Marinha da Argentina
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Re: Marinha da Argentina
COAN: Informe sobre la posibilidad de F/A-18 Super Hornet
https://fdra-naval.blogspot.com/2024/11 ... de-fa.html
Definitivamente o Milei não é o único "louco" por lá.
E há quem ande dizendo que o PR está para lá de empenhado em tirar as ffaa's portenhas do poço sem fundo em que foram enfiadas ainda neste seu "primeiro" mandato.
Acredite se quiser.
O pessoal anda sonhando em se livrar os SUE e SE o mais rapido possível, enquanto a Casa Rosada não volta para "mãos inimigas".
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Re: Marinha da Argentina
50% dos meios da MB será desativados até o fim da década. E isso sem levar em conta os meios já destivados nos últimos anos que precisam ser repostos.J.Ricardo escreveu: Seg Nov 25, 2024 2:06 pm Mas não tem pra onde correr, não dá pra parar o SNA, já esta aí na estrada desde os 80, bem ou mal, temos que terminar esse submarino.
e tem mais, não fosse a MB, provavelmente estaríamos muito mais atrasados em pesquisas sobre a energia atômica.
Nossa Marinha nunca enfrentou um grau tão grande de obsolecêcia cojunto e a construção do SSN demandaria todo o orçamento de investimento anual atual até 2034.
Nessas condições se eu fosse um inimigo da Marinha eu a recomendria que ela se metesse num projeto como o da contrução Álvaro Alberto. Ele é a solução ideal para terminar de fuder com tudo.
Não adianta apelos pra quem tem a chave do cofre. No pau da goiaba, na repartição do orçamento, não tão nem aí. E se eu sei de um problema que inevitavelmente irá ocorrer se a MB manter essa postura, culpar a classe política pelo desaparecimento da Esquadra não vai adiantar. Sem Esquadra é sem Esquadra.
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Re: Marinha da Argentina
Nem se preocupem com esquadra. O zé povinho não sabe que ela existe, e nem quer saber. O olho do brasileiro só chega na beira da praia até onde a vista alcança. Depois disso não interessa e nunca interessou.
A MB só não virou uma guarda costeira de vez, que nem isso faz direito, porque os políticos simplesmente não dão a mínima para Defesa e qualquer coisa ligar ao setor. E se o eleitor não se importa, porque seus representantes o fariam?
Esqueçam isso de esquadra. A marinha é um amontado de repartições públicas de farda que também não liga para o que o país precisa, só para o que lhes interessa o bolso e as benesses pessoais e funcionais. É assim desde 1500 por aqui e não irá mudar.
Duas guerras mundiais, outra dezenas, ou centenas delas pelo mundo nos últimos 125 anos não fizeram com que a sociedade despertasse para a importância de o país ter uma Defesa Nacional minimamente coerente. Não vai ser hoje, nem amanhã ou depois que isso acontecerá.
Povo sem memória, e sem história, dá nisso. A falta de educação é só um efeito colateral.
Os políticos são a consequência.
A MB só não virou uma guarda costeira de vez, que nem isso faz direito, porque os políticos simplesmente não dão a mínima para Defesa e qualquer coisa ligar ao setor. E se o eleitor não se importa, porque seus representantes o fariam?
Esqueçam isso de esquadra. A marinha é um amontado de repartições públicas de farda que também não liga para o que o país precisa, só para o que lhes interessa o bolso e as benesses pessoais e funcionais. É assim desde 1500 por aqui e não irá mudar.
Duas guerras mundiais, outra dezenas, ou centenas delas pelo mundo nos últimos 125 anos não fizeram com que a sociedade despertasse para a importância de o país ter uma Defesa Nacional minimamente coerente. Não vai ser hoje, nem amanhã ou depois que isso acontecerá.
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Re: Marinha da Argentina
Mas o Comando da MB precisa encarar a realidade e segurar as críticas que virão de uma parte do oficialato que viaja na maionese. O que ela vem fazendo é epurrar o problema para frente a tal ponto que metade dos meios dela TERÃO de ser descomissionados até o final da década.
Eu acompanho assutos militares há mais de 30 anos e nunca vi tal grau de obsolescência nas nossas FFAA como a da MB atualmente.
