https://www.instagram.com/sindmetalsjc/p/DCFQ_Vboemk/A direção do Sindicato se reúne, nesta sexta-feira (8), com o representante do provável comprador da Avibras Indústria Aeroespacial. Estará em discussão a pauta de reivindicações dos trabalhadores, que acumulam 19 meses de salários atrasados e já completaram dois anos em greve. A reunião acontecerá na sede do Sindicato, às 10h.
AVIBRAS
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Re: AVIBRAS
Os trabalhadores da Avibras se reunirão hoje com o comprador misterioso da empresa.
- FCarvalho
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Re: AVIBRAS
FCarvalho escreveu: ↑Qui Nov 07, 2024 5:57 pmO problema é manter a empresa aberta e funcionando.Goldfinger escreveu: ↑Qui Nov 07, 2024 5:05 pm Salvar para que, se o EB só tem grana para comprar meia dúzia de foguete a cada 10 anos?
Sem uma mudança radical na postura política fica cada vez mais insustentável manter uma base industrial nacional dedicada a defesa.
Ela tem, ainda, capital intelectual e organizacional suficiente para financiada pesadamente voLtar a lucrar
Onde, como, quando, por quê?
Cupincha, SJC é uma das capitais MUNDIAIS da Tecnologia Aeroespacial, os caras vêm do planeta todo atrás do filé (vide BOEING headhunting engenheiros da EMBRAER, fato amplamente divulgado até pela própria empresa) e tu me vens com essa que tem pessoal técnico de ponta dirigindo Uber e trabalhando no McDonald's há dois anos, enquanto espera pelo renascimento da fênix? PUTZ!!!
Quem tá nessa é tão competitivo quanto um criador de porcos em Meca; quem era de ponta não passou um dia desempregado, ou foi headhunted ou até tá com Startup, própria ou sócio.
Cupincha, SJC é uma das capitais MUNDIAIS da Tecnologia Aeroespacial, os caras vêm do planeta todo atrás do filé (vide BOEING headhunting engenheiros da EMBRAER, fato amplamente divulgado até pela própria empresa) e tu me vens com essa que tem pessoal técnico de ponta dirigindo Uber e trabalhando no McDonald's há dois anos, enquanto espera pelo renascimento da fênix? PUTZ!!!
Quem tá nessa é tão competitivo quanto um criador de porcos em Meca; quem era de ponta não passou um dia desempregado, ou foi headhunted ou até tá com Startup, própria ou sócio.
Aí o problema, mas eu falo e ninguém dá bola; mercado não falta, Ucrânia ou Rússia, Irã ou Israel, Taiwan etc, todos adorariam principalmente os foguetes, no entanto, e vou frisar pra ver se desta vez não passam direto sem ler:
O GOVERNO NÃO DEIXA VENDER, POWS!!!
Frouxonaro, Lule, ninguém libera, para gáudio do turco, israelense, americano, europeu & quetales, que tão todos pouco se lixando pro POLITICAMENTE CORRECTO nessas horas, afinal, eles sabem que podem contar com seus governos para se manterem competitivos e faturando, tanto no mercado interno quanto no externo.
O GOVERNO NÃO DEIXA VENDER, POWS!!!
Frouxonaro, Lule, ninguém libera, para gáudio do turco, israelense, americano, europeu & quetales, que tão todos pouco se lixando pro POLITICAMENTE CORRECTO nessas horas, afinal, eles sabem que podem contar com seus governos para se manterem competitivos e faturando, tanto no mercado interno quanto no externo.
