#11661
Mensagem
por FCarvalho » Qui Nov 14, 2024 12:41 pm
A notar, conforme a disposição e organização da AAe no exército vista no seu manual, a demanda para cobrir as GU desde Exército, Corpo de exército, DE, brigadas, etc até nível bateria e seção AAe nos leva a perceber que hoje temos demanda de sobra para fomentar não apenas os sistemas e subsistemas eletrônicos e de informática, como os radares e C4ISR pertinentes.
Isto posto, até onde se sabe de público, o desenvolvimento do radar M-200 em suas duas versões está paralisado ou em ritmo de conta gotas por falta de recursos. Por outro lado, o EB em contradição a este projeto iniciou o desenvolvendo de um radar contra bateria a partir do aprendizado daquele, com recursos aparentemente garantidos.
Até onde se sabe, a versão M-200 Vigilante estava praticamente pronta, faltando a homologação do mesmo, o que não aconteceu até agora, mais de um ano depois dos testes feitos aqui no meu estado. A versão multimissão ainda está em desenvolvimento e não tenho conhecimento de quão avançada está.
Além dos radares, fazem ou farão parte do sistema AAe escolhido o link BR2, IFF nacional, rádios RDS, SC2 nacional, sistema gestão campo de batalha nacional, dentre outros insumos a partir de fornecedores da BIDS.
Mesmo que formatados apenas em nível bateria AAe, como indicado nos RO do Programa AAe Comum, a organização prevista no manual se nos impõe uma demanda mínima em torno de 50 a 60 Bia AAe, se caso fosse levado a sério o prescrito no manual em relação ao que temos hoje no exército.
Naturalmente, em minha opinião, tais números são mais que suficientes para superar os óbices permanentes no que tange a viabilidade econômica e industrial do projeto, com base em soluções e produtos nacionais.
Em tempo, se a Avibras chegar a ser salva de si mesma e de seus atuais gestores, eu vou ser sempre a favor da idéia de tomar o AV-MMA como ponto de partida para o fomento do programa AAe de todas as três forças, por mais que façam birra com o assunto. Afinal, uma solução conjunta e homogênea de AAe para todos é muito mais benefíco e aceitável do ponto de vista prático do que a simples importação de soluções prontas e cheias de restrições e caixas pretas.
Não seria com certeza o melhor sistema AAe do mundo, mas seria nosso e com direto a bloquear parcial ou na íntegra eventuais limitações/ameaças impostas por países e/ou fornecedores estrangeiros.
Resta torcer para que o desenvolvimento dos sistemas nacionais apontados não venham a fenecer no meio do caminho.
Carpe Diem