O futuro da AAAe no Brasil
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Exemplo de um país que resolveu investir novamente na Defesa:
Exemplo de um país que anda a brincar à Defesa à várias décadas:
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Vamos lá, bem devagar porque tem umas coisas que são muito difíceis de engolir.
Primeiro. É inadimissível, na minha opinião, que um manual de AAe em pleno século XXI admita-se a existência de OM a nível GU, ou mesmo em subníveis organizacionais, sem defesa AAe orgânica. Já começa errado por aí.
A organização do GAAe Sl a meu ver é basicamente uma formação meramente burocrática em termos de capacidade de cobertura da brigada, uma vez limitado ao uso de Manpad\Shorad, que são reconhecidamente sistemas para auto defesa de OM em nível BIS para baixo. Conquanto, as limitações e características do TOA podem tornar o uso do RBS-70NG uma solução passível, desde que ele fosse a única a ser usada. Não vejo qualquer sentido em Igla-S ou semelhante em um GAAe.
Quanto à organização da AAe em Bda AAe, me parece que as soluções encaminham-se para tomar como referência o que já tinha exposto aqui há tempos, e aludi no outro post, com comandos militares de área e regiões militares sendo o referencial para o estabelecimento destas GU AAe.
Faz-me rir que o EB tome como referência o emprego de sistemas de curto alcance na classe dos Shorad\Manpad como orgânicos nos GAAe, e pior, em usá-los como principal meio para a defesa em nível Bda e\ou DE até C Ex. Não há mínima lógica nisso, a não ser a financeira e burocrática doutrinal. A previsão de meios de média altura em conjunto com estes, quando eles, e os de grande altura\alcance, deveriam nortear a defesa AAe em grande escala é, para não dizer, brochante.
A definição de um GAAe por DE me parece ser algo lógico, uma vez que as AD já dispõe hoje em seus manuais de ao menos uma Bia AAe para defesa de suas OM, a priori, o que não impede seu emprego para a defesa de todo o dispositivo em nível divisional, no caso do emprego de um GAAe, o que é uma demanda do próprios manuais da artilharia de campanha. Como o EB pretende resolver isto, ainda veremos já que o quadro de distribuição acima é revelador do minimalismo da proposta de composição da AAe em diversos níveis.
Por fim, a julgar pela evolução das demandas que o EB apresenta em seu projeto estratégico para este setor, com a introdução de meios de longo alcance\altura junto aos de média altura\alcance, em algum momento eles deverão ser incorporados e ajustados ao atual sistema organizacional proposto neste manual da artilharia AAe. Conquanto, como se sabe, a existência destes meios está condicionada à estruturação das OM do exército país afora, e a mudanças doutrinais e organizacionais que ainda levam muito tempo para acontecer.
O que o manual deixa claro a meu ver, é que não se trata apenas de mudanças cosméticas de material de emprego, mas sobretudo de mudanças de doutrina, visão e emprego da AAe que temos, ainda limitada e sobrestada ao ditames do século passado. Precisamos evoluir, e muito, para não dizer rapidamente, nesta seara o quanto antes. Mesmo que a título de quebra galho e a base de RBS-70NG e Manpad. O que vier depois disso, se e quando vier, com certeza é lucro.
Primeiro. É inadimissível, na minha opinião, que um manual de AAe em pleno século XXI admita-se a existência de OM a nível GU, ou mesmo em subníveis organizacionais, sem defesa AAe orgânica. Já começa errado por aí.
A organização do GAAe Sl a meu ver é basicamente uma formação meramente burocrática em termos de capacidade de cobertura da brigada, uma vez limitado ao uso de Manpad\Shorad, que são reconhecidamente sistemas para auto defesa de OM em nível BIS para baixo. Conquanto, as limitações e características do TOA podem tornar o uso do RBS-70NG uma solução passível, desde que ele fosse a única a ser usada. Não vejo qualquer sentido em Igla-S ou semelhante em um GAAe.
Quanto à organização da AAe em Bda AAe, me parece que as soluções encaminham-se para tomar como referência o que já tinha exposto aqui há tempos, e aludi no outro post, com comandos militares de área e regiões militares sendo o referencial para o estabelecimento destas GU AAe.
Faz-me rir que o EB tome como referência o emprego de sistemas de curto alcance na classe dos Shorad\Manpad como orgânicos nos GAAe, e pior, em usá-los como principal meio para a defesa em nível Bda e\ou DE até C Ex. Não há mínima lógica nisso, a não ser a financeira e burocrática doutrinal. A previsão de meios de média altura em conjunto com estes, quando eles, e os de grande altura\alcance, deveriam nortear a defesa AAe em grande escala é, para não dizer, brochante.
A definição de um GAAe por DE me parece ser algo lógico, uma vez que as AD já dispõe hoje em seus manuais de ao menos uma Bia AAe para defesa de suas OM, a priori, o que não impede seu emprego para a defesa de todo o dispositivo em nível divisional, no caso do emprego de um GAAe, o que é uma demanda do próprios manuais da artilharia de campanha. Como o EB pretende resolver isto, ainda veremos já que o quadro de distribuição acima é revelador do minimalismo da proposta de composição da AAe em diversos níveis.
