O EB possui a propriedade intelectual do míssil tático de cruzeiro MTC300 e do Foguete SS-40G (que não foi pra frente). Já perguntei aqui a alguns militares em Formosa se possuíamos a propriedade do ASTROS e o EB pelo que sabem, não possui.FCarvalho escreveu: Qua Abr 30, 2025 4:30 pm O ASTROS no que diz respeito à sua propriedade intelectual, a mesma pertence ao exército, embora a Avibras seja a gestora e fabricante desde o início do projeto. Assim, em que pese a atual situação, mesmo que a empresa venha à falência, o exército pode simplesmente pegar de volta tudo o que lhe pertence em termos de projeto e produtos, e tentar entregar para outras iniciativas a nível nacional que supostamente tenham condições de bancá-los, o que acho muito difícil.
ARTILHARIA DA F TERRESTRE
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Isso é algo que merece um bom escrutínio, já que uma informação assim só é tratada nos níveis hierárquicos mais altos.NaScImEnTToBR escreveu: Sáb Mai 03, 2025 11:45 amO EB possui a propriedade intelectual do míssil tático de cruzeiro MTC300 e do Foguete SS-40G (que não foi pra frente). Já perguntei aqui a alguns militares em Formosa se possuíamos a propriedade do ASTROS e o EB pelo que sabem, não possui.FCarvalho escreveu: Qua Abr 30, 2025 4:30 pm O ASTROS no que diz respeito à sua propriedade intelectual, a mesma pertence ao exército, embora a Avibras seja a gestora e fabricante desde o início do projeto. Assim, em que pese a atual situação, mesmo que a empresa venha à falência, o exército pode simplesmente pegar de volta tudo o que lhe pertence em termos de projeto e produtos, e tentar entregar para outras iniciativas a nível nacional que supostamente tenham condições de bancá-los, o que acho muito difícil.
Mas vou olhar por aí.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Pelos valores indicados na tabela acima, dá para ver que com um pouco mais de interesse e disposição, poderíamos comprar as 144 unidades necessárias da VBCOAP SR para todas as 8 brigadas mecanizadas que se pretende, e isto talvez não saísse tão caro, dado que o ATMOS é dos mais baratos no mercado entre os diversos competidores.
Eu fico perplexo que nossas demandas materiais são sempre relativizadas e tratadas de forma quase indigente na hora de se comprar o que precisa. Como se daqui a dez anos fosse a coisa mais fácil do mundo tirar uns trocados do bolso e comprar o que faltou hoje.
Há, mas não tem dinheiro para comprar tudo. Então f...se, não compra porra nenhuma e fica sem nada, até alguém criar vergonha na cara e botarem o seu na reta pela irresponsabilidade característica da politicagem nacional com a Defesa.
Esse tipo de coisa só se resolve no Brasil na hora que jogarem merda no ventilador. Enquanto jogarem o assunto para debaixo do tapete e está tudo bem, nada muda, nada acontecerá.
Que falta faz a realidade do mundo batendo à nossa porta.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Como é que fizeste o cálculo? Os Dinamarqueses compraram o ATMOS e o PULS.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
O próprio EB já confirmou que o ATMOS foi não apenas a melhor escolha no aspecto técnico, como, e também, financeira, dada a proposta israelense para as 36 unidades solicitadas. Sem falar dos off set e tot ofertados, conforme as regras do certame.cabeça de martelo escreveu: Ter Mai 06, 2025 6:46 am Como é que fizeste o cálculo? Os Dinamarqueses compraram o ATMOS e o PULS.
Entre os obuseiros AP SR no mercado, pode-se notar que os contratos do ATMOS são em geral bem mais baratos que outros concorrentes, de forma que os israelenses sabem adaptar bem a oferta de seus produtos às condições econômicas de seus clientes. Conosco não foi diferente.
Não lembro de cabeça agora o valor da concorrência, mas, seria apenas para duas unidades de avaliação inicialmente, e só depois um novo contrato para as 34 restantes. No caso, o valor unitário de cada veículo+obuseiro estariam bem abaixo dos valores dos demais concorrentes, conforme comentários do próprio EB durante aquela rusga com o assessor de assuntos aleatórios do PR. A decisão também foi submetida ao TCU, que aquiesceu a mesma. Ou seja, menor preço e melhor qualidade técnica da proposta.
O peso maior do contrato seria em função das Tot solicitadas e a produção\montagem local, além do CLS completo.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Então foi com base no programa do EB e não da tabela acima. Ok, agora faz sentido.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Apoio e fico satisfeito que se esteja empenhando recursos para o desenvolvimento deste tipo de radar, mas, neste momento, o início do projeto se torna, no mínimo, contraditório quando o mesmo EB reclama que não tem recursos para o desenvolvimento do M-200 e versões no programa de AAe.
Ou, a AAe dentro da instituição é menos propensa à prioridades de seus projetos\programas do que a artilharia de campanha, que sequer conta com o básico, que são obuseiros 105\155mm modernos, e até uma simples Bia Busca de Alvos, também prevista nos manuais mas nunca implementada, e no qual deverá, em teoria, ser usado aquele radar.
