O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11671 Mensagem por FCarvalho » Qui Dez 05, 2024 4:52 pm

Eu já não duvido de mais nada há tempos. Só desta maquete com o RBS-70NG dar as caras de novo, e agora no estande da IDV em pleno fim de ano, não pode ser considerado inusitado. Alguma coisa tem.

Lamento muitíssimo que a SAAB não tenha prestado atenção e se disposto a comprar, bancar na verdade, a TORC30 AAe junto com a ARES, tendo em vista que a demanda por ela é inequívoca e robusta, tanto na versão SR como SL.

Afinal, são 8 bda mec e 2 bda blda para preencher o vácuo deixado. Na ponta do lápis são 32 Guepard, e outras 48 unidades potenciais para OM mecanizadas, considerando-se apenas 1 BiaAAe por bda, como hora está em avaliação pelo EB. Considere-se também que ainda não existe uma definição final para a organização destas OM entre infantaria e cavalaria.

Basta dizer que a SAAB tem a faca e o queijo na mão no que diz respeito ao atendimento das demandas para este tipo de torre no pais. Logística, indústria, e tecnologia seriam o centro nevrálgico da proposta. De novidade mesmo só o Giraffe 1X, porque de resto, todos os itens que podem ser oferecidos nesta torre são conhecidos e reconhecidos pelo EB, estando em uso há anos, ou décadas, no caso do canhão Bofors 40\70.

E ainda de lambuja temos a possiblidade de pensar em desenvolver a versão para defesa de ponto fixa, e substituir os antigos Bofors 40\70 nos GAAe:

https://topwar.ru/uploads/posts/2014-06/1403694853_40-mm-bofors-l70.jpg

Ou alguém pode ter visto isso aqui em algum lugar por aí. Depois é só usar a imaginação:

https://www.hartpunkt.de/wp-content/uploads/2024/06/Tridon-Mk2-Flugabwehrkanonensystem_Bild_BAE-Systems-Bofors.jpg




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11672 Mensagem por Strike91 » Sáb Dez 07, 2024 8:28 pm

Para quem ainda tem alguma dúvida sobre os radares SABER 200 e as principais diferenças entre a versão "Vigilante" e a "Multimissão" basta clicar na matéria e ler!





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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11673 Mensagem por FCarvalho » Dom Dez 08, 2024 6:08 pm

A aquisição recente, e surpreendente, diria, de uma única unidade do M-200V, por quase US$ 17 milhões pelo EB, irá servir ao fim para que o projeto "não morra na praia", já que não se sabe ao certo até hoje de público se a versão M-200 Vigilante está ou não de fato homologada e, portanto, em condições de ser empregada operacionalmente.

Talvez esta compra tenha sido a alternativa encontrada - com ares de 'ou vai ou racha' para o orçamento do exército - a fim de impedir de vez a descontinuação do desenvolvimento do radar, já que, passado mais de um ano e meio dos testes na região norte para avaliação operacional in loco, ficamos praticamente todo esse tempo sem notícias do mesmo.

Pelo investimento que será feito de 147 milhões de reais, via FINEP, para o desenvolvimento da versão Multimissão, é possível dizer que este projeto da Embraer\CTEx continua seríssimo candidato a mais um, de muitos projetos, a ficar pelo meio do caminho. Em termos práticos, simplesmente o EB não tem orçamento capaz de assegurar o pleno andamento e o cronograma de desenvolvimento destes radares. Muito menos se dirá sua aquisição e a produção seriada dos mesmos.

Notar ainda que mesmo sem os M-200 estarem completamente desenvolvidos, sem produção em série, etc, esse mesmo EB anunciou por estes dias o início do desenvolvimento de um radar contra-bateria, sabe-se lá com que recursos, e de onde saíram, junto à Embraer-EDS. Nada mais significativo da bagunça e da desordem com que as coisas são tratadas no planejamento castrense.

Afinal, se não temos recursos sequer para por termo aos 3 projetos da defesa AAe (MD, EB e FAB), que nem saíram do papel, como vamos lidar com um radar de artilharia para o qual não existe sequer RO e RTLI definidos claramente :?: Para não falar nas versões multimissão e vigilância terrestre previstos nos manuais das Bia Busca Alvos dos GAC\GMF.

Bom, a composição de uma mísera Bia AAe proposta nos requisitos do EB, como todos aqui sabem, demandará: 3 a 4 lançadores de mísseis, 3 a 4 veículos remuniciadores, 1 Veículo PC, 1 radar M-200 Vigilante e 1 radar M-200 Multimissão.

