COBRA - COmbatente BRAsileiro

[cabeça de martelo]

Por aqui o pessoal queixa-se é de que a rapaziada nova tem demasiadas vezes peso a mais ou então são vitaminados (jarda):

Foto de recrutas da tropa normal:



Regimentos de Guarnição (são as unidades mais "normais" hoje em dia em Portugal, não têm viaturas blindadas e não são Tropas Especiais, são as últimas unidades de caracter territorial do Exército Português):



Cabos Adjuntos (Quadro Permanente):



Curso de Paraquedistas:



CFS:





...

[Pablo Maica]

No meu tempo, quando os tigres-de-dentes-de-sabre ainda davam que fazer e o pessoal dava umas mocadas nas cabeças das moçoilas para as pedir em casamento, o pessoal era todo magrinho. Eu com 1,76m tinha 59 kg quando apresentei-me na Porta de Armas da ETAT. Quando passou os 6 meses de Instrução Militar estava nos 72kg, isso porque tínhamos uma componente física muito dura, MAS tínhamos "reforço" após as sessões de treino físico. Por norma era um leite com chocolate e uma sandes de queijo e fiambre e após as marchas ainda tínhamos um extra que era uma barra de chocolate.

No EB há "reforço" ou o pessoal pura e simplesmente passa fome?

O cara da foto é um Sargento, então é inadmissível o porte físico dele. Não faço ideia, conheço muitas médicas do Quadro Auxiliar e uma boa parte tem déficit de testosterona, já que o EB consegue selecionar os piores possíveis pro EV e uma parte desse pessoal engaja. Uma dura por semana não faria mal pra essa gente, fora que construir academias nos cartéis para musculação.

Atividade física com peso costuma ser opcional, muitos fazem por fora, inclusive alimentação. Não é incomum você ver Militares que estão subnutridos, alguns com 1,80 pesando menos do que 65 kg. Tenho 1,70, tô com 79 kg e treino, se eu entrasse em luta corporal contra o Sgt teria tomado a arma dele e fim de jogo.

Em conflitos atuais, contra trincheiras em campo aberto e áreas edificadas, é cada vez mais comum combates a menos de 50 metros de distância.

Os caras já chão uns chassi de grilo em condições normais, imagino isso ai no TO sofrendo com déficit calórico, pois lendo livros de militares americanos e britânicos sobre a GWOT, os relatos de racionamento de MRE são constantes em unidades regulares e isso em contra ponto a necessidade de realizar operações sempre em maior numero e duração do que o planejado, mesmo sob o guarda chuva de uma estrutura logística que está longe de ser chamada de ruim.


Um abraço e t+

[FCarvalho]

Agora fiquei curioso. De que região e\ou cidade é o cito sargento modelo aí do COBRA?

Porque se for do sul ou sudeste, onde o povo costuma ser bem melhor nutrido do que nas demais regiões, entre os 4 a 17 anos, então das duas, uma: ou ele tem problemas de saúde, e o EB não liga a mínima para isso, ou o biótipo dele é bem ruim mesmo.

Se levarmos em conta as condições gerais de alimentação, moradia, saúde e higiene da maioria da população brasileira, principalmente a mais pobre, que sempre são a massa do SMO, principalmente no EB, e também candidatos naturais às escolas de sargento e especialização de todas as três forças, é de certa forma natural que o físico deste povo seja bem aquém do que se esperaria de um militar profissional.

E pela realidade das últimas décadas, onde até rancho as forças andam cortando - além do meio expediente - para tentar economizar recursos, ou porque simplesmente não há sequer para manter isso, é de se entender, mas não justificar, que muitos no exército apresentem certa carência de massa muscular, e até de gordura, haja vista que não se tem na prática acesso ao básico que se espera da vida na caserna, que é uma alimentação minimamente sadia, e óbvio, treinamento físico adequado, além de acompanhamento médico.

Mas, para uma grande maioria que vai passar menos de um ano no SMO, cujas principais "atividades físicas" serão pintar rodapé de calçada, limpar rego e cortar mato, até que está de bom tamanho.

[gabriel219]

Independente da região, inadmissível o cara ter aquela lataria. Deveriam instituir treino com peso e refeições com alto teor calórico e proteico, se tiver que dar uma dura por semana pro cara, que façam.