É por isso que pouco a pouco a BID "nacional" vai sendo substituída pela "imigrante":
A HELIBRAS originalmente tinha apenas 45% de capital francês, hoje é apenas uma subsidiária da AIRBUS HELICOPTERS;
A AEROELETRÔNICA, parte do GRUPO AEROMOT, hoje é AEL, apenas uma subsidiária da ELBIT;
A ENGESA fechou e seu papel hoje é exercido pela italiana IVECO;
A ATMOS hoje é apenas uma subsidiária da SAAB, "caindo" de EED que era para ED;
A mesma SAAB já ia repetindo o erro com a AKAER, tendo comprado 20% do capital votante, depois foi aumentando até chegar a pouco mais de 42%, quando então um misterioso Fundo chamado Connectus Gestão e Participações Ltda - logo, sem ticker em bolsa alguma (procurei) e, por conseguinte, praticamente impossível saber quem é o verdadeiro dono/acionistas e detalhes gerais, como p ex é a EMBRAER(1) - que já detinha a outra parte do capital, recomprou tudo da SAAB (2).
A própria EMBRAER esteve à beira de ser engolida pela BOEING!
(1) - https://statusinvest.com.br/acoes/embr3
(2) - https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... aab-e.html
Na verdade para a BID o tale de "mercado interno" é praticamente uma piada sem graça, nem a indústria têxtil se salva, basta ver aqueles uniformes e boots Made in China; Condor, Taurus, CBC, EMBRAER e outras se salvam apenas porque o governo não atrapalha muito, apenas enfia todo imposto que puder.
E aqui fica a minha grande diferença com o nosso véio @FCarvalho e os demais estatistas: enquanto eles vêem governo como SOLUÇÃO, eu vejo como PROBLEMA.
A HELIBRAS originalmente tinha apenas 45% de capital francês, hoje é apenas uma subsidiária da AIRBUS HELICOPTERS;
A AEROELETRÔNICA, parte do GRUPO AEROMOT, hoje é AEL, apenas uma subsidiária da ELBIT;
A ENGESA fechou e seu papel hoje é exercido pela italiana IVECO;
A ATMOS hoje é apenas uma subsidiária da SAAB, "caindo" de EED que era para ED;
A mesma SAAB já ia repetindo o erro com a AKAER, tendo comprado 20% do capital votante, depois foi aumentando até chegar a pouco mais de 42%, quando então um misterioso Fundo chamado Connectus Gestão e Participações Ltda - logo, sem ticker em bolsa alguma (procurei) e, por conseguinte, praticamente impossível saber quem é o verdadeiro dono/acionistas e detalhes gerais, como p ex é a EMBRAER(1) - que já detinha a outra parte do capital, recomprou tudo da SAAB (2).
A própria EMBRAER esteve à beira de ser engolida pela BOEING!
(1) - https://statusinvest.com.br/acoes/embr3
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Na verdade para a BID o tale de "mercado interno" é praticamente uma piada sem graça, nem a indústria têxtil se salva, basta ver aqueles uniformes e boots Made in China; Condor, Taurus, CBC, EMBRAER e outras se salvam apenas porque o governo não atrapalha muito, apenas enfia todo imposto que puder.
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Re: AVIBRAS
Representante da Avibras e dos investidores se reúne com Sindicatos
A Avibras informa que, como parte do processo em andamento para viabilizar e validar a aquisição do controle da companhia por investidores brasileiros, representantes da empresa e dos investidores participaram nesta sexta-feira, dia 8/11, de reuniões com os Sindicatos dos Metalúrgicos de São José dos Campos e de Lorena, e com o Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, para ouvir as entidades e, a partir desse diálogo, elaborar uma proposta de retomada das operações alinhada ao modelo de negócio em desenvolvimento.
Na próxima reunião pré-agendada para o dia 19/11 será apresentada uma proposta em resposta às reivindicações do sindicato.
Essa foi a primeira interação do representante dos investidores, Carlos Fortner, com as entidades de classe. O objetivo foi apresentá-lo e iniciar um diálogo construtivo sobre a retomada das atividades da companhia após a conclusão da aquisição, que só poderá ser efetivada após o cumprimento de todas as condições estabelecidas no acordo.
Fortner é responsável pela condução das diligências, pelas negociações com as partes envolvidas e pela construção do modelo de negócio com o apoio de empresas especializadas. Profissional com sólida experiência em liderança e gestão no setor público e em organizações estratégicas para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, Fortner é engenheiro civil graduado pela Escola Politécnica (USP) e piloto comercial de aviões e helicópteros.