Por fim, a julgar pela evolução das demandas que o EB apresenta em seu projeto estratégico para este setor, com a introdução de meios de longo alcance\altura junto aos de média altura\alcance, em algum momento eles deverão ser incorporados e ajustados ao atual sistema organizacional proposto neste manual da artilharia AAe. Conquanto, como se sabe, a existência destes meios está condicionada à estruturação das OM do exército país afora, e a mudanças doutrinais e organizacionais que ainda levam muito tempo para acontecer.
O que o manual deixa claro a meu ver, é que não se trata apenas de mudanças cosméticas de material de emprego, mas sobretudo de mudanças de doutrina, visão e emprego da AAe que temos, ainda limitada e sobrestada ao ditames do século passado. Precisamos evoluir, e muito, para não dizer rapidamente, nesta seara o quanto antes. Mesmo que a título de quebra galho e a base de RBS-70NG e Manpad. O que vier depois disso, se e quando vier, com certeza é lucro.
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Re: O futuro da AAe no Brasil
Supondo que tudo isso que está descrito no manual chegue um dia a ser disposto ao EB, a conta a pagar será na extrastosférica casa do bilhão de dólares, o que por óbvio torna as soluções passíveis de escolha muito restritas, e caras também.
Ao menos no meu modo de ver, tudo isso justifica, e muito, a necessidade de continuarmos insistindo no desenvolvimento dos sistemas e subsistemas voltados à composição dos GAAe, de forma a mitigar o mais que possível nossa dependência de insumos e fornecedores externos. A logística, como se sabe, é o segredo para a efetividade real de qualquer sistema adotado.
Já temos aqui praticamente 80% de tudo o que precisamos para operacionalizar um GAAe, mas os projetos envolvidos nesta estruturação no momento passam por situação vexatória em função das limitações orçamentárias, com os radares M-200 e família, principais vetores tecnológicos desta organização, sem notícias e sem futuro a curto prazo, para sua disposição operacional ao exército.
Como já falei antes, o que precisamos de fato para completar a dotação dos GAAe com vetores de médio e grande altura\alcance são os mísseis em si, afora pequenos e pontuais insumos adjacentes necessários a sua integração. Não me conforme que tendo a capacidade e a expertise suficientes para dominar o fluxo de apoio e operação de um GAAe, ainda estejamos capengando na definição de um míssil e de seu fornecedor para nós. Pior, estamos deixando escapar a chance, talvez única, de apor à AAe tudo o que ela precisa para funcionar sem dependência extrema de fatores exógenos que torne seu uso inviável, principalmente, quando for mais necessário.
Posso estar sendo ingênuo, mas ainda temos tempo para colocar a parceria com a Denel em dia, e tentar aproveitar tudo o que já foi investido nela em uma visão de longo prazo. A proposta do AV-MMA da Avibras já demonstrou que é possível lançar mão de soluções nacionais para resolver em grande parte nossos déficits com a AAe. É questão de querer, e fazer. Essa, infelizmente para nós é a parte mais difícil. Míssil, lançadores, radares, C3 isso tudo é relativamente fácil e rápido de resolver. Já a falta de vontade e interesse reinantes com a Defesa Nacional é muito mais complicado.
Ao menos no meu modo de ver, tudo isso justifica, e muito, a necessidade de continuarmos insistindo no desenvolvimento dos sistemas e subsistemas voltados à composição dos GAAe, de forma a mitigar o mais que possível nossa dependência de insumos e fornecedores externos. A logística, como se sabe, é o segredo para a efetividade real de qualquer sistema adotado.
Já temos aqui praticamente 80% de tudo o que precisamos para operacionalizar um GAAe, mas os projetos envolvidos nesta estruturação no momento passam por situação vexatória em função das limitações orçamentárias, com os radares M-200 e família, principais vetores tecnológicos desta organização, sem notícias e sem futuro a curto prazo, para sua disposição operacional ao exército.
Como já falei antes, o que precisamos de fato para completar a dotação dos GAAe com vetores de médio e grande altura\alcance são os mísseis em si, afora pequenos e pontuais insumos adjacentes necessários a sua integração. Não me conforme que tendo a capacidade e a expertise suficientes para dominar o fluxo de apoio e operação de um GAAe, ainda estejamos capengando na definição de um míssil e de seu fornecedor para nós. Pior, estamos deixando escapar a chance, talvez única, de apor à AAe tudo o que ela precisa para funcionar sem dependência extrema de fatores exógenos que torne seu uso inviável, principalmente, quando for mais necessário.
Posso estar sendo ingênuo, mas ainda temos tempo para colocar a parceria com a Denel em dia, e tentar aproveitar tudo o que já foi investido nela em uma visão de longo prazo. A proposta do AV-MMA da Avibras já demonstrou que é possível lançar mão de soluções nacionais para resolver em grande parte nossos déficits com a AAe. É questão de querer, e fazer. Essa, infelizmente para nós é a parte mais difícil. Míssil, lançadores, radares, C3 isso tudo é relativamente fácil e rápido de resolver. Já a falta de vontade e interesse reinantes com a Defesa Nacional é muito mais complicado.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Algo que me chamou a atenção é que o EB quer a AAAe extremamente flexível cujos módulos não são nem a nível de bateria mas sim de seção.
Os proponsntes da AAAe de média altura que não fornecerem essa possibilidade vai prejudicar o que o EB está desenhando para o sistema.
Os proponsntes da AAAe de média altura que não fornecerem essa possibilidade vai prejudicar o que o EB está desenhando para o sistema.