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Re: Marinha da Argentina
Se eu fosse MD nem que fosse por um dia, a primeira coisa que eu faria em relação à MB, seria mandar para o ferro velho de uma única vez, e pra já, todos os navios programados para serem retirados de operação até 2035.
No dia seguinte, se alguém reclamasse disso, era só mostrar a conta do desmonte da esquadra, que de repente acaba qualquer questionamento. E vida que segue.
Ninguém vai se importar mesmo. E ainda economizamos no rancho e na lagosta. Não vai mais ser necessário tantos oficiais pra comer as custas de nada.
No dia seguinte, se alguém reclamasse disso, era só mostrar a conta do desmonte da esquadra, que de repente acaba qualquer questionamento. E vida que segue.
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Re: Marinha da Argentina
Se for pra recomeçar, iniciando pelo básico que não faz, nunca fez, e não deixa que façam, com uma frota de NPO pra policiar nossos mares, já seria uma boa ideia.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Marinha da Argentina
No dia que resolverem que uma guarda costeira é mais necessária e urgente para o pais, a MB acaba no dia seguinte. Todo mundo sabe disso no almirantado. E nem precisa criar do nada. A MB praticamente tem, sempre teve, mais da metade da sua estrutura organizacional voltada na prática para este fim. E não abre mão dela nem por um segundo.
Temos esse dilema. Ou se tem uma guarda costeira que preste, e se investe nela de verdade, e esquece o resto, ou ficamos com a solução que está aí, e não fazemos nem uma coisa e nem outra direito. E tudo bem.
Para o nosso mundinho político, uma e outra solução são sempre vistos como um problema, pois nunca se quis, ou quer, decidir nada sobre nada em relação à Defesa, e muito menos assumir os custos das decisões tomadas. E ficamos nisso.
Azar o nosso.
Temos esse dilema. Ou se tem uma guarda costeira que preste, e se investe nela de verdade, e esquece o resto, ou ficamos com a solução que está aí, e não fazemos nem uma coisa e nem outra direito. E tudo bem.
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Re: Marinha da Argentina
Aliás, foi pertinente vc ter citado 2035, porque daqui a 10 anos, exceto o NAM Atlântico, os 3 NaPaOc e os Classe Macaé de 500 ton, vai tudo embora. O conceito que eu tenho pelo almirantado da MB é um dos piores possíveis. Praticam gestão temerária, são inconsequentes, tem uma noção absolutamente fora do real de como é a política no Brasil, tomam decisões absurdas. Eles vivem num completo nonsense.FCarvalho escreveu: Seg Dez 16, 2024 12:17 am Se eu fosse MD nem que fosse por um dia, a primeira coisa que eu faria em relação à MB, seria mandar para o ferro velho de uma única vez, e pra já, todos os navios programados para serem retirados de operação até 2035.
No dia seguinte, se alguém reclamasse disso, era só mostrar a conta do desmonte da esquadra, que de repente acaba qualquer questionamento. E vida que segue.
Ninguém vai se importar mesmo. E ainda economizamos no rancho e na lagosta. Não vai mais ser necessário tantos oficiais pra comer as custas de nada.
Ou se acaba que esse almirantado que está aí, mandando para reserva compulsoriamente, ou eles acabam com o que restou da MB. Que aliás, não é deles.
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Re: Marinha da Argentina
Substituir os atuais almirantes por substituir é complicado, pois os atuais vice e contra almirantes que podem chegar ao posto máximo, via de regra, comungam das mesmas ideias e\ou predileções do alto comando da marinha, não desde agora, mas há muito tempo. E as escolhas feitas para quem vai ter as quatro estrelas é bastante seletiva e, pragmática, diria, no sentido de manter a direção geral do planejamento estabelecido institucionalmente.knigh7 escreveu: Ter Dez 17, 2024 12:31 amAliás, foi pertinente vc ter citado 2035, porque daqui a 10 anos, exceto o NAM Atlântico, os 3 NaPaOc e os Classe Macaé de 500 ton, vai tudo embora. O conceito que eu tenho pelo almirantado da MB é um dos piores possíveis. Praticam gestão temerária, são inconsequentes, tem uma noção absolutamente fora do real de como é a política no Brasil, tomam decisões absurdas. Eles vivem num completo nonsense.FCarvalho escreveu: Seg Dez 16, 2024 12:17 am Se eu fosse MD nem que fosse por um dia, a primeira coisa que eu faria em relação à MB, seria mandar para o ferro velho de uma única vez, e pra já, todos os navios programados para serem retirados de operação até 2035.