Ao longo de sua carreira ocupou altos cargos executivos, evidenciando sua competência em gerenciar equipes, administrar orçamentos, liderar iniciativas de inovação e desenvolvimento estratégico, além de habilidades em planejamento e governança em diversos níveis da administração.
Recentemente atuou como diretor de Administração e Finanças do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Anteriormente, foi diretor do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), órgão vinculado ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
Além disso, ocupou posições de liderança na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, onde foi presidente e vice-presidente de Operações e de Finanças e Controladoria. Em sua trajetória também foi diretor de Gestão e Tecnologia da Informação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
As partes seguem empenhadas e trabalhando em conjunto para concluir a transação. Novas informações sobre o processo serão divulgadas em momento oportuno.
FONTE: Assessoria de Imprensa Avibras
https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... e-dos.html
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A Avibras informa que, como parte do processo em andamento para viabilizar e validar a aquisição do controle da companhia por investidores brasileiros, representantes da empresa e dos investidores participaram nesta sexta-feira, dia 8/11, de reuniões com os Sindicatos dos Metalúrgicos de São José dos Campos e de Lorena, e com o Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, para ouvir as entidades e, a partir desse diálogo, elaborar uma proposta de retomada das operações alinhada ao modelo de negócio em desenvolvimento.
Na próxima reunião pré-agendada para o dia 19/11 será apresentada uma proposta em resposta às reivindicações do sindicato.
Essa foi a primeira interação do representante dos investidores, Carlos Fortner, com as entidades de classe. O objetivo foi apresentá-lo e iniciar um diálogo construtivo sobre a retomada das atividades da companhia após a conclusão da aquisição, que só poderá ser efetivada após o cumprimento de todas as condições estabelecidas no acordo.
Fortner é responsável pela condução das diligências, pelas negociações com as partes envolvidas e pela construção do modelo de negócio com o apoio de empresas especializadas. Profissional com sólida experiência em liderança e gestão no setor público e em organizações estratégicas para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, Fortner é engenheiro civil graduado pela Escola Politécnica (USP) e piloto comercial de aviões e helicópteros.
Ao longo de sua carreira ocupou altos cargos executivos, evidenciando sua competência em gerenciar equipes, administrar orçamentos, liderar iniciativas de inovação e desenvolvimento estratégico, além de habilidades em planejamento e governança em diversos níveis da administração.
Recentemente atuou como diretor de Administração e Finanças do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Anteriormente, foi diretor do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), órgão vinculado ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
Além disso, ocupou posições de liderança na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, onde foi presidente e vice-presidente de Operações e de Finanças e Controladoria. Em sua trajetória também foi diretor de Gestão e Tecnologia da Informação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
As partes seguem empenhadas e trabalhando em conjunto para concluir a transação. Novas informações sobre o processo serão divulgadas em momento oportuno.
FONTE: Assessoria de Imprensa Avibras
https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... e-dos.html
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Re: AVIBRAS
Meu caro @TúlioE aqui fica a minha grande diferença com o nosso véio @FCarvalho e os demais estatistas: enquanto eles vêem governo como SOLUÇÃO, eu vejo como PROBLEMA.
Enquanto Defesa Nacional for um ato próprio do Estado, e portanto, uma responsabilidade única e intransferível, é de obrigação do poder público, leia-se poder político, engendrar todos os esforços necessários e exequíveis para fomentar as soluções que lhes são de direito.
E se o Estado não o fizer, quem fará?
Defesa é política de Estado. E enquanto for assim é responsabilidade do governo, seja qual for, sustentar e defender seus interesses.
É assim em qualquer lugar civilizado. Por que no Brasil seria diferente?
