Aviação do Exército
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Re: Aviação do Exército
A suposta oferta francesa para 50 H-145M para as três forças é algo que deve ser bem analisado. A Alemanha vai pagar em torno de 2,3 bilhões de dólares por 62 (+20), além de 7 anos de apoio pós venda.
Este modelo em sua versão militar custa quase o mesmo que o H215M, hoje usado pelo Chile.
O contrato do Iraque para o H225M apresenta custos unitários na casa de 35 milhões de dólares por helo segundo fontes da mídia aeronáutica.
A depender da oferta, acredito que adotar o H215M como helo padrão da Avex, se a mesma quantidade for mantida e a custos similares dos H145M, repassando os Caracal do exército para FAB e MB, seria algo a se pensar.
Mesmo usar os atuais HM-4 como parte do pagamento em troca desses novos helos, aumentando assim inclusive a quantidade a ser negociada, pode ser levado em conta. A produção na Helibras seria natural e lógica.
A Avex necessita urgentemente ampliar sua capacidade de transporte com os meios que possui. Seja para atender suas missões primárias, seja para dar conta da enorme pressão por emprego nas ditas missões subsidiárias.
Com 8 BAvEx ao longo de todo o país, considerando a capacidade exigida de assalto com 1 Cia Inf por OM de aviação, 8 unidades do H215M seriam suficiente para prover este fim. Seriam assim 64 helos no total a demandar. O custo aproximado destes helos está em cerca de 19 milhões de dólares por unidade. O H145 já bateu em 15 milhões, podendo chegar a mais na versão militar, dependendo da configuração adotada.
Enfim, dividir helos entre as ffaa's não é das melhores ideias, quando todas são extremamente carentes de meios a si. Por outro lado, deixar todos na Avex seria prudente e razoável, embora a MB também veja nestes helos uma solução aprazível para os seus esquadrões de emprego geral. Bem melhor aliás que os H125M que vão quebrar o galho na falta de decisão sobre sua substituição no projeto UHL.
A ver.
Este modelo em sua versão militar custa quase o mesmo que o H215M, hoje usado pelo Chile.
O contrato do Iraque para o H225M apresenta custos unitários na casa de 35 milhões de dólares por helo segundo fontes da mídia aeronáutica.
A depender da oferta, acredito que adotar o H215M como helo padrão da Avex, se a mesma quantidade for mantida e a custos similares dos H145M, repassando os Caracal do exército para FAB e MB, seria algo a se pensar.
Mesmo usar os atuais HM-4 como parte do pagamento em troca desses novos helos, aumentando assim inclusive a quantidade a ser negociada, pode ser levado em conta. A produção na Helibras seria natural e lógica.
A Avex necessita urgentemente ampliar sua capacidade de transporte com os meios que possui. Seja para atender suas missões primárias, seja para dar conta da enorme pressão por emprego nas ditas missões subsidiárias.
Com 8 BAvEx ao longo de todo o país, considerando a capacidade exigida de assalto com 1 Cia Inf por OM de aviação, 8 unidades do H215M seriam suficiente para prover este fim. Seriam assim 64 helos no total a demandar. O custo aproximado destes helos está em cerca de 19 milhões de dólares por unidade. O H145 já bateu em 15 milhões, podendo chegar a mais na versão militar, dependendo da configuração adotada.
Enfim, dividir helos entre as ffaa's não é das melhores ideias, quando todas são extremamente carentes de meios a si. Por outro lado, deixar todos na Avex seria prudente e razoável, embora a MB também veja nestes helos uma solução aprazível para os seus esquadrões de emprego geral. Bem melhor aliás que os H125M que vão quebrar o galho na falta de decisão sobre sua substituição no projeto UHL.
A ver.
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Re: Aviação do Exército
Carvalho,
Nosso orçamento de investimento não aumenta. Qual programa vc quer sacrificar para vir esses "importantes " H-145
Nosso orçamento de investimento não aumenta. Qual programa vc quer sacrificar para vir esses "importantes " H-145
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Re: Aviação do Exército
Nenhum.
