UM MBT NACIONAL
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Re: UM MBT NACIONAL
Quase todas as perguntas realizadas aos fabricantes tem a ver com os requisitos, sendo que eles eu já postei. Mas algumas questões induzem a algo a mais e estou colocando os trechos:
(é nisso que consiste aquele valor (ano passado cerca de R$ 5 bilhões, algo em torno de USD 1 bi):
O EB questiona de podem integrar a Remax e não há nada sobre a UT-30BR 2:
(é nisso que consiste aquele valor (ano passado cerca de R$ 5 bilhões, algo em torno de USD 1 bi):
O EB questiona de podem integrar a Remax e não há nada sobre a UT-30BR 2:
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Re: UM MBT NACIONAL
Aparentemente, a ideia parece consistir em saber se existe a possibilidade, ou viabilidade, como diz no texto, de obter um IFV SL - viatura me tese mais barata que um CC - que possa ser adaptado à torre do Centauro II que, como se sabe, será montada no país.knigh7 escreveu: Dom Jan 26, 2025 3:56 pm Sumário Executivo do RFQ; O pretendido pelo EB é uma família horizontal, ou seja, IFV e CC baseados num mesmo chassi:
Como tudo nos projetos das ffaa's está pautado literalmente com base em custos, a opção de usar a torre do bldo italiano soa com uma certa lógica, tendo em vista as quantidades projetadas da produção do mesmo aqui. Se somadas às da viatura baseada no conceito MMBT, teoricamente, isto pode render a diminuição dos custos gerais do projeto para os três bldos, uma vez que a torre será comum a dois deles, assim como a base do chassi dos bldos SL, ou seja, ganha-se em termos de escala de produção e logística. Mas, novamente, tudo isso é na teoria.
Se forem comprados os 98 bldos do contrato inicial do Centauro II + 65 VBC CC, estamos falando de um potencial de produção local até 2040 de 163 unidades da Hitfact, podendo chegar a mais de 286 unidades, entre bldos SR e SL, caso sejam adicionadas novas compras a fim de se obter as 221 unidades pretendidas do Centauro II, além de novos MMBT no pós 2040.
De qualquer forma, entre VBC CC e VBC Fuz, se o conceito MMBT vingar, a ideia aparentemente seria montar\produzir no país, inicialmente, até 2040, cerca de 143 veículos sobre o mesmo chassi, no caso de um IFV SL a ser escolhido. Como se sabe, são bem escassas as opções que temos neste sentido, com apenas 3 ou 4 modelos sendo apresentado no mercado nesta perspectiva. E nem todos foram adaptados com a torre do Centauro II. Algo que penso, o fato do projeto ter sido jogado para 2028 é justamente para dar tempo de ver se mais alguém se empolga com a ideia de usar a torre italiana em seus produtos.
A ver.
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Re: UM MBT NACIONAL
Se houver uma torre "nacional" na VBC Fuz, a meu ver, ela será a UT30 Mk II já montada por aqui pela ARES para cliente de exportação. No entanto, em que pese este fato, a questão das relações do atual governo, e de futuras gestões, com Israel, espera-se, já tenham sido solucionados quando o processo de seleção for lançado novamente.knigh7 escreveu: Seg Jan 27, 2025 8:42 pm Quase todas as perguntas realizadas aos fabricantes tem a ver com os requisitos, sendo que eles eu já postei. Mas algumas questões induzem a algo a mais e estou colocando os trechos:
(é nisso que consiste aquele valor (ano passado cerca de R$ 5 bilhões, algo em torno de USD 1 bi):
O EB questiona de podem integrar a Remax e não há nada sobre a UT-30BR 2:
Resta saber se haverá nos próximos RFI\RFQ abertura para o oferecimento junto com a VBC Fuz das torres primárias destes veículos, o que a meu ver, diminui riscos e mitiga custos adicionais com a eventual adaptação do bldo com a torre israelense.
Quanto a valores, é muito difícil de se prever agora como será o mercado em 2028 e como os custos dos bldos estarão sendo praticados. Se considerarmos apenas a inflação do período, a coisa não vai ser nada boa para nós.
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Re: UM MBT NACIONAL
Não dá para cravar, mas olhando a nossa realidade hoje, e os últimos 40 anos, eu penso que se o Charrua, e outros bldos dos anos 1980, tivessem logrado êxito em suas vidas comerciais por aqui, muito provavelmente eles estariam na mesma situação da VBTP Guarani, que está basicamente emperrada há dez anos em termos evolutivos, com uma suposta versão 2.0 entalada na garganta faz anos, mesmo se tratando de mudanças que considero meramente cosméticas no bldo, como visto várias vezes aqui mesmo no DB.J.Ricardo escreveu: Seg Jan 27, 2025 2:56 pm E pensar que já desenvolvemos isso e hoje não fazemos mais nada.