Carpe Diem
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Re: AVIBRAS
FCarvalho escreveu: ↑Ter Nov 12, 2024 10:16 amMeu caro @TúlioE aqui fica a minha grande diferença com o nosso véio @FCarvalho e os demais estatistas: enquanto eles vêem governo como SOLUÇÃO, eu vejo como PROBLEMA.
Enquanto Defesa Nacional for um ato próprio do Estado, e portanto, uma responsabilidade única e intransferível, é de obrigação do poder público, leia-se poder político, engendrar todos os esforços necessários e exequíveis para fomentar as soluções que lhes são de direito.
E se o Estado não o fizer, quem fará?
Defesa é política de Estado. E enquanto for assim é responsabilidade do governo, seja qual for, sustentar e defender seus interesses.
É assim em qualquer lugar civilizado. Por que no Brasil seria diferente?
Defesa é por definição política de estado e deveria portanto ser prioritária para todos os governos, independente de sua orientação, o que ambos sabemos não ser verdade na maioria do planeta, maior parte da OTAN inclusa.
Mas tiraste a minha frase do contexto e, como não te considero culpado de DESONESTIDADE INTELECTUAL, explico melhor: me referi a, IMHO se depender de ti, o estado encampa tudo aquilo que der prejuízo a ponto de estar à beira de fechar as portas porque é "estratégico" e/ou, pela mesma razão, aquilo que nem abriu as portas (aquela "fábrica" de desenhos de avião p ex), e não importa o quanto tenha de prejudicar setores produtivos para isso.
Ou seja, não uma IMBEL mas dez, talvez cem ou mesmo mil, e tome imposto nos outros setores pra sustentar mais ineficiência estatal.
No meu caso o estado deve se ater às funções inerentes a si: p ex estipular impostos/juros baixos e segurança jurídica atrai tanto investimentos (juros altos só atraem especulação) quanto empresas (incluindo sua criação endógena), mas então é necessário que o mesmo estado encolha muito em tamanho enquanto cresce igualmente em eficiência, o que não tem como acontecer no tradicional modelo estatutário.
Este é meu ponto.
Mas tiraste a minha frase do contexto e, como não te considero culpado de DESONESTIDADE INTELECTUAL, explico melhor: me referi a, IMHO se depender de ti, o estado encampa tudo aquilo que der prejuízo a ponto de estar à beira de fechar as portas porque é "estratégico" e/ou, pela mesma razão, aquilo que nem abriu as portas (aquela "fábrica" de desenhos de avião p ex), e não importa o quanto tenha de prejudicar setores produtivos para isso.
Ou seja, não uma IMBEL mas dez, talvez cem ou mesmo mil, e tome imposto nos outros setores pra sustentar mais ineficiência estatal.
Spoiler!
No meu caso o estado deve se ater às funções inerentes a si: p ex estipular impostos/juros baixos e segurança jurídica atrai tanto investimentos (juros altos só atraem especulação) quanto empresas (incluindo sua criação endógena), mas então é necessário que o mesmo estado encolha muito em tamanho enquanto cresce igualmente em eficiência, o que não tem como acontecer no tradicional modelo estatutário.
Este é meu ponto.
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Re: AVIBRAS
O setor de defesa é "estatista" por natureza... é um dos poucos setores da economia que é um produto de uma convergencia politica e geopolitica, isto é, interesses não mercadológicos,independentemente de o modelo empresarial adotado for publico ou privado.Túlio escreveu: ↑Ter Nov 12, 2024 11:56 amFCarvalho escreveu: ↑Ter Nov 12, 2024 10:16 am
Meu caro @Túlio
Enquanto Defesa Nacional for um ato próprio do Estado, e portanto, uma responsabilidade única e intransferível, é de obrigação do poder público, leia-se poder político, engendrar todos os esforços necessários e exequíveis para fomentar as soluções que lhes são de direito.
E se o Estado não o fizer, quem fará?
Defesa é política de Estado. E enquanto for assim é responsabilidade do governo, seja qual for, sustentar e defender seus interesses.
