Aviação do Exército

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Aviação do Exército

#5341 Mensagem por Pablo Maica » Sáb Nov 30, 2024 12:09 am

knigh7 escreveu: Sex Nov 29, 2024 11:44 pmTerão, sem dúvida, de fazer uma boa gestão do ciclo de vida dos HM-1 para poderem ser substituídos em fins da próxima década.
O planejamento prevê 25 anos de operação para cada célula modernizada, até o fim de 2039 pelo menos 5 ou 6 unidades ja vão ter atingido esse limite. A não ser que exista uma margem extra nesse cálculo.

Realmente, se a AvEx não quiser ficar com o cobertor muito curto até 2039, vão ter que gerenciar muito bem as horas dos panteras.


Um abraço e t+ :)




Editado pela última vez por Pablo Maica em Sáb Nov 30, 2024 5:06 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Aviação do Exército

#5342 Mensagem por FCarvalho » Sáb Nov 30, 2024 2:21 pm

A questão a levar em consideração é que os Pantera K2 são os helos da Avex mais exigidos em termos de horas de voo, tanto em missões militares, como nas subsidiárias. Principalmente estas últimas. E a quantidade existente deles na frota leva a uma certa pressão por sua demanda, visto que os HM-4, e mesmo os futuros novos BH, devem ter limites bem mais extensos de manutenção e disponibilidade de voo.

E isto é algo que não vejo por onde haver modificação no curto prazo, até porque, depois dos Fennec, como disse, o Pantera K2 é o helo que mais voa no exército. E isso cobrará o seu preço, tendo em vista os rumos do emprego dos meios militares estão tendo nos últimos anos no país. Duvido que quaisquer ministérios, políticos ou órgãos públicos civis tenham a mínima pena dos helos da Avex quando quiser dispor deles sempre que entender conveniente a si. E o EB que se lixe.

Talvez, seja o caso de começar a pensar, também, na substituição dos Fennec na próxima década, ou ao menos complementar a frota em relação aos vetores utilizados diretamente nos Bavex. O H-145M proposto pela Airbus Helicopters pode ser um vetor que viria em boa hora, por suas características, tanto no que diz respeito a poder operar como um helo de manobra, emprego geral e de ataque e reconhecimento.

A ver.




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Re: Aviação do Exército

#5343 Mensagem por FCarvalho » Sex Jan 03, 2025 6:52 pm

Esse ano tem saldão de usados dos girinos das forças norte americanas, com ofertas de cair o queixo. USAF e US Army.
Brasil e outros vizinhos estão contados para receber um agrado, caso se comportem bem. Nada garantido, claro.

Há também a chance de Chinook ingleses postos a venda no mercado, substituídos que serão por modelos mais novos.

Talvez, e bota talvez nisso, alguns AH-1 e AH-64 façam parte do pacote de bondades pós natalinas estadunidense para o mundo ocidental civilizado. Tudo usado até o osso, mas que vale como um bom trocado para quem não tem como, ou não quer, gastar com defesa.

Em que pese os gastos com reles dúzia de BH novos, o exército pode ter alguma chance de optar por adquirir material usado a fim de complementar a sua frota de helos, cada vez mais demandada em suas sacrossantas e inexpugnáveis missões subsidiárias. Melhor prevenir do que depois chorar o leite derramado.




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Re: Aviação do Exército

#5344 Mensagem por knigh7 » Sex Jan 03, 2025 7:22 pm

Espera sentado. Com o Trump não vai vir nada de EDA & benevovências. Ele "ama' os governos de esquerda. Se quisermos, que compremos novos e paguemos o preço devido. Isso ele não vai vetar.




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Re: Aviação do Exército

#5345 Mensagem por FCarvalho » Sáb Jan 04, 2025 2:44 pm

knigh7 escreveu: Sex Jan 03, 2025 7:22 pm Espera sentado. Com o Trump não vai vir nada de EDA & benevovências. Ele "ama' os governos de esquerda. Se quisermos, que compremos novos e paguemos o preço devido. Isso ele não vai vetar.
Eu tenho aqui com os meus botões que as relações entre as ffaa's dos dois países, além de questões geopolíticas e estratégicas regionais serão levadas em consideração na hora de decidir para onde vai as benesses yankees. Não somos o Canadá, e tão pouco somos a Suazilândia.
Mesmo o Trump sendo um imbecil ególatra e alienado, ele não é burro. Sabe muito bem que qualquer mancada que ele der no que eles consideram o seu quintal será mais que suficiente para ampliar os espaços que os chineses tem conseguido por aqui.
E presumo que a última coisa que ele deve querer, e aceitar, é ver os cucarachas aqui equipados com helos e outras quinquilharias chinesas.
Vamos ver se ele paga para ver. Certas alas governistas aqui agradecem se ele lhes fizer este favor.