Resta saber agora como, e se, o EB irá conseguir chegar às quantidades necessárias que ele mesmo se impôs para a organização das Bia AAe que pretende. São 6 GAAe + 1 GAAe Sl que, mesmo limitados a 1 Bia AAe por OM (no manual são 3 a 5 SU por GAAe), supondo que cada M-200V tenha o mesmo preço cito acima, por exemplo, de onde sairão os bem mais de US$ 100 milhões de dólares necessários para a aquisição, apenas, dos modelos Vigilante? Levar em conta que o M-200 Multimissão, por suas características, operacional e doutrinariamente seriam empregados a nível de Bia Cmdo Ap\Bia Busca Alvos dos GAAe, com 1 unidade por grupo, e não por Bia AAe como proposto nos projetos do exército. Mas o EB aparentemente não se vê tendo este privilégio.

Se levarmos em consideração que as quantidades previstas a serem compradas, também, impõe seus custos ao valor final de cada versão de produção, temos um imbróglio na mão quase que insolúvel do ponto de vista financeiro, vislumbrando o curto e médio prazo. Nada de novo no horizonte neste sentido. Pelo menos até o fim da presente década.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11674 Mensagem por FCarvalho » Qui Dez 12, 2024 1:17 pm

A notar um movimento discreto, mas objetivo, de parte dos suecos, e que já vem desde algum tempo, e parece se intensificar agora a partir das ofertas vistas na Mostra BIDS Brasil recentemente encerrada neste mês. Tenho aqui comigo que os suecos além de tradicionalmente tentar vender o seu peixe para as ffaa's, estão também buscando possíveis alternativas ao fracasso da troca de Gripen por KC-390, e assim, buscam encampar outros meios\sistemas da sua BIDS que possam servir de escambo para o Brasil neste negócio. E a lista é grande.

Apenas para ficar na defesa AAe, objeto deste tópico, sabemos que a baixa altura\curto alcance praticamente é dominado pelo RBS-70NG, e futuramente por algum Manpad mais moderno que substituirá os Igla-S. Este último sistema é o padrão no EB e infantaria da FAB, enquanto o CFN ainda se vira com os Mistral francês.

Além da versão básica que pode ser empregada literalmente em todos os níveis e U\SU AAe das três forças, a versão MSHORAD apresenta-se também como uma solução adequada e razoável à nossa completa falta de defesa AAe de baixa altura\curto alcance. E a flexibilidade do sistema no sentido de empregar diversos tipos de plataformas veiculares faz com que se possa enquadrar o mesmo dentro do contexto de restrições de verbas tão característicos da defesa no Brasil.

O EB está usando os poucos RBS-70NG que compra para mobiliar, pelo menos, 1 Bia AAe por GAAe\GAAe Sl, o que hoje equivale dizer 5(6) + 1 Bia AAe em termos quantitativos. Ou, aproximadamente, 36 a 42 postos de tiro + mísseis. Se cada Bia AAe tiver disponível a si as 6 UT padrão da AAe do EB, conforme seus manuais. Não consegui informações sobre quantos sistemas o exército já comprou e\ou possui até agora, e nem quantos mísseis vieram com os respectivos lançadores.

A FAB possui apenas 3 grupos de auto defesa AAe. Mobiliar tais OM com apenas 1 Bia AAe (6 UT) renderia aos suecos um pequeno negócio de 18 UT + mísseis. Se olharmos apenas as bases aéreas com esquadrões ativos que a força aérea possui atualmente, seriam necessários cerca de 12 Bia AAe e 72 UT+ mísseis. Se levarmos em conta que existem milhares de U\SU da força aérea espalhadas pelo território nacional e que também demandam, obrigatoriamente, auto defesa AAe, bem, os números crescem exponencialmente. Mas isso fica para outro dia.

No caso do CFN, existe na FFE apenas o Batalhão Combate Aéreo como unidade responsável por prover a defesa AAe e demais meios para as organizações componentes de uma UAnf ou BdaAnf sob a qual estiver subordinada. Não existe nas demais U e SU da FFE qualquer organização voltada para defesa AAe independente daquela OM. O que significa que todas as OM do CFN estão literalmente por conta própria no que tange sua defesa AAe quando fora da cobertura daquele batalhão, ou dos navios da esquadra envolvidos em uma operação anfíbia. Grosso modo, existem 6 BtlFuzNvs, 5 GrpFuzNvs e 1 BtlDefQBRN no CFN, e que demandariam, em tese, ao menos uma Bia ou Sç AAe para auto defesa. Se falarmos em todas as demais OM que tem a mesma necessidade, e não são aquinhoadas na atual doutrina AAe do CFN.