O que se anda dizendo é que os franceses vão propor a exploração de urânio na Bahia em troca desse "pacotão de bondades" militares no valor de 10 bilhões de euros.
Se verdade ou não, ainda vamos saber. Macron vem aí no G-20.
A meu ver, em se tratando de algo concreto, é uma boa oportunidade de gerar soluções para os muitos buracos que temos por aqui.
Se vai haver orçamento depois para sustentar tudo o que pode ser comprometido neste suposto negócio, veremos.
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Re: Aviação do Exército
Ah e vc acreditou que a classe política no Brasil (de prefeitos até a presidência) não vai lutar para que esses supostos EUR 10 bilhões tenham destino para outras áreas que dão voto.FCarvalho escreveu: ↑Seg Nov 11, 2024 7:55 pmNenhum.
O que se anda dizendo é que os franceses vão propor a exploração de urânio na Bahia em troca desse "pacotão de bondades" militares no valor de 10 bilhões de euros.
Se verdade ou não, ainda vamos saber. Macron vem aí no G-20.
A meu ver, em se tratando de algo concreto, é uma boa oportunidade de gerar soluções para os muitos buracos que temos por aqui.
Se vai haver orçamento depois para sustentar tudo o que pode ser comprometido neste suposto negócio, veremos.
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Re: Aviação do Exército
É claro que não.knigh7 escreveu: ↑Ter Nov 12, 2024 8:24 pmAh e vc acreditou que a classe política no Brasil (de prefeitos até a presidência) não vai lutar para que esses supostos EUR 10 bilhões tenham destino para outras áreas que dão voto.FCarvalho escreveu: ↑Seg Nov 11, 2024 7:55 pm
Nenhum.
O que se anda dizendo é que os franceses vão propor a exploração de urânio na Bahia em troca desse "pacotão de bondades" militares no valor de 10 bilhões de euros.
Se verdade ou não, ainda vamos saber. Macron vem aí no G-20.
A meu ver, em se tratando de algo concreto, é uma boa oportunidade de gerar soluções para os muitos buracos que temos por aqui.
Se vai haver orçamento depois para sustentar tudo o que pode ser comprometido neste suposto negócio, veremos.
O ministro da casa civil já está trabalhando nos bastidores para a coisa andar. Mas, óbvio, ele e todos os interesses por trás querem a sua parte do bolo.
Seria ridículo acreditar que a politicagem local fosse deixar passar em brancas nuvens tanto dinheiro assim apenas em troca de novos espelhinhos franceses para as ffaa's.
E o próprio PR não vê com bons olhos tomar a si no seu currículo algo desse tamanho investido apenas na Defesa em meio ao caos financeiro do país.
Obviamente que isto não é aceito pela ala radical eleitoral e do próprio partido no governo.
Na verdade ninguém aqui aceitaria como normal este ou qualquer outro governo colocar 10 bilhões de euros na Defesa em tempo algum "a troco de nada".
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Re: Aviação do Exército
E se fizessem um questionário pedindo para a sociedade responder aonde deveria se investir esses EUR 10 bilhões certamente para Defesa ficaria dentre as últimas opções. É por isso que eu sempre defendi a criação de um projeto de lei viável para investimento na área. E tem de ser específico para investimento porque se deixar geral os militares vão embolsar e nem seque se pode deixar para custeio porque parte dos penduricálhos que eles embolsam vêm do orçamento de custeio.
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Re: Aviação do Exército
Eu já vou achar que estamos no lucro se algum projeto/programa da defesa receber qualquer coisa dos franceses neste suposto negócio.
A pressão por um naco desse dinheiro todo já está causando brigas e disputas internas no governo e congresso. Tudo a boca pequena claro.
O MD, com muita, mas muita sorte mesmo, vai ficar com uma parte pequena disso. E de preferência algo que tenha retorno político eleitoral, claro.