- FCarvalho
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
A proposta no manual faz parecer que o exército está tentando atirar para todos os lados, e acabar não acertando em nada quando racionaliza ao máximo o emprego e os tipos de sistemas a serem dispostos em cada nível. A opção mínima de organização indicada no texto é exemplo disso. Se não tem média ou grande altura, como deveria ser, em OM tipo GAAe e Bda AAe, então cada um que se vire com um manpad e\ou shorad da vida, ou até canhão, que estiver em mãos.knigh7 escreveu: ↑Ter Out 15, 2024 4:59 pm Algo que me chamou a atenção é que o EB quer a AAAe extremamente flexível cujos módulos não são nem a nível de bateria mas sim de seção.
Os proponsntes da AAAe de média altura que não fornecerem essa possibilidade vai prejudicar o que o EB está desenhando para o sistema.
Notar porém que os recursos que o EB recebe anualmente não contemplam sequer um terço dos sistemas apontados no documento a fim de sustentar o que está escrito. O que equivale dizer que estamos diante de mais daqueles manuais cujo fim último não é senão servir de referencial teórico para tentar tapar buracos reais nas OM AAe da força. Veja também que o manual não fala em sistemas de longo alcance\altura como hora se observa nos planos da AAe pelo exército, o que é algo a ser revisto e pontuado, caso venhamos a dispor um dia de tais sistemas.
Por fim, ao menos agora parece que temos um norte com o qual nos medirmos em termos de organização e planejamento da AAe, o que se traduz em linguagem mais simples e objetiva no sentido de esclarecer o poder político sobre as reais necessidades que se tem, e por conseguinte, os seus custos de aquisição, operação e manutenção.
O vídeo que deixei por último dá bem o tom dos custos relacionados à aquisição dos sistemas indicados e quais os limites impostos à nossa capacidade(interesse) em fomentar os GAAe e as BdaAAe, e as SU consoantes que existem e\ou vierem a existir. E a conta está bem salgada, como haveria de ser.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
O que se pode tentar traduzir, segundo meu entendimento, sobre os desdobramento prático do manual na organização da AAe.
1. Comando Militar Aérea (Exército ou Corpo de Exército) - Brigada AAe
2. Região Militar (Exército ou Corpo de Exército) - Brigada AAe
3. Divisão Exército (DE) e Artilharia Divisionária (AD) - GAAe
4. Brigada Inf e Cav - Bia AAe ou GAAe
5. Batalhão e demais U\SU no mesmo nível ou abaixo - Bia AAe ou Seção AAe
Em números, o que deve fomentar e orientar a demanda material:
1. Comando Militar Aérea - 7 Bda AAe > até 14 GAAe, Bia ou Sç
2. Região Militar - 12 Brigada AAe > até 24 GAAe, Bia ou Sç
3. Divisão Exército (DE) e Artilharia Divisionária (AD) - GAAe - segundo os estudos recentes para a reorganização das DE, o EB contará com 1 DE por comando militar de área, exceção feita ao CMP, o que deixa em aberto a criação de mais 4 DE a fim de cobrir, em teoria, o CMA, CMN, CMNE e CMO > 6 GAAe, Bia ou Sç.
obs: a organização das AD supõe nos manuais a existência de 1 GAAe ou Bia AAe para auto defesa e também para cobertura eventual da DE. Esta por sua vez também dispõe a si, em termos de manuais, a existência de 1 GAAe ou Bia AAe para auto defesa da GU. A previsão do manual GAAe acima dispõe de grupo ou Bia AAe à Divisão de Exército, e não cita as AD, mantendo-se o entendimento que esta última segue tendo sua própria AAe orgânica conforme seus manuais de emprego. Assim, é preciso a meu ver melhor esclarecimento sobre este ponto, fim de evitar-se duplicação de meios e recursos no emprego da AAe neste nível de ação.
4. Brigada Inf e Cav - GAAe ou Bia AAe
a. 5 Bda Inf Mtz.
b. 4 Bda Inf Mec.
c. 4 Bda Cav Mec
d. 2 Bda Inf\Cav Blda.
e. 6 Bda Inf Sv.
f. 1 Bda Inf Frt
g. 1 Bda Inf Pqd
h. 1 Bda Inf Lv Amv
i. 1 Bda Inf Lv Mth
obs; a proteção AAe das U\SU das brigadas é feita pelo GAAe\Bia orgânico da brigada e, complementarmente, pelas Seções AAe das próprias OM integrantes conforme manuais do exército.
5. Batalhão e demais U\SU no mesmo nível ou abaixo - Seção AAe > Manpad\Shorad*
* as quantidades e a demanda por manpad\shorad irão variar de acordo com a capacidade de investimento anual do exército.
Acredito que já deu para todos perceberem que o RBS-70NG é, e muito provavelmente será, nos próximos anos o sistema shorad padrão do EB para a defesa AAe de U\SU de brigada para baixo, tendo em vista a realidade nossa de cada dia, até que se encontrem soluções mais adequadas a nível de grupo.
Notar também que o exército por estes dias finalmente lançou um estudo para a aquisição de um substituto para os envelhecidos e já nem tão eficazes IGLA-S russos, que contam quase 30 anos que foram adotados, sem nenhum perspectivas de novas compras durante todos esses anos a fim de complementar o estoque ou prover-lhe modernização. Os russos chegaram a oferecer a produção do IGLA-S (SA-18) no Brasil, mas por algum motivo isto não foi aproveitado. Hoje o modelo de Manpad mais moderno é o Verba (SA-24) que obviamente não será adquirido. Resta buscar no mercado outras opões disponíveis, o que não deve ser um problema, dada a variedade e quantidade de países que produzem e fornecem este tipo de material para todos os gostos e bolsos.
