Falando em obuseiro leve 105mm, a priori, supondo que as bdas da FORPRON tenham prioridade no recebimento de material novo, temos:
1. GAC Lv Pqt
2. GAC LV Amv
3. GAC Lm Mth
4. GAC Lv Sl
5. GAC Lv Sl
6. GAC Lv (Bda Pant)
Considerando o manual, com cada GAC a 3 Bia e 18 peças, temos uma demanda simplória para apenas 108 novos obuseiros leves de 105mm. Isto para começar a tirar a artilharia de campanha do EB da SGM II.
Estou considerando o GAC da 4a Bda Inf Mth porque para mim não existe motivo para esta unidade singular do EB não estar entre as estratégicas da FORPRON.
Penso aqui que 108 unidades é um número que já dá para começar a negociar a produção sob licença de algum modelo no Brasil, como parece querer o EB neste momento. Com 54 dá para falar apenas em compra e venda direta, nada mais, posto que esta quantidade não dá nem para pagar o investimento na montagem de uma linha de produção. Já aquele número acima é um bom começo de conversa.
Além destas OM acima, ainda restam equipar 5 GAC das bdas inf mtz e outros 4 GAC Lv Sl que precisam ser criados para CMA e CMN. 9 GAC a 18 peças nos demandaria até 162 obuseiros leves, o que ainda é um número pequeno a meu ver, dado as muitas lições da guerra da Ucrânia e em outros TO, onde a artilharia desempenha um papel muito relevante nos conflitos. Somando tudo, temos uma demanda latente de apenas 270 peças operacionais nos diferentes GAC existentes e ainda por criar.
Além destes, AMAN, ESA e EscLogEx também podem receber seus obuseiros em números menores que um GAC, para fins de aprendizado dos alunos. Mesmo assim, não ultrapassamos as 3 centenas de obuseiros leves no exército.
Considere-se que 18 peças é o mínimo básico necessário requerido nos manuais de artilharia de campanha do EB aos seus grupos de artilharia, sem considerar reservas táticas e estratégicas\logísticas, apenas o suficiente para permitir a operacionalização dos grupos, nada mais. Se uma peça quebrar ou tiver que sofrer manutenção corretiva ou de regular, as OM ficam desfalcadas em suas Bia, e cada uma que se vire com o que tem.
A meu ver, como o manual de artilharia de campanha dispõe que cada GAC pode operar até com 5 baterias de tiro, com 3 a 8 peças por Bia, nada demais dispor a cada GAC operacional um número suficiente de obuseiros que mantenha a operacionalidade da OM sem precisar recorrer ao BtlLog da brigada, ou pior, depender do batalhão de suprimentos e\ou manutenção do grupamento logístico subordinado à região militar. Se tiver de ir para algum arsenal então, não vamos melhorar em nada o status quo da artilharia do exército.
Isto posto, se podemos apor 18 peças a cada GAC, e nós podemos, não seria pedir muito que estes disponham de 24 peças orgânicas ao todo, a fim de cobrir suas necessidades imediatas, diminuindo sua dependência do apoio da brigada ou de outras OM fora da mesma, o que é muito mais prejudicial ainda, com certeza, à sua operacionalidade. Principalmente das bdas estratégicas pertencentes à FORPRON.
Já pensaram no tamanho do mico um GAC destacado para missão de prontidão, e de repente ter que
"pedir emprestado" obuseiros de outras OM para poder integralizar as suas baterias, porque não dispõe de todos os seus, já que estão em manutenção, ou fora de operação por algum outro motivo qualquer?
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