Se os H215M estiverem de fato na faixa de preço que vi em diversas fontes, é possível chegar às 64 unidades que mencionei acima dispondo de pouco mais de US$ 1,2 bi, ou pouco menos em euros. E FAB e MB ainda ganham de lambuja os helos da Avex. E não precisaria gastar mais ainda em BH ou Caracal novos no curto prazo.
A favor desse possível negócio a manutenção das linhas de montagem na Helibras. 8 helos por ano e temos uma década de produção ajustada. É de se pensar.
A pressão por um naco desse dinheiro todo já está causando brigas e disputas internas no governo e congresso. Tudo a boca pequena claro.
O MD, com muita, mas muita sorte mesmo, vai ficar com uma parte pequena disso. E de preferência algo que tenha retorno político eleitoral, claro.
Se os H215M estiverem de fato na faixa de preço que vi em diversas fontes, é possível chegar às 64 unidades que mencionei acima dispondo de pouco mais de US$ 1,2 bi, ou pouco menos em euros. E FAB e MB ainda ganham de lambuja os helos da Avex. E não precisaria gastar mais ainda em BH ou Caracal novos no curto prazo.
A favor desse possível negócio a manutenção das linhas de montagem na Helibras. 8 helos por ano e temos uma década de produção ajustada. É de se pensar.
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Re: Aviação do Exército
Segundo informes do EB Na semana passada, foi confirmada a entrega do(s) primeiro(s) BH em 2025. Não foi confirmada a quantidade, mas o cronograma conhecido é de que as 12 unidades sejam entregues entre 2025 e 2029, ou seja, vamos levar 5 longos anos para receber apenas 12 unidades. A retirada dos Cougar e BH atuais será feita de acordo com a entrega dos novos helos. Ou seja, ainda vamos ver estes helos por mais um bom tempo por aí.
Houve uma visita recente do pessoal da Sikorsky a Taubaté para conhecer e verificar as instalações da Avex, e colher informações, além de indicar possíveis mudanças em função dos helos a receber.
Em princípio, os UH-60M serão distribuídos entre Taubaté, Campo Grande e Manaus, conforme divulgado. Conquanto, penso que estes helos serão empregados prioritariamente no 3o e 4o Bavex e no núcleo de Avex em Belém, tendo em vista o EB priorizar seu emprego nestes ambientes onde, aparentemente, os helos franceses não se dão bem.
Os Jaguar que operam em Manaus e Belém devem ser mantidos nas respectivas bases, ao tempo que os Cougar de Campo Grande devem ser substituídos pelos BH e também por mais HM-4, já que o EB ainda tem algumas unidades a receber no ano que vem, finalmente dando fim ao programa HX-BR.
A modernização dos Pantera K2 também deve encontrar termo entre 2025 e 2026, tendo em vista as 34 unidades previstas. Os Esquilo modernizados devem manter-se também em operação também por mais 10 a 15 anos, nas funções de apoio de fogo, reconhecimento e ataque, além de treinamento no CIAVEx.
Até o fim da presente década os primeiros HM-4 entregues devem começar a passar pelos check D, o que deve ser feito na Helibras, trabalho esse que irá demandar um novo contrato com a empresa. Notar que o uso intensivo dos helos da Avex nos últimos anos em missões subsidiárias tem demandado maior manutenção e maior esforços de toda a frota, e isto irá cobrar o seu preço no médio a longo prazo. Se haverá recursos para sustentar o ritmo das operações, muito superior ao que a quantidade de helos disponíveis muitas vezes é capaz de sustentar, veremos.
Houve uma visita recente do pessoal da Sikorsky a Taubaté para conhecer e verificar as instalações da Avex, e colher informações, além de indicar possíveis mudanças em função dos helos a receber.
Em princípio, os UH-60M serão distribuídos entre Taubaté, Campo Grande e Manaus, conforme divulgado. Conquanto, penso que estes helos serão empregados prioritariamente no 3o e 4o Bavex e no núcleo de Avex em Belém, tendo em vista o EB priorizar seu emprego nestes ambientes onde, aparentemente, os helos franceses não se dão bem.
