Comando de Operações Aeroespaciais - COMAE
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Re: Comando de Operações Aeroespaciais - COMAE
O 2o Grupo de Transporte e seus esquadrões - uma visão perspectiva de futuro.
Após fazer algumas reflexões, e apontar ações, que são próprias do comando da força aérea, e mais objetivamente, de iniciativa e gestão pelo ministério da defesa, como parte das mudanças necessárias que se faz jus ao setor de transporte da FAB, é mister traçar algumas questões importantes sobre o 2o GT, com sede na base aérea do Galeão, Rio de Janeiro.
Esta unidade militar é responsável hoje pelo transporte logístico interno e externo da força aérea, mantendo as linhas de abastecimento das bases aéreas, e demais OM da rede de controle e defesa aérea, provendo, também, as embaixadas brasileiras no exterior. Ainda, é usado no Correio Aéreo Nacional, e como vetor de transporte sob demanda dos demais ministérios e órgãos públicos, legislativos e judiciários, no apoio a suas atividade fim.
O 2o GT, é divido entre dois esquadrões, sendo o 2o\2o GT Esquadrão Corsário, que opera os 2 recém adquridos KC-30 (A330-200 ex-Azul) e responsável pelo que podemos chamar de transporte pesado nacional e internacional, além do reabastecimento em voo das demais aeronaves da FAB que possuem esta capacidade, com o 1o\2o GT Esquadrão Condor operando os indefectíveis C-99 (ERJ-145) que são mais afetos ao transporte de pessoal tanto militar como civil da força aérea, ou sob demanda de outros órgãos, além de assistir o CAN, missões VIP, EVAM, ACISO e MMI.
Ambos esquadrões costumam voar pelo país inteiro, e não raras vezes, fazem viagens ao exterior em apoio as atividades militares da FAB, como de apoio ao governo, missões parlamentares e do poder judiciário.
Como se disse no início, esta OM faz o apoio logístico da FAB como um todo, mantendo as linhas de abastecimento a todas as OM espalhadas pelo país, além dos suprimentos que são importados para a manutenção das atividades regulares. A mesma ainda atende o apoio logístico das demais forças armadas de forma que, também é responsável por manter as linhas de abastecimento sob demanda de exército e marinha. Ambas via de regra realizadas de forma não integral, vide a falta de vetores em quantidade e qualidade necessários ao pleno atendimento de todas as solicitações que chegam.
O 2o GT costumeiramente é complementado em suas missões pelo 1o\1o GT também instalado na base aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. Este esquadrão também é utilizado em apoio, principalmente, à brigada paraquedista do exército e em atividades logísticas de resuprimento e transporte. Como ambas OM partilham da mesma base, costumam trocar muita experiências em suas muitas missões país afora.
Em termos materiais, à luz do que hora vemos nas missões de apoio no RS das forças armadas, defesa civil e forças policiais e bombeiros militares, é patente que a FAB não possui capacidades plenas de alocar esforços no sentido de atender todas as demandas que lhe chegam. Como no caso dos ETA e dos esquadrões de transporte é necessário uma revisão geral da organização e dos vetores do 2o Grupo de Transporte, de forma a alocar maior e melhor capacidade de atender não só as atividades primárias de força aérea, como, e também, situações de emergência civil que demandem esforços para o seu pronto atendimento sem contudo abrir-se mão das ações próprias de uma força militar, que hoje é o que não vemos acontecer. Pelo contrário.
Assim, como sugestão, propomos a seguinte organização para os dois esquadrões deste grupo de transporte:
1o\2o GT - Aeronave Militar Tática de Transporte Grande - Projeto C-X
1a Esquadrilha - 4 a 6 unidades
2a Esquadrilha - 4 a 6 unidades
3a Esquadrilha - 4 a 6 unidades
4a Esquadrilha - 4 a 6 unidades
2o\2o GT - Aeronave Militar Transporte e Reabastecimento - KC-30
1a Esquadrilha VVIP - 3 unidades - 2 VVIP e 1 KC de apoio a missão presidencial
2a Esquadrilha KC - 3 unidades
3a Esquadrilha KC - 3 unidades
O Projeto C-X deve buscar no mercado internacional uma aeronave militar pesada com capacidade de carga de, no mínimo, 40 ton, equivalente ao peso transportado pelos antigos KC-137, quando adaptados para transporte de carga, e com alcance e desempenho adequados as extensões do país e das missões de interesse da FAB dentro do TO estratégico sul americano.