Por fim, o sistema RBS-70NG básico, além de pode ser usado no solo, também pode ser disposto sobre plataforma veicular, o que torna-o bastante flexível para tropas leves e mesmo motorizadas\mecanizadas. No caso brasileiro, podemos usar o sistema sobre qualquer veículo da família Marruá, caminhões militares ou qualquer outro veículo civil que tenha espaço e suporte o peso do mesmo, como uma pick up.

Dá para ver que o sistema AAe sueco terá uma longa vida operacional por aqui caso seja um dia adotado como padrão para todas as ffaa's.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11675 Mensagem por FCarvalho » Qui Dez 12, 2024 2:46 pm

Resumo genérico e bem rápido das U\SU AAe, e respectivas OM, que podem receber o RBS-70NG tanto na versão básica e MSHORAD.

RBS-70NG MSHORAD- Exército

Plataforma(s): VBC AAe Guarani; IDV Guaicurus\LMV 2BR; Agrale Marruá.

Cavalaria Mecanizada:

Bda Cav Mec - 4

Cia Cmdo Ap \ Pel AAe - 4

- RCM \ Pel AAe - 12

- Bia AAe (orgânica da bda) - 4*


Infantaria Mecanizada:

Bda Inf Mec - 4

Cia Cmdo Ap \ Pel AAe - 4

- BIMEC \ Pel AAe - 12

- Bia AAe (orgânica da bda) - 4*

* conforme diretriz doutrinária do EB, estas Bia AAe orgânicas nas bdas mec estão em fase de implantação e experimentação doutrinária, de forma que sua existência tal como proposta neste momento ainda carece de aprovação do EME\Cmdo Exército.

Dentro das bdas mec, além das U\SU acima, é possível a utilização do sistema sueco também sobre plataformas não blindadas, sobre o solo e\ou motorizadas, a depender do que reza o manual de cada OM. Via de regra, U e SU de apoio logístico, Com, Eng e Art são dependentes da proteção das unidades de defesa AAe da bda a que estão subordinadas. Isto conquanto não as impede de dispor de auto defesa própria, seja na forma de Manpad, ou do próprio RBS-70NG, de acordo com seu emprego e disposição no TO.

https://en.missilery.info/files/styles/article_image/public/m/rbs70/bofors3.jpg https://th.bing.com/th/id/R.1bc4fda1acb0988208c8c7212e4f8522?rik=yIA2jybIc9%2FhAg&riu=http%3A%2F%2Ftopwar.ru%2Fuploads%2Fposts%2F2012-10%2F1351049838_bofors1.jpg&ehk=ayrHZvsGRWQpTupHV3AEMTPW7efqokS0SR1koB0QaYA%3D&risl=&pid=ImgRaw&r=0 https://www.armyrecognition.com/images/stories/news/2015/september/Saab_vehicle_mounted_variant_of_the_RB_70_NG_MANPADS_reached_milestones_640_001.jpg

Nas 2 Bda Cav Blda, ainda há 2 EsqCavMec que teriam junto a si seus Pel\Sç AAe com a mesma disposição mostrada acima.

A julgar pelas intenções de longo prazo do EB na mecanização\modernização de suas tropas de infantaria e cavalaria, a demanda genérica do RBS-70NG na versão MSHORAD pode ser contada na casa da centenas, levando-se em consideração a arquitetura apresentada desta versão.

A mim me parece muito mais honesto, e econômico, caso o EB opte por adotar o sistema sueco, escolher uma plataforma 4x4, que pode ser o LMV 2BR, já adquirido às centenas, e que possibilitaria maior flexibilidade, disponibilidade e economicidade nas operações e manutenção dos veículos. Ademais, ele se encaixa em praticamente todos os níveis de emprego da defesa AAe em todas as bdas mecanizadas.

A ver.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11676 Mensagem por FCarvalho » Qui Dez 12, 2024 3:06 pm

Os projetos de defesa AAe Média Altura\Médio Alcance e Grande Altura\Longo Alcance do exército tem ainda que se provar em sua concretude, a partir, primeiramente, de suas bases de emprego, até agora não definidas claramente.