É assim em qualquer lugar civilizado. Por que no Brasil seria diferente?Defesa é por definição política de estado e deveria portanto ser prioritária para todos os governos, independente de sua orientação, o que ambos sabemos não ser verdade na maioria do planeta, maior parte da OTAN inclusa.
Mas tiraste a minha frase do contexto e, como não te considero culpado de DESONESTIDADE INTELECTUAL, explico melhor: me referi a, IMHO se depender de ti, o estado encampa tudo aquilo que der prejuízo a ponto de estar à beira de fechar as portas porque é "estratégico" e/ou, pela mesma razão, aquilo que nem abriu as portas (aquela "fábrica" de desenhos de avião p ex), e não importa o quanto tenha de prejudicar setores produtivos para isso.
Ou seja, não uma IMBEL mas dez, talvez cem ou mesmo mil, e tome imposto nos outros setores pra sustentar mais ineficiência estatal.
Spoiler!
No meu caso o estado deve se ater às funções inerentes a si: p ex estipular impostos/juros baixos e segurança jurídica atrai tanto investimentos (juros altos só atraem especulação) quanto empresas (incluindo sua criação endógena), mas então é necessário que o mesmo estado encolha muito em tamanho enquanto cresce igualmente em eficiência, o que não tem como acontecer no tradicional modelo estatutário.
Este é meu ponto.
A industria de defesa da Coreia do Sul, por exemplo, é fruto de mais de 50 anos de investimento do governo sul coreano, inclusive já postei um video sobre o assunto aqui. O mesmo em relação a Turquia, que, aliás, é um país que não possui nem juros baixos e nem segurança juridica, kkkk....
No mais, liberalismo economico é ideologia moribunda cultivada em países de terceiro mundo (para não dizer teimosia de latino americano), pois, na prática, os EUA subsidiam suas industrias estratégicas, a europa idem e os chineses mais ainda.... O fato é que o Estado, pelo seu peso fiscal/normativo e pela própria razão de ESTADO (raison d'État), é inevitavelmente um agente ativo na economia ... Sempre foi assim e sempre será assim. Nesse sentido, vencem os que acertam mais e erram menos no tocante elaboração e implementação de suas politicas de desemvolvimento bem como de entrosamento com o setor privado... em outras palavras, não há formula e nem regrinhas exatas, mas estratégia de longo prazo que pode ou não dar certo (a vida é dura).... De resto, é coisa que está mais no plano mistico e religioso do que no plano material....
Segue o video mencionado.
Editado pela última vez por Fábio Machado em Ter Nov 12, 2024 3:07 pm, em um total de 1 vez.
- Pablo Maica
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Re: AVIBRAS
Estatização e subsídios são coisas diferentes, pelo menos conceitos que vi. É inegável que o estado tenha papel predominante no mercado de defesa como agente, mas uma coisa é subsidiar, outra é controlar administrativamente.
Avibrás estatizada apenas viria a se juntar ao triste contexto abaixo:
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/m ... m-22-anos/
Um abraço e t+
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Re: AVIBRAS
Fábio Machado escreveu: ↑Ter Nov 12, 2024 2:29 pm
O setor de defesa é "estatista" por natureza... é um dos poucos setores da economia que é um produto de uma convergencia politica e geopolitica, isto é, interesses não mercadológicos,independentemente de o modelo empresarial adotado for publico ou privado.
A industria de defesa da Coreia do Sul, por exemplo, é fruto de mais de 50 anos de investimento do governo sul coreano, inclusive já postei um video sobre o assunto aqui. O mesmo em relação a Turquia, que, aliás, é um país que não possui nem juros baixos e nem segurança juridica, kkkk....