Hoje o mercado oferece apenas dois modelos de aviões que atenderiam, a priori, estes requisitos, quais sejam o chinês Xian Y-20 e o russo Ilyushin IL-76, ambos em produção. No médio prazo talvez o Kawasaki possa evoluir a fim de transportar aquele peso, mas sem clientes de exportação que favoreçam a adaptação do modelo para as exigências do mercado internacional, dificilmente os japoneses se darão o trabalho de adaptar seu avião para isso. Restaria o C-17 norte americano, já fora de produção e com demanda de uso muito alta pela USAF.
No momento não há projetos de novos aviões militares táticos que possuam pelo menos 40 ton de carga paga, sendo que o A400M europeu chega a no máximo 37 ton. Isto limita e dificulta enormemente as escolhas da FAB dadas as conhecidas reticências que os militares brasileiros tem em relação a produtos chineses e russos. Estes últimos tem no papel um modelo que visa substituir os IL-76, mas a guerra na Ucrânia jogou qualquer possiblidade de tornar-se concreto ainda nesta década.
A adoção de um modelo de cargo militar pesado para realizar as missões de transporte e abastecimento logístico permitiria à FAB poder empregar mais livremente sua frota de KC-390 e KC-30, colaborando de forma a ampliar o leque de missões que podem ser cumpridas ao mesmo tempo, sem contudo abrir mão das atividades primárias.
Quero crer que entre 16 a 24 aviões com estas características não sejam demais para a força aérea, assim como tão pouco acredito que 28 unidades ou mais do KC-390 irão falir o orçamento da FAB, desde que este seja revisado antes de tudo. E aqui ressalte-se que de nada adianta melindrar todas estas questões se a principal, que é a disponibilidade regular, previsível, razoável e permanente de orçamento para custeio e investimento não sejam capazes de sustentar todas as operações sem meios termos ou cortes inopinados e necessárias ao pleno cumprimento da missão de força aérea.
Resta acrescer que o momento urge para que se façam as alocuções necessárias e oportunas a fim de colocar o assunto na pauta política e social do país. Do contrário, é apenas questão de tempo até o próximo desastre humano e ambiental acontecer e começar tudo isso que vemos de novo. E sem remédio preventivo.
Após fazer algumas reflexões, e apontar ações, que são próprias do comando da força aérea, e mais objetivamente, de iniciativa e gestão pelo ministério da defesa, como parte das mudanças necessárias que se faz jus ao setor de transporte da FAB, é mister traçar algumas questões importantes sobre o 2o GT, com sede na base aérea do Galeão, Rio de Janeiro.
Esta unidade militar é responsável hoje pelo transporte logístico interno e externo da força aérea, mantendo as linhas de abastecimento das bases aéreas, e demais OM da rede de controle e defesa aérea, provendo, também, as embaixadas brasileiras no exterior. Ainda, é usado no Correio Aéreo Nacional, e como vetor de transporte sob demanda dos demais ministérios e órgãos públicos, legislativos e judiciários, no apoio a suas atividade fim.
O 2o GT, é divido entre dois esquadrões, sendo o 2o\2o GT Esquadrão Corsário, que opera os 2 recém adquridos KC-30 (A330-200 ex-Azul) e responsável pelo que podemos chamar de transporte pesado nacional e internacional, além do reabastecimento em voo das demais aeronaves da FAB que possuem esta capacidade, com o 1o\2o GT Esquadrão Condor operando os indefectíveis C-99 (ERJ-145) que são mais afetos ao transporte de pessoal tanto militar como civil da força aérea, ou sob demanda de outros órgãos, além de assistir o CAN, missões VIP, EVAM, ACISO e MMI.
Ambos esquadrões costumam voar pelo país inteiro, e não raras vezes, fazem viagens ao exterior em apoio as atividades militares da FAB, como de apoio ao governo, missões parlamentares e do poder judiciário.
Como se disse no início, esta OM faz o apoio logístico da FAB como um todo, mantendo as linhas de abastecimento a todas as OM espalhadas pelo país, além dos suprimentos que são importados para a manutenção das atividades regulares. A mesma ainda atende o apoio logístico das demais forças armadas de forma que, também é responsável por manter as linhas de abastecimento sob demanda de exército e marinha. Ambas via de regra realizadas de forma não integral, vide a falta de vetores em quantidade e qualidade necessários ao pleno atendimento de todas as solicitações que chegam.