Diria que é o dever de casa mais básico e simples que cabe a um exército a aquisição e operação de um Manpad básico. E desta lição não podemos fugir e nem procrastinar por mais tempo, ainda que com muitas reservas quanto a fornecedores e tipos existentes no mercado.
A ver.
1. Comando Militar Aérea (Exército ou Corpo de Exército) - Brigada AAe
2. Região Militar (Exército ou Corpo de Exército) - Brigada AAe
3. Divisão Exército (DE) e Artilharia Divisionária (AD) - GAAe
4. Brigada Inf e Cav - Bia AAe ou GAAe
5. Batalhão e demais U\SU no mesmo nível ou abaixo - Bia AAe ou Seção AAe
Em números, o que deve fomentar e orientar a demanda material:
1. Comando Militar Aérea - 7 Bda AAe > até 14 GAAe, Bia ou Sç
2. Região Militar - 12 Brigada AAe > até 24 GAAe, Bia ou Sç
3. Divisão Exército (DE) e Artilharia Divisionária (AD) - GAAe - segundo os estudos recentes para a reorganização das DE, o EB contará com 1 DE por comando militar de área, exceção feita ao CMP, o que deixa em aberto a criação de mais 4 DE a fim de cobrir, em teoria, o CMA, CMN, CMNE e CMO > 6 GAAe, Bia ou Sç.
obs: a organização das AD supõe nos manuais a existência de 1 GAAe ou Bia AAe para auto defesa e também para cobertura eventual da DE. Esta por sua vez também dispõe a si, em termos de manuais, a existência de 1 GAAe ou Bia AAe para auto defesa da GU. A previsão do manual GAAe acima dispõe de grupo ou Bia AAe à Divisão de Exército, e não cita as AD, mantendo-se o entendimento que esta última segue tendo sua própria AAe orgânica conforme seus manuais de emprego. Assim, é preciso a meu ver melhor esclarecimento sobre este ponto, fim de evitar-se duplicação de meios e recursos no emprego da AAe neste nível de ação.
4. Brigada Inf e Cav - GAAe ou Bia AAe
a. 5 Bda Inf Mtz.
b. 4 Bda Inf Mec.
c. 4 Bda Cav Mec
d. 2 Bda Inf\Cav Blda.
e. 6 Bda Inf Sv.
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g. 1 Bda Inf Pqd
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obs; a proteção AAe das U\SU das brigadas é feita pelo GAAe\Bia orgânico da brigada e, complementarmente, pelas Seções AAe das próprias OM integrantes conforme manuais do exército.
5. Batalhão e demais U\SU no mesmo nível ou abaixo - Seção AAe > Manpad\Shorad*
* as quantidades e a demanda por manpad\shorad irão variar de acordo com a capacidade de investimento anual do exército.
Acredito que já deu para todos perceberem que o RBS-70NG é, e muito provavelmente será, nos próximos anos o sistema shorad padrão do EB para a defesa AAe de U\SU de brigada para baixo, tendo em vista a realidade nossa de cada dia, até que se encontrem soluções mais adequadas a nível de grupo.
Notar também que o exército por estes dias finalmente lançou um estudo para a aquisição de um substituto para os envelhecidos e já nem tão eficazes IGLA-S russos, que contam quase 30 anos que foram adotados, sem nenhum perspectivas de novas compras durante todos esses anos a fim de complementar o estoque ou prover-lhe modernização. Os russos chegaram a oferecer a produção do IGLA-S (SA-18) no Brasil, mas por algum motivo isto não foi aproveitado. Hoje o modelo de Manpad mais moderno é o Verba (SA-24) que obviamente não será adquirido. Resta buscar no mercado outras opões disponíveis, o que não deve ser um problema, dada a variedade e quantidade de países que produzem e fornecem este tipo de material para todos os gostos e bolsos.
Diria que é o dever de casa mais básico e simples que cabe a um exército a aquisição e operação de um Manpad básico. E desta lição não podemos fugir e nem procrastinar por mais tempo, ainda que com muitas reservas quanto a fornecedores e tipos existentes no mercado.
A ver.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
4. Brigada Inf e Cav - GAAe ou Bia AAe
a. 5 Bda Inf Mtz.
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i. 1 Bda Inf Lv Mth
Na minha humilde conta de padaria, hoje há cerca de 59 batalhões de infantaria esperando serem dotados de um Manpad para suas seções AAe na CiaCmdoAp.
Existem conquanto outros batalhões de infantaria que não estão subordinados à GU de combate acima, o que faz elevar a demanda por estes sistemas mais ainda. Não tenho conhecimento de onde estão e a que OM se subordinam.
Os 12 RCM devem ser abastecidos, a meu ver, com os RBS-70NG, enquanto os Manpad serão direcionados para os btl inf.
As demais SU das brigadas também podem, e devem, ser equipadas com ambos os tipos de sistemas, a depender das características de cada uma, como artilharia, engenharia, comunicações e logística, principalmente estas últimas.
A seção AAe nível Btl Inf tem como formação básica a disposição de 3 a 4 lançadores + equipamentos e pessoal de apoio.