Por fim, é bom lembrar que a Bia Busca de Alvos, conforme os documentos de referência do EB, será equipada com três tipos de radares, quer seja, o radar contra bateria, o radar multiemprego e o radar de vigilância terrestre. Com certeza o desenvolvimento destas três variações irá levar tempo e recursos que farão falta em outros projetos, inclusive da AAe, e que hoje não conseguem sair do papel, da fase de protótipo, ou testes e avaliações operacionais.
O que é mais importante hoje, diria mesmo prioritário, ao EB - e o país - em termos de projeto estratégico dentro da artilharia: a AAe que não temos, ou a art cmp que nunca funcionou a contento
Ou, a AAe dentro da instituição é menos propensa à prioridades de seus projetos\programas do que a artilharia de campanha, que sequer conta com o básico, que são obuseiros 105\155mm modernos, e até uma simples Bia Busca de Alvos, também prevista nos manuais mas nunca implementada, e no qual deverá, em teoria, ser usado aquele radar.
Por fim, é bom lembrar que a Bia Busca de Alvos, conforme os documentos de referência do EB, será equipada com três tipos de radares, quer seja, o radar contra bateria, o radar multiemprego e o radar de vigilância terrestre. Com certeza o desenvolvimento destas três variações irá levar tempo e recursos que farão falta em outros projetos, inclusive da AAe, e que hoje não conseguem sair do papel, da fase de protótipo, ou testes e avaliações operacionais.
O que é mais importante hoje, diria mesmo prioritário, ao EB - e o país - em termos de projeto estratégico dentro da artilharia: a AAe que não temos, ou a art cmp que nunca funcionou a contento

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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
MANUAL DE ARTILHARIA DE CAMPANHA NÍVEL CORPO DE EXÉRCITO.
https://bdex.eb.mil.br/jspui/handle/123456789/14391
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Estou realizando o curso de operações do Sistema ASTROS para sargentos e é isso que foi dito pelos instrutores. O projeto do ASTROS já existia antes do EB comprar. Até as versões mais modernas MK5 e MK6 já tinham sido desenvolvidas tendo em vista as vendas pra Malásia.FCarvalho escreveu: Dom Mai 04, 2025 2:05 pmIsso é algo que merece um bom escrutínio, já que uma informação assim só é tratada nos níveis hierárquicos mais altos.NaScImEnTToBR escreveu: Sáb Mai 03, 2025 11:45 am
O EB possui a propriedade intelectual do míssil tático de cruzeiro MTC300 e do Foguete SS-40G (que não foi pra frente). Já perguntei aqui a alguns militares em Formosa se possuíamos a propriedade do ASTROS e o EB pelo que sabem, não possui.
Mas vou olhar por aí.
Mas nem tudo é notícia ruim, já há empresas aqui no FSB estudando os foguetes SS-09 e SS-40G. Elas estão dispostas a desenvolver novos foguetes e produzi-los para repor os estoques do exército. Abraço. TMJ.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Muitas empresas em SJC já estão fazendo o mesmo. O ouro do Astros são suas munições.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Segundo o EB, o modelo SS-40G não será produzido, mas terá sua tecnologia aplicada no desenvolvimento de versões guiadas dos SS-60\80, e talvez SS-150, caso este seja finalizado. Sem a Avibras, teremos que procurar alguém na BIDS que seja capaz de aproveitar todo esse conhecimento. Ou vamos simplesmente perder tudo o que foi feito até agora em alguma gaveta empoleirada do CTEx.NaScImEnTToBR escreveu: Sex Mai 09, 2025 7:22 pmEstou realizando o curso de operações do Sistema ASTROS para sargentos e é isso que foi dito pelos instrutores. O projeto do ASTROS já existia antes do EB comprar. Até as versões mais modernas MK5 e MK6 já tinham sido desenvolvidas tendo em vista as vendas pra Malásia.FCarvalho escreveu: Dom Mai 04, 2025 2:05 pm Isso é algo que merece um bom escrutínio, já que uma informação assim só é tratada nos níveis hierárquicos mais altos.
Mas vou olhar por aí.
Mas nem tudo é notícia ruim, já há empresas aqui no FSB estudando os foguetes SS-09 e SS-40G. Elas estão dispostas a desenvolver novos foguetes e produzi-los para repor os estoques do exército. Abraço. TMJ.
No caso dos SS-09 são foguetes da família SBAT 70 da empresa e usados essencialmente para treinamento, e que não trazem muita carga tecnológica em si, com outras empresas no Brasil já produzindo o mesmo tipo de foguete.
Enfim, é bom o exército ter um plano B, ou vários deles, para o caso da Avibras fechar de vez as portas.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
O problema para o EB não são as munições em si, mas o que fazer com a plataforma, no caso da empresa fechar de vez.gabriel219 escreveu: Dom Mai 11, 2025 4:20 pm Muitas empresas em SJC já estão fazendo o mesmo. O ouro do Astros são suas munições.
Em princípio, apenas o chassis estaria garantido pela TATRA, sendo que a carroceria teria que ser achada uma outra solução. Ou, substituir o veículo lançador inteiro, e por consequência, toda a família que compõe as baterias do sistema.
A própria TATRA poderia ser uma solução para isso, vide que eles tem modelos de caminhões capazes de receber os containers lançadores e demais implementos do Astros 2020.
Mas esta possível troca pode custar bem caro ao bolso do exército.

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