Os Jaguar que operam em Manaus e Belém devem ser mantidos nas respectivas bases, ao tempo que os Cougar de Campo Grande devem ser substituídos pelos BH e também por mais HM-4, já que o EB ainda tem algumas unidades a receber no ano que vem, finalmente dando fim ao programa HX-BR.
A modernização dos Pantera K2 também deve encontrar termo entre 2025 e 2026, tendo em vista as 34 unidades previstas. Os Esquilo modernizados devem manter-se também em operação também por mais 10 a 15 anos, nas funções de apoio de fogo, reconhecimento e ataque, além de treinamento no CIAVEx.
Até o fim da presente década os primeiros HM-4 entregues devem começar a passar pelos check D, o que deve ser feito na Helibras, trabalho esse que irá demandar um novo contrato com a empresa. Notar que o uso intensivo dos helos da Avex nos últimos anos em missões subsidiárias tem demandado maior manutenção e maior esforços de toda a frota, e isto irá cobrar o seu preço no médio a longo prazo. Se haverá recursos para sustentar o ritmo das operações, muito superior ao que a quantidade de helos disponíveis muitas vezes é capaz de sustentar, veremos.
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Re: Aviação do Exército
Uma curiosidade. De 0 a 10, quais as chances os colegas acham que o EB tem de receber isto aqui como brinde de oportunidade no caso do bigode do caribe arrumar confusão de verdade com Colombia e\ou Guiana
Uma questão que se nos impõe no curto prazo talvez seja a possibilidade do exército vir a ter que adiantar seus planos para a Avex no que tange diversos meios, uma vez que a atual situação da frota é bastante complicada, com os UH-60A e Cougar em vias de serem retirados, e a disponibilidade dos demais helos estando em cheque pela alta demanda por emprego nas missões subsidiárias requeridas pelo governo, indiferente à questões efetivamente de emprego militar.
Sabidamente, os helos das ffaa's estão sobrecarregados com tudo o que vem acontecendo nos últimos anos, e na esplanada existe uma pressão muito grande pela disponibilidade da frota de helos militar a fim de apoiar diversos ministérios em suas lides primárias. E isso acontece muitas vezes sem o devido retorno financeiro ao MD e\ou ffaa's em relação à manutenção e operação desses meios. Em que pese serem justas as demandas, o MD pela forma como esta demanda se dá, não tem o direito de dizer não para quem quer que seja neste aspecto. O que torna a vida de tripulações e equipamentos mais difícil em relação à manutenção e à vida operacional dos helos.
A mim me parece que um eventual imbróglio militar em Roraima - ou em qualquer outro lugar - irá levar a frota de helos das ffaa's a um extremo de condições, dado que não há no país substituto para ela nas muitas missões civis que tem realizado hoje. Uma eventual retirada deles para apoiar ações militares no norte do país, penso, trará de alguma forma a contestação - mesmo que indireta - de órgãos e ministérios quanto a sua ausência em suas atividades fim, como se acostumou a ver. E as PM e CBM, além da defesa civil, do país não tem estrutura e nem meios para apoiar tais ações em quantidade e qualidade suficientes. E creio que soluções de oportunidade ou meia boca não resolverão os muitos problemas, que só se acumulam.
Com apenas 15 HM-4, pouco mais de 20 HA-1, 34 Pantera, 8 Cougar e 4 BH, e nenhum helo de ataque puro, a frota da Avex é claramente insuficiente para dar conta de apoiar o CMA e CMN em um eventual conflito na nossa fronteira norte. Não sem descobrir outras faixas de fronteira e bases nas quais está. E como a perspectiva de receber mais 12 BH está diluída até o final desta década, a não ser em acordo comum para seu adiantamento, a disponibilidade da frota de helos do exército atingiu seu extremo de condições para responder às demandas que chegam.
O calcanhar de Aquiles do exercito na região norte sempre foi, e continua sendo, a logística. E para resolver em partes esta deficiência, a Avex deve contar com meios que permitam um maior e melhor apoio tanto às OM logísticas, como de combate na região. De que forma isto pode se dar, e quais as alternativas viáveis e possíveis, é algo que precisa ser pensado agora, a fim de que tenhamos como tentar solucionar com os recursos que são dispostos, ainda que não resultem no atendimento integral das necessidades existentes, todos os muitos gargalos na região.
