O futuro da AAAe no Brasil

[knigh7]

Portaria do MD publicada há poucos dias com integrantes das 3 Forças (e o Min da Ciencia e Tecnologia) para análise da BID tendo em vista a aquisição conjunta de Sistemas de AAAe de Média e Grande Alturas:
(ou seja, voltou para o MD)


mais informações da portaria:
https://diariolink.com.br/resultado/8778307

[FCarvalho]

Grosso modo já sabemos de antemão o que a BIDS, a indústria e o setor de PDI nacional são plenamente capazes de atender aos requisitos dos sistemas AAe pleiteados. O que nos falta são os mísseis. O resto nós temos como desenvolver, projetar e\ou produzir aqui mesmo. Falta saber quem vai querer bancar mais esta viagem ainda sem lastro.

A Denel, supreendentemente, anunciou por estes dias que está a modernizar a família Umkhonto de mísseis; a meu ver, não seria de todo mal conversar com eles, já que temos uma relação de longa data com a empresa e, em princípio, sabemos como eles trabalham e quais suas limitações e possibilidades. Eles ainda tem o projeto do Marlin, BVR com alcance na faixa dos +100km, além do A-Darter, que também pode ser aproveitado.

Não que seja algo lógico e fácil de se fazer, mas, como a Avibras pode ter o que sobrou de sua vida salva pelos petrodólares sauditas, e retomar no curto a médio prazo suas capacidades produtivas e de engenharia, podemos pensar que o projeto do AV-MMA pode ser ser levado em conta como o ponto de partida para este projeto.

Além do aspecto técnico, é importante verificar como a implantação de uma cadeia logística sustentável no país poderá ser realizada a partir de soluções via BIDS\indústria nacional. E isso leva tempo e dinheiro, que não há, por óbvio.

A ver.

[knigh7]

Já começou estranho porque não consegui identificar data de validade do GT, e muito menos prazo de entrega do relatório.

[FCarvalho]

Já começou estranho porque não consegui identificar data de validade do GT, e muito menos prazo de entrega do relatório.

Obrigado, Manuel. Agora sim.
Então, veremos no que isso vai dar até Abril.
Se liberem os resultados ao público, claro.

[knigh7]

Gostei da portaria. Temos bastante capacidade para contribuir com o sistema de Média Altura. Mas vamos ver o que vai resultar desse estudo quando for emitido o RFI.

[FCarvalho]

Fiquei curioso agora relendo este documento. O que será que levou os militares a devolver a bola do projeto Defesa AAe para o MD, incluindo agora o andar de cima, de longo alcance\altura

No caso, o EB já havia até emitido requisitos e tudo o mais. A FAB não foi tão longe assim, mas, poderia também ter feito o mesmo. A MB nem sequer se mexeu ainda na verdade sobre este assunto.

Com tantas coisas se acumulando ao mesmo tempo, em termos de projetos estratégicos, e recursos cada vez mais escassos, não é de se surpreender que colocar a defesa AAe novamente debaixo das alças do MD possa ser, talvez, um fator agregador em termos financeiros e políticos, já que o ministério poderia tentar arbitrar isso de forma mais acessível ao público externo e às autoridades políticas, posto que, a questão da nacionalização do sistema está em voga novamente.

Esse agora me parece deve ser o ponto central da argumentação do ministério a fim de convencer quem de direito e obrigação sobre a liberação de verbas ao programa, dado os muitos benefícios trazidos à indústria e ao país em diversas áreas, inclusive, e principalmente, a econômica.

A ver.

[FCarvalho]

Gostei da portaria. Temos bastante capacidade para contribuir com o sistema de Média Altura. Mas vamos ver o que vai resultar desse estudo quando for emitido o RFI.

Se nada mudar na nossa doutrina AAe, e não deve mudar mesmo, presume-se que EB e MB vão manter-se na média altura\alcance, enquanto a FAB vai para a grande altura\alcance.
Permanecem, em princípio, as mesmas demandas de agora, sem vislumbre de grandes alterações na estrutura das OM AAe existentes. A não ser que os manuais sejam alterados forçosamente, o que penso, é quase impossível neste momento, a depender somente da realidade orçamentária e organizacional das forças.
A ver.

[FCarvalho]

A Embraer Defesa detém hoje em termos práticos o domínio completo de toda a arquitetura C4ISR do Programa Defesa AAe, através do desenvolvimento dos radares M-200 Vigilante e Multimissão. E isto significa que pelo menos 60% a 70% dos sistemas que serão empregados nele terão origem na empresa de São José dos Campos através de suas várias subsidiárias enquanto fornecedores primários.
Vai sobrar na verdade pouca coisa para outras empresas nacionais fazerem, mas não menos importantes. Inclusive a integração dos mísseis a serem escolhidos e\ou desenvolvidos, seja qual for o caso.
A ver.

[knigh7]

A Coreia do Sul está desenvolvendo o C-RAM em terra, com o canhão americano GAU-8 Avenger, de 30mm. O sistema é baseado na AAAe naval deles, o CIWS II.

[knigh7]

Israel está desenvolvendo um sistema antidrones baseado em canhões (além do laser..). Irão empregar o M61 Vulcan, canhão este que já empregam.

Os sistemas antiaéros baseados em canhões tem vários nomes, mas os canhões em si são de fabricantes consagrados no mercado.

[FCarvalho]

Eu nunca vi o Brasil ter autorização para usar os Vulcan, em qualquer calibre e\ou modelo. E duvido que mesmo hoje outros usuários com projetos utilizando este canhão tenham autorização para exportar os mesmos para nós.
É só ver que até os CIWS dos navios que a MB comprou foram todos retirados, não porque não quiséssemos, mas porque o tio Sam não quer mesmo ver a gente usando. É algo "acima das nossas necessidades" segundo eles.
Conquanto, existem diversos sistemas fora do mercado ocidental que dispõe de canhões rotativos sem as onipresentes restrições norte americanas. É ver o que há por aí e o que se pode aproveitar.

[knigh7]

Nõs não vamos ter problemas em adquirir os canhões Oerlikons. Eles vão equipar a Classe Tamandaré e não houve objeção à venda deles para o sistema C-RAM da Turquia, o Korkut, que está sendo entregue ao Exército deles.

O que precisaremos é produzir a munição aqui.

Eu acho que o EB vai optar por um canhão antiaéreo moderno já consagrado.

[FCarvalho]

A tendência é essa, mas, se reduzir as opções apenas aos fornecedores tradicionais, pode preparar o bolso.
Neste aspecto, as alternativas são poucas, e caríssimas, seja qual for a escolha.
Temos aqui a produção de munição 40mm para os Bofors há muitos anos. Não lembro se fabricávamos também os 35mm dos antigos 001 Oerlinkon dos GAAe.
De qualquer forma, penso que temos de sair da caixinha ocidental de fornecedores e ir além do óbvio, se quisermos mesmo ter alguma chance de dispor de um sistema adequado à nossa realidade.

[Strike91]

Minha preferência para o futuro Guarani antiaéreo;

[knigh7]

Teu um informe da Rheinmetall sobre o Skyranger 30 no qual ela informa que ele foi desenvolvido para viaturas sobre rodas. Ele é cerca 1,5 ton mais leve que a torre Skyranger 35 que pesa 4,5 ton, o que judiaria pra caramba do Guarani 6x6.