O 2o GT costumeiramente é complementado em suas missões pelo 1o\1o GT também instalado na base aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. Este esquadrão também é utilizado em apoio, principalmente, à brigada paraquedista do exército e em atividades logísticas de resuprimento e transporte. Como ambas OM partilham da mesma base, costumam trocar muita experiências em suas muitas missões país afora.
Em termos materiais, à luz do que hora vemos nas missões de apoio no RS das forças armadas, defesa civil e forças policiais e bombeiros militares, é patente que a FAB não possui capacidades plenas de alocar esforços no sentido de atender todas as demandas que lhe chegam. Como no caso dos ETA e dos esquadrões de transporte é necessário uma revisão geral da organização e dos vetores do 2o Grupo de Transporte, de forma a alocar maior e melhor capacidade de atender não só as atividades primárias de força aérea, como, e também, situações de emergência civil que demandem esforços para o seu pronto atendimento sem contudo abrir-se mão das ações próprias de uma força militar, que hoje é o que não vemos acontecer. Pelo contrário.
Assim, como sugestão, propomos a seguinte organização para os dois esquadrões deste grupo de transporte:
1o\2o GT - Aeronave Militar Tática de Transporte Grande - Projeto C-X
1a Esquadrilha - 4 a 6 unidades
2a Esquadrilha - 4 a 6 unidades
3a Esquadrilha - 4 a 6 unidades
4a Esquadrilha - 4 a 6 unidades
2o\2o GT - Aeronave Militar Transporte e Reabastecimento - KC-30
1a Esquadrilha VVIP - 3 unidades - 2 VVIP e 1 KC de apoio a missão presidencial
2a Esquadrilha KC - 3 unidades
3a Esquadrilha KC - 3 unidades
O Projeto C-X deve buscar no mercado internacional uma aeronave militar pesada com capacidade de carga de, no mínimo, 40 ton, equivalente ao peso transportado pelos antigos KC-137, quando adaptados para transporte de carga, e com alcance e desempenho adequados as extensões do país e das missões de interesse da FAB dentro do TO estratégico sul americano.
Hoje o mercado oferece apenas dois modelos de aviões que atenderiam, a priori, estes requisitos, quais sejam o chinês Xian Y-20 e o russo Ilyushin IL-76, ambos em produção. No médio prazo talvez o Kawasaki possa evoluir a fim de transportar aquele peso, mas sem clientes de exportação que favoreçam a adaptação do modelo para as exigências do mercado internacional, dificilmente os japoneses se darão o trabalho de adaptar seu avião para isso. Restaria o C-17 norte americano, já fora de produção e com demanda de uso muito alta pela USAF.
No momento não há projetos de novos aviões militares táticos que possuam pelo menos 40 ton de carga paga, sendo que o A400M europeu chega a no máximo 37 ton. Isto limita e dificulta enormemente as escolhas da FAB dadas as conhecidas reticências que os militares brasileiros tem em relação a produtos chineses e russos. Estes últimos tem no papel um modelo que visa substituir os IL-76, mas a guerra na Ucrânia jogou qualquer possiblidade de tornar-se concreto ainda nesta década.
A adoção de um modelo de cargo militar pesado para realizar as missões de transporte e abastecimento logístico permitiria à FAB poder empregar mais livremente sua frota de KC-390 e KC-30, colaborando de forma a ampliar o leque de missões que podem ser cumpridas ao mesmo tempo, sem contudo abrir mão das atividades primárias.
Quero crer que entre 16 a 24 aviões com estas características não sejam demais para a força aérea, assim como tão pouco acredito que 28 unidades ou mais do KC-390 irão falir o orçamento da FAB, desde que este seja revisado antes de tudo. E aqui ressalte-se que de nada adianta melindrar todas estas questões se a principal, que é a disponibilidade regular, previsível, razoável e permanente de orçamento para custeio e investimento não sejam capazes de sustentar todas as operações sem meios termos ou cortes inopinados e necessárias ao pleno cumprimento da missão de força aérea.