No mais, liberalismo economico é ideologia moribunda cultivada em países de terceiro mundo (para não dizer teimosia de latino americano), pois, na prática, os EUA subsidiam suas industrias estratégicas, a europa idem e os chineses mais ainda.... O fato é que o Estado, pelo seu peso fiscal/normativo e pela própria razão de ESTADO (raison d'État), é inevitavelmente um agente ativo na economia ... Sempre foi assim e sempre será assim. Nesse sentido, vencem os que acertam mais e erram menos no tocante elaboração e implementação de suas politicas de desemvolvimento bem como de entrosamento com o setor privado... em outras palavras, não há formula e nem regrinhas exatas, mas estratégia de longo prazo que pode ou não dar certo (a vida é dura).... De resto, é coisa que está mais no plano mistico e religioso do que no plano material....
Segue o video mencionado.
Novamente falhei em explicar: não podemos comparar o comportamento de países sempre em estado de pré-guerra e/ou que a experimentaram, direta ou indiretamente, há menos de meio século com outros (como o Brasil) que nem sabem o que é isso desde os tempos em que sequer eram reconhecidos países como Alemanha, Itália, muito menos Israel, que produzem grande parte dos MEM que os militares daqui usam.
Citaste a Coréia do Sul, que nasceu de uma guerra encerrada com um empate em meados dos anos 50 e em estado de pré-guerra com o norte desde então; vês alguma comparação conosco? Aqui as FA tiveram que fabricar HE contra a Argentina e até Uruguay (1962), embasadas nas Guerras do Prata dos tempos do Dom Pedro, simplesmente para continuarem existindo, em vez de voltarem a ser uma espécie de guarda nacional, como naqueles tempos longínquos.
Basta ver que nem no governo militar (64/85) tiveram prioridade.
Aqui não temos o que outros têm, pais contando aos filhos e aos amigos deles, e depois aos netos e aos amigos deles, como é estar em guerra (ou seja, não está gravada no imaginário popular), e aquilo que nunca nos atingiu a gente tende a crer que nunca nos atingirá, é da natureza humana...
Citaste a Coréia do Sul, que nasceu de uma guerra encerrada com um empate em meados dos anos 50 e em estado de pré-guerra com o norte desde então; vês alguma comparação conosco? Aqui as FA tiveram que fabricar HE contra a Argentina e até Uruguay (1962), embasadas nas Guerras do Prata dos tempos do Dom Pedro, simplesmente para continuarem existindo, em vez de voltarem a ser uma espécie de guarda nacional, como naqueles tempos longínquos.
Basta ver que nem no governo militar (64/85) tiveram prioridade.
Aqui não temos o que outros têm, pais contando aos filhos e aos amigos deles, e depois aos netos e aos amigos deles, como é estar em guerra (ou seja, não está gravada no imaginário popular), e aquilo que nunca nos atingiu a gente tende a crer que nunca nos atingirá, é da natureza humana...
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Re: AVIBRAS
Bem, nesse bolo tem Emgeprom (alguém acha que tem que dar lucro?), Dataprev, entre outras. Ou seja, somente as dependentes do Tesouro.Pablo Maica escreveu: ↑Ter Nov 12, 2024 3:04 pm Estatização e subsídios são coisas diferentes, pelo menos conceitos que vi. É inegável que o estado tenha papel predominante no mercado de defesa como agente, mas uma coisa é subsidiar, outra é controlar administrativamente.
Avibrás estatizada apenas viria a se juntar ao triste contexto abaixo:
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/m ... m-22-anos/
Um abraço e t+
Já as que dão lucros gigantescos, como BB e Petrobras, são deixadas de fora da conta.
Dito isso, sou contra estatizar a Avibras. Sinceramente, acho melhor deixar falir do que estatizar. A parte mais importante da empresa são os funcionários (capital humano). E esses podem encontrar guarida em outras empresas estratégicas de defesa.
Se for pra gastar dinheiro público, melhor gastar em empresas funcionais e sérias. Temos alguns bons exemplos por aqui.
Abraços
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Re: AVIBRAS
Pessoalmente considero a estatização da Avibras inviável e mesmo nociva ao erário público.
Por outro lado, é papel do poder público gerir a crise da empresa por se tratar de uma EED, tal como reza a lei.
Simplesmente deixar morrer e f... se não é uma opção racional.
