O Exército que temos e o Exército que precisamos
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- gabriel219
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
No último dado que eu vi, nós gastamos 77,5%, mas vale lembrar que 80% desses 77,5% é puro gasto com previdência e pensões.
- FCarvalho
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
O governo assinou cerca de 37 novos acordos com a China esta semana. Alguém aí sabe dizer se rolou algum acordo em relação à Defesa, ou o setor ficou de fora também de mais estes acertos entre os dois países
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- Viktor Reznov
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Com certeza não houve nada relacionado a defesa. Ainda mais depois desse circo armado em torno de um golpe que foi planejado, mas nunca nem sequer tentado.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
- FCarvalho
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
É o de sempre. Pão e circo. É o que o zé povinho mais adora.Viktor Reznov escreveu: ↑Sex Nov 22, 2024 4:33 pmCom certeza não houve nada relacionado a defesa. Ainda mais depois desse circo armado em torno de um golpe que foi planejado, mas nunca nem sequer tentado.
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- dalton romao
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Amigos, principalmente você, FCarvalho, achar que foi pão e circo. É inacreditável. O golpe estava armado e só não foi executado, a eliminação do Moraes, por causa da incompetência dos tais Kids Pretos.
Deixando claro que não sou petista e nem gosto de estado nenhum mandando, mas ditadura, nunca mais. E que bom que o Exército e a Força Aérea, não embarcaram nessa loucura.
Deixando claro que não sou petista e nem gosto de estado nenhum mandando, mas ditadura, nunca mais. E que bom que o Exército e a Força Aérea, não embarcaram nessa loucura.
- gabriel219
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Na boa, tão sustentando que o golpe não ocorreu porque o cara não pegou um taxi e publicamente o Mauro Cid está sendo ameaçado de prisão e cancelar a delação dele se ele não der a narrativa que o STF quer, palavras claras do próprio Barroso e do Moraes direto na mídia.dalton romao escreveu: ↑Sex Nov 22, 2024 6:03 pm Amigos, principalmente você, FCarvalho, achar que foi pão e circo. É inacreditável. O golpe estava armado e só não foi executado, a eliminação do Moraes, por causa da incompetência dos tais Kids Pretos.
Deixando claro que não sou petista e nem gosto de estado nenhum mandando, mas ditadura, nunca mais. E que bom que o Exército e a Força Aérea, não embarcaram nessa loucura.
Primeiro foi o Moraes falando em 2023 que o Gen. Paulo Sérgio foi o responsável por travar um golpe que o Bolsonaro ia dar e agora estão citando o nome dele para pedir prisão sendo um dos articuladores?
Tá difícil...
- J.Ricardo
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Essa história também esta muito mal contatada, essa de um golpe não ter funcionado por falta de táxi, logo em Brasília que se você balançar uma árvore cai uns dois taxistas lá de cima...
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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- FCarvalho
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Eu particularmente não acompanho o noticiário político há muitos anos, e deixei de assistir tv há muito tempo, também, em favor da minha saúde física e mental. Passei mais de 40 anos acompanhando de perto essa merda toda, e posso dizer de certa forma que entendo bastante das nuances e peculiaridades do modo de pensar e fazer as coisas da politicagem tupiniquim.
E sim, o povo brasileiro adora e chafurda na merda do pão e circo tradicional da politicagem nacional. E não vive sem ele. Esse é o preço que pagamos por ter uma população basicamente semi analfabeta e\ou analfabeta funcional em sua grande maioria, que não consegue fazer diferença de conceitos básicos em Política, pior, mistura ou iguala políticos a Política. O personalismo tradicional existente aqui impede que qualquer coisa possa ser levada a sério em matéria de Estado e Adm Pública, pois inexiste a relação entre bem público sem sua relação automática com seus "autores".
Se houve tentativa de golpe ou não, a mim pouco importa. Não dou a mínima. Nada dessas narrativas de um lado e outro pode ser considerada fiável até provado e atestado concretamente. Fora disso o que existe são as interpretações e falas que cada um dá a favor ou contra, segundo suas próprias convicções, a partir das dezenas de narrativas existentes por aí. E firmar um senso comum sobre o que é de fato realidade e o que é mais do mesmo pão e circo de sempre está cada vez mais difícil. Porque os dois lados são craques nisso. E usam e abusam da mídia e dos seus "influencers" e demais vocalistas para dar vasão as suas próprias narrativas.
Esse país está f... e mal pago desde sempre. E o que já era ruim, esses dois lados aí que se digladiam como se fosse uma guerra (pelo poder) única e exclusivamente, por óbvio que seja, não querem saber do bem comum ou dos interesses do país e da sociedade. É o velho coronelismo habitual elevada a máxima potência. Só trocaram as cores das abotoaduras.