Resta acrescer que o momento urge para que se façam as alocuções necessárias e oportunas a fim de colocar o assunto na pauta política e social do país. Do contrário, é apenas questão de tempo até o próximo desastre humano e ambiental acontecer e começar tudo isso que vemos de novo. E sem remédio preventivo.
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Re: Comando de Operações Aeroespaciais - COMAE
Que viagem...
Brasil não é país de primeiro mundo e não tem como manter a força aérea que habita os seus devaneios.
Mas sonhar ainda é de graça.
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Re: Comando de Operações Aeroespaciais - COMAE
É um fórum de debates. Não estamos aqui com o rabo preso a ninguém.
E pensar é de graça.
Se não for para pensar, e debater, fecha o DB que é melhor.
Como disse no último post, antes de qualquer coisa, o problema orçamentário tem que ser resolvido definitivamente. Antes disso, vale pensar no que é necessário, e não apenas no mínimo básico necessário, que no nosso caso, já virou faz tempo o mínimo do mínimo possível.
A realidade não espera acomodações orçamentárias. E nem dá a mínima para o improviso regular das ffaa's e governos.
Como se diz por aí, pimenta nos olhos dos outros é refresco. Os gaúchos que o digam.
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Como disse no último post, antes de qualquer coisa, o problema orçamentário tem que ser resolvido definitivamente. Antes disso, vale pensar no que é necessário, e não apenas no mínimo básico necessário, que no nosso caso, já virou faz tempo o mínimo do mínimo possível.
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Re: Comando de Operações Aeroespaciais - COMAE
Segundo matéria do SBT, um C-98 Caravan teve que fazer um pouso forçado no Suriname. Estava a 60km de Tiriós, que é o PEF da área.
A tripulação está bem e nãos sofreu ferimentos. Um BH da FAB foi destacado para fazer o resgate da tripulação.
Para quem não sabe, Tiriós fica na fronteira com o Suriname, na região sul do país. Não há nada por perto deste PEF, com as zonas urbanas mais próximas ficando a mais de 300 km de distância.
Improvável que a FAB consiga resgatar esse avião de lá, posto que não possui helos com capacidade para içar o mesmo e trazer de volta, mesmo que para o PEF. O avião sofreu avarias, e ainda não se sabe em que condições está, ou se poderá ser utilizado novamente. O CENIPA já foi alertado.
Menos um avião na frota de transporte da FAB.
A tripulação está bem e nãos sofreu ferimentos. Um BH da FAB foi destacado para fazer o resgate da tripulação.
Para quem não sabe, Tiriós fica na fronteira com o Suriname, na região sul do país. Não há nada por perto deste PEF, com as zonas urbanas mais próximas ficando a mais de 300 km de distância.
Improvável que a FAB consiga resgatar esse avião de lá, posto que não possui helos com capacidade para içar o mesmo e trazer de volta, mesmo que para o PEF. O avião sofreu avarias, e ainda não se sabe em que condições está, ou se poderá ser utilizado novamente. O CENIPA já foi alertado.
Menos um avião na frota de transporte da FAB.
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Re: Comando de Operações Aeroespaciais - COMAE
FAB ultrapassa 2.000 horas de voo na Operação Taquari 2 em apoio ao RS
C-98 Caravan, KC-390 Millennium, KC-30, C-105 Amazonas, H-60 Black Hawk e H-36 Caracal estão entre as aeronaves empregadas na ajuda humanitária ao Estado
https://www.cavok.com.br/fab-ultrapassa ... poio-ao-rs
Para se ver. Quando há vontade(interesse) política, nada falta para as ffaa's em matéria de recursos.
E o empenho governamental célere e providente, apesar de sempre responsivo\reativo.
Considerar que a conta do uso intensivo de todos os meios envolvidos uma hora irá chegar. E neste momento veremos se a FAB fecha os olhos e respira fundo para não chorar, ou se vai a luta e manda a nota fiscal para o governo da hora.
A ver.
C-98 Caravan, KC-390 Millennium, KC-30, C-105 Amazonas, H-60 Black Hawk e H-36 Caracal estão entre as aeronaves empregadas na ajuda humanitária ao Estado
https://www.cavok.com.br/fab-ultrapassa ... poio-ao-rs
Para se ver. Quando há vontade(interesse) política, nada falta para as ffaa's em matéria de recursos.
