EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

[FCarvalho]

Até quando esperar?

[FCarvalho]

Por incrível que pareça, e para minha surpresa, a TORC30 ainda está no catálogo de produtos da ARES para venda.


https://ares.ind.br/torres-e-sistemas/

Mesmo sem oferecer muitas informações, o que está descrito chama a atenção para a dupla função da torre, como AAe e apoio de fogo. Até por isso, talvez, a escolha do EB pelo canhão alemão, que tem uma cadência de tiro de 600 disparos por minuto, o que é baixo, quando comparado a canhões AAe de outros sistemas.

Se a ideia era utilizar esta torre como resposta para estas duas funções, me parece que ainda cabe mais alguns desenvolvimentos, uma vez que o pouco que é explicado no site da empresa dá a entender que ela precisa ser maturada a fim de atender de fato ao que se propõe.

Por mim, ainda sigo na espera de uma virada na história comercial e tecnológica da TORC30. E a manutenção dela no portfólio de produtos da ARES é, por assim dizer, um sinal inequívoco de que ainda existe chance para ela no EB. De outro modo ela teria sido defenestrada há tempos, uma vez que a UT30BR 2 e UT30 Mk II estão em franca produção e desenvolvimento, sendo que a primeira será adotada pelo EB, enquanto a segunda, está pronta, provada e testada operacionalmente, além de ser montada aqui pela empresa.

A ver.

[Strike91]

[FCarvalho]

Nisso que dá deixar as crianças sozinhas no quarto brincando.

[Viktor Reznov]

Como ser expulso do Exército em 1 simples passo.

[Strike91]

Até quando esperar?

Ele já está pronto e operando no exército italiano...

A evolução natural do Guarani...

[FCarvalho]

Para tornar as coisas mais simples, eu até entendo que o Super AV seria a alternativa mais óbvia. Mas neste aspecto, o exército perderia a propriedade intelectual do projeto, e por conseguinte os royalties das vendas de exportação, e isto seria, a meu ver, algo que talvez não seja aceitável do ponto de vista do comando do exército. Afinal, ninguém gosta de perder dinheiro, não é mesmo.

Mas, para quem não consegue ou não quer ter um 8x8 tupiniquim original, o bldo italiano com certeza está mais do que de bom tamanho para nós.

Aliás, bem que um Guarani 3.0 poderia derivar diretamente deste bldo. Seria com certeza algo bem melhor e mais ajustado à realidade do que esse pau de arara que temos até hoje aí.

Quem sabe o CFN se empolga, já que anda falando em substituir os seus Piranha III qualquer hora dessas.

[Strike91]

Por incrível que pareça, e para minha surpresa, a TORC30 ainda está no catálogo de produtos da ARES para venda.


https://ares.ind.br/torres-e-sistemas/

Mesmo sem oferecer muitas informações, o que está descrito chama a atenção para a dupla função da torre, como AAe e apoio de fogo. Até por isso, talvez, a escolha do EB pelo canhão alemão, que tem uma cadência de tiro de 600 disparos por minuto, o que é baixo, quando comparado a canhões AAe de outros sistemas.

Se a ideia era utilizar esta torre como resposta para estas duas funções, me parece que ainda cabe mais alguns desenvolvimentos, uma vez que o pouco que é explicado no site da empresa dá a entender que ela precisa ser maturada a fim de atender de fato ao que se propõe.

Por mim, ainda sigo na espera de uma virada na história comercial e tecnológica da TORC30. E a manutenção dela no portfólio de produtos da ARES é, por assim dizer, um sinal inequívoco de que ainda existe chance para ela no EB. De outro modo ela teria sido defenestrada há tempos, uma vez que a UT30BR 2 e UT30 Mk II estão em franca produção e desenvolvimento, sendo que a primeira será adotada pelo EB, enquanto a segunda, está pronta, provada e testada operacionalmente, além de ser montada aqui pela empresa.

A ver.