Tivéssemos continuado esses projetos poderíamos estar exportando hoje.
Sei lá, as vezes penso que era melhor continuar importando soluções de ocasião apenas, e ir levando com a barriga como sempre fizemos. Talvez os bilhões investidos em vários programas que até hoje não trouxeram nenhuma mudança efetiva na nossa realidade, e capacidades, militares pudessem trazer soluções mais adequadas à ffaa's que são basicamente usadas e vistas como meras extensões das PM estaduais pelos sucessivos governos de plantão deste país até hoje, e nada mais.
Não que estivéssemos necessariamente melhores do que estamos, mas pelo menos não se jogaria tanto dinheiro fora em projetos que, no final, acabam que não resolvem e nem mudam absolutamente nada no status quo da defesa do país.
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Re: UM MBT NACIONAL
A parte de comunicação e guerra eletrônica, assim como vetores ópticos e sensores ISR, ainda são um gargalo não resolvido na BIDS, e pelo setor de PDI das forças. E estamos bem longe ainda de obter avanços significativos nesta área.
A dependência de soluções importadas, ou mesmo produzidas aqui sob licença, ou em empresas estrangeiras com selo de ED, vai continuar por muito tempo.
Sem investimento pesado em PDI, não vamos poder contornar essa dependência tão cedo.
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Re: UM MBT NACIONAL
Se a ideia for mesmo adotar a Hitfact como padrão, temos ASCOD, KF-41 e Tulpar na lista de candidatos que atendem os requisitos do EB. O CV-90 vai ter que correr por fora, a não ser que algumas coisas mudem até 2028.knigh7 escreveu: Dom Jan 26, 2025 11:44 pm E pelo nível e disposição de blindagem exigidas, a torre do Centauro II (HITFACT II) pode ser utilizada no MMBT. Ela já está integrada no ASCOD 2.
E alguém sabe se está nos planos da BAE integrá-la ao CV90
De público não existe previsão de instalação da torre italiana no CV-90. Mas isto não significa que o pessoal que representa aqui a Bae Systems já não esteja pensando nisso. O Marcos Caffe, que é militar da reserva e representante da empresa no Brasil, sabe muito bem como a banda toca, e claro, tem lá seus contatos no EB até hoje. Indiferente eu tenho certeza ele não irá ficar.
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Re: UM MBT NACIONAL
Os chineses na prática não tem qualquer chance neste dois programas, seja pelos requisitos, seja pela completa falta de disposição do EB em aceitar operar qualquer equipamento que não seja made in OTAN\STANAG, vindo de seus provedores de costume.
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Re: UM MBT NACIONAL
Meu Deus, dava pra condensar tudo numa resposta não? Um monte de posts e informações são perdidas por outra página inteira só de você, Flávio. Toda vez tenho que voltar 3 ou 4 páginas só pra tentar entender o que estavam querendo discutir.
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Re: UM MBT NACIONAL
Sinto, mas eu me perco nisso de querer colocar tudo em um único post de vários assuntos de post diferentes.
Mas o última página está inteira lá com as colocações dos demais colegas.
Mas o última página está inteira lá com as colocações dos demais colegas.
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Re: UM MBT NACIONAL
Italian Army to replace its Ariete tanks with up to 380 German KF51 Panthers.
28 Jan, 2025
https://www.armyrecognition.com/news/ar ... on-program
Mais de 3 centenas e meia de CC e pouco mais de 1 mil unidades de IFV's para o exército italiano em 16 versões diferentes.
Se este programa tiver pleno êxito e atingir os objetivos básicos a que se propõe, tenho aqui com os meus botões que o EB poderá vir a alterar os seus requisitos para a VBC CC e VBC FUZ, caso italianos e alemães cheguem a um acordo no sentido de promover uma versão BR do mesmo a nos ser oferecida.
E já que tudo nestes programas foi, curiosamente, postergado para um novo recomeço daqui a 3 anos, acho eu que temos aqui, talvez, mais um daqueles casos em que o exército já está meio que amarrado com soluções definidas de antemão para os seus futuros requisitos operacionais e materiais.
A ver.
28 Jan, 2025
https://www.armyrecognition.com/news/ar ... on-program
Mais de 3 centenas e meia de CC e pouco mais de 1 mil unidades de IFV's para o exército italiano em 16 versões diferentes.
Se este programa tiver pleno êxito e atingir os objetivos básicos a que se propõe, tenho aqui com os meus botões que o EB poderá vir a alterar os seus requisitos para a VBC CC e VBC FUZ, caso italianos e alemães cheguem a um acordo no sentido de promover uma versão BR do mesmo a nos ser oferecida.
