TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

[Túlio]

Não colocaria dessa forma para a EMBRAER, mas a AKAER sim, cresceu e muito com isso.

Acredito que a Embraer não, pois a ideia era pegar todo o processo integração, da fabricação a montagem, mas a SAAB fechou a porta com o Simulador de desenvolvimento(S-Rig) com os dados ficando restritos a Linköping.

Além de fazer o filé da estrutura e revestimento na SAAB Aeroestruturas (fica como se o -390 e os E-Jets fossem feitos só de aço e alumínio, necas de composites), mesmo ao custo de nunca se tornar EED; diria que o AMX foi o único programa binacional com algum zorópa em que a EMBRAER de fato teve pleno acesso às tecnologias envolvidas.

[FCarvalho]

Penso que tem uma coisa que precisa ficar muito clara. Ninguém passa o filé do conhecimento que desenvolveu para outros países, mesmo pagando. E com os suecos não seria diferente. Não fazem isso nem com a OTAN, ou aceitaram submeter-se aos caprichos britânicos no projeto do caça de 6a G. Enfim.

Ademais, em 2014 quase ninguém na BIDS era capaz de receber tudo o que estava no contrato em termos de repasse de tecnologia e off set. Tanto que a SAAB Estruturas, segundo diversas matérias nos últimos 10 anos, aludem esta iniciativa como sendo uma opção da SAAB, em acordo com a FAB, exatamente pela falta no Brasil de quem tivesse expertise e\ou interesse em fazer o trabalho. Na falta de quem assumisse o desafio, os suecos resolveram bancar o negócio para não atrasar o processo como um todo logo de saída.

Então, não tem essa de os suecos não nos passaram tudo. Tem que ver o que está no contrato, o que, por óbvio, é praticamente inviável para reles mortais como nós. Se não está no contrato, então não tem do que reclamar. A Embraer é muito maior que a SAAB, tanto em termos comerciais como tecnológicos. Mas, o suprassumo do programa FX-2 é justamente reunir em um lugar só, e debaixo dos mesmos requisitos as capacidades de ambas as empresas, de forma a complementar uma a outra. Essa foi a grande jogada que levou à vitória do Gripen E\F naquele programa. E até agora nenhuma das partes tem nada a reclamar uma da outra, pelo contrário, todos são só elogios à parceria.

O único que destoa neste processo é o Estado brasileiro, que nunca fez e não faz qualquer questão de assumir a responsabilidade pelo parto deste programa desde 1998. E até hoje não tem ninguém neste país que obrigue a fazê-lo, por bem ou por mal. A não ser que sejamos bridados com o inesperado.

[mauri]

Acredito que a Embraer não, pois a ideia era pegar todo o processo integração, da fabricação a montagem, mas a SAAB fechou a porta com o Simulador de desenvolvimento(S-Rig) com os dados ficando restritos a Linköping.

Além de fazer o filé da estrutura e revestimento na SAAB Aeroestruturas (fica como se o -390 e os E-Jets fossem feitos só de aço e alumínio, necas de composites), mesmo ao custo de nunca se tornar EED; diria que o AMX foi o único programa binacional com algum zorópa em que a EMBRAER de fato teve pleno acesso às tecnologias envolvidas.

Tens razão havia esquecido disso, todo o filé ficou lá, e não era vontade da Embraer, pode até ter sido da FAB e do Governo, como disse o colega, mas eu acho que a Embraer calculou mal o negócio pensando que tinha alguém capaz de assumir a causa, e nem imaginava que existia um lobby grande para sugar os OFF SET para longe do Gavião Peixoto, quem eram os prefeitos e o governo federal na época da decisão?Lembro muito bem disso!!!


A fuselagem dianteira da aeronave é a célula onde senta o piloto. Nela são instalados o assento ejetável, comandos de voo como manche e pedais, o canopi, o radar AESA, os displays de cabine e toda a aviônica da aeronave (Fábrica de aeroestruturas da Saab no Brasil)

[knigh7]

Não colocaria dessa forma para a EMBRAER, mas a AKAER sim, cresceu e muito com isso.

Acredito que a Embraer não, pois a ideia era pegar todo o processo integração, da fabricação a montagem, mas a SAAB fechou a porta com o Simulador de desenvolvimento(S-Rig) com os dados ficando restritos a Linköping.

De onde vc tirou essa informação?

[mauri]

Acredito que a Embraer não, pois a ideia era pegar todo o processo integração, da fabricação a montagem, mas a SAAB fechou a porta com o Simulador de desenvolvimento(S-Rig) com os dados ficando restritos a Linköping.

De onde vc tirou essa informação?

São diversas as informações se você entender um pouquinho de engenharia de software vai sacar a jogada, com algumas perguntas e respostas voce vai entender.