Grosso modo, para equipar apenas a infantaria seriam necessários apenas 234 lançadores Manpad. Considerando os Btl Inf não subordinados, esta conta pode chegar talvez a 250 undes ou pouco mais. Este número considera apenas a dotação mínima orgânica das seções AAe, sem observar questões como reservas táticas e estratégicas que o exército deve dispor a si, tanto de lançadores como mísseis.
Se olharmos para as demais SU das brigadas e suas respectivas seções AAe orgânicas, o número de lançadores poderia facilmente chegar a 1 mil unidades, a fim de equipar todas as seções AAe necessárias às OM das brigadas. Um número que em termos de Brasil pode ser considerado bem grande, mas que em termos de custos, não é nem de longe algo impossível ou longe demais de nossas capacidades de investimentos. Se houvesse vontade, isto poderia estar resolvido em curtíssimo prazo, mas o interesse do comando do EB por sanar tal questão parece distante de determinar uma solução.
São 25 bda acima, todas elas com U\SU AAe orgânicas no papel. A maioria não possui defesa AAe real, dependendo dos GAAe e\ou outros meios auxiliares que lhe possam ser emprestados.
Em uma contabilidade simplista, é possível notar que a solução RBS-70NG e Mapad no curtíssimo prazo pode resolver esta celeuma de forma muito rápida, em havendo decisão e vontade, claro.
Cada bda, como é sabido, trás consigo OM das 5 armas combatentes + unidades de apoio logística. A proteção de todas elas é uma necessidade imperiosa e que se faz urgente há muitos anos. Não é cabível que em pleno século XXI ainda não tenhamos lançado mão das soluções que inclusive já temos em mãos para pelo menos tentar tapar os buracos existentes com elementos já conhecidos, inclusive em termos de custos e preços. Resta a tomada de decisões, e sobretudo a vontade de tomá-las.
a. 5 Bda Inf Mtz.
b. 4 Bda Inf Mec.
c. 4 Bda Cav Mec
d. 2 Bda Inf\Cav Blda.
e. 6 Bda Inf Sv.
f. 1 Bda Inf Frt
g. 1 Bda Inf Pqd
h. 1 Bda Inf Lv Amv
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Na minha humilde conta de padaria, hoje há cerca de 59 batalhões de infantaria esperando serem dotados de um Manpad para suas seções AAe na CiaCmdoAp.
Existem conquanto outros batalhões de infantaria que não estão subordinados à GU de combate acima, o que faz elevar a demanda por estes sistemas mais ainda. Não tenho conhecimento de onde estão e a que OM se subordinam.
Os 12 RCM devem ser abastecidos, a meu ver, com os RBS-70NG, enquanto os Manpad serão direcionados para os btl inf.
As demais SU das brigadas também podem, e devem, ser equipadas com ambos os tipos de sistemas, a depender das características de cada uma, como artilharia, engenharia, comunicações e logística, principalmente estas últimas.
A seção AAe nível Btl Inf tem como formação básica a disposição de 3 a 4 lançadores + equipamentos e pessoal de apoio.
Grosso modo, para equipar apenas a infantaria seriam necessários apenas 234 lançadores Manpad. Considerando os Btl Inf não subordinados, esta conta pode chegar talvez a 250 undes ou pouco mais. Este número considera apenas a dotação mínima orgânica das seções AAe, sem observar questões como reservas táticas e estratégicas que o exército deve dispor a si, tanto de lançadores como mísseis.
Se olharmos para as demais SU das brigadas e suas respectivas seções AAe orgânicas, o número de lançadores poderia facilmente chegar a 1 mil unidades, a fim de equipar todas as seções AAe necessárias às OM das brigadas. Um número que em termos de Brasil pode ser considerado bem grande, mas que em termos de custos, não é nem de longe algo impossível ou longe demais de nossas capacidades de investimentos. Se houvesse vontade, isto poderia estar resolvido em curtíssimo prazo, mas o interesse do comando do EB por sanar tal questão parece distante de determinar uma solução.
São 25 bda acima, todas elas com U\SU AAe orgânicas no papel. A maioria não possui defesa AAe real, dependendo dos GAAe e\ou outros meios auxiliares que lhe possam ser emprestados.
Em uma contabilidade simplista, é possível notar que a solução RBS-70NG e Mapad no curtíssimo prazo pode resolver esta celeuma de forma muito rápida, em havendo decisão e vontade, claro.
Cada bda, como é sabido, trás consigo OM das 5 armas combatentes + unidades de apoio logística. A proteção de todas elas é uma necessidade imperiosa e que se faz urgente há muitos anos. Não é cabível que em pleno século XXI ainda não tenhamos lançado mão das soluções que inclusive já temos em mãos para pelo menos tentar tapar os buracos existentes com elementos já conhecidos, inclusive em termos de custos e preços. Resta a tomada de decisões, e sobretudo a vontade de tomá-las.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
A meu ver, a oportunidade que se tem de homogeneizar a organização das AD conforme reza o manual, é algo que pode e deve ser perseguido, paralelamente aos dois programas de defesa AAe existentes hoje, e pelos quais o EB é responsável, no sentido de oferecer à BIDS, também, a oportunidade de fomentar as soluções necessárias.FCarvalho escreveu: ↑Sex Out 18, 2024 1:16 pm ... Por fim, mas não menos importante,pois não é objeto deste tópico, as Bia AAe das AD podem ser equipadas com soluções nacionais e\ou com participação efetiva da BIDS na integração dos produtos e sistemas selecionados. Com apenas 5 Bia temos capacidade de realizar a defesa das AD, e por tabela, complementar e\ou suprir a defesa AAe das DE a que estão subordinadas, ou ainda das regiões militares e comandos de área, sob demanda. Uma Bia AAe, conforme os documentos de referência do EB para o Programa Defesa AAe Média Altura, deve dispor de, no mínimo, 3 a 4 lançadores, o que perfaz uma demanda teórica de 20 lançadores. Nos GAAe existentes cada Bia AAe é formada por 6 unidades de tiro canhão.