E o empenho governamental célere e providente, apesar de sempre responsivo\reativo.
Considerar que a conta do uso intensivo de todos os meios envolvidos uma hora irá chegar. E neste momento veremos se a FAB fecha os olhos e respira fundo para não chorar, ou se vai a luta e manda a nota fiscal para o governo da hora.
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Re: Comando de Operações Aeroespaciais - COMAE
A FAB está retomando os estudos para a substituição dos Bandeirante C-98.
Esta programado para ainda este ano a emissão de RFI para os fabricantes de diversos países.
Segundo a própria FAB, este processo não obriga a compra ou mesmo a intenção de aquisição de qualquer modelo.
A ver.
Esta programado para ainda este ano a emissão de RFI para os fabricantes de diversos países.
Segundo a própria FAB, este processo não obriga a compra ou mesmo a intenção de aquisição de qualquer modelo.
A ver.
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Re: Comando de Operações Aeroespaciais - COMAE
Esperando você citar o Desaer em 3,2,1...FCarvalho escreveu: ↑Ter Out 22, 2024 7:08 pm A FAB está retomando os estudos para a substituição dos Bandeirante C-98.
Esta programado para ainda este ano a emissão de RFI para os fabricantes de diversos países.
Segundo a própria FAB, este processo não obriga a compra ou mesmo a intenção de aquisição de qualquer modelo.
A ver.
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Re: Comando de Operações Aeroespaciais - COMAE
Sigo com a mesma opinião de sempre, até prova em contrário, meu caro @CassioCassio escreveu: ↑Ter Out 22, 2024 7:54 pmEsperando você citar o Desaer em 3,2,1...FCarvalho escreveu: ↑Ter Out 22, 2024 7:08 pm A FAB está retomando os estudos para a substituição dos Bandeirante C-98.
Esta programado para ainda este ano a emissão de RFI para os fabricantes de diversos países.
Segundo a própria FAB, este processo não obriga a compra ou mesmo a intenção de aquisição de qualquer modelo.
A ver.
Mas, no que depender da FAB, essencialmente, este certame já tem solução pronta e indicada na forma do Cessna Sky Courrier, e todos aqui sabemos disso.
Só posso lamentar que em mais um momento - de muitos que já tivemos e temos, isto é cíclico no Brasil - onde a indústria nacional precisa ser objeto de atenção e responsabilidade de parte do poder público enquanto política de Estado, ela simplesmente passa batida outra vez. E ninguém está nem aí para isso.
Como se diz por aí, o agro é pop, o agro é tech, o agro é tudo...
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Re: Comando de Operações Aeroespaciais - COMAE
Fosse o ATL-100 uma proposta mais séria de uma empresa mais séria, talvez tivesse alguma atenção e chance...
Não basta aparecer com um PowerPoint e querer encomendas do governo.
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Re: Comando de Operações Aeroespaciais - COMAE
A Embraer nasceu praticamente dentro do ITA, como uma ideia mirabolante e incoerente com a realidade de um 'bando de loucos", em um tempo onde sequer se pensava que o Brasil fabricaria bicicletas, como se diz ao rememorar a história da empresa. E no entanto, olha ela aí.
Tudo neste país que não seja agro, em matéria de economia, sempre foi, e é tratado com desprezo e miopia. Essa é a nossa sina.
A DESAER foi ou é mais uma tentativa de burlar essa lógica dantesca que mata qualquer chance que temos de não sermos apenas e tão somente essa relação miserável casa grande x senzala com o mundo desenvolvido.
Um dia quem sabe a gente chega lá.
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Re: Comando de Operações Aeroespaciais - COMAE
Não dá para comparar o início da Embraer com a Desaer.
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Re: Comando de Operações Aeroespaciais - COMAE
A Embraer nasceu nas mãos de militares dentro do ITA, sem apoio formal ou informal do comando da FAB. Muita gente teve que ser convencida de que a ideia poderia ser próspera até a FAB se convencer, ou ser convencida, de que a Embraer era um sonho possível. Convencer o governo foi o passo seguinte, o que foi relativamente mais fácil com o apoio institucional da força aérea.
Os caras da DESAER são um bando de malucos em uma incubadora no DCTA com muitas ideias na cabeça mas sem nenhum apoio institucional e\ou oficial, mesmo a FAB possuindo há muito tempo - como bem se sabe - demanda material mais que justificável para tirar o projeto do papel, se quisesse.
