knigh7 escreveu: Sáb Abr 26, 2025 10:27 pm
FCarvalho escreveu: Sáb Abr 26, 2025 2:31 pm
O problema é que nem os Centauro II nos custaram esses 7 milhões de dólares a unidade. Aonde vamos encontrar CC, mesmo usados, por este preço, se os únicos candidatos potenciais não estão disponíveis a curto e médio prazo, vide guerra na Ucrânia, e uma suposta nova guerra mundial batendo às portas?
Sim, encontrar CC usados hoje em dia está difícil. Sobre o valor do usado foi só uma estimativa minha mas não deve ser longe: aquele contrato de 180 K2 (um MBT bem moderno) vendidos para a Polônia foi de USD 3,37 bilhões mas englobava 50 mil munições de 120mm, pacote logístico, pacote de treinamento e integração (algo como USD 18 milhões por blindado K2). Para algum país conseguir vender um MBT usado (me referindo ao Ocidente e para o Ocidente) vai ter de ser até uns USD 10 mi por CC porque senão não vale o custo-benefício.
Salvo melhor juízo, o que agrega maiores custos à compra dos blindados não são os veículos em si, mas os adicionais que cada contrato requer. E neste aspecto, qualquer CC\IFV que o exército quiser comprar, novo ou usado, os custos irão às alturas tendo em vista os próprios requisitos do exército, que literalmente pede uma viatura importada made in Brazil, com tudo e mais um pouco nacionalizado neles.
Em termos gerais, pacotes de CLS, treinamento, logística, formação e treinamento de tripulações, etc, podem chegar até 30% do valor total de um contrato, e isso encarece demais qualquer compra que se faça. No nosso caso, como o EB também quer, aparentemente, produção sob licença de uma versão BR aqui no Brasil, esta conta irá despender valores maiores ainda ao negócio, já que teremos de pagar, também, por tal licença. Por enquanto, ao que se sabe, só os turcos nos ofereceram a propriedade intelectual da versão BR de seu bldo. E isso irá custar mais dinheiro, também.