O último vídeo que deixei no tópico da AAe revela valores de referência para 1 Bia AAe na faixa de 100 a 200 milhões de dólares por Bia, conforme os sistemas ofertados. Com 5 Bia a formar para a AD, os custos deste investimento podem ultrapassar facilmente a casa do bilhão de dólar, ou chegar muito perto, de acordo com os requisitos de compra do EB. Mas é um custo que teremos de encarar um dia. Seja com sistemas nacionais ou importados. Ou um pouco de ambos.
Se os custos da aplicação de soluções nacionais serão maiores ou menores, penso, é algo que o EB ( e até nós aqui, meros mortais pagadores de impostos ) tem de debater forçosamente, uma vez que, por exemplo, a Avibras chegou a dispor do ASTROS na versão AAe por meio do AV-MMA, sem obter nenhum retorno da força terrestre, e a empresa teria, como penso, ainda tem, capacidade de gerar esta solução para o EB através de parcerias com fornecedores estrangeiros de mísseis e demais sistemas de apoio específicos.
Sou cético quanto à possiblidade de uma encomenda neste momento para o AV-MMA por parte do exército, mas isto não torna a opção inviável, e muito menos impossível, ao contrário, como se tem visto ultimamente, depende essencialmente de vontade política - e do cmte em chf não acordar com o c... virado pra lua - para resolver a questão. E em havendo vontade (política), "com dinheiro tudo se resolve no Brasil", já dizia o nosso querido amigo Reginaldo Bacchi.
As opções em relação ao emprego de uma solução baseada no Astros AV-MMA passam pelo uso das lançadoras de forma tradicional, no modo vertical, ou o emprego do veículo como base para um sistema de mísseis\canhão disponível no mercado. Neste último aspecto, em anos recentes foram expostos no mercado internacional vários sistemas AAe que podem eventualmente utilizar o veículo base do ASTROS como vetor de transporte.
Por fim, a possibilidade do uso dos AV-MMA para equipar as Bia AAe da AD, seja em que formato vier, é algo que encontra respaldo no sentido de homogeneizar as U\SU divisionárias a partir dos mesmos elementos logísticos. O que por si mesmo já é motivo mais que suficiente para sua adoção no futuro. Não é preciso lembrar que a AD também conta, ou deve contar, com uma Bia LMF orgânica, para não dizer que as demais SU também podem utilizar a mesma plataforma (TATRA) como modelo de referência, o que só melhoraria a operacionalidade e diminui e controla custos.
A ver.
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- FCarvalho
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Em relação ao post acima, o AV-MMA me parece ser uma solução de proveito que ajudaria, e muito, a tirar a Avibras do ostracismo financeiro, juntamente com a formação das Bia LMF e Busca de Alvos que se faz necessárias a artilharia divisionária, conforme o manual, e que comentei no fórum da artilharia de campanha do EB.
Como ainda não temos uma decisão quanto aos dois programas de AAe existentes, do exército e do MD, a opção abaixo na minha opinião ainda é plenamente válida e atende, em princípio, todos os requisitos dos programas citos.
Em minha opinião, é fato que antes de gastar os parcos recursos que temos na simples importação de soluções, com todos os riscos e limitações impostas por esta opção, é lícito afirmar e reafirmar a capacidade de investimento em projetos dos quais sejamos parte integral da solução via BIDS, centro tecnológicos das ffaa's, IFES e demais players nacionais da área de ciência e tecnologia, bem como referenciar toda a logística de suporte na própria indústria nacional.
Assim, o combo ASTROS AV-MMA + Umkhonto (família) + radares M-200 (Embraer) + sistemas SC2 (Avibras) + RDS Defesa (EB) + Link BR2 (FAB) + SGCB (EB) e outros implementos em desenvolvimento e\ou prontos para operação são mais que suficientes para dotar as Bia AAe do EB, fomentando a indústria local e seus fornecedores.
+
A adoção do AV-MMA como solução para as Bia AAe da artilharia divisionária é a chance que temos de tirar do papel as necessidades nesta área ao mesmo tempo que demanda junto à BIDS os investimentos necessários no curto e médio prazo a fim de mobilizar os projetos em andamento.
Em termos numéricos, as quantidades de veículos a serem adquiridas é razoável, e não chega a ser algo impeditivo para a alocação dos recursos necessários. Com cada Bia AAe sendo formada por apenas 4 lançadoras, apenas 20 veículos solucionam em princípio a questão, com os demais bldos de apoio sendo acolhidos na mesma perspectiva. Este número, aliás, pode subir um pouco mais caso sejam compradas quantidades que possibilitem formar uma reserva tática imediata nas própria OM, de forma que de 6 a 8 veículos possam ser adquiridos para cada Bia AAe AD, totalizando 30 a 40 lançadores + veículos de apoio.
