O Japão está utilizando drones também, aliadas aos aviões desde 2023, em região bem complexa, entáo creio que seja uma decisão madura a ser tomada em conta por nós.
"A Força de Autodefesa Marítima do Japão (JMSDF) escolheu os drones MQ-9B SeaGuardian, desenvolvidos pela General Atomics Aeronautical Systems, Inc. (GA-ASI), para seu programa de Veículos Aéreos Não Tripulados de Longa Duração.
Esta decisão segue a integração do SeaGuardian nas operações da JMSDF desde maio de 2023 sob o Projeto de Operações de Teste do Sistema RPA de Média Altitude e Longa Duração (MALE)."
Aviação Patrulha - Marinha do Brasil
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- flavio pereira montes
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Re: Aviação Patrulha - Marinha do Brasil
A FAB utiliza um único Heron I capturado ao DPF em Santa Cruz junto com os P-3AM que ainda operam. O que dá para fazer com um único drone é, se muito, tentar desenvolver doutrina em operações de patrulha\vigilância marítima. E olhe lá. Mas faz muito tempo que não se tem notícias deste drone na FAB.flavio pereira montes escreveu: ↑Qui Dez 05, 2024 9:11 am O Japão está utilizando drones também, aliadas aos aviões desde 2023, em região bem complexa, entáo creio que seja uma decisão madura a ser tomada em conta por nós.
"A Força de Autodefesa Marítima do Japão (JMSDF) escolheu os drones MQ-9B SeaGuardian, desenvolvidos pela General Atomics Aeronautical Systems, Inc. (GA-ASI), para seu programa de Veículos Aéreos Não Tripulados de Longa Duração.
Esta decisão segue a integração do SeaGuardian nas operações da JMSDF desde maio de 2023 sob o Projeto de Operações de Teste do Sistema RPA de Média Altitude e Longa Duração (MALE)."
Em todo caso, o único esquadrão operacional de UAV da FAB, o 1o\12o Gav em Santa Maria opera somente os Hermes 900, tendo aposentado os últimos Hermes 450, e eles basicamente são utilizados em missões terrestres apenas. E ainda assim de forma muito restrita, pela óbvia falta de quantidades disponíveis.
O SISGAAZ, como disse, irá ter o seus UAV também, mas a marinha ainda não especificou claramente quantidades e tipos neste aspecto, apenas a indicação de que serão 40 unidades a comprar de diferentes modelos e categorias, como consta na nova estratégia naval. Daí a saber o que vai para os navios e o que é patrulha marítima, demora para saber.
Não deixa de ser uma lástima, e uma demora injustificável, dado que a BIDS já possui hoje modelos que poderiam ser adaptados, como sugerido por várias iniciativas locais junto à MB e FAB, para adiantar-nos neste setor. Mas fato é que o interesse das ffaa's por drones, seu desenvolvimento, emprego e equipamento continua tão capenga quanto antes.
Modelos como os da Stella Tecnologia, poderiam ser usados como ponta de lança para criar diversas OM ao longo do litoral para fazer o trabalho que hoje é dos Bandeirulha, substituindo paulatinamente estes vetores da FAB, e fazendo uma transição suave da patrulha marítima desta para a aviação naval. Mas falta empenho, vontade e interesse da MB por ensejar no planejamento de curto e médio prazo algo neste sentido. Por mais econômico e racional que ele seja para o erário público, e para a própria MB.
A FAB teria assinado um MOu com a Stella Tecnologias para o desenvolvimento do Condor com vistas ao múltiplo emprego do mesmo, posto que é um UAV cat 5. Mas, salvo engano, não houve indicações de uso na patrulha marítima em momento algum, até prova em contrário. A marinha também possui memorando de entendimento com esta empresa do Rio de Janeiro, mas, tanto uma como a outra não dispõe de informações sobre o que está de fato sendo feito, ou não, em termos práticos.
A ver.
Carpe Diem
- FCarvalho
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Re: Aviação Patrulha - Marinha do Brasil
A FAB contratou junto à EADS\CASA, hoje Airbus Defense, cerca de 8\9 unidades do FITS, que é o sistema de guerra anti-submarino e anti-superfície da empresa, para dotar os P-3AM que seriam modernizados no início do projeto. Tal sistema, se implantado nos SC-105 tornariam estes aviões literalmente patrulheiros navais de primeira linha, tendo em vista que os sistemas\equipamentos existentes neles já os credenciam na prática como aeronaves de patrulha\vigilância marítima, mas, sem aquelas capacidades específicas.
De público, não se sabe exatamente quantos P-3AM estão operacionais no 1o\7o Gav, tendo em vista que apenas 3 células passaram pelo processo de troca\reforço das asas e modernização estrutural na AKAER. Das 9 que seriam modernizadas no início do projeto, talvez, com alguma sorte, tenhamos em torno de 50%, ou menos, deste número disponível nos pátios de Santa Cruz.
Na teoria, seria "fácil" pegar parte dos FITS que ainda existem na força aérea ( 8 ) e transferir para as 3 células de SC-105, de forma a obter uma solução de curto prazo extremamente capaz, com logística em dia, e relativo baixo custo de operação\manutenção. Ainda sobrariam 5 unidades destes sistemas passíveis de adaptação aos C-105 da frota, mas condicionados à aquisição dos demais sistemas embarcados na versão de busca e salvamento, o que tornaria o processo mais caro, mas, ainda assim, bem menos custoso do que adquirir uma plataforma nova do zero com tudo incluso.
O repasse destes aviões para a marinha, como exemplifiquei anteriormente, não apenas seria possível, como viável, desde que o MD fizesse a sua parte, junto com a orquestração dos recursos pertinente ao governo de plantão. E vontade, claro.
Como disse antes, 12 aeronaves, das 14 existentes, seriam suficiente para dar conta da aviação de patrulha da MB por um bom tempo, equipadas com os SC\C-105 modificados. E como já temos aqui, grosso modo, quase tudo que é necessário para arbitrar estas modificações, tanto no que concerne o aproveitamento de equipamentos e sistemas embarcados nos P-3AM, como dos C-105 de transporte, podemos afirmar com dada certeza que seria possível obter os resultados apontados no meu post anterior.
Mesmo que se optasse por manter os SC-105 em sua configuração de busca e salvamento na aviação naval, como missão primária, ainda assim restariam uma boa quantidade de células de transportes que podem ser aproveitadas na missão ASW\ASupW com os FITS. O critério para definir quantas seriam aproveitadas, e quantas serviriam de spar parts para as demais, fica a definir pelo almirantado, junto ao comando da aviação naval.
Na minha visão, 9 células de C-105\FITS bastariam, divididas em três bases\esquadrões + 3 SC-105, e estamos resolvidos por um bom tempo. E sem precisar vender a janta ou a mãe para isso. Exatamente o número de sistemas FITS que se supõe ter disponíveis na força aérea.
A ver.
Carpe Diem