Acredito que a possiblidade de um conflito na região deve levar o EB a (re)pensar suas prioridades em termos de equipamentos para a Avex, além de sua própria organização e estrutura. A começar por helos pesados e de ataque puro, ainda inexistentes na frota, mas desejados desde sua recriação há quase 40 anos atrás.
Dizem que é melhor prevenir do que remediar. Será que a situação na fronteira com a Venezuela é o chamariz que faltava para colocarmos este ditado popular em prática?
Uma questão que se nos impõe no curto prazo talvez seja a possibilidade do exército vir a ter que adiantar seus planos para a Avex no que tange diversos meios, uma vez que a atual situação da frota é bastante complicada, com os UH-60A e Cougar em vias de serem retirados, e a disponibilidade dos demais helos estando em cheque pela alta demanda por emprego nas missões subsidiárias requeridas pelo governo, indiferente à questões efetivamente de emprego militar.
Sabidamente, os helos das ffaa's estão sobrecarregados com tudo o que vem acontecendo nos últimos anos, e na esplanada existe uma pressão muito grande pela disponibilidade da frota de helos militar a fim de apoiar diversos ministérios em suas lides primárias. E isso acontece muitas vezes sem o devido retorno financeiro ao MD e\ou ffaa's em relação à manutenção e operação desses meios. Em que pese serem justas as demandas, o MD pela forma como esta demanda se dá, não tem o direito de dizer não para quem quer que seja neste aspecto. O que torna a vida de tripulações e equipamentos mais difícil em relação à manutenção e à vida operacional dos helos.
A mim me parece que um eventual imbróglio militar em Roraima - ou em qualquer outro lugar - irá levar a frota de helos das ffaa's a um extremo de condições, dado que não há no país substituto para ela nas muitas missões civis que tem realizado hoje. Uma eventual retirada deles para apoiar ações militares no norte do país, penso, trará de alguma forma a contestação - mesmo que indireta - de órgãos e ministérios quanto a sua ausência em suas atividades fim, como se acostumou a ver. E as PM e CBM, além da defesa civil, do país não tem estrutura e nem meios para apoiar tais ações em quantidade e qualidade suficientes. E creio que soluções de oportunidade ou meia boca não resolverão os muitos problemas, que só se acumulam.
Com apenas 15 HM-4, pouco mais de 20 HA-1, 34 Pantera, 8 Cougar e 4 BH, e nenhum helo de ataque puro, a frota da Avex é claramente insuficiente para dar conta de apoiar o CMA e CMN em um eventual conflito na nossa fronteira norte. Não sem descobrir outras faixas de fronteira e bases nas quais está. E como a perspectiva de receber mais 12 BH está diluída até o final desta década, a não ser em acordo comum para seu adiantamento, a disponibilidade da frota de helos do exército atingiu seu extremo de condições para responder às demandas que chegam.
O calcanhar de Aquiles do exercito na região norte sempre foi, e continua sendo, a logística. E para resolver em partes esta deficiência, a Avex deve contar com meios que permitam um maior e melhor apoio tanto às OM logísticas, como de combate na região. De que forma isto pode se dar, e quais as alternativas viáveis e possíveis, é algo que precisa ser pensado agora, a fim de que tenhamos como tentar solucionar com os recursos que são dispostos, ainda que não resultem no atendimento integral das necessidades existentes, todos os muitos gargalos na região.
Acredito que a possiblidade de um conflito na região deve levar o EB a (re)pensar suas prioridades em termos de equipamentos para a Avex, além de sua própria organização e estrutura. A começar por helos pesados e de ataque puro, ainda inexistentes na frota, mas desejados desde sua recriação há quase 40 anos atrás.
Dizem que é melhor prevenir do que remediar. Será que a situação na fronteira com a Venezuela é o chamariz que faltava para colocarmos este ditado popular em prática?