Todos sabemos que a empresa tem/ teria capacidades para fomentar vários projetos estratégicos das ffaa's, mas, o próprio Estado no Brasil é o principal e mais inequívoco responsável pela inviabilidade e sustentabilidade da BIDS no longo prazo, vide a negligência e omissão com que o setor é sempre tratado por todos os governos do momento.
Assim, o caso da Avibras não é apenas sui generis e/ou episódico, ao contrário, é reflexo da realidade cotidiana de um setor industrial do país que nunca se fez respeitar e não consegue fazê-lo mesmo com todo o enorme retorno em PDI, C&T, emprego, renda, exportação e carga tributária. Nada parece favorecer o setor de defesa no Brasil, por mais óbvias sejam sua importância e necessidade.
E se a sociedade não sente falta da defesa que não sabe que tem, e precisa, o que esperar do poder público então?
Por outro lado, é papel do poder público gerir a crise da empresa por se tratar de uma EED, tal como reza a lei.
Simplesmente deixar morrer e f... se não é uma opção racional.
Todos sabemos que a empresa tem/ teria capacidades para fomentar vários projetos estratégicos das ffaa's, mas, o próprio Estado no Brasil é o principal e mais inequívoco responsável pela inviabilidade e sustentabilidade da BIDS no longo prazo, vide a negligência e omissão com que o setor é sempre tratado por todos os governos do momento.
Assim, o caso da Avibras não é apenas sui generis e/ou episódico, ao contrário, é reflexo da realidade cotidiana de um setor industrial do país que nunca se fez respeitar e não consegue fazê-lo mesmo com todo o enorme retorno em PDI, C&T, emprego, renda, exportação e carga tributária. Nada parece favorecer o setor de defesa no Brasil, por mais óbvias sejam sua importância e necessidade.
E se a sociedade não sente falta da defesa que não sabe que tem, e precisa, o que esperar do poder público então?
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Re: AVIBRAS
Tudo é questão de equilíbrio, da mesma forma que uma estatal não precisa necessariamente gerar lucros abundantes, também não precisa ser um sumidouro de dinheiro público. Talvez uma saída para a Avibras fosse SEM, mas diferente de banco e petróleo, defesa não é lá um mercado muito atrativo por aqui.Duka escreveu: ↑Ter Nov 12, 2024 4:18 pmBem, nesse bolo tem Emgeprom (alguém acha que tem que dar lucro?), Dataprev, entre outras. Ou seja, somente as dependentes do Tesouro.
Já as que dão lucros gigantescos, como BB e Petrobras, são deixadas de fora da conta.
Dito isso, sou contra estatizar a Avibras. Sinceramente, acho melhor deixar falir do que estatizar. A parte mais importante da empresa são os funcionários (capital humano). E esses podem encontrar guarida em outras empresas estratégicas de defesa.
Se for pra gastar dinheiro público, melhor gastar em empresas funcionais e sérias. Temos alguns bons exemplos por aqui.
Enfim, difícil visualizar um cenário onde uma estatização da Avibras não se torne apenas mais uma operação deficitária, apenas contribuindo para a estagnação de uma indústria de defesa que só decola nos livros brancos, azuis, roxos, BIDS e toda essas inciativas que se repetem a cada década ou duas e não resultam em praticamente nada realmente efetivo. E como tu bem dissestes, tem mais empresas que fariam bom uso dos vários bilhões que a estatização e operação da Avibras consumiriam.
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Re: AVIBRAS
Saiu alguma notícia dessa famigerada reunião?
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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- FCarvalho
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Re: AVIBRAS
Essa situação está ficando chata já. A Avibras sequer tem ações no mercado, então por que ficar fazendo mistério com o nome do comprador? Isso me parece uma grande marmelada. A lapada vai ser forte quando descobrirem que, de brasileiro, esse "investidor misterioso" não tem nada. Se todo esse teatrinho for pra entregar a empresa, digo, as tecnologias nas mãos de um bacanão lá de fora...
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