1 - Primeira, o que é o S-Ring? Se trata de um software de simulação de sistemas e de funcionalidades das estruturas do Gripen, aqui foi instalado o primeiro terminal fora da Suecia;

2 - O S-Ring foi feito para o Gripen Br? Não, se trata de um produto já feito de propriedade da SAAB sem qualquer participação da Atech, o que chamamos de produto de prateleiras, porem de uso exclusivo da Saab e seus parceiros;

3 - Então, o que a Atech vai fazer? A Saab e a Atech celebraram uma parceria para o desenvolvimento de simuladores, sistemas de treinamento e sistemas de apoio terrestre para o Gripen NG, isto já previsto no contrato do programa FX2;

4 - Então por que foram remetidos engenheiros para treinamento na Suecia? Para a formação do Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen - GDDN, que fica nas instalações da Embraer, em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo;

5 - E para que serve este Centro? Aqui sim, é que são processadas as transferência de tecnologia do Programa Gripen, com a participação da Atech e de outras empresas brasileiras, sob total controle da SAAB e conforme previsto no programa Fx2.

[knigh7]

De onde vc tirou essa informação?

São diversas as informações se você entender um pouquinho de engenharia de software vai sacar a jogada, com algumas perguntas e respostas voce vai entender.

1 - Primeira, o que é o S-Ring? Se trata de um software de simulação de sistemas e de funcionalidades das estruturas do Gripen, aqui foi instalado o primeiro terminal fora da Suecia;

2 - O S-Ring foi feito para o Gripen Br? Não, se trata de um produto já feito de propriedade da SAAB sem qualquer participação da Atech, o que chamamos de produto de prateleiras, porem de uso exclusivo da Saab e seus parceiros;

3 - Então, o que a Atech vai fazer? A Saab e a Atech celebraram uma parceria para o desenvolvimento de simuladores, sistemas de treinamento e sistemas de apoio terrestre para o Gripen NG, isto já previsto no contrato do programa FX2;

4 - Então por que foram remetidos engenheiros para treinamento na Suecia? Para a formação do Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen - GDDN, que fica nas instalações da Embraer, em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo;

5 - E para que serve este Centro? Aqui sim, é que são processadas as transferência de tecnologia do Programa Gripen, com a participação da Atech e de outras empresas brasileiras, sob total controle da SAAB e conforme previsto no programa Fx2.

Isso aí e a resposta da partipação da Atech no S-rig.

A Embraer desenvolve e testa softwares de voo nele:



Tem mais informações aqui:
https://www.saab.com/pt-br/markets/bras ... -do-gripen

Este PPT abaixo faz parte da palestra da COPAC de 2023, não tem nem 2 anos, que eu havia postado aqui no tópico na época sobre o que já havia conseguido de ToT no programa:

[mauri]

É isso mesmo meu amigo, todo e qualquer produto adicionado ao Gripen Br precisa passar primeiro pelo S-Ring, além destes dois aí, tivemos o Soft do Link Br, o do IFF, de criptográfia e outros que não lembro agora.

O único que não passou foi o HUD da AEL, por que no caso, precisou modificar a estrutura do Gripen, aí é sagrado, tudo feito na Suecia sem participação brasileria.

A modificação para Biplace é a mesma coisa, não passa no S-Ring mas direto da Suecia pois é uma coisa nova para a estruturado avião, não existe esta versão no Gripen.

Outra coisa, a Embraer tem os melhores engenheiros de software embarcada do mundo, pena que a quantidade é pequena e não atende a demanda, veja que no KC-390 tivemos que pegar muitos em Portugal.

[FCarvalho]

Não é por nada não, mas, o Gripen E\F foi a melhor coisa que nos aconteceu em termos e defesa nos últimos 10 anos, no setor aeronáutico.
Uma pena mesmo que no Brasil, apesar de termos mão de obra extremamente capacitada, o investimento no setor para a formação desta mesma mão de obra ainda seja tão pífio, apesar da enorme demanda do mercado.
Faríamos muito mais se não dependesse apenas do poder público incentivar novos cursos e graduações pelo país.
O campus do ITA em Fortaleza irá ajudar, mas não resolve ainda a falta de mão de obra especializada neste importante setor da economia e tecnologia nacional.
Parcerias com a iniciativa privada e governo deveriam ser uma praxe em setores de ciência e tecnologia.

[knigh7]

Bombas das classes de 500 e 1.000 lb:

[knigh7]

Um dos nossos Gripens decolando com 4 Meteors e 2 Iris-T. Aí sim...

[Strike91]

Um dos nossos Gripens decolando com 4 Meteors e 2 Iris-T. Aí sim...

Eu já ia postar o vídeo, você foi mais rápido kkkk
Um vídeo deste merece registro e surpresa, são raríssimos os vídeos e imagens de aviões da FAB minimamente armados!
Inclusive, foi noticiados esta semana que a MBDA está desenvolvendo uma atualização "Block 2" dos mísseis Meteors e IRIS-T

[FCarvalho]

Essa aí é a unidade de teste e desenvolvimento do Gripen E que está nas mãos da Embraer\SAAB. Provavelmente trata-se de mais uma avaliação das configurações de equipamentos e armamento que o caça poderá dispor quando em operação.
Araraquara até onde eu seu é nos cafundó do judas em São Paulo, distante até mesmo de Gavião Peixoto.
Pela distância da capital, o espaço aéreo deve ser mais ameno para fins de testes de voo do avião.
A minha curiosidade agora é saber se o primeiro Gripen F agendado para este ano sai ou não sai das linhas de produção suecas, já que só vamos receber míseras duas unidades do caça.

