AVIBRAS

[FCarvalho]

Eu não sei e não conheço qual o conteúdo da proposta israelense para o ATMOS do exército, mas, mesmo agora suspenso, e quase inviabilizado internamente por certas figuras ininteligíveis do governo, se ainda é possível ainda fazer algo pela Avibras no médio e longo prazo, no caso de sua recuperação judicial, administrativa e financeira dar certo, a ARES\Elbit teria nas mãos a possibilidade de gerar um apoio necessário à recuperação da empresa, visto que o veículo base no RO da VBCOAP SR é praticamente a descrição das características do caminhão TECTRAN\TATRA usado no ASTROS.

O emprego da plataforma TATRA T815-7 basicamente oferece a possibilidade da adaptação do veículo da Avibras para a função de obuseiro AP SR, que outrora foi oferecida com a peça do CAESAR francês. Assim, não seria necessariamente uma novidade fazer-se algo do gênero em relação ao material israelense. Haveria a meu ver ganhos políticos, industriais, comerciais e tecnológicos, tendo em vista as capacidades supostamente ainda existentes na empresa brasileira. E na falta delas, os israelenses tem competência para suprir isso com sua própria mão de obra nacional, ou mesmo importada de Israel em sendo necessário. O negócio é fazer dar certo, caso o EB viesse a requerer tal adaptação com fins de apoiar a recuperação da Avibras.

Mesmo apenas 36 peças seriam algo valioso para a Avibras em seu processo de recuperação financeira, tendo em vista os diversos sistemas que a empresa desenvolveu ao longo dos anos para emprego na artilharia de campanha, e que poderiam ser utilizados, também, na "nacionalização" do ATMOS.

Enfim, resta torcer para que as negociações rendam frutos e que a empresa possa ser salva de si mesma, e ainda gerar soluções para a artilharia de campanha nacional, que anda carente, muito carente, de melhor atenção e modernização em praticamente todos os setores.

A ver.

[Brasileiro]

A reunião dos representantes do investidor da Avibras com o sindicato em 28/11/24 terminou sem acordo.

No entanto, os representantes fizeram sua última oferta: entre outros acertos, como os de salários em atraso, 13º, estabilidade, o pagamento do valor das multas oferecido foi em torno de 8% do valor total, passando a ser a correção com CDI + 2%.

Sem mais por onde, o sindicato irá levar a proposta para votação em assembleia dos funcionários. Creio que a tendência seja de aprovar, já que a alternativa inclui fechamento definitivo da empresa e consequentemente perda de qualquer perspectiva realista de acerto.

O melhor, sem dúvidas, será o reerguimento da Avibras. Senão nas melhores condições, nas possíveis.

[Cassio]

Os empregados que não sejam tolos de cair na conversinha do sindicato e aprovem esta última proposta.

Vi a entrevista hoje do representante do comprador. Ele foi categórico... é a última proposta. Se negarem saem das negociações e desistem do negócio, pois não seria economicamente viável. Caso aceitem, a operação administrativa recomeça em dezembro e a produção será retomada em janeiro.

[Brasileiro]

Nunca ouvi dizer que o sindicato esteja recomendando a não aprovação da proposta.

É certo que é muito abaixo do ótimo, considerando o interesse dos funcionários e até mesmo o senso de justiça diante de tudo.

O que sei é que os investidores jogaram duro e cederam em poucos. O papel do sindicato é resistir ao impulso de aceitar de cara qualquer proposta, que seria natural de quem está em situação fragilizada, até mesmo perante suas famílias. E é de se esperar que os representantes do investidor estejam jogando com esse desespero dos funcionários, que estão sem receber.

Por isso, como eu disse umas postagens atrás, faz sentido terem esticado até a 4ª rodada de negociação. Isto é, levar o investidor a incrementar suas ofertas até o ponto da oferta final, e aí sim levar a votação.

[Cassio]

Sim, o sindicato fez seu papel. O que me preocupa foi o que disse o representante do sindicato, de que vai levar a votação, mas que a proposta ainda mais está boa o suficiente.
É preciso muito cuidado neste cabo de guerra para a corda não estourar. Ambas as partes tem suas razões e motivos.

[FCarvalho]

Se não houver acordo agora, a outra alternativa é a falência da empresa, e todo mundo ficar literalmente sem nada.

Porque até a justiça conseguir fazer todo o processo de listar os bens da empresa e arrumar dinheiro da massa falida para pagar as dívidas, funcionários inclusos, pode-se passar anos até o processo terminar. Exemplos não faltam.

O que é menos pior para os funcionários, e o para o sindicato?

[pewdiepie]

AVIBRAS MORREU! Quem vai ser maluco de comprar uma empresa quebrada, com milhões em dívidas, e ainda ficar refém de um sindicato que usará as causas trabalhistas para "pintar e bordar"? É praticamente a fábula do Escorpião e o Sapo.