No dia seguinte, se alguém reclamasse disso, era só mostrar a conta do desmonte da esquadra, que de repente acaba qualquer questionamento. E vida que segue.
Ninguém vai se importar mesmo. E ainda economizamos no rancho e na lagosta. Não vai mais ser necessário tantos oficiais pra comer as custas de nada.
Ou se acaba que esse almirantado que está aí, mandando para reserva compulsoriamente, ou eles acabam com o que restou da MB. Que aliás, não é deles.
Para além dos navios que citastes, apenas as 4 fragatas Tamandaré farão parte da esquadra daqui a dez anos. Talvez a V-34 Inhaúma ainda esteja em operação, mas sua retirada também está prevista até 2038, salvo engano. Se não houverem novas encomendas das FCT, o que penso ser quase impossível de acontecer até 2027, por causa das limitações do orçamento, a esquadra vai se resumir na prática à uma fake de marinha que não se sustenta em si mesma.
Como a ideia é ter 8 navios, segundo o plano atual da marinha, não duvido que para o próximo governo uma das demandas da MB aos candidatos será a manutenção da construção dos navios atuais, ou a aquisição de 4 novos meios de outros fornecedores, o que a meu ver seria uma opção impraticável, dado os custos dos navios. Se vão conseguir colocar isso de fato no orçamento é outra conversa.
Apesar de não estar no script da MB para esta década, a obtenção dos NaPaOc BR (10\12 undes) pode ser uma alternativa paliativa à não continuidade das FCT, que terá seu último navio entregue em 2029, tendo em vista os custos serem muito abaixo das fragatas, e a nacionalização deles poderia ser negociada quiçá em uma percentagem maior que os atuais 41% das Tamandaré, ou mesmo diminuída, a fim de baixar ainda mais os custos. Aproveitar o projeto das Meko A100, que possui modelo específico para patrulha oceânica, seria o caminho mais lógico.
Os novos NAPA 500BR tem previsão de apenas 5 navios até agora a serem construídos\entregues até o fim da presente década, sem garantias de orçamento na prática. Apenas estes cinco primeiros talvez consigam ser obtidos conforme os últimos dados informados pela MB. Na verdade a marinha ainda não conseguiu assegurar verba para nenhum e a classe Macaé literalmente está saindo "no peito e na raça". O último teve o corte de chapa feito recentemente.
Enfim, não dá nem para falar dos meios auxiliares e fluviais, a maioria não tendo sequer uma solução apontada pelo CPN, por compra de oportunidade, ou mesmo novo via fornecedor estrangeiro, em que pese aquela OM da marinha ter o projeto de um NaPa 200 para o 4o DN. A marinha na região norte hoje praticamente se resume a navios hospitais, uma frota que só faz crescer, e outros meios auxiliares a fim de atender as onipresentes e impositivas missões subsidiárias.
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Re: Marinha da Argentina
Podem colcar também o Atlântico na conta da baixa até 2035, pois segundo o Alte Edgar, chefe do DGMM, as obras na docagem atualmente do NAM vai permitir a operação dele para os próximos 10 anos.knigh7 escreveu: Ter Dez 17, 2024 12:31 amAliás, foi pertinente vc ter citado 2035, porque daqui a 10 anos, exceto o NAM Atlântico, os 3 NaPaOc e os Classe Macaé de 500 ton, vai tudo embora. O conceito que eu tenho pelo almirantado da MB é um dos piores possíveis. Praticam gestão temerária, são inconsequentes, tem uma noção absolutamente fora do real de como é a política no Brasil, tomam decisões absurdas. Eles vivem num completo nonsense.FCarvalho escreveu: Seg Dez 16, 2024 12:17 am Se eu fosse MD nem que fosse por um dia, a primeira coisa que eu faria em relação à MB, seria mandar para o ferro velho de uma única vez, e pra já, todos os navios programados para serem retirados de operação até 2035.
No dia seguinte, se alguém reclamasse disso, era só mostrar a conta do desmonte da esquadra, que de repente acaba qualquer questionamento. E vida que segue.
