akivrx78 escreveu: Sex Dez 20, 2024 8:49 am
O presidente Zelenskiy diz em entrevista à mídia francesa que “não temos o poder de retomar a Crimeia”
Entregue em 19/12 (qui) 22h06
NTV NOTÍCIAS NNN
Numa entrevista à mídia francesa, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy disse: “Não temos o poder de retomar a Crimeia no sul da Ucrânia e a região de Donbass no leste da Ucrânia”.
Numa entrevista ao jornal francês Parisien no dia 18, o Presidente Zelenskiy disse que partes da Crimeia, no sul, e da região de Donbass, no leste, são “de facto controladas pela Rússia e não temos poder para recuperá-las”. Ele reconheceu que seria difícil recapturá-lo.
Ele enfatizou que “a única maneira de levar o Presidente Putin à mesa de negociações é confiar na pressão diplomática da comunidade internacional”.
Os militares russos estão alegadamente a expandir o seu território no leste da Ucrânia ao ritmo mais rápido desde o início da invasão, mas o Presidente Zelenskiy disse: "Precisamos de uma América forte e de uma Europa forte para pressionar o Presidente Putin". pela unidade entre os países ocidentais e pela adesão da Ucrânia à NATO.
https://news.yahoo.co.jp/articles/6448a ... 0fca01d3d6
Uma confissão realmente interessante, sob ponto de vista do "Plano de Vitória" do Zezé, a impossibilidade de retomar - ao menos no médio prazo - as fronteiras de '1991.
Vale destacar que a "Vitória", significaria para a Ucrânia a expulsão dos russos de suas fronteiras de 1991, com a recaptura de Donbas e também da Crimeia, depois aderir à OTAN e UE. O plano de guerra curta, isolamento da Crimeia, desgaste e contrapressão falharam em todos os termos.
Guerra curta - Teoria se baseou de que os russos não estariam dispostos ou capazes de se comprometer os recursos para alcançar a vitória contra a Ucrânia, quando os ucranianos ofereciam uma resistência feroz e bem-sucedido, com a assistência militar da OTAN, a campanha de sanções e isolamento internacional da Rússia, a Rússia sairia da guerra derrotado e um Estado moribundo, com enormes problemas econômicos e sociais. Essa fase terminou no inverno de 2022, com o início da mobilização parcial russa em outubro de 2022 e a reorientação da economia russa para uma realidade de economia de guerra parcial. Aqui foram as últimas grandes vitórias ucranianas.
Isolamento da Crimeia - O plano para isso foi a identificação da Crimeia como centro de gravidade estratégico, supondo que cortar a conexão terrestre com a Crimeia, chegando a costa de Azov, colocaria toda a península ao alcance das armas ucranianas, o plano foi concebido para ser realizado por uma contraofensiva no eixo Orikhiv-Robotyne que foi completamente um fracasso, não choverei no molhado falando sobre isso, pois já disse tudo e mais um pouco sobre isso.
Desgaste - O plano arquitetado para impor baixas aos russos, oferecendo feroz resistência no Donbas, implicando em um grande desgaste do exército russo, uma vez que poderia possibilitar o ZSU a recuperar e regenerar sua capacidade de combate, o plano falhou porque os russos foram capazes de manter o nível de baixas e ainda aumentar o agrupamento estratégico na Ucrânia, enquanto a Ucrânia já sofria de falta de pessoal e efetivo.
Contrapressão - Campanha de pressão contra a Rússia, alienando os russos sobre tomadas e ofensivas de territórios russos, campanha de ataques estratégicos, tentando alcançar a desaprovação do povo russo sobre a guerra, tentando atingir a popularidade de Putin, além de prejudicar os esforços russos no Donbas, também uma falha fundamental, porque os efeitos foram alcançados nas duas primeiras semanas, mas depois estagnou no eixo de Kursk, mas pode ser que a Ucrânia possa tentar novas ofensivas no futuro.
Todos esses planos falharam e ainda estão falhando, enquanto os objetivos da Vitória estão muito além do alcance militar da Ucrânia, porque os objetivos ucranianos precisam fundamentalmente do colapso total da capacidade de combate da Rússia, o que já se provou ser muito difícil de alcançar, uma vez que os russos estão comprometidos com a guerra.
A nova tentativa ucraniana é trazer a OTAN para a guerra, basicamente um apelo implícito para tentar conquistar a vitória trazendo os aliados para o combate direto contra a Rússia, o que também tem falhado, devido a relutância russa de escalar de uma maneira totalmente desproporcional.