A defesa e o Brasil sempre foram apenas um mero detalhe. Com ou sem golpe civil ou militar.
E sim, o povo brasileiro adora e chafurda na merda do pão e circo tradicional da politicagem nacional. E não vive sem ele. Esse é o preço que pagamos por ter uma população basicamente semi analfabeta e\ou analfabeta funcional em sua grande maioria, que não consegue fazer diferença de conceitos básicos em Política, pior, mistura ou iguala políticos a Política. O personalismo tradicional existente aqui impede que qualquer coisa possa ser levada a sério em matéria de Estado e Adm Pública, pois inexiste a relação entre bem público sem sua relação automática com seus "autores".
Se houve tentativa de golpe ou não, a mim pouco importa. Não dou a mínima. Nada dessas narrativas de um lado e outro pode ser considerada fiável até provado e atestado concretamente. Fora disso o que existe são as interpretações e falas que cada um dá a favor ou contra, segundo suas próprias convicções, a partir das dezenas de narrativas existentes por aí. E firmar um senso comum sobre o que é de fato realidade e o que é mais do mesmo pão e circo de sempre está cada vez mais difícil. Porque os dois lados são craques nisso. E usam e abusam da mídia e dos seus "influencers" e demais vocalistas para dar vasão as suas próprias narrativas.
Esse país está f... e mal pago desde sempre. E o que já era ruim, esses dois lados aí que se digladiam como se fosse uma guerra (pelo poder) única e exclusivamente, por óbvio que seja, não querem saber do bem comum ou dos interesses do país e da sociedade. É o velho coronelismo habitual elevada a máxima potência. Só trocaram as cores das abotoaduras.
A defesa e o Brasil sempre foram apenas um mero detalhe. Com ou sem golpe civil ou militar.
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- dalton romao
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
As ditaduras podem voltar, amigo FCarvalho, e estivemos a ponto de sucumbir a um golpe novo, ao velho golpe que tantas vezes nos feriu, cujos horrores chegamos a conhecer tão bem. E o caso é ainda mais extremo desta vez porque não se tratou da quartelada de um poder paralelo, nem dos delírios de uma minoria inconformada com o resultado eleitoral. O delírio golpista partiu direto do centro do poder, direto do palácio do presidente derrotado nas eleições, e chegou a ser muito mais real do que imaginaríamos. Mas também acho que essa coisa maniqueísta, esquerda x direita, já deu. O país tem é que avançar e não avança.
- FCarvalho
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Meu caro Dalton,dalton romao escreveu: ↑Sáb Nov 23, 2024 11:10 am As ditaduras podem voltar, amigo FCarvalho, e estivemos a ponto de sucumbir a um golpe novo, ao velho golpe que tantas vezes nos feriu, cujos horrores chegamos a conhecer tão bem. E o caso é ainda mais extremo desta vez porque não se tratou da quartelada de um poder paralelo, nem dos delírios de uma minoria inconformada com o resultado eleitoral. O delírio golpista partiu direto do centro do poder, direto do palácio do presidente derrotado nas eleições, e chegou a ser muito mais real do que imaginaríamos. Mas também acho que essa coisa maniqueísta, esquerda x direita, já deu. O país tem é que avançar e não avança.
Maniqueísmo é um elemento fulcral da política, principalmente a tupiniquim, e sem a qual, principalmente as velhas vivandeiras saudosistas da guerra fria e das discussões, como vemos agora entre esquerda e direita, e que no Brasil ninguém nunca soube e nem sabe a diferença mesmo, não sobrevivem.
A narrativa criada por Bolsonaro e Lula, e suas contra partes, são o exemplo mais deletério do pior que temos na sociedade em matéria de política. E também uma lembrança do quanto a sociedade pode ser rançosa em seus vícios e virtudes.
A bipartição que se vê hoje nada mais é do que a separação histórica que sempre existiu do ponto de vista social e econômico, porque politicamente nunca foi importante de fato para quem quer que seja. Ninguém aqui liga de fato para essa merda de discursos ideológicos, até porque, ninguém entende ou sabe a diferença entre ideologia e Política, com P maiúsculo mesmo.
Se houve tentativa de golpe ou não, é sempre bom lembrar que golpe de Estado tem como premissa básica a quebra da institucionalidade pelo uso da força, e a supressão da vontade popular; para isso acontecer, depende essencialmente do apoio das forças armadas, e principalmente do EB, que como se sabe, nunca teve, e não tem até hoje, homogeneidade de pensamento em seu comando e estado maior quanto ao assunto desde o fim da ditadura em 1985. Portanto, não basta apenas a vontade de meia dúzia de generais e\ou apaniguados do PR de plantão, ou ele próprio, para haver qualquer tentativa ou mesmo planos e sua efetivação para a quebra do status quo institucional.
