P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

[knigh7]

A FAB não concentra numa única base aeronaves para fazer missão de patrulha marítima e nunca li que ela fosse deixar. Vc está criando pelo em ovo. Com 6 aeronaves em 2 bases, uma no litoral Norte e outra no Sul-Sudeste, tendo 4 disponíveis num ambiente com drones que permanecem entre 24 e 40 horas em voo, na minha opinião é o suficiente.

E nós temos outros programas para cuidar e o orçamento de investimento e custeio é curto. E sempre vai ser porque eu conheço como é o Brasil e os políticos daqui, inclusive os demagogos de bico doce, que é a maioria.

Colocar 6 aviões divididos entre duas ou mais bases é no mínimo imprudente e gastar mal o erário público, além de desperdiçar o orçamento, que já é pouco. Esse tipo de aeronaves são caras demais, e serão poucas demais, para serem mantidas em lugares separados.

O exemplo dos P-3AM com apenas 8 aviões modernizados - e menos de 5 operacionais - está aí e não me deixa mentir. Todos em Salvador, e depois todos para Santa Cruz. Se a FAB nunca teve ou tem recursos para operar uns poucos P-3 em duas bases, vai fazer isso com P-8, KC-390 MPA ou E-190E2? Com certeza não rola.

E não apostaria em drone nenhum voando no ritmo que achas que eles podem fazê-lo. Não na FAB real. Talvez na ideal. É só olhar o ritmo de emprego do único esquadrão existente, a quantidade de meios disponíveis e as horas voadas por ano. Os militares até tem algum interesse em UAV\UCAV, mas não passa disso, interesse, e acadêmico-doutrinário. O uso real e prático ainda estamos muito longe, mas muito longe mesmo, de fazer algo de forma massiva e ordinária.

Idem em termos de realidade para a MB, que não consegue receber sequer recursos para pagar o combustível da esquadra. Imagina o resto. Aliás, até por isso, também, o SISGAAZ nunca saiu do papel. E nem sairá.

O mundo lá fora é completamente diferente do que rola nas cabeças delirantes dos comandos das forças militares no Brasil. Aqui, qualquer pouco ainda é muito