Ninguém vai se importar mesmo. E ainda economizamos no rancho e na lagosta. Não vai mais ser necessário tantos oficiais pra comer as custas de nada.
Ou se acaba que esse almirantado que está aí, mandando para reserva compulsoriamente, ou eles acabam com o que restou da MB. Que aliás, não é deles.
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Re: Marinha da Argentina
O Àlvaro Alberto terá o mesmo fim dos TR-1700 da ARA. Vai ser parado na metade, mas com um desperdício de um valor bem maior, num período vital de renovação da MB. E os Altes vão sentar no toco e jogar a culpa nos políticos de plantão.FCarvalho escreveu: Qua Dez 18, 2024 11:26 am
Substituir os atuais almirantes por substituir é complicado, pois os atuais vice e contra almirantes que podem chegar ao posto máximo, via de regra, comungam das mesmas ideias e\ou predileções do alto comando da marinha, não desde agora, mas há muito tempo. E as escolhas feitas para quem vai ter as quatro estrelas é bastante seletiva e, pragmática, diria, no sentido de manter a direção geral do planejamento estabelecido institucionalmente.
Para além dos navios que citastes, apenas as 4 fragatas Tamandaré farão parte da esquadra daqui a dez anos. Talvez a V-34 Inhaúma ainda esteja em operação, mas sua retirada também está prevista até 2038, salvo engano. Se não houverem novas encomendas das FCT, o que penso ser quase impossível de acontecer até 2027, por causa das limitações do orçamento, a esquadra vai se resumir na prática à uma fake de marinha que não se sustenta em si mesma.
Como a ideia é ter 8 navios, segundo o plano atual da marinha, não duvido que para o próximo governo uma das demandas da MB aos candidatos será a manutenção da construção dos navios atuais, ou a aquisição de 4 novos meios de outros fornecedores, o que a meu ver seria uma opção impraticável, dado os custos dos navios. Se vão conseguir colocar isso de fato no orçamento é outra conversa.
Apesar de não estar no script da MB para esta década, a obtenção dos NaPaOc BR (10\12 undes) pode ser uma alternativa paliativa à não continuidade das FCT, que terá seu último navio entregue em 2029, tendo em vista os custos serem muito abaixo das fragatas, e a nacionalização deles poderia ser negociada quiçá em uma percentagem maior que os atuais 41% das Tamandaré, ou mesmo diminuída, a fim de baixar ainda mais os custos. Aproveitar o projeto das Meko A100, que possui modelo específico para patrulha oceânica, seria o caminho mais lógico.
Os novos NAPA 500BR tem previsão de apenas 5 navios até agora a serem construídos\entregues até o fim da presente década, sem garantias de orçamento na prática. Apenas estes cinco primeiros talvez consigam ser obtidos conforme os últimos dados informados pela MB. Na verdade a marinha ainda não conseguiu assegurar verba para nenhum e a classe Macaé literalmente está saindo "no peito e na raça". O último teve o corte de chapa feito recentemente.
Enfim, não dá nem para falar dos meios auxiliares e fluviais, a maioria não tendo sequer uma solução apontada pelo CPN, por compra de oportunidade, ou mesmo novo via fornecedor estrangeiro, em que pese aquela OM da marinha ter o projeto de um NaPa 200 para o 4o DN. A marinha na região norte hoje praticamente se resume a navios hospitais, uma frota que só faz crescer, e outros meios auxiliares a fim de atender as onipresentes e impositivas missões subsidiárias.
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Re: Marinha da Argentina
Parece a marinha portuguesa escarrada e cuspida, até na data 2035, que é a prevista para o fim do serviço das fragatasknigh7 escreveu: Ter Dez 17, 2024 12:31 amAliás, foi pertinente vc ter citado 2035, porque daqui a 10 anos, exceto o NAM Atlântico, os 3 NaPaOc e os Classe Macaé de 500 ton, vai tudo embora. O conceito que eu tenho pelo almirantado da MB é um dos piores possíveis. Praticam gestão temerária, são inconsequentes, tem uma noção absolutamente fora do real de como é a política no Brasil, tomam decisões absurdas. Eles vivem num completo nonsense.FCarvalho escreveu: Seg Dez 16, 2024 12:17 am Se eu fosse MD nem que fosse por um dia, a primeira coisa que eu faria em relação à MB, seria mandar para o ferro velho de uma única vez, e pra já, todos os navios programados para serem retirados de operação até 2035.
