knigh7 escreveu: Qui Dez 19, 2024 7:01 pm
O Ministério da Ciência & Tecnologia tem um orçamento de investimento maior que o do MD, as secretarias estaduais tem fundos de fomento e há interesse civil.
Outra coisa: pelo o que se observa das ações dos Houthis, por exemplo, com essa proliferação de meios antinavios reativamente simples, as Tamandarés, com a ausência de sistemas e armamentos que elas terão, não vão sobreviver num ambiente tendo como adversário um país com poucos recursos.
Não estamos vendo o fim das escoltas, mas é indispensável que elas possuam sistemas de detecção e destruição de drones, seja contra os UUVs, os USVs e os UAVs com as suas subcategorias.
As Tamandarés precisam de um sonar antitorpédico passivo de arrasto (para detecção desses drones aquáticos se aproximando no quadrante traseiro), de mais canhões, de um VDS e de mais mísseis antiaéreos. Escolta pé de boi não vai sobreviver...
Interesse do meio civil público nos programas da MB, e demais forças, sempre houve, mas, é aquela coisa, a cultura do cada um no seu quadrado, e ninguém tem nada a ver com isso, dentro da administração pública - civil e militar - acaba por inibir, senão cercear não raras vezes a participação, e a colaboração, de muitos mais órgãos nos projetos das ffaa's. É um muro difícil de ultrapassar, ou mesmo derrubar ainda hoje.
Quanto às fragatas, os requisitos como sempre foram elaborados na base do "mínimo básico necessário" a fim de tentar incorporar o máximo possível de participação da indústria nacional no projeto, e fomentar os projetos apoiados e\ou desenvolvidos pela força, algo que é sempre carta marcada em todos as áreas da MB, mas que tem os seus (altos) custos.
A meu ver, a vantagem que a escolha do projeto MEKO nos oferece é sua extrema flexibilidade construtiva e de projeto, de forma que a incorporação futura de novos recursos não encontrará maiores óbices quando do PMG e\ou outras manutenções regulares dos navios. Claro, desde que isso tenha sido previsto no projeto básico do navio desde o início. Se foi esse o caso ou não das FCT, veremos.
Espaço nas A100 da marinha existe de sobra para apor diversos outros equipamentos e sistemas de defesa a fim de melhorar suas parcas e limitadas capacidades, tanto que conseguiram fazer a proeza de um navio projetado para ser essencialmente uma corveta capaz de atingir até 3 mil ton chegar as 3.400 ton. Como e onde fizeram isso não se sabe, mas, o projeto mostrou-se adaptável o suficiente para prover os requisitos da marinha, e ainda manter os custos das modificações dentro do aceitável e possível, mesmo que caríssimos para o nosso orçamento em qualquer tempo.
Resta saber se conseguiremos aproveitar tudo o que as MEKO são capazes de oferecer em termos de aproveitamento do projeto. Ou se vamos ficar mesmo no "mínimo básico necessário" e já está de bom tamanho.
Pelo andar da carruagem não é difícil de se imaginar qual escolha temos pela frente.