[FCarvalho]

Pensando aqui sozinho com os meus botões, acabo achando que o encantador e diplomático Donald Duck de topete na Casa Branca, à frente da, ainda, maior economia do mundo, pode ser uma verdadeira mão na roda para a indústria aeronáutica tupiniquim. Como ele anda arrumando as relações bilaterais com vários vizinhos do continente, os afagos do velho Sam podem, ao fim e ao cabo, acabar servindo como a melhor propaganda, quiçá o ato final, para a inclusão do Gripen E\F no catálogo de compras de algumas forças aérea do continente, a saber, Canadá, Colômbia, México e Peru, e mais para frente, quem sabe Chile.



Nestes cinco países, o Gripen E\F concorre direta e\ou indiretamente para fornecer as soluções de defesa aérea hora demandada por eles. O caso mais emblemático é o do Canadá, que apesar de escolher o F-35, ainda às voltas com sérios problemas de relacionamento com o vizinho. E as coisas não andam lá muito bem. Da mesma forma peruanos e colombianos se vem diante de decisões sérias para o seu futuro nos próximos 30 a 40 anos. A FACh idem. E em todas elas a sombra do primo rico paira como uma lembrança soturna de como as coisas funcionam por aqui.

Enfim, entre demandas reais e possíveis, estamos falando de mais de 100 caças em disputa. Tenho cá para mim que os suecos jamais sonharam com tal dimensão de negócios por estes lados de cá. Mas, eis que os tupiniquins aqui lhes fizeram o favor de apresentar o Gripen E à toda a vizinhança na prática do dia a dia de um esquadrão operacional, e isto tem se mostrado fundamental na hora de falar, e provar, as (muitas) qualidades do caça sueco.

Pode ser que não compremos uma única unidade a mais do caça sueco, mas, se vendermos para metade dos países vizinhos interessados no Gripen E\F, este negócio com a FAB já terá valido mais que a pena para a SAAB e para a indústria sueca e brasileira.

A ver.

[FCarvalho]

Aproveitem e gravem este vídeo crianças, pois uma imagem como essa no Brasil vale milhões daqui a alguns anos.
Um caça da FAB totalmente equipado é coisa muito rara, e tão rara que provavelmente quando vocês virem outra imagem desta, corram, porque estamos em guerra

[Túlio]

Pensando aqui sozinho com os meus botões, acabo achando que o encantador e diplomático Donald Duck de topete na Casa Branca, à frente da, ainda, maior economia do mundo, pode ser uma verdadeira mão na roda para a indústria aeronáutica tupiniquim. Como ele anda arrumando as relações bilaterais com vários vizinhos do continente, os afagos do velho Sam podem, ao fim e ao cabo, acabar servindo como a melhor propaganda, quiçá o ato final, para a inclusão do Gripen E\F no catálogo de compras de algumas forças aérea do continente, a saber, Canadá, Colômbia, México e Peru, e mais para frente, quem sabe Chile.



Nestes cinco países, o Gripen E\F concorre direta e\ou indiretamente para fornecer as soluções de defesa aérea hora demandada por eles. O caso mais emblemático é o do Canadá, que apesar de escolher o F-35, ainda às voltas com sérios problemas de relacionamento com o vizinho. E as coisas não andam lá muito bem. Da mesma forma peruanos e colombianos se vem diante de decisões sérias para o seu futuro nos próximos 30 a 40 anos. A FACh idem. E em todas elas a sombra do primo rico paira como uma lembrança soturna de como as coisas funcionam por aqui.

Enfim, entre demandas reais e possíveis, estamos falando de mais de 100 caças em disputa. Tenho cá para mim que os suecos jamais sonharam com tal dimensão de negócios por estes lados de cá. Mas, eis que os tupiniquins aqui lhes fizeram o favor de apresentar o Gripen E à toda a vizinhança na prática do dia a dia de um esquadrão operacional, e isto tem se mostrado fundamental na hora de falar, e provar, as (muitas) qualidades do caça sueco.

Pode ser que não compremos uma única unidade a mais do caça sueco, mas, se vendermos para metade dos países vizinhos interessados no Gripen E\F, este negócio com a FAB já terá valido mais que a pena para a SAAB e para a indústria sueca e brasileira.

A ver.

Esses teus "botões" parecem servir apenas para wishful thinking, senão vejamos:

Colômbia, Perú, México e Chile: lo queremos pero no hay plata, y si la hubiese nos íbamos por Rafale o Typhoon;

Canadá: loucura total botar um 4G+ de alcance e capacidade limitados logo no momento em que Rússia e China vão botando cada vez mais caças e bombardeiros 5G em serviço, esta última até os anunciando para seus NaE; uma ilustração disso seria a Polônia usando PZL P-11 contra Me-109, causaram algumas baixas até serem todos abatidos.