No dia seguinte, se alguém reclamasse disso, era só mostrar a conta do desmonte da esquadra, que de repente acaba qualquer questionamento. E vida que segue.
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Re: Marinha da Argentina
knigh7 escreveu: Qua Dez 18, 2024 11:01 pmO Àlvaro Alberto terá o mesmo fim dos TR-1700 da ARA. Vai ser parado na metade, mas com um desperdício de um valor bem maior, num período vital de renovação da MB. E os Altes vão sentar no toco e jogar a culpa nos políticos de plantão.FCarvalho escreveu: Qua Dez 18, 2024 11:26 am
Substituir os atuais almirantes por substituir é complicado, pois os atuais vice e contra almirantes que podem chegar ao posto máximo, via de regra, comungam das mesmas ideias e\ou predileções do alto comando da marinha, não desde agora, mas há muito tempo. E as escolhas feitas para quem vai ter as quatro estrelas é bastante seletiva e, pragmática, diria, no sentido de manter a direção geral do planejamento estabelecido institucionalmente.
Para além dos navios que citastes, apenas as 4 fragatas Tamandaré farão parte da esquadra daqui a dez anos. Talvez a V-34 Inhaúma ainda esteja em operação, mas sua retirada também está prevista até 2038, salvo engano. Se não houverem novas encomendas das FCT, o que penso ser quase impossível de acontecer até 2027, por causa das limitações do orçamento, a esquadra vai se resumir na prática à uma fake de marinha que não se sustenta em si mesma.
Como a ideia é ter 8 navios, segundo o plano atual da marinha, não duvido que para o próximo governo uma das demandas da MB aos candidatos será a manutenção da construção dos navios atuais, ou a aquisição de 4 novos meios de outros fornecedores, o que a meu ver seria uma opção impraticável, dado os custos dos navios. Se vão conseguir colocar isso de fato no orçamento é outra conversa.
Apesar de não estar no script da MB para esta década, a obtenção dos NaPaOc BR (10\12 undes) pode ser uma alternativa paliativa à não continuidade das FCT, que terá seu último navio entregue em 2029, tendo em vista os custos serem muito abaixo das fragatas, e a nacionalização deles poderia ser negociada quiçá em uma percentagem maior que os atuais 41% das Tamandaré, ou mesmo diminuída, a fim de baixar ainda mais os custos. Aproveitar o projeto das Meko A100, que possui modelo específico para patrulha oceânica, seria o caminho mais lógico.
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Enfim, não dá nem para falar dos meios auxiliares e fluviais, a maioria não tendo sequer uma solução apontada pelo CPN, por compra de oportunidade, ou mesmo novo via fornecedor estrangeiro, em que pese aquela OM da marinha ter o projeto de um NaPa 200 para o 4o DN. A marinha na região norte hoje praticamente se resume a navios hospitais, uma frota que só faz crescer, e outros meios auxiliares a fim de atender as onipresentes e impositivas missões subsidiárias.
O que dá uma grande pena, não pelo SSN, inútil para quem só tem (e terá) uma única base - e no Hell de Janeiro ainda por cima - para um barco com capacidade de patrulhar, espionar e atacar em qualquer parte do mundo; não, é o RENAP a grande baixa, cuja tecnologia seria uma solução magnífica para gerar energia abundante e barata nas proximidades da região onde se faz necessária.
Não vou aprofundar porque o @gabriel219 já enjoou de falar para as paredes, fico com a impressão de que só eu dei bola para algo aparentemente irrelevante para Defesa... até entendermos que sem de$envolvimento ela só faz definhar, como temos visto.
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Marinha da Argentina
Por incrível que pareça e por mais críticas que eu faça ao Almirantado da MB, o PROSUB é o menor dos problemas e não é o causador do atual estado da MB. A MB deveria ter aprendido a fazer o básico, focar apenas no PROSUB e ter adquirido navios de superfície que acabaram indo pro Chile e pra Portugal. FCT ainda poderia ter ocorrido anos depois, como agora, para substituir as Niterói e as Corvetas com uma única classe, mas a MB foi soberba jurando que o PROSUPER iria sair junto com um programa multibilionário como o PROSUB. Tanto as fragatas quanto navios de apoio foram vendidos a preços muito abaixo na época, mesmo erro que o Exército cometeu achando que teria um MBT-X ao adqurir 1A5 e modernizar M113 ao invés de fazer o que o Chile, Portugal e muitos outros fizeram.