Com base na organização das Bia Astros 2020 proposta pela Avibras, a Bia AAe poderia ser fomentada com as seguintes características:
1 AV-VCC > Posto Comando Artilharia Divisionária
1 AV-PCC > Posto Comando Bateria
1 AV-COM > Veículo Comunicações
6 a 8 AV-MMA > Veículo Lançador Míssil
3 a 4 AV-RMD > Veículo Remunicador
1 AV-RADAR M-200V > Radar Vigilância \ Busca de Alvos
1 AV-RADAR M-200MM > Radar Varredura e Orientação Tiro
1 AV-REC > Veículo Recuperação
1 AV-UAS > Veículo Apoio Míssil
Como se pode observar, para equipar 5 Bia AAe AD seriam necessários menos de 100 unidades de todos os tipos de veículos bldos do sistema Astros, que aliados ao veículos de apoio geral e especializados, também objeto de vários RO emitidos pelo exército nos últimos anos e não atendidos até o momento, é possível realizar investimentos cabíveis ao orçamento dentro de uma perspectiva de curto a médio prazo para sua conclusão.
Vale lembrar também que a homogeneidade logística é um objetivo a ser alcançado, e como no caso dos GAC AD e das Bia LMF AD, seria importante reforçar o investimento no sentido de trazer para o Brasil a linha de produção dos caminhões TATRA, visto que isto seria fundamental para complementar todo o círculo virtuoso de investimento na modernização da artilharia divisionária brasileira.
Olhando assim até parece fácil, mas sabemos que não é, e que tudo depende essencialmente de vontade política e do entendimento que se tenha sobre a importância de manter a Avibras em funcionamento e plenamente capaz de entregar seus produtos aos clientes, que não por acaso, é o Estado, seu maior credor.
Como ainda não temos uma decisão quanto aos dois programas de AAe existentes, do exército e do MD, a opção abaixo na minha opinião ainda é plenamente válida e atende, em princípio, todos os requisitos dos programas citos.
Em minha opinião, é fato que antes de gastar os parcos recursos que temos na simples importação de soluções, com todos os riscos e limitações impostas por esta opção, é lícito afirmar e reafirmar a capacidade de investimento em projetos dos quais sejamos parte integral da solução via BIDS, centro tecnológicos das ffaa's, IFES e demais players nacionais da área de ciência e tecnologia, bem como referenciar toda a logística de suporte na própria indústria nacional.
Assim, o combo ASTROS AV-MMA + Umkhonto (família) + radares M-200 (Embraer) + sistemas SC2 (Avibras) + RDS Defesa (EB) + Link BR2 (FAB) + SGCB (EB) e outros implementos em desenvolvimento e\ou prontos para operação são mais que suficientes para dotar as Bia AAe do EB, fomentando a indústria local e seus fornecedores.
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A adoção do AV-MMA como solução para as Bia AAe da artilharia divisionária é a chance que temos de tirar do papel as necessidades nesta área ao mesmo tempo que demanda junto à BIDS os investimentos necessários no curto e médio prazo a fim de mobilizar os projetos em andamento.
Em termos numéricos, as quantidades de veículos a serem adquiridas é razoável, e não chega a ser algo impeditivo para a alocação dos recursos necessários. Com cada Bia AAe sendo formada por apenas 4 lançadoras, apenas 20 veículos solucionam em princípio a questão, com os demais bldos de apoio sendo acolhidos na mesma perspectiva. Este número, aliás, pode subir um pouco mais caso sejam compradas quantidades que possibilitem formar uma reserva tática imediata nas própria OM, de forma que de 6 a 8 veículos possam ser adquiridos para cada Bia AAe AD, totalizando 30 a 40 lançadores + veículos de apoio.
Com base na organização das Bia Astros 2020 proposta pela Avibras, a Bia AAe poderia ser fomentada com as seguintes características:
1 AV-VCC > Posto Comando Artilharia Divisionária
1 AV-PCC > Posto Comando Bateria
1 AV-COM > Veículo Comunicações
6 a 8 AV-MMA > Veículo Lançador Míssil
3 a 4 AV-RMD > Veículo Remunicador
1 AV-RADAR M-200V > Radar Vigilância \ Busca de Alvos
1 AV-RADAR M-200MM > Radar Varredura e Orientação Tiro
1 AV-REC > Veículo Recuperação
1 AV-UAS > Veículo Apoio Míssil
Como se pode observar, para equipar 5 Bia AAe AD seriam necessários menos de 100 unidades de todos os tipos de veículos bldos do sistema Astros, que aliados ao veículos de apoio geral e especializados, também objeto de vários RO emitidos pelo exército nos últimos anos e não atendidos até o momento, é possível realizar investimentos cabíveis ao orçamento dentro de uma perspectiva de curto a médio prazo para sua conclusão.
Vale lembrar também que a homogeneidade logística é um objetivo a ser alcançado, e como no caso dos GAC AD e das Bia LMF AD, seria importante reforçar o investimento no sentido de trazer para o Brasil a linha de produção dos caminhões TATRA, visto que isto seria fundamental para complementar todo o círculo virtuoso de investimento na modernização da artilharia divisionária brasileira.