Mas, houve uma reviravolta nos rumos e no trato da FAB em relação à BIDS, à PDI e C&T nos últimos anos, e praticamente jogou-se a toalha neste aspecto, ao priorizar a operacionalidade da força, e não mais investir na capacitação da BIDS e da indústria aeroespacial nacional. Virou um cada um por si de vez, e fim. Esta é a política atual da FAB em relação a investimento em PDI e C&T. O que não deixa de ser contraditório ao se ler os documentos norteadores do planejamento institucional de longo prazo que regem futuro da mesma.
Enfim, se a FAB quisesse, poderia arbitrar soluções a si a partir da DESAER. Novamente, se quisesse. Mas não quer, e não vai fazer isso. Sobra a Embraer que já está aí e tem condições de resolver o problema, também, a partir de investimentos em um novo produto, que demora ainda pelo menos uns 5 anos até ficar pronto. Mas este também não é o caminho que a FAB deseja. A ideia, goste-se ou não, é comprar algo pronto e já feito. E paramos por aí. A indústria nacional que se lixe, se vire, e que dê o seu jeito de vender o seu peixe para quem quiser. Desse mato aqui não sai nada. E nem sairá.
Paciência.
Os caras da DESAER são um bando de malucos em uma incubadora no DCTA com muitas ideias na cabeça mas sem nenhum apoio institucional e\ou oficial, mesmo a FAB possuindo há muito tempo - como bem se sabe - demanda material mais que justificável para tirar o projeto do papel, se quisesse.
Mas, houve uma reviravolta nos rumos e no trato da FAB em relação à BIDS, à PDI e C&T nos últimos anos, e praticamente jogou-se a toalha neste aspecto, ao priorizar a operacionalidade da força, e não mais investir na capacitação da BIDS e da indústria aeroespacial nacional. Virou um cada um por si de vez, e fim. Esta é a política atual da FAB em relação a investimento em PDI e C&T. O que não deixa de ser contraditório ao se ler os documentos norteadores do planejamento institucional de longo prazo que regem futuro da mesma.
Enfim, se a FAB quisesse, poderia arbitrar soluções a si a partir da DESAER. Novamente, se quisesse. Mas não quer, e não vai fazer isso. Sobra a Embraer que já está aí e tem condições de resolver o problema, também, a partir de investimentos em um novo produto, que demora ainda pelo menos uns 5 anos até ficar pronto. Mas este também não é o caminho que a FAB deseja. A ideia, goste-se ou não, é comprar algo pronto e já feito. E paramos por aí. A indústria nacional que se lixe, se vire, e que dê o seu jeito de vender o seu peixe para quem quiser. Desse mato aqui não sai nada. E nem sairá.
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Re: Comando de Operações Aeroespaciais - COMAE
A título de ilustração, a FAB possui hoje 6 ETA, dos 7 que até então haviam. O 4o ETA da BASP foi extinto, sem qualquer previsão de possível retorno do mesmo. Diz-se a boca pequena que há muitas reclamações em torno desta questão, mas a FAB não comenta, e nem dá nada a público, obviamente.
Se considerarmos uma demanda mínima de apenas 12 aeronaves por esquadrão, a fim de manter uma operacionalidade\disponibilidade razoável, seriam 72 aeronaves com vistas à aquisição futura. O Cessna Sky Courrier, que é a bola da vez, está cotado na sua versão civil entre 5 e 7 milhões a unidade no mercado internacional. Os custos de aquisição deste avião para a FAB, já pronto e certificado militarmente, podem assim ultrapassar assim o meio bilhão de dólares facilmente.
Honestamente, eu duvido que este ou qualquer outro governo autorize algo neste sentido em prazo visível. Por mais que a necessidade seja premente. É mais fácil deixarem todos os C-95 caírem de podre a fim de poder justificarem-se, do que antecipar o problema e resolver a questão em tempo adequado e certo.
Não existem muitas opções no mercado internacional que atendam às demandas da FAB. O que mais se aproxima é o novo avião da Cessna, e que entrou muito recentemente em operação, sendo na prática um Caravan biturbina.