E já que tudo nestes programas foi, curiosamente, postergado para um novo recomeço daqui a 3 anos, acho eu que temos aqui, talvez, mais um daqueles casos em que o exército já está meio que amarrado com soluções definidas de antemão para os seus futuros requisitos operacionais e materiais.
A ver.
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Re: UM MBT NACIONAL
Acho que esse brinquedinho vai ser bem caro para nosso padrões de miséria militar.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: UM MBT NACIONAL
Os italianos vão colocar tudo e mais um pouco do que dispuseram ao Centauro II na versão deles do KF-51, de forma a permitir uma logística facilitada, e talvez, até mesmo custos menores, o que acho pouco provável.J.Ricardo escreveu: Ter Jan 28, 2025 5:26 pm Acho que esse brinquedinho vai ser bem caro para nosso padrões de miséria militar.
Mas o interesse em obter quase 400 CC deve pesar de alguma forma no contexto financeiro, por mais que eles estejam bem interessados em gastar por conta em defesa nos próximos anos, conforme repasses da mídia especializada local.
Produtos militares alemães não costumam ser baratos, mas os italianos também não são exatamente tão mão aberta, e ricos, como os alemães na hora de gastar com novos brinquedinhos.
A ver como eles vão equilibrar seus interesses e necessidades com sua capacidade de pagar pelo que desejam.
Para nós, não há alternativas em termos de CC ou IFV. Ou pagamos o que eles valem, ou simplesmente abrimos mão, e ficamos na diplomacia do "paz e amor".
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Re: UM MBT NACIONAL
FCarvalho escreveu: Ter Jan 28, 2025 5:17 pm Italian Army to replace its Ariete tanks with up to 380 German KF51 Panthers.
28 Jan, 2025
https://www.armyrecognition.com/news/ar ... on-program
Mais de 3 centenas e meia de CC e pouco mais de 1 mil unidades de IFV's para o exército italiano em 16 versões diferentes.
Se este programa tiver pleno êxito e atingir os objetivos básicos a que se propõe, tenho aqui com os meus botões que o EB poderá vir a alterar os seus requisitos para a VBC CC e VBC FUZ, caso italianos e alemães cheguem a um acordo no sentido de promover uma versão BR do mesmo a nos ser oferecida.
E já que tudo nestes programas foi, curiosamente, postergado para um novo recomeço daqui a 3 anos, acho eu que temos aqui, talvez, mais um daqueles casos em que o exército já está meio que amarrado com soluções definidas de antemão para os seus futuros requisitos operacionais e materiais.
A ver.
Pelo o que o EB está querendo gastar, a referência é a aquisição pelas Filipinas do MMBT Sabre e ASCOD 2 (proporcioalmente ao número de unidades). A Força está querendo comprar um carrinho popular novo, que a Classe C compra. Não é AUDI Q3, BMW ou Land Rover Discovery.
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Re: UM MBT NACIONAL
Tulpar com a hitfact II. No entanto, pela informação que se tem hoje, em que pese a torre ter sido integrada no blindado, eles não a testaram, foi só para fins de exposição.
outro conceito é o do CV 90. Sua nova torre é modular (D series) e pode ser equipada com vários tipos de armas. De canhões de 30 ou 40 mm a até 120 mm.
O conceito do CV 90 D120 já foi apresentado no IDEB 2024
características:
Até 38 toneladas
Potência de até 1000 hp
Canhão principal de 120 mm com carregador automático
ATGM com alcance de 10.000 m
RWS de 7,62/12,7 mm e
APS Coaxial Iron Fist
Tripulação de 3 homens + 2 assentos traseiros para operadores
outro conceito é o do CV 90. Sua nova torre é modular (D series) e pode ser equipada com vários tipos de armas. De canhões de 30 ou 40 mm a até 120 mm.
O conceito do CV 90 D120 já foi apresentado no IDEB 2024
características:
Até 38 toneladas
Potência de até 1000 hp
Canhão principal de 120 mm com carregador automático
ATGM com alcance de 10.000 m
RWS de 7,62/12,7 mm e
APS Coaxial Iron Fist
Tripulação de 3 homens + 2 assentos traseiros para operadores
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Re: UM MBT NACIONAL
O problema que esse "carrinho classe C" vai nos custar mais que USD 10 milhões pra não performar como deveria. É melhor gastar essa grana toda em drones e artilharia, abolir totalmente força blindada e assumir papel exclusivamente defensivo.
Eu queria de fato entender qual é a justificativa, pois custo não é, o Guarani "barato" custa caro até hoje, 15 anos e não saímos do VBTP pela série de problemas de o projeto tem em termos de expansão.
Eu queria de fato entender qual é a justificativa, pois custo não é, o Guarani "barato" custa caro até hoje, 15 anos e não saímos do VBTP pela série de problemas de o projeto tem em termos de expansão.