Assim que o investidor comprar a Avibras, o sindicato provavelmente rasgará a proposta e exigirá reparação imediata. O sindicato precisa entender que não foi o investidor quem colocou os trabalhadores nessa situação. Os investidores querem resolver o problema, mas a outra parte parece estar mais interessada em levar a Avibras — e o investidor junto — à ruína.

Nessa situação, estou 100% à favor dos trabalhadores, mas é preciso colocar os pés no chão. Sem esse investidor, o próximo passo é declarar falência e ficar por anos e anos na justiça esperando alguma migalha que sobrar.

Trabalhadores só votarão proposta de acordo após investidor definir aquisição da Avibras, diz sindicato

Na última quinta-feira (28), os investidores apresentaram uma proposta final para categoria. Dois dias depois, em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, o sindicato condicionou a votação da proposta ao fechamento do negócio para não gerar expectativas nos trabalhadores.

https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba ... cato.ghtml

[sarto]

Avibras falindo, onde o EB iria adquirir munição para suas baterias de Astros ?? Sem falar no míssil. Quem se habilita a responder ??

[pewdiepie]

Avibras falindo, onde o EB iria adquirir munição para suas baterias de Astros ?? Sem falar no míssil. Quem se habilita a responder ??

A IMBEL vai começar a fabricar. Vão ser 5 anos de estudo, 10 de desenvolvimento, 5 para testes, 8 de atraso e mais 2 para entregar o lote piloto. Em 35 anos o EB começa a receber suas munições.

Somou? A conta não bate? É porque você não incluiu o hiato de 5 anos de paralisação por falta de verbas

Vamos aguardar o desfecho da novela. Temos outras empresas tão ou mais capazes do que a Avibras, o problema é a situação financeira do país e dos nossos projetos em andamento.

[FCarvalho]

Se a Avibra falir, podem dizer adeus aos poucos Astros que o Exército ainda possui, e mantém aos trancos e barrancos. Não existe empresa na BIDS ou fora dela capaz de substituir a Avibras como fornecedora de nenhum tipo de insumo em relação a estes sistemas.

Contagem regressiva para Hirmas, PULS em 3,2,1...

[Brasileiro]

O EB tem propriedade intelectual do Astros e dos foguetes?

De qualquer maneira, a MacJee poderia absorver com os pés nas costas a produção dos foguetes, ou até mesmo continuar o Astros. O AV-MT-300 por exemplo é do Exército, assim como o SS-40G.

Vide o caso do motor foguete S-50, que já é da MacJee (RATO 14-X).

[Túlio]

O EB tem propriedade intelectual do Astros e dos foguetes?

De qualquer maneira, a MacJee poderia absorver com os pés nas costas a produção dos foguetes, ou até mesmo continuar o Astros. O AV-MT-300 por exemplo é do Exército, assim como o SS-40G.

Vide o caso do motor foguete S-50, que já é da MacJee (RATO 14-X).

Penso igual, dos foguetes a MJ toma conta fácil, e pode até integrar guiagem se achar quem pague o desenvolvimento e compre o produto depois; a mecânica, conforme as diferentes plataformas, fica entre Mercedes e Tatra; arrisca até a baixar os custos de manutenção.

[Brasileiro]

Mac Jee is the new Avibras. Eles já tem até um Astrinho (Armadillo).

A Avibras, se sobreviver, vai acabar sendo braço de alguém. Vamos supor que seja mesmo a Akaer, que já fabrica a fuselagem dianteira do D328eco. Se por um acaso acontecer de fabricar por aqui essa aeronave, a atual Avibras já tem um terreno estrategicamente localizado nos fundos da Embraer, na cabeceira da pista. Seja D328eco ou qualquer outro plano de fabricação.

[FCarvalho]

Na situação de hoje, acho difícil outra empresa fora a Akaer ser o misterioso interessado em comprar a Avibras.
A Embraer não entra nessa ratoeira. E outras empresas da BIDS não tem tamanho e nem cacife financeiro para barganhar com as dívidas da empresa, para não citar as questões tecnológicas envolvidas.

Resta torcer para que o melhor aconteça.

[Strike91]

Em um cenário hipotético onde a Avibras é comprada pela Akaer, suas dívidas trabalhistas e legais acordadas entre as partes, com o míssil de cruzeiro e à "família" de foguetes de 40/60/80/150km desenvolvidas e operacionais na plataforma, um novo veículo com uma radar de localização e contrabateria programado, com adição do míssil Mansup/Mansup-ER no portfólio dos lançadores como um novo diferencial para o veículo, habilitando o sistema Astro efetivamente para defesa costeira e antinavio... E visto que o valor de uma bateria do sistema Astro ser provavelmente inferior aos seus concorrentes estrangeiros, algumas possibilidades de novos negócios em países emergentes/periféricos ou até mesmo na atualização dos veículos existentes dos antigos clientes da empresa para o novo padrão/capacidades...
Torcendo para este "sonho" se tornar realidade !