Independente desta lacuna, a meu ver, a organização da defesa AAe tal como ela pretende ser empregada no seu manual mais recente, dá a entender que a utilização de meios de média e grande altura\alcance serão exceção e não a regra na imensa maioria das OM operacionais, mesmo em nível brigada, DE ou mesmo acima.

Neste sentido, para efeito doutrinário, e de manuais de operações, todas as bdas contém uma SU para defesa AAe em nível de Cia Cmdo Ap, com outras SU operando a nível batalhão ou regimento. Aquelas unidades seriam, em tese, responsáveis pela defesa de área da brigada como um todo, o que a meu ver, na condição organizacional em que se apresentam hoje, é inviável de ser feito, ou mesmo impossível, com os meios de curto alcance\altura previstos até o momento.

Assim, me parece sensato pensar que as bdas mec do exército tem uma carência objetiva de definição dos níveis de atuação de suas defesas AAe, uma vez que estamos limitados, até determinação em contrário, a sistemas de defesa de ponto, como Manpad e o RBS-70NG e versões.

Por enquanto, há uma grande indefinição quanto ao que pode ser a organização da defesa AAe das bdas mec. Mas, grosso modo, esta defesa ao que tudo indica estará atrelada à solução VBC AAe Guarani (SAAB MSHORAD :?: ) + UT30 BR2\antidrone. Ambas soluções feitas tendo como objetivo primário a defesa de ponto.

Onde fica a defesa de média altura\alcance indispensável às bdas então :?:




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11677 Mensagem por FCarvalho » Qui Dez 12, 2024 3:30 pm

Uma decisão que precisa ser tomada o quanto antes.

Cavalaria Mecanizada:

Bda Cav Mec - 4

CIA CMDO AP \ PELOTÃO AAe > VBC AAe Guarani SHORAD\MSOHRAD onde deveria existir algo assim :?:

https://www.eurasiantimes.com/wp-content/uploads/2022/11/China-SHORAD-2.jpg

ou isto:

https://www.defensedaily.com/wp-content/uploads/2018/06/mshorad-624x468.jpg

- RCM \ Pel AAe - 12 > VBC AAe Guarani ou VBTP UT30BR 2 anti drone :?:

https://th.bing.com/th/id/OIP.EZuL5T3xf5nuW2A1wOR5XgHaE8?rs=1&pid=ImgDetMain

- Bia AAe (orgânica da bda) > VBC AAe Guarani ou VBTP UT30BR 2 anti drone onde deveria ser isto :?:

https://th.bing.com/th/id/R.db61048412e2cfeb674b105806e0ee3c?rik=S1nDn08OxPqPOQ&pid=ImgRaw&r=0

As ilustrações são apenas para referência, e não ditam soluções a serem apontadas ou escolhidas.
Neste momento, a defesa AAe das bdas mec do EB está\estará limitada aquilo que o projeto VBC AAe julgar ser necessário, possível, e viável ao orçamento do exército para os próximos anos. O limite para uma definição é 2028\2030.
O descrito acima vale para as bdas inf mec.
Até lá, a defesa AAe das OM mecanizadas do exército aguarda.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11678 Mensagem por Skiperd2024 » Qui Dez 12, 2024 5:33 pm

Pega o A-Darter colocar um booster nele e teriamos um sistema muito mais barato e ainda com a possibilidade de ser fabricado no Brasil




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11679 Mensagem por gabriel219 » Qui Dez 12, 2024 6:16 pm

Uma coisa que o A-Darter precisa é de aletas para manobra.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11680 Mensagem por Strike91 » Sex Dez 13, 2024 6:00 am

Skiperd2024 escreveu: Qui Dez 12, 2024 5:33 pm Pega o A-Darter colocar um booster nele e teriamos um sistema muito mais barato e ainda com a possibilidade de ser fabricado no Brasil
Exatamente, inclusive está é uma solução já bem explorada e ainda atual.

Até os ucranianos estão modificando os seus sistemas antiaéreos 9K33M Osa-AKM para disparar misses ar-ar R-73 AAM da plataforma. Eles estão conseguindo excelentes vantagens, como um míssil com alcance eficaz entre "15km à 30km" muito maior que o sistema original, capacidade dispare esqueça, já que o míssil original precisava de iluminação radar até o alvo, excelente manobrabilidade e taxa de acerto frente aos antigos mísseis e por fim excelente custo benefício, já que existe um estoque razoável dos R-73 AAM em posse da Ucrânia.




