AVIBRAS

[gabriel219]

Astros AFG, 122 mm, munições guiadas...

Aquilo ali já tem pra lançar daqui a um ano, é a Avibrás focar exclusivamente nesse ecossistema e pegar parcerias com a SIATT - leia-se Edge Group -, MacJee e a AdTech para incrementar o sistema. Há muito mercado pro Astros AFG, ainda mais com os sucessos de HIMARS e Tornado-S na Ucrânia, MRLS com alternativas amplas de munições guiadas são verdadeiros game-changers.

Além de entregar as baterias pro EB, verificar a possibilidade de vender mais uma ou duas, que o GF estava pensando a não tanto tempo.

Eu abriria mão de outros programas que a Avibrás ganhou, como o caso do VLPP. Até, inclusive, pensaria em vender a tecnologia dos foguetes desenvolvidos pra futura ALADA ou empresas que participam do programa espacial, dos consórcios do VLPP ou até pra MacJee.

Essa é a receita do bolo pra Avibrás voltar aos trilhos e ai depois pensamos em outras coisas.

[RobsonBCruz]

Colega, o primeiro ponto, eu compartilho em 100% o pensamento do colega Túlio, eu também vi a caso da Engesa, é o da Avibras está igual, na verdade está mais pra novela mexicana!!

Se você está a par do que se passa dentro da Avibrás, então deve ter interpretado melhor que eu o comunicado, mas pra mim continua confuso, tanto a situação da empresa como o comunicado.

Diferente do comunicado anterior da negociação com os australiano, o título não é venda, e sim "Negociação com o Investidor", e inicialmente não trata logo do assunto mas da recuperação financeira da Avibras.

Depois dar data, e fala que foi feita um acordo para aquisição do controle da Avibras, ou seja, já temos um pré contrato e que não é com o fundo soberano da Arabia Saudita mas com algum investidor nacional, que é natural para que se mantenha como EED.

Logo em seguida começa as contradições, fala em reestruturação da empresa e condições para que o acordo seja válido, mas quem deve falar isso é o novo acionista majoritário e não a Avibrás, levando-se a crer que não haverá perda do controle do atual acionista majoritário.

Em seguida fala em partes envolvidas, levando a crer que não é somente um investidor nacional e que supõe-se com várias atribuições epecíficas.

Por fim, eu sempre achei que o mercado mais lucrativo da Avibras fosse as munições e os combustiveis, e não os projetos em sí, como Astros e outros, sempre ouvi falar que os lucros eram gerados por estes dois ramos específicos.

É isso!!

A parte mais DOIDA é justamente a que destaquei: a AVIBRAS é uma empresa de capital fechado, não há acionistas (ou haveria ticker na bolsa como a EMBR3 na B3, ERJ na NYSE) e sim, se for o caso, COTISTAS.

Só transformar cotas em ações já seria um pesadelo, pois até IPO de empresa em estado pré-falimentar teria que haver; acho que não é por aí, me parece mais com venda do controle mesmo, depois uma limpa na horrenda administração incompetente, inventário detalhado e por aí vai, e fica o mesmo ponto da ENGESA, outra empresa de capital fechado, BTW: o que ela tem já quase pronto para lançar e que seja altamente promissor em vendas futuras?

A então estatal EMBRAER, quando da privatização nos anos 90, tinha o ERJ (e o gov.br saneou a empresa financeiramente antes de vender)...

A Avibras é uma empresa constituída sobre a forma de S/A. Logo, seu capital é definido em ações, ainda que as ações não sejam negociadas em bolsa de valores (S/A de capital fechado).

Esse capital pode ser dividido em ações com direito a voto (ordinárias) e ações sem direito a voto (preferenciais).

Um caso exemplificativo é o da SIATT, exposto no video O grupo de sócios brasileiros possuem 50,1% (mas poderia ser menos) do capital total, mas possuem 60% do capital votante, enquanto que a Edge possui 49,9% do capital total e 40% do capital votante.

[Túlio]

A Avibras é uma empresa constituída sobre a forma de S/A. Logo, seu capital é definido em ações, ainda que as ações não sejam negociadas em bolsa de valores (S/A de capital fechado).

Esse capital pode ser dividido em ações com direito a voto (ordinárias) e ações sem direito a voto (preferenciais).

Um caso exemplificativo é o da SIATT (...). O grupo de sócios brasileiros possuem 50,1% (mas poderia ser menos) do capital total, mas possuem 60% do capital votante, enquanto que a Edge possui 49,9% do capital total e 40% do capital votante.

Tens razão, eu tinha esquecido destas (afinal, como não são listadas, mal sei o basicão) mas creio que o restante da minha linha de raciocínio se mantém: dada a desastrosa situação financeira, quem lhe emprestaria dinheiro ou sei lá, aceitaria debêntures?