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Re: Aviação do Exército

#5346 Mensagem por knigh7 » Sáb Jan 25, 2025 9:14 pm

Manual de Campanha do Esquadrão de Cavalaria Aeromóvel, 2023:

https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... _C_Amv.pdf




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Re: Aviação do Exército

#5347 Mensagem por FCarvalho » Sáb Jan 25, 2025 10:04 pm

Lendo esse manual me vem à mente o fato de que não demos destino nenhum ao projeto do Chivunk, que seria a viatura maia adequada a meu ver para dotar este tipo de OM, além das brigadas leves em si, nas SU onde ele pode ser empregado em função das qualidades e flexibilidade que possui, visto o fim a que se destinava.

Tirando o fato da "relativa proteção blindada" indicada no doc, é de se presumir que as missões previstas a este esquadrão de cavalaria aeromóvel pode ser equipada sem maiores problemas com aquele veículo projetado no país, com as adaptações e melhoramentos necessários.

Não faltam a bem da verdade meios fabricados no Brasil que podem ser apostos aos diversos modelos de emprego para este veículo a fim de dotá-lo dos recursos necessários ao cumprimento das missões previstas. Pelo menos vejo dessa forma. No início do projeto até mesmo uma versão blindada chegou a ser proposta, dentre outras variantes, mas que não passaram do papel.

Usar supostamente o LMV com suas 6 ton e dependendo de meios na Avex que literalmente não existem para a função de transporte e assalto é... complicado. Nem mesmo o emprego dos KC-390 torna esta opção menos ruim.

A meu ver a retomada do projeto do Chinvuk ou simplesmente lançar um RFI internacional para a aquisição de meio adequado aos princípios de operação desta unidade é a meu ver a melhor saída, inclusive ao produto nacional, que por aqui sequer teve ou teria apoio pra sair do papel. Candidatos com certeza não iram faltar.




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Re: Aviação do Exército

#5348 Mensagem por knigh7 » Sáb Jan 25, 2025 10:11 pm

Interessante é que ele prevê a utilização de viaturas blindadas nos pelotões de exploradores (além de motos). Os blindados devem ser s viaturas anticarro, ficando a de exploração por moto (de acordo com a missão) ou viatura 4x4 blindada. Segue a estrutura:

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Re: Aviação do Exército

#5349 Mensagem por knigh7 » Sáb Jan 25, 2025 10:14 pm

FCarvalho escreveu: Sáb Jan 25, 2025 10:04 pm Lendo esse manual me vem à mente o fato de que não demos destino nenhum ao projeto do Chivunk, que seria a viatura maia adequada a meu ver para dotar este tipo de OM, além das brigadas leves em si, nas SU onde ele pode ser empregado em função das qualidades e flexibilidade que possui, visto o fim a que se destinava.

Tirando o fato da "relativa proteção blindada" indicada no doc, é de se presumir que as missões previstas a este esquadrão de cavalaria aeromóvel pode ser equipada sem maiores problemas com aquele veículo projetado no país, com as adaptações e melhoramentos necessários.

Não faltam a bem da verdade meios fabricados no Brasil que podem ser apostos aos diversos modelos de emprego para este veículo a fim de dotá-lo dos recursos necessários ao cumprimento das missões previstas. Pelo menos vejo dessa forma. No início do projeto até mesmo uma versão blindada chegou a ser proposta, dentre outras variantes, mas que não passaram do papel.

Usar supostamente o LMV com suas 6 ton e dependendo de meios na Avex que literalmente não existem para a função de transporte e assalto é... complicado. Nem mesmo o emprego dos KC-390 torna esta opção menos ruim.

A meu ver a retomada do projeto do Chinvuk ou simplesmente lançar um RFI internacional para a aquisição de meio adequado aos princípios de operação desta unidade é a meu ver a melhor saída, inclusive ao produto nacional, que por aqui sequer teve ou teria apoio pra sair do papel. Candidatos com certeza não iram faltar.
A aqusição de 4 Chinooks (usados) já resolveria o problema do emprego dos Guaicurus na Bda Aeromóvel, bem como ela poderia empregar obuseiros de 155mm sem problema.