[FCarvalho]

Se até o TFM hoje em dia virou assunto de questionamento na justiça, por motivos, digamos, nada militares, não se espere que haja modificações no quadro atual.
Já é muita coisa os quartéis das ffaa's serem usados para quase tudo em termos de "políticas sociais" do que de Defesa em todo o país, imagine-se forçar a barra para cima do pessoal que está lá "obrigado" ou concursado.
Tudo neste país é motivo agora de crises pessoais, discriminação e questionamentos dúbios que não levam a nada.
O físico do brasileiro médio nunca foi grandes coisa. Ter melhor que isso aí em um ambiente de meio de expediente e com rancho cortado não vinga mesmo.

[knigh7]

[FCarvalho]

Posso estar errado, mas como disse no outro tópico, tem alguma coisa no ar. O EB não costuma fazer compras deste porte. Ainda mais de armamento que só se vê ser comprado a conta gotas, e em quantidades não mais que representativas de cada tipo. Outro dia falaram aqui na disposição de contrato para mais de 70 containers de material de consumo oriundos dos USA, Europa e China.

Esta configuração da Minimi via de regra são para tropas pqd, amv e Sl no exército. Mas podem ser empregadas na inf mec também, se for o caso. A 4a bda inf mth também poderia receber, mas ela não faz parte das OM prioritárias. Por enquanto.

A ver o que anda acontecendo. Se é que está acontecendo mesmo.

[gogogas]

Soube que várias MAG vai ser revisadas e serão operadas nos blindados Guarani e Guaicurus , a partir daí as novas Minimi será a substituta para essas armas em diversas OM

[FCarvalho]

Soube que várias MAG vai ser revisadas e serão operadas nos blindados Guarani e Guaicurus , a partir daí as novas Minimi será a substituta para essas armas em diversas OM

Não é de se surpreender.

[gabriel219]

Vão manter o duo 5.56 mm e 7.62 mm, quando o EB poderia simplesmente ter pensado num IA3 usando 6.5 mm Creedmoor, mas é melhor que nada.

No IA2 tem tanto aço ali que não seria difícil pegar ele e converter pra operar 6.5 mm Creedmoor. As partes centrais do IA2, seja 7.62 mm quanto 5.56 mm são as mesmas, é possível converter trocando o restante.

[FCarvalho]

Tem um vídeo rolando do canal Top Militar LHB no YouTube discutindo novamente sobre a necessidade ou não de um novo camuflado para o EB.

Não vou entrar na discussão, porém, é de se admitir que com tantas variações de vegetação nos diversos biomas que o país possui, seria no mínimo de se perguntar porque o EB só tem um camuflado diferente do padrão, e mesmo assim, apenas para as tropas do 72o BtlInfMtz, especializado em ambiente de Caatinga no nordeste. E mesmo esse camuflado levou anos para ser alterado ao padrão adotado por agora, que me parece, ainda não entrou de vez, dada as poucas vezes em que foi visto em público.

Enfim, algumas coisas no EB são muito mais fruto de identidade visual e tradição do que operacionalidade. E o padrão dos camuflados dos uniformes parece ser uma dessas bandeiras das quais não se abre mão em função de certa identificação institucional, e não mais que isso. O padrão atual já tem mais de 30 anos de adotado, e pelo jeito vai seguir assim por tempo indeterminado.

[knigh7]

Dá para equipar 10 batalhões (há 1 ano atrás o EB lançou um RFI para 600 MINIMI 7.62. Não sei se levaram para frente ou se relançaram):

[knigh7]

30 fuzis snipers:

[gabriel219]

Tá bem confuso esse RFI.

Quanto ao outro RFI, acho que o de um ano atrás o EB comprou ou estava em vias dê, pois vi muito Btl com FN Minimi Mk3.

[FCarvalho]

No aguardo para ver se aparecem novas compras dos lança granada 40mm. São 3 modelos diferentes para o projeto Cobra, e até agora pouca coisa foi vista neste sentido, a não ser alguns raros Milkor adquiridos recentemente.
Se vamos seguir por este caminho, veremos. Motivos parece que o EB tem de sobra para dar um jeito de botar as mãos em mais destes sistemas, que por aqui são uma tremenda novidade para a infantaria.
Quem sabe não rola até algumas unidades para as Remax espalhadas por aí.