Até onde sei todos os colaterais que poderiam ser usados já o foram e, descontadas as "pequenas" dívidas de todo tipo e com meio mundo, precisaria ter algum produto altamente promi$$or para alguém daqui de dentro (lembres, "investidor NACIONAL", disseram) arriscar, como fez o Bozzano-Simonsen com a EMBRAER.

Ainda sobre esta última, lembremos que o ERJ era um produto essencialmente CIVIL, quase uma commodity; já foguetes e mísseis são 100% MILITARES, sujeitos a controles e vetos de todo tipo.

[FCarvalho]

A situação da Avibras é tão calamitosa que dificilmente ela volta a produzir qualquer coisa antes de uns 6 meses. A empresa está praticamente parada há dois anos devido à greve dos funcionários.

Aliás, segundo o sindicato dos metalúrgicos representantes deste e do tal investidor nacional irão se reunir semana que vem para discutir as propostas na mesa.

[Túlio]

A situação da Avibras é tão calamitosa que dificilmente ela volta a produzir qualquer coisa antes de uns 6 meses. A empresa está praticamente parada há dois anos devido à greve dos funcionários.

Aliás, segundo o sindicato dos metalúrgicos representantes deste e do tal investidor nacional irão se reunir semana que vem para discutir as propostas na mesa.

IMHO cortina de fumaça porque financeiramente inviável, senão vejamos:


O que já tem pronto está longe de ser produto de ponta, é "pé de boi";

O que não está pronto vai custar dinheiro gro$$o (que todos sabemos que no hay) até chegar à prateleira (e mesmo assim nada tem de tão especial);

Os melhores mercados (Rússia, Ucrânia, Taiwan, Israel) não podem ser explorados porque somos reféns de todo mundo no cenário internacional;

Para não falar na vizinhança e mercado interno, que mal sustentariam uma fabriqueta especializada em FFAR 2.75;

Só botar a empresa de volta ao que era dez anos atrás já seria um baita sorvedouro de dinheiro.


A SIATT é o melhor exemplo desta tese: os donos venderam a MECTRON pra Odebrecht, esta fechou a Divisão de Defesa e os projetos em andamento foram redistribuídos (até a já moribunda AVIBRAS pegou o falecido A-Darter) entre outras.

Que fechem e redistribuam o pouco que ainda pode ser desenvolvido e comercializado (com as malditas restrições acima) a quem puderem, pois acho que já se gastou vela demais com esta defunta.

[FCarvalho]

Olá @Túlio

A Avibras, suponho, depois de dois anos de greve deve ter perdido quase completamente a sua mão de obra mais especializada na área de engenharia, que sempre foi o seu forte. Sobrou o pessoal da linha de produção, técnicos e, talvez, um pequeníssimo grupo de abnegados engenheiros. Mas nada suficiente para tirar a empresa do ostracismo em que se encontra hoje.

Pior, ela não possui encomenda de ninguém, com o governo através do EB tentando arrumar uns trocados a fim de obter a reposição de foguetes para os Astros, mas nada relevante do ponto de vista produtivo e financeiro, como era de se esperar. E salvo engano isso não prosperou.

Como disse no outro post aqui, produtos e soluções a empresa até tem, assim como existem demandas latentes no EB que poderiam eventualmente sustentar a retomada do processo produtivo dela no médio e longo prazo, mas, sabemos isso não está no script desse e de nenhum governo. Todos querem auferir os louros do trabalho da BIDS, mas ninguém quer alimentar o sistema. Essa é a nossa praxis.

Honestamente duvido muito que a Avibras tenha conserto mantendo a atual organização e estrutura que possui. Simplesmente está insolvente e não tem como responder às demandas e exigências de um mercado externo praticamente perdido para outros concorrentes já muito bem estabelecidos na praça. E com produtos/soluções que a Avibras não tem como oferecer alternativas à altura em tempo previsto.

Restaria o mercado interno. Bom, esse é muito, mas muito pior mesmo do que tentar vender lá fora, sendo inviável do ponto de vista prático. Com ou sem investidor nacional ou estrangeiro.

Esse é o drama dessa novela tragicômica de mal gosto. Querem salvar a Avibras de qualquer jeito, mas ninguém, leia-se o Estado brasileiro, quer botar a mão no bolso para isso. Nada mais incoerente e hipócrita que se possa imaginar.

[J.Ricardo]

Acho que a Avibras nas mãos de uma Akaer voaria, ela é igual uma empresa que trabalhei em que o pai morreu e foi depois administrada pelos filhos que passavam o final de semana na Suíça esquiando...
A Avibras perdeu a gana, espero que dessa vez quem assuma sua diretoria seja alguém que realmente explore esse novo terrível mundo que esta a se armar a espera de uma guerra (que só a nossa elite política insiste em não ver).