Enquanto "sonhamos" com a torre TORC30 e todas suas capacidades equipando uns 40% da frota de Guaranis em uso na força, o EB não consegue ter mais de 40 unidades do Guarani equipadas com a UT30BR 2 em operação...
Simplesmente e novamente vergonhoso!!!

[FCarvalho]

Eu tenho cá para mim que o simples fato da TORC30 ainda estar no catálogo da ARES, mesmo depois de tantos anos, no mínimo, é porque a empresa acredita que ela pode sair do papel; e para isso, o EB deve estar dando dicas de que ainda mantém algum interesse nela. O desenvolvimento parou bem no início, mas, fato é que ela ainda pode vir a ser produzida e servir a que se propõe, como consta no próprio site da empresa.

Apesar da ARES estar focada no marketing da UT30 Mk II montada aqui para exportação, e para a futura VBC FUZ, nada diz que a TORC30 não possa vir a ser adotada oficialmente no longo prazo, já que ela foi projetada objetivando as VBTP Guarani. Neste aspecto temos várias opções no sentido de prover esta torre tanto para a cav blda, como cav e inf mec do exército, com números que podem sustentar sem maiores problemas a sua produção e justificar o investimento.

O simples fato do EB, passados mais de dez anos, ainda manter a compra\conversão de apenas 37 UT30BR2, quando dava indicações de querer mais de 200 delas, ilustra bem a indecisão da força terrestre em relação a este modelo. Pode ser que esta modernização hora feita na UT30BR2 sirva mais tarde como ponto de partida para a prontificação da TORC30, com novos sistemas, novo canhão, e o que for necessário à sua operação sobre diferentes tipos de bldos.

Demanda nós temos. Dinheiro, é outra conversa.

[FCarvalho]

Só para lembrar. São 63 VBC AAe Guarani, entre UT e Unidade Radar\PC + 78 VBC FUZ.
Apenas estes números acima são mais que suficientes para tirar a TORC30 do papel a hora que o exército quiser. E só não o faz porque não quer.
Para equipar todas as VBTP Guarani dos RCM das 4 bda cav mec são necessárias mais de 100 torres.
No caso das bdas inf mec, as 4 GU demandam cerca de 648 torres para equipar todas as VBTP Guarani das 3 CiaInf nos BIMEC.
Enfim, números não são, e nunca foram problema para tirar a torre nacional do marasmo a que foi entregue. E dizer que são muito caras, e só por isso o desenvolvimento não seguiu enfrente é uma resposta muito rasa e pouco convincente, face à nossa realidade material.
E um ponto a favor adicional, é a própria realidade do mundo lá fora, com todos os países praticamente correndo atrás de arrumar a própria casa antes de pensar em exportações de material de defesa.
Onde nós somos diferentes dos outros neste aspecto?
Não somos, mas tomamos decisões(erradas\enganosas) que fazem parecer que sim. Para quem acredita nisso, e gosta de enganar a si mesmo, e aos outros.

[FCarvalho]

Primeiro protótipo da UT30BR2 é integrado ao Guarani

https://tecnodefesa.com.br/primeiro-pro ... o-guarani/

Até que enfim conseguiram terminar este primeiro protótipo.
Resta saber se consegue ir além disso.

[FCarvalho]

Falando em opções de canhões para equipar tanto a UT30BR2 e a TORC30 no futuro, a Denel Land Systems possui expertise na produção de modelos no calibre 20, 30 e 35mm usados tanto em helos, como veículos bldos e navios.

Estes canhões estão habilitados para atuar tanto contra alvos terrestres como navais.

Falta de opções é que não foi quando colocaram aquele trambolho alemão na TORC30.

[Goldfinger]

Falta de opções é que não foi quando colocaram aquele trambolho alemão na TORC30.

Trambolho?

[FCarvalho]

Falta de opções é que não foi quando colocaram aquele trambolho alemão na TORC30.

Trambolho?

