Ninguém está querendo substituir toda a aviação naval por drones. Aviação naval embarcada continua no seu devido lugar, mas atualmente o único ramo da aviação naval brasileira que tem condições de executar qualquer função de forma efetiva, se restringe à de asas rotativas.Pablo Maica escreveu: ↑Qua Nov 20, 2024 1:29 am [quote=FCarvalho post_id=5662142 time=1732052511 user_id=38
Vamos separar as coisas. Uma é aviação naval embarcada com seus meios próprios, missões e história, e outra são os drones, que só muito recentemente começaram a sua vida na aviação naval. E isto se aplica a todos os países do mundo, inclusive US Navy, PLAN e outros do mesmo nível.
A questão é qual a finalidade de continuar torrando dinheiro com 5 A-4 que não estão, nem nunca mais serão embarcados e que sequer fazem campanhas de utilização de qualquer armamento que não sejam bombas burras e canhões, para os quais não existe nenhum vislumbre de substituição, levando em consideração o panorama atual e no mínimo de médio prazo. Enquanto outras marinhas já estão testando esse conceito, a MB tendo um navio com essa capacidade, recém recebeu o primeiro Nauru
Um abraço e t+
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O VF-1 tem quase trinta anos de existência, e sua atual situação é menos responsabilidade da MB do que dos sucessivos governos desde sua criação. Lembra que só nos últimos 10 anos cerca de 48% dos recursos do orçamento da defesa foram cortados. E ninguém se importou com isso.
A aviação naval de asa fixa é uma demanda de décadas da marinha e que demorou até demais para retornar à aviação naval, vide os imbróglios com a FAB, que até hoje ainda permanece. É só olhar a situação da aviação de patrulha. Não dá conta, mas não larga o osso. Tanto quanto a patrulha, a aviação de caça naval não depende obrigatoriamente de navios para existir e executar suas missões, que tem suas próprias especificidades de operação. É assim em outros países, e não seria diferente aqui.
Eu bem que gostaria que a MB comprasse vários drones a rodo e que já estão disponíveis no mercado nacional, mas fato é que ela mal tem recursos para comprar o pouco que consegue obter, como o Nauru e o drone norte americano importado. Poderia ser mais, com certeza, mas simplesmente não há recursos suficientes para fazer isso e ainda atender a todas as outras demandas existentes. Com certeza no que dependesse da aviação naval, teríamos já aqui muitos drones em uso nos navios e a partir de bases terrestres. Mas a nossa realidade é essa. Uma compra ali, outra aculá, e vida que segue.
Os A-4 teriam sido substituídos há muitos anos no planejamento da MB, por 48 novos caças como estava previsto no PAEMB. Mas, sabemos que caças, navios ou drones para a marinha não dão voto, e muito menos estão na agenda de interesses e prioridades da politicalha tupiniquim. Até que sejam forçados a investir nisso por algum desses imprevistos da vida que o simples fato de termos vizinhos e outros países com interesses diversos dos nossos trás. Um dia quem sabe.