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Re: Aviação do Exército
O EB recebeu esta semana o 34o e último Pantera K2 modernizado para a força terrestre. O programa começou em 2009, e só agora foi finalizado. 15 anos para modernizar apenas 34 unidade. Ou seja, 2 e pouco anualmente, e já é muito.
Esses helos foram literalmente reconstruídos em suas células e receberam também cabine glass cockpit, novos rádios e sistemas eletrônicos.
A expectativa de vida para eles é de mais 25 anos de operação.
Considerando que os primeiros Pantera foram entregues no final dos anos 1980, quando o último for substituído em 2049 já terá mais de 50 anos de construído, e quase isso de operação seguida na Avex.
Os Jaguar, com alguma sorte devem ter o mesmo destino. Isso se não forem substituídos antes por mais girinos norte americanos.
Esses helos foram literalmente reconstruídos em suas células e receberam também cabine glass cockpit, novos rádios e sistemas eletrônicos.
A expectativa de vida para eles é de mais 25 anos de operação.
Considerando que os primeiros Pantera foram entregues no final dos anos 1980, quando o último for substituído em 2049 já terá mais de 50 anos de construído, e quase isso de operação seguida na Avex.
Os Jaguar, com alguma sorte devem ter o mesmo destino. Isso se não forem substituídos antes por mais girinos norte americanos.
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Re: Aviação do Exército
Os primeiros K2 foram entregues em 2012 e 2014, ou seja já exauriram quase metade da sua nova vida, e dos 34 modernizados perdemos 2 células. Pelo planejamento inicial o programa deveria estar completo em 2021, mas até que atrasou pouco para os padrões BR.
Enfim, dentro de 10 anos pelo menos uns 25% da frota já vai estar se encaminhando para seus últimos anos de operação. Tempo para planejar a troca desses helicópteros o EB têm, mas não pode dormir muito no ponto.
Um abraço e t+
Enfim, dentro de 10 anos pelo menos uns 25% da frota já vai estar se encaminhando para seus últimos anos de operação. Tempo para planejar a troca desses helicópteros o EB têm, mas não pode dormir muito no ponto.
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Re: Aviação do Exército
Pelo planejamento da Avex, até 2030 não vamos ter nada além da entrega dos 12 BH novos, a aposentadoria dos HM-2 e HM-3, o último Jaguar entregue em 2025 e, com muita sorte, mas muita sorte mesmo, talvez o início do processo de aquisição dos helos de ataque puros, apenas 12 unidades, conforme informado, com entregas a partir de 2031.
E para falar a verdade, os Fennec usados no CIAVEx e nos Bavex também vão precisar de substituição a partir dos anos 2030. Mas para eles existe um candidato quase natural na figura do H-145M. Se vai acontecer, veremos.
Os 15 HM-4 ainda tem uma longa vida pela frente na Avex.
E para falar a verdade, os Fennec usados no CIAVEx e nos Bavex também vão precisar de substituição a partir dos anos 2030. Mas para eles existe um candidato quase natural na figura do H-145M. Se vai acontecer, veremos.
Os 15 HM-4 ainda tem uma longa vida pela frente na Avex.
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Re: Aviação do Exército
No relatório de Gestão do EB divulgado neste ano, que contém também o cronograma de boa parte dos projetos estratégicos, a AvEx só vai receber, tratando-se de helicópteros de manobra, até 2.038 os 12 BH-M.
Como consta que os esses 12 BH-M são para substituir os 8 Cougars e os '4 BH "L", pelo relatório deduz-se que os substitutos dos Panteras chegarão a partir de 2.039.
Terão, sem dúvida, de fazer uma boa gestão do ciclo de vida dos HM-1 para poderem ser substituídos em fins da próxima década.
Como consta que os esses 12 BH-M são para substituir os 8 Cougars e os '4 BH "L", pelo relatório deduz-se que os substitutos dos Panteras chegarão a partir de 2.039.
Terão, sem dúvida, de fazer uma boa gestão do ciclo de vida dos HM-1 para poderem ser substituídos em fins da próxima década.