Se considerarmos uma demanda mínima de apenas 12 aeronaves por esquadrão, a fim de manter uma operacionalidade\disponibilidade razoável, seriam 72 aeronaves com vistas à aquisição futura. O Cessna Sky Courrier, que é a bola da vez, está cotado na sua versão civil entre 5 e 7 milhões a unidade no mercado internacional. Os custos de aquisição deste avião para a FAB, já pronto e certificado militarmente, podem assim ultrapassar assim o meio bilhão de dólares facilmente.
Honestamente, eu duvido que este ou qualquer outro governo autorize algo neste sentido em prazo visível. Por mais que a necessidade seja premente. É mais fácil deixarem todos os C-95 caírem de podre a fim de poder justificarem-se, do que antecipar o problema e resolver a questão em tempo adequado e certo.
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Re: Comando de Operações Aeroespaciais - COMAE
Aproveitando, já que a FAB voltou a falar em substituir os Bandeirante, deixo aqui uma pergunta para debate a todos.
A FAB ainda precisa dos ETA em pleno século XXI, ou eles são uma excrecência de um passado que deve ser revista, mesmo superada, em favor de uma nova organização da aviação de transporte
E já que comecei, deixo aqui o meu pitaco.
Os ETA são a expressão da "mão amiga" da FAB no país, e as missões que exercem, principalmente voltadas para ACISO, MMI, SAR e CAN, além das indefectíveis missões subsidiárias, previstas em seus ordenamentos internos, denotam o papel social que a força aérea tem incutulrada, e da qual não abre mão.
A presença do ETA trás a capilaridade e a extensão do alcance da aviação de transporte onde os demais meios aéreos civis ou militares não conseguem, ou querem chegar, de forma que é, por assim dizer, não raras vezes, a única presença visível do Estado para muitos lugares no país, principalmente no interior, e para os cidadãos neles residentes.
Ainda que os KC-390 possam ser usados para abastecer PEF e\ou localidades isoladas nos lugares mais distantes e precários, o seu custo de operação ainda assim é muito alto para uma força aérea tradicionalmente mal acostumada a contar nos dedos as moedas do orçamento durante o ano. O aumento da frota de KC-390 poderia resolver muitas questões, e mesmo substituir com vantagens os ETA em determinadas missões, mas, suplantar integralmente os aviões leves seria a meu ver muito difícil, senão impraticável para as condições operacionais e financeiras da força aérea até onde se pode verificar.
Bom, vale a pena gastar dinheiro comprando aviões que, do ponto de vista militar podem ser questionáveis, enquanto suas capacidades e qualidades os indicam certamente para as missões primárias dos ETA? Até prova em contrário, eu entendo que sim.
Opiniões?
A FAB ainda precisa dos ETA em pleno século XXI, ou eles são uma excrecência de um passado que deve ser revista, mesmo superada, em favor de uma nova organização da aviação de transporte
E já que comecei, deixo aqui o meu pitaco.
Os ETA são a expressão da "mão amiga" da FAB no país, e as missões que exercem, principalmente voltadas para ACISO, MMI, SAR e CAN, além das indefectíveis missões subsidiárias, previstas em seus ordenamentos internos, denotam o papel social que a força aérea tem incutulrada, e da qual não abre mão.
A presença do ETA trás a capilaridade e a extensão do alcance da aviação de transporte onde os demais meios aéreos civis ou militares não conseguem, ou querem chegar, de forma que é, por assim dizer, não raras vezes, a única presença visível do Estado para muitos lugares no país, principalmente no interior, e para os cidadãos neles residentes.
Ainda que os KC-390 possam ser usados para abastecer PEF e\ou localidades isoladas nos lugares mais distantes e precários, o seu custo de operação ainda assim é muito alto para uma força aérea tradicionalmente mal acostumada a contar nos dedos as moedas do orçamento durante o ano. O aumento da frota de KC-390 poderia resolver muitas questões, e mesmo substituir com vantagens os ETA em determinadas missões, mas, suplantar integralmente os aviões leves seria a meu ver muito difícil, senão impraticável para as condições operacionais e financeiras da força aérea até onde se pode verificar.
Bom, vale a pena gastar dinheiro comprando aviões que, do ponto de vista militar podem ser questionáveis, enquanto suas capacidades e qualidades os indicam certamente para as missões primárias dos ETA? Até prova em contrário, eu entendo que sim.
Opiniões?
Carpe Diem