Olhando assim até parece fácil, mas sabemos que não é, e que tudo depende essencialmente de vontade política e do entendimento que se tenha sobre a importância de manter a Avibras em funcionamento e plenamente capaz de entregar seus produtos aos clientes, que não por acaso, é o Estado, seu maior credor.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Até o "jammer" antidrone eficaz já temos....FCarvalho escreveu: ↑Dom Out 20, 2024 4:07 pm Em relação ao post acima, o AV-MMA me parece ser uma solução de proveito que ajudaria, e muito, a tirar a Avibras do ostracismo financeiro, juntamente com a formação das Bia LMF e Busca de Alvos que se faz necessárias a artilharia divisionária, conforme o manual, e que comentei no fórum da artilharia de campanha do EB.
Como ainda não temos uma decisão quanto aos dois programas de AAe existentes, do exército e do MD, a opção abaixo na minha opinião ainda é plenamente válida e atende, em princípio, todos os requisitos dos programas citos.
Em minha opinião, é fato que antes de gastar os parcos recursos que temos na simples importação de soluções, com todos os riscos e limitações impostas por esta opção, é lícito afirmar e reafirmar a capacidade de investimento em projetos dos quais sejamos parte integral da solução via BIDS, centro tecnológicos das ffaa's, IFES e demais players nacionais da área de ciência e tecnologia, bem como referenciar toda a logística de suporte na própria indústria nacional.
Assim, o combo ASTROS AV-MMA + Umkhonto (família) + radares M-200 (Embraer) + sistemas SC2 (Avibras) + RDS Defesa (EB) + Link BR2 (FAB) + SGCB (EB) e outros implementos em desenvolvimento e\ou prontos para operação são mais que suficientes para dotar as Bia AAe do EB, fomentando a indústria local e seus fornecedores.
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A adoção do AV-MMA como solução para as Bia AAe da artilharia divisionária é a chance que temos de tirar do papel as necessidades nesta área ao mesmo tempo que demanda junto à BIDS os investimentos necessários no curto e médio prazo a fim de mobilizar os projetos em andamento.
Em termos numéricos, as quantidades de veículos a serem adquiridas é razoável, e não chega a ser algo impeditivo para a alocação dos recursos necessários. Com cada Bia AAe sendo formada por apenas 4 lançadoras, apenas 20 veículos solucionam em princípio a questão, com os demais bldos de apoio sendo acolhidos na mesma perspectiva. Este número, aliás, pode subir um pouco mais caso sejam compradas quantidades que possibilitem formar uma reserva tática imediata nas própria OM, de forma que de 6 a 8 veículos possam ser adquiridos para cada Bia AAe AD, totalizando 30 a 40 lançadores + veículos de apoio.
Com base na organização das Bia Astros 2020 proposta pela Avibras, a Bia AAe poderia ser fomentada com as seguintes características:
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3 a 4 AV-RMD > Veículo Remunicador
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1 AV-RADAR M-200MM > Radar Varredura e Orientação Tiro
1 AV-REC > Veículo Recuperação
1 AV-UAS > Veículo Apoio Míssil
Como se pode observar, para equipar 5 Bia AAe AD seriam necessários menos de 100 unidades de todos os tipos de veículos bldos do sistema Astros, que aliados ao veículos de apoio geral e especializados, também objeto de vários RO emitidos pelo exército nos últimos anos e não atendidos até o momento, é possível realizar investimentos cabíveis ao orçamento dentro de uma perspectiva de curto a médio prazo para sua conclusão.
Vale lembrar também que a homogeneidade logística é um objetivo a ser alcançado, e como no caso dos GAC AD e das Bia LMF AD, seria importante reforçar o investimento no sentido de trazer para o Brasil a linha de produção dos caminhões TATRA, visto que isto seria fundamental para complementar todo o círculo virtuoso de investimento na modernização da artilharia divisionária brasileira.
Olhando assim até parece fácil, mas sabemos que não é, e que tudo depende essencialmente de vontade política e do entendimento que se tenha sobre a importância de manter a Avibras em funcionamento e plenamente capaz de entregar seus produtos aos clientes, que não por acaso, é o Estado, seu maior credor.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Está aí mais uma vez a prova de que em havendo vontade e diligência, com os recursos necessários somos capazes de desenvolver quase tudo que precisamos aqui para os diversos programas/projeto das ffaa's.
Admito que fiquei surpreso com essa notícia sobre um jammer nacional. Não imaginava que o EB andasse a mexer nesta área. Mas felizmente temos está iniciativa. Ainda deve estar em testes de desenvolvimento. Mas só isso já é um passo gigantesco para nós.
Admito que fiquei surpreso com essa notícia sobre um jammer nacional. Não imaginava que o EB andasse a mexer nesta área. Mas felizmente temos está iniciativa. Ainda deve estar em testes de desenvolvimento. Mas só isso já é um passo gigantesco para nós.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Não tinha conhecimento deste sistema. Ao menos não me lembro dele ou de qualquer divulgação pública.
De qualquer forma, se já tem tanto tempo assim, espero que haja de fato a possiblidade de implementação operacional do mesmo uma hora dessas.
Afinal, se são mais de dez anos investindo nisso e ainda não está pronto, bom, deixa pra lá.
De qualquer forma, se já tem tanto tempo assim, espero que haja de fato a possiblidade de implementação operacional do mesmo uma hora dessas.
Afinal, se são mais de dez anos investindo nisso e ainda não está pronto, bom, deixa pra lá.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
São montados no marruá.
Desde a implantação do Marruá que volta e meia aparecia compras de veículos de guerra eletrônica.
Desde a implantação do Marruá que volta e meia aparecia compras de veículos de guerra eletrônica.