Para ser bem honesto, o advento do Bolsonaro deu vida, ou melhor dizendo, sobrevida ao petismo e seus discursos, visto que a tradicional disputa com o PSDB, de centro esquerda, relegou o discurso ideológico da esquerda ao esquecimento e à inaptidão em relação à realidade, substituído que foi pelo pragmatismo tecnocrata econômico desde 1994. E isso só foi substituído por sua vez pela verborragia ideológica reinante em função do ex-presidente cair de paraquedas no Palácio do Planalto em 2019, algo que nem ele acreditava que aconteceria, mas foi o suficiente para dar vazão a uma parte da sociedade, senão grande parte dela, a um tipo de pensamento tradicional e rabugento reinante no país, mas calado pelas frivolidades do economês dos sucessivos governos, em troca de uma estabilidade social e financeira pouco conhecida e entendida no país, mas sobremaneira exigida e cobrada pelas classes média e alta do país, e muito bem vinda pelos menos abastados. Tudo questão de interesses pessoais. E nada menos público e republicano que referendar a Política a partir das pessoalidades que cada um tem.
Enfim, o exército e demais forças não tem mais em seu seio a mesma vontade e interpretação dialógica com o mundinho político nosso de cada dia, e a imensa maioria dos seus quadros hoje é de jovens que nasceram muito depois do advento da estabilidade econômica, e com pouca ou nenhuma memória da ditadura, e muito menos ainda com algum interesse e vínculo com ela. Apenas o de sempre, a formação e os pontos de vistas que cada um tem sobre a parte da História que lhe importa saber e defender. E sobre isso, os militares de hoje são bem menos afetos em sua grande maioria a questões que não lhe dizem respeito às funções castrenses propriamente ditas. Ou seja, ainda que houvesse alguma vontade, ou mesmo ordens no sentido de tentar uma quebra institucional, a grande maioria de praças, soldados e baixa oficialidade nas forças armadas hoje não teria muita disposição em considerar tais ordens como algo trivial e fortuito, e não merecedor de maiores questionamentos. Por mais que formação recebida fosse no sentido contrário.
Acho que este episódio, como se pode ver, ao que tudo indica é mais uma dessas marmeladas políticas das muitas que temos por aqui, mas com certo ar de seriedade, tentando parecer o que não é de fato, mas suficientemente capaz de demover muitos brasileiros do seu lugar na frente da tv... ou do celular e da internet. Veremos se haverá maiores consequências, ou não.
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- saullo
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Tem muita coisa errada no Brasil.
Juiz tem que parar de ser estrela.
Quando juiz voltar a falar só nos autos, talvez este país volte para os trilhos.
Juiz não podia nunca emitir opinião sobre processos e nunca, acusar, ser vítima e julgar ao mesmo tempo.
E detalhe, antes que venham responder: não estou falando de política, mas de atropelos que estão solapando a credibilidade na justiça.
O excesso de exposição na mídia parece afetar o ego de alguns.
Abraços
Juiz tem que parar de ser estrela.
Quando juiz voltar a falar só nos autos, talvez este país volte para os trilhos.
Juiz não podia nunca emitir opinião sobre processos e nunca, acusar, ser vítima e julgar ao mesmo tempo.
E detalhe, antes que venham responder: não estou falando de política, mas de atropelos que estão solapando a credibilidade na justiça.
O excesso de exposição na mídia parece afetar o ego de alguns.
Abraços
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Para que Serve o Exército Brasileiro? A Polêmica em The Economist
https://www.ultimahoraonline.com.br/not ... -economist
A pergunta é impertinente, vindo de uma fonte estrangeira, mas é boa. E vem em muito boa hora, também.
https://www.ultimahoraonline.com.br/not ... -economist
A pergunta é impertinente, vindo de uma fonte estrangeira, mas é boa. E vem em muito boa hora, também.
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- dalton romao
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Lula e Bolsonaro são sócios da escuridão.
Roberto Mangabeira. Vale a pena ver.
Roberto Mangabeira. Vale a pena ver.
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
Pensando aqui com os meus botões, essas críticas da revista britânica são de uma matéria que encontrei, mas ela é de uns 10 anos atrás. Alguém parece resolveu requentar notícia velha.
Conquanto, as considerações da revista mesmo ainda hoje a meu ver continuam pertinentes e adequadas, visto que nós não nos impusemos a tarefa de respondê-las, ainda que para consumo interno, o que seria de se esperar de uma pais que trate sua Defesa com um mínimo de seriedade e responsabilidade.