Sempre imaginei desde dos antigos mísseis MAA-1A e MAA-1B "piranha" uma versão desta usada pelo EB/FAB como defesa antiaérea!!



Agora imagina uma versão do míssil A-Darter com booster inspirada no sistema alemão IRIS-T nacional...
Seria algo totalmente viável e factível se houvesse o mínimo de bom senso e visão estratégica das nossas forças armadas e classe política!
Míssil, radares nacional, IFF, datalink, software, sensores e etc já temos...




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11681 Mensagem por RobsonBCruz » Sex Dez 13, 2024 11:04 am

PORTARIA – EME/C Ex Nº 1.452, DE 5 DE DEZEMBRO DE 2024

Aprova os Requisitos Operacionais dos Sistemas e Materiais de Emprego Militar de Defesa Antiaérea de Média Altura (EB70-RO-10.004), 2ª Edição, 2024, e dá outras providências.

https://www.sgex.eb.mil.br/sistemas/bol ... tas_be.php




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11682 Mensagem por FCarvalho » Sex Dez 13, 2024 12:45 pm

Mesmo que quiséssemos utilizar o A-Darter como vetor AAe, qual seria a sua base de lançamento?

Não temos nada aqui onde o míssil possa ser 'encaixado' nesta função. Talvez a proposta falida do AV-MMA da Avibras fosse o mais perto de uma solução, mas a empresa está falida e seu futuro é incerto.

Ademais, teríamos de pagar pelas modificações no míssil, o que na realidade atual, seria caro demais para qualquer uma das ffaa's querer bancar com o orçamento que não tem. E nenhuma indústria no Brasil vai meter a cara em algo assim considerando que não temos sequer definidas quantas Bia AAe o exército, e demais ffaa's, assume estar disposto a pagar. Se conseguir pagar.

Além do que, venhamos e convenhamos, não há qualquer previsibilidade ou segurança de continuidade de um projeto assim, por mais meritório que ele seja. Até o MAA-1 Piranha em suas duas versões poderiam derivar mísseis AAe até certo ponto razoáveis, mas fato é que não temos escala, e nem vontade, para tirar do papel o desenvolvimento e uma linha de produção para algo assim no país.

E isso porque a FAB sem nenhuma explicação plausível simplesmente largou o projeto nas mãos dos sul africanos e deu um f...se nele quando o míssil já estava praticamente homologado e pronto para ser produzido, e tendo demanda para tirar ele do papel, já que, com pelo menos 72 undes iniciais para equipar os 36 Gripen E\F seriam mais que suficiente para fazer isso. Aliás, seriam na verdade ao menos 108 unidades para deixar as coisas bem claras, em uma compra de verdade, considerando disponibilidade e reserva imediata no GDA.

Enfim, mesmo hoje, se quiséssemos, o A-Darter pode voltar à cena industrial brasileira, mas a FAB simplesmente não quer, e não vai, pagar por isso. Azar o nosso.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11683 Mensagem por FCarvalho » Sex Dez 13, 2024 1:20 pm

RobsonBCruz escreveu: Sex Dez 13, 2024 11:04 am PORTARIA – EME/C Ex Nº 1.452, DE 5 DE DEZEMBRO DE 2024

Aprova os Requisitos Operacionais dos Sistemas e Materiais de Emprego Militar de Defesa Antiaérea de Média Altura (EB70-RO-10.004), 2ª Edição, 2024, e dá outras providências.

https://www.sgex.eb.mil.br/sistemas/bol ... tas_be.php
Não mudou quase nada dos requisitos anteriores.
Média altura operando até 15 mil metros de altura e 40 km de alcance, e grande altura\alcance entre 18 mil metros e 80 km, com possibilidade de utilização das mesmas UT pelos mísseis.
Blindagem em todos os veículos como requisito desejável.
As características dos radares de Bia e GAAe, os M-200V e M-200MM, também estão definidas.
A COOa é a que já é operada pelo EB, tanto a nível grupo como Bia.
Entre os vários itens absolutos e desejaveis, alguns foram feitos para atender à FAB e MB, em suas respectivas necessidades.
Um Bia AAe tem que defender uma área de 10 mil km2 com no máximo 4 UT. O mínimo de UT é de 3 unidade. Limites já conhecidos anteriormente.
Fora isso, não há na verdade nenhuma novidade, a não ser que agora temos, na teoria, um referencial objetivo para definir quem vai levar esse processo assim que os RFI\RFQ forem lançados.
A julgar pela falta de definição de quantidades a serem adquiridas concretamente, ficamos com o que foi comentado até o momento, de 1 Bia AAe Média Altura por GAAe, que são 7 OM atualmente, com a 12o GAAe Sl operando em Manaus.
Resta aguardar para ver se o EB vai esperar pelos radares da Embraer, ou se vai sem eles mesmo para definir os sistemas que irá operar.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11684 Mensagem por FCarvalho » Sex Dez 13, 2024 1:26 pm