Caro, muito caro, em todos os sentidos, além de manutenção complexa, logística dependente de importações, e da boa vontade política alemã, uso regulado pelas normas e interesses alemães - já vistes o que eles nos impuseram nas operações dos Leo 1A5? - sem opções de nacionalização de partes e peças, ou produção nacional, não fabricamos as munições mais modernas usadas por ele, e como no caso dos materiais made in USA, os alemães também tem lá suas coleirinhas de ouro no trato de seus produtos vendidos a outrem, e o exército está bem ciente como a banda toca para o lado deles.

Quando disse trambolho não quis dizer que não é bom e que não faz o trabalho, só não é bom para nós por essas e várias outras questões, que poderiam ser dirimidas tendo em vista a quantidade de fabricantes e fornecedores de canhões automáticos no mercado.

No mundo hoje existe pelo menos uma dezena de países\fornecedores deste tipo de arma, e no entanto, sabe-la lá porque, o EB se invocou justamente de pegar o modelo mais caro e mais complexo que se poderia apor na TORC30. E isso quando já tínhamos aqui a própria ARES montando a UT30BR com canhão israelense de 30mm. Mas, aparentemente isso não foi levado em consideração na hora de escolher. Depois reclamaram que a torre ficou muito cara.

Bom, fosse eu, faria uma simples concorrência internacional para escolher um canhão entre 30mm e 40mm para colocar na TORC30, e ver o que melhor se encaixa nela, e nas possibilidades de custear o projeto, de forma que possa se tornar acessível ao orçamento anual do EB e ser comprada nem que fosse a conta gotas para os projetos da VBC AAe Guarani, além das VBC FUZ, e também para transformar parte das VBTP Guarani em IFV minimamente decentes.

Demanda não nos falta, e nunca faltou na verdade para tirar a TORC30 do papel, mas as escolhas feitas pelo EB pode-se dizer que foram no mínimo para lá de equivocadas. Principalmente se levarmos em consideração que é um exército que vive eternamente com o pires na mão, e no entanto, inexplicavelmente, foram escolher justamente o produto mais caro que poderiam encontrar. Vai entender.

[FCarvalho]

Alguém aí já se perguntou que com toda essa nova corrida armamentista se formando no mundo lá fora, os projetos estratégicos do EB simplesmente ainda estão escorados em importações, apesar dos requisitos de nacionalização e da tentativa (outra vez) de se criar uma cadeia logística interna via BIDS

Para ficar apenas na VBTP Guarani, o que de fato temos nele que seja nacional hoje, e que não dependa de importações, de forma que o EB possa operar seus bldos sem necessariamente pedir autorizações ou depender da conveniência de fornecedores\países externos

O pouco ou quase nada que se fala do processo produtivo do Guarani é que ele já possui grande parte de seus insumos fabricados no país, mas, os dados concretos sobre qual nível de envolvimento da BIDS e da indústria nacional nele até hoje não é possível saber, ainda que os chefes das IDV em Minas Gerais afirmem que este índice hoje é bem alto. Mas, alto quanto

Vamos começar a montar os LMV e Centauro II via kit CKD e mais tarde, sabe-se lá quão mais tarde, eles serão montados com partes e peças produzidas no país, mas ainda assim sem externar estes índices de forma precisa. Ou seja, de qualquer forma vamos continuar dependentes de importações, e dos interesses, alheios para manter os bldos que temos.

Adendo, a continuar na atual balada, toda a força de bldos SR do exército no longo prazo estará nas mãos de uma única empresa, e do país em que está sediada. Ou seja, o pouco que temos em forças mecanizadas estará na prática subalterno a interesses externos e ao vai e vem das conveniências da IDV e do governo italiano da hora.

Notar que os raros projetos de bldos SR que a BIDS chegou a dispor nos últimos anos praticamente não são considerados e nem mesmo observados pelas ffaa's, e muito menos tidos como alternativa crível aos seus projetos.