Neste sentido, apesar de lá fora as coisas parecerem se direcionar para uma nova conflagração a nível mundial, e os principais países, e mesmo aqueles considerados periféricos, estarem levando muito a sério o seu próprio rearmamento, no Brasil das novelas, do futebol e do carnaval, nada demove governo, políticos e sociedade da indiferença, sofreguidão e inépcia nacional. Estamos, novamente, repetindo a mesma novela de mais de um século atrás. Militares inclusos. Todos preocupados demais com seus próprios afazeres e pequenos interesses para notar que algo está muito errado nos rumos que a humanidade está tomando agora.
E por mais que avisos possam ser ouvidos e notados aqui e ali a bradar severidade no trato com a defesa nacional no curtíssimo prazo, tais avisos passam incólumes e surdos aos ouvidos que quem por obrigação deveria dar-lhes atenção.
Assim, me parece que nos veremos brevemente em meio a novos conflitos provocados por terceiros países e para os quais não estávamos preparados, e nem nos preparamos. Conflitos esses que poderiam até mesmo ser evitados por nós se fôssemos previdentes e responsáveis em relação à defesa nacional. Mas não o somos, ao contrário. A regra aqui continua a ser a de sempre de nossos avós e bisavós. Remediar é sempre melhor do que se dar o trabalho de prevenir. Isto custa muito caro, e não dá voto obviamente.
Em algum momento irão dizer de nós no futuro que ferramos e comprometemos as novas gerações ao nos omitir em dispor os recursos que agora nos parecem ser tão caros e sem propósito. A nossa inaptidão em entender a realidade e as nuances das relações internacionais cobrará severamente em vida e sangue os mais jovens deste país.
O preço da vida dos brasileiros pelo visto continua valendo pouco, muito pouco, para aqueles que de fato nunca irão às guerras para as quais não tinham o menor intenção em lutar, mas, que não temerão em enviar aos milhares outros que nunca (re)conheceram ou tiveram a opção de escolher.
Dez bilhões de euros ou dólares vai parecer pouco quando a realidade nos bater à porta.
Conquanto, as considerações da revista mesmo ainda hoje a meu ver continuam pertinentes e adequadas, visto que nós não nos impusemos a tarefa de respondê-las, ainda que para consumo interno, o que seria de se esperar de uma pais que trate sua Defesa com um mínimo de seriedade e responsabilidade.
Neste sentido, apesar de lá fora as coisas parecerem se direcionar para uma nova conflagração a nível mundial, e os principais países, e mesmo aqueles considerados periféricos, estarem levando muito a sério o seu próprio rearmamento, no Brasil das novelas, do futebol e do carnaval, nada demove governo, políticos e sociedade da indiferença, sofreguidão e inépcia nacional. Estamos, novamente, repetindo a mesma novela de mais de um século atrás. Militares inclusos. Todos preocupados demais com seus próprios afazeres e pequenos interesses para notar que algo está muito errado nos rumos que a humanidade está tomando agora.
E por mais que avisos possam ser ouvidos e notados aqui e ali a bradar severidade no trato com a defesa nacional no curtíssimo prazo, tais avisos passam incólumes e surdos aos ouvidos que quem por obrigação deveria dar-lhes atenção.
Assim, me parece que nos veremos brevemente em meio a novos conflitos provocados por terceiros países e para os quais não estávamos preparados, e nem nos preparamos. Conflitos esses que poderiam até mesmo ser evitados por nós se fôssemos previdentes e responsáveis em relação à defesa nacional. Mas não o somos, ao contrário. A regra aqui continua a ser a de sempre de nossos avós e bisavós. Remediar é sempre melhor do que se dar o trabalho de prevenir. Isto custa muito caro, e não dá voto obviamente.
Em algum momento irão dizer de nós no futuro que ferramos e comprometemos as novas gerações ao nos omitir em dispor os recursos que agora nos parecem ser tão caros e sem propósito. A nossa inaptidão em entender a realidade e as nuances das relações internacionais cobrará severamente em vida e sangue os mais jovens deste país.
O preço da vida dos brasileiros pelo visto continua valendo pouco, muito pouco, para aqueles que de fato nunca irão às guerras para as quais não tinham o menor intenção em lutar, mas, que não temerão em enviar aos milhares outros que nunca (re)conheceram ou tiveram a opção de escolher.
Dez bilhões de euros ou dólares vai parecer pouco quando a realidade nos bater à porta.
Carpe Diem
- J.Ricardo
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Re: O Exército que temos e o Exército que precisamos
O Brasil por seu tamanho e importância jamais poderá dispor de Forças Armadas, mas precisamos delas com essa organização? Com essa mentalidade? Sempre digo, o Brasil deveria ter uma estrutura organizacional parecida com o que tem no Canadá, centralizada, sem duplicidade de funções, com um sistema de compras unificado, e profissional, estritamente profissional!
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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