Todos os subsistemas ISR e C3 a nível grupo e bateria obrigatoriamente devem ser ou integrados aos meios existentes no EB, ou serão aqueles PRODE desenvolvidos através dos projetos do Link BR2, RDS, IFF e C2 junto à AEL e CTEx.

A chance de optar-se por estes últimos é bem grande. Se será viável ou não, vai depender do tempo para sua prontificação e homologação a fim de entrar no processo de integração do sistema AAe escolhido e de seus fornecedores.

Por este prisma de dotar 1 Bia Média Altura\Alcance por GAAe, inicialmente, é de se prever a aquisição de, pelo menos, 7 unidades do M-200 Multimissão para os GAAe, outras 7 unidades do M-200 Vigilante para as Bia AAe. Caso o EB expanda a utilização de 1 Bia AAe Grande Altura\Alcance por GAAe, isto trará mais 14 radares à lista de compras junto à Embraer.

Os RO acima descritos não limitam (para mais) a quantidade de radares a serem utilizados nos GAAe ou nas Bia AAe, mas indica que deve haver uma capacidade mínima de sustentar as operações consequente à missão das OM em diversos cenários, e sob diversas condições, inclusive interferência eletrônica e\ou física do inimigo sobre as U\SU AAe. O padrão mínimo é de 1 radar por Grupo e 1 radar por Bia AAe. Não existe óbice para se adicionar mais unidades operacionais destes equipamentos além desta quantidade de referência.

Com cada Bia AAe formada por 3 a 4 UT, supostamente temos uma demanda genérica para a encomenda de até 28 lançadores. Ou, posteriormente, até 56 lançadores, no caso da ampliação de 1 bia AAe para a grande altura\alcance nos GAAe.

Por enquanto, um GAAe no exército será organizado no longo prazo, em teoria, da seguinte forma:

Cmdo
Estado Maior
Bia Cmdo Ap
Bia Busca Alvos
1 Bia Média Altura\Alcance
1 Bia Grande Altura\Alcance
1 Bia Baixa Altura\Alcance*

* esta última Bia já existe na prática e está equipada com os RBS-70NG. Para o futuro mais a longo prazo ainda se tem de tomar uma decisão quanto ao emprego ou não de canhões automáticos para defesa de ponto junto aos sistemas suecos, ou se eles operariam em uma nova bateria, ou mesmo substituindo aqueles.

Números nada auspiciosos, mas que para a BIDS podem ser uma tábua de salvação, inclusive para os vários projetos em desenvolvimento para sistemas e subsistemas via CTEx e iniciativa privada. Motivos temos de sobra para insistir em alcançar este naco para a defesa AAe. Já é muito melhor do que o nada que temos aí. E ainda ajudamos a promover a BIDS e a PDI nacional.

A ver.




Editado pela última vez por FCarvalho em Sex Dez 13, 2024 1:50 pm, em um total de 1 vez.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11685 Mensagem por Strike91 » Sex Dez 13, 2024 1:36 pm

FCarvalho escreveu: Sex Dez 13, 2024 1:26 pm Há sim, quase esqueci.

Todos os subsistemas ISR e C3 a nível grupo e bateria obrigatoriamente devem ser ou integrados aos meios existentes no EB, ou serão aqueles PRODE desenvolvidos através dos projetos do Link BR2, RDS, IFF e C2 junto à AEL e CTEx.

A chance de optar-se por estes últimos é bem grande. Se será viável ou não, vai depender do tempo para sua prontificação e homologação a fim de entrar no processo de integração do sistema AAe escolhido e de seus fornecedores.

A ver.


Já que mencionaste ISR e C3, vale destacar que na última mostra BID Brasil a AEL Sistemas apresentou o veículo abaixo no seu stand;





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