. Neste caso, o erário público pode ser comprometido ou não de alguma maneira desde agora, caso o avião da Embraer vença o certame. E eles vão cobrar caro por isso. Se por aqui vamos ter disposição para bancar este negócio da Embraer, a ver.