[FCarvalho]

Acho que a Avibras nas mãos de uma Akaer voaria, ela é igual uma empresa que trabalhei em que o pai morreu e foi depois administrada pelos filhos que passavam o final de semana na Suíça esquiando...
A Avibras perdeu a gana, espero que dessa vez quem assuma sua diretoria seja alguém que realmente explore esse novo terrível mundo que esta a se armar a espera de uma guerra (que só a nossa elite política insiste em não ver).

Da politicalha tupiniquim e do coronelismo silvícola adjacente que lhe faz sombra não se pode esperar nada na seara da Defesa. Isto é fato.

A agenda político ideológica dos governos de plantão é minar cada vez mais, e o máximo possível, seus "arqui-inimigos" de farda, objeto sem o qual os arremêdos de auto justificativa simplesmente não existem e não cabem no mundo real.

FFAA''s no Brasil sempre foram vistas, e tratadas, como uma espécie de jagunços de luxo para pseudo políticas públicas de ocasião, remendos de segurança pública e, sempre que necessário, lembrar ao populacho "qual é o seu lugar."

A Avibras é só um exemplo típico de um país atrasado, alienado e que se sente equidistante de tudo e todos no mundo. Até a realidade vir bater na nossa porta inopinadamente. Mas nós já vimos esse filme, e sabemos como ele termina. Ou melhor, parece nunca ter fim.

[Túlio]

Acho que a Avibras nas mãos de uma Akaer voaria, ela é igual uma empresa que trabalhei em que o pai morreu e foi depois administrada pelos filhos que passavam o final de semana na Suíça esquiando...
A Avibras perdeu a gana, espero que dessa vez quem assuma sua diretoria seja alguém que realmente explore esse novo terrível mundo que esta a se armar a espera de uma guerra (que só a nossa elite política insiste em não ver).

O problema com essa comparação é que o "pai" da AVIBRAS já era torto ele mesmo, eu lembro da empresa toda enrolada com dívidas insustentáveis (tipo trabalhistas, previdenciárias, fiscais etc) desde o século passado, sempre devido à gestão irresponsável.

Por isso prefiro comparar com a falecida ENGESA; aliás, o melhor epitáfio para ela eu li numa longa entrevista SNME na S&D da época, onde um OG do EB (não consigo lembrar do nome, desculpem), após discorrer sobre o inusitado dia-a-dia ("tem tanto oficial e parente de oficial trabalhando lá que se entrar um general só as secretárias ficam sentadas" ) e as birutagens do Whitaker Ribeiro, tipo o "tapete voador" e uma porção de protótipos que não deram em nada, sentenciou: "vão-se os anéis mas ficam os dedos", porque aquilo lá já estava drenando o orçamento operacional inteiro do Exército.

[mauri]

E a novela continua, até a Norinco foi ressuscitada e o Fundo Soberana da Arábia Saudita é o Investidor Nacional........rsrsrsr


https://revistaforum.com.br/brasil/2024 ... 68556.html

[Duka]

o Fundo Soberana da Arábia Saudita é o Investidor Nacional

Não está escrito isso na reportagem.

[Túlio]

o Fundo Soberana da Arábia Saudita é o Investidor Nacional

Não está escrito isso na reportagem.

Hôme, é A FORUM, apenas faz uma salada de frases e toca pra frente.

Já paraste pra pensar em QUAL É o público-alvo?(*)

(*) - Não são particularmente notáveis pelo bom discernimento.

[mauri]

Está escrito lá: O Fundo Soberano da Arábia Saudita estaria cada vez mais próximo de se tornar o principal dono da Avibras — com a perspectiva de assumir até 80% da companhia —, dizem os rumores do setor.

Mas não duvido em uma triangulação não!!

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c99w5x984pno
https://www.infomoney.com.br/economia/f ... no-brasil/
https://noticias.uol.com.br/colunas/jam ... mentos.htm

[Túlio]

Está escrito lá: O Fundo Soberano da Arábia Saudita estaria cada vez mais próximo de se tornar o principal dono da Avibras — com a perspectiva de assumir até 80% da companhia —, dizem os rumores do setor.

Mas não duvido em uma triangulação não!!

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c99w5x984pno
https://www.infomoney.com.br/economia/f ... no-brasil/
https://noticias.uol.com.br/colunas/jam ... mentos.htm

Desculpes por ter-me expressado mal, cupincha, não me referia a ti: sei que és COMUNAZZZ mas não do tipo mais comum, que não sabe (nem gosta) de pensar com a própria cabeça, contigo dá pra debater Defesa.

[mauri]

Enquanto isso o Barco da Avibras continua atolado, mas tem uma notícia boa, os que querem atolar mais ainda estão perdendo na justiça:

https://www.sindmetalsjc.org.br/noticia ... rrar-greve

https://globoplay.globo.com/v/12906425/