Eu não sou contra o Chivunk, mas poucos helicópteros com maior capacidade de carga melhoraria demais as opções de equipamentos que a Bda poderia ter.




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Re: Aviação do Exército

#5350 Mensagem por FCarvalho » Dom Jan 26, 2025 2:45 pm

knigh7 escreveu: Sáb Jan 25, 2025 10:14 pm A aqusição de 4 Chinooks (usados) já resolveria o problema do emprego dos Guaicurus na Bda Aeromóvel, bem como ela poderia empregar obuseiros de 155mm sem problema.
Eu não sou contra o Chivunk, mas poucos helicópteros com maior capacidade de carga melhoraria demais as opções de equipamentos que a Bda poderia ter.
Concordo que helos pesados na Avex seria uma acréscimo não apenas necessário, mas impositivo, apesar de que esta demanda ter sido jogada para escanteio pelo planejamento do próprio EB, em relação ao equipamento sua aviação, sem previsão de resolução.
E como já temos aqui severa falta de helos de manobra em quantidade e qualidade para abastecer os Bavex, que por sua vez são poucos em relação às demandas existentes, acho muito difícil, mas não impossível, que Chinook, ou outro do mesmo quilate, apareçam por aqui tão cedo.
Usando o mesmo raciocínio do EB para seus Bavex, de ser capaz de fazer um assalto aeromóvel com 1 CiaInfAmv, suponho que 4 Chinook por cada OM já seria mais que suficiente para complementar as capacidades destas OM. 16 a 20 helos usados não deve, ou não deveria ser, um objetivo inalcançável, mesmo para o carcomido orçamento do exército.
Penso que retomar o projeto do Chinvuk e dar a ele todas as qualidades necessárias para suportar as missões dos esquadrões de cav mec para um assalto aéreo transportado deveria levar à produção de quase todas as versões projetadas para ele. Favorece a BIDS, diminui dependência externa e torna a logística mais acessível, e diminui custos, claro.
Mas isto é algo que não espero realmente que aconteça.




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Re: Aviação do Exército

#5351 Mensagem por gabriel219 » Seg Jan 27, 2025 7:55 am

Eu sou muito a favor do uso de motocicletas e viaturas leves como Chivunk para reconhecimento, desde que elétricas. Se mostraram extremamente efetivas pela baixa assinatura sonora e térmica. SSO vivia fazendo chover nas linhas de suprimento da AFU, especialmente em Kursk, com esses equipamentos.




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Re: Aviação do Exército

#5352 Mensagem por RobsonBCruz » Seg Jan 27, 2025 8:58 am

Remanejei meu posto para viewtopic.php?p=5666330#p5666330 por entender ser o tópico "Re: Veículo para unidades aerotransportadas" é o local mais apropriado para essa discussão.




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Re: Aviação do Exército

#5353 Mensagem por FCarvalho » Ter Jan 28, 2025 5:06 pm

gabriel219 escreveu: Seg Jan 27, 2025 7:55 am Eu sou muito a favor do uso de motocicletas e viaturas leves como Chivunk para reconhecimento, desde que elétricas. Se mostraram extremamente efetivas pela baixa assinatura sonora e térmica. SSO vivia fazendo chover nas linhas de suprimento da AFU, especialmente em Kursk, com esses equipamentos.
Em 2018 houve a notícia de que o EB compraria 40 Chivunk, a fim de equipar as bdas leves. Mas, no final, tudo não passou de mais uma cortina de fumaça. E já se vão 7 anos sem nenhuma nova informação deste projeto, o que dá a entender que, ou ele foi cancelado, ou posto em banho maria até segunda ordem.

O veículo sequer aparece ou é citado no planejamento de longo prazo do EB, assim como o investimento em modelos similares. E sem perspectivas reais de investimento nele, ou a simples previsão de compra de veículos importados, é de se presumir que o Chivunk já era, e desta vez, em definitivo. O que não é de se surpreender totalmente.

Se não estou enganado, ao menos cinco versões foram previstas no planejamento inicial, e outras poderiam vir a ser desenvolvidas com o tempo, de acordo com as demandas. Mas ficamos pelo meio do caminho.

Mais uma oportunidade de fomentar a PDI e a ciência e tecnologia nacional jogada fora, junto com o nosso dinheiro.




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