A soberba tomou conta forte das FFAA durante o Lula 1, Lula 2 e Dilma 1, esse é o principal motivo da situação ser a atual. Parar o PROSUB hoje infelizmente não vai mudar o quadro de superfície da Marinha, pois não há como acelerar as FCTs, que ainda sim são insuficientes e incrivelmente subarmadas, até hoje não consigo entender o motivo de armarem com tão pouca quantidade de VLS em nome da economia mas escolher o míssil AAe naval mais caro que existe da sua categoria.
Se tivessem colocado os pés no chão e cada força ter focado em apenas um programa grande, com exceção da FAB com o FX-2 e KC-390, hoje teríamos uma força que apesar de ser formada principalmente por segunda-mão, ainda seria bem respeitável e o mais importante de tudo: operacional.
Gosto de chamar as Fragatas Niterói de "navios-escola", todas da série, pois não existe sistema de manutenção dos radares daquelas fragatas há mais de 10 anos!
A soberba tomou conta forte das FFAA durante o Lula 1, Lula 2 e Dilma 1, esse é o principal motivo da situação ser a atual. Parar o PROSUB hoje infelizmente não vai mudar o quadro de superfície da Marinha, pois não há como acelerar as FCTs, que ainda sim são insuficientes e incrivelmente subarmadas, até hoje não consigo entender o motivo de armarem com tão pouca quantidade de VLS em nome da economia mas escolher o míssil AAe naval mais caro que existe da sua categoria.
Se tivessem colocado os pés no chão e cada força ter focado em apenas um programa grande, com exceção da FAB com o FX-2 e KC-390, hoje teríamos uma força que apesar de ser formada principalmente por segunda-mão, ainda seria bem respeitável e o mais importante de tudo: operacional.
Gosto de chamar as Fragatas Niterói de "navios-escola", todas da série, pois não existe sistema de manutenção dos radares daquelas fragatas há mais de 10 anos!
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Re: Marinha da Argentina
Eu não tenho dúvidas de que o NAM Atlântico passa de 2040 antes de ser substituído ou simplesmente aposentado sem um navio em seu lugar.knigh7 escreveu: Qua Dez 18, 2024 10:57 pmPodem colcar também o Atlântico na conta da baixa até 2035, pois segundo o Alte Edgar, chefe do DGMM, as obras na docagem atualmente do NAM vai permitir a operação dele para os próximos 10 anos.knigh7 escreveu: Ter Dez 17, 2024 12:31 am Aliás, foi pertinente vc ter citado 2035, porque daqui a 10 anos, exceto o NAM Atlântico, os 3 NaPaOc e os Classe Macaé de 500 ton, vai tudo embora. O conceito que eu tenho pelo almirantado da MB é um dos piores possíveis. Praticam gestão temerária, são inconsequentes, tem uma noção absolutamente fora do real de como é a política no Brasil, tomam decisões absurdas. Eles vivem num completo nonsense.
Ou se acaba que esse almirantado que está aí, mandando para reserva compulsoriamente, ou eles acabam com o que restou da MB. Que aliás, não é deles.
Caso haja um substituto antes disso, muito provavelmente será um dos Classe Mistral, ou talvez o Juan Carlos I espanhol, e ainda o Carvour italiano. Todos programados para serem retirados de operação na próxima década e substituídos por novos meios.
Os norte americanos não vão nos doar ou vender Wasp ou qualquer coisa parecida, e os chineses mesmo que se disponham a nos vender um dos seus Type 075 usados. ou equivalente novo, seriam caros demais para o nosso parco orçamento e falta de vontade característicos.
O plano de defesa naval da MB prevê 2 navios aeródromos multiemprego, por assim dizer, na falta de definir claramente o que se quer, até 2044. Em dez anos, se não hover uma decisão sobre o A140, no caso de se decidir comprar novos meios, vamos ficar sem nada até o fim de mais este plano. Ou a marinha se vira nos trinta para manter o navio atual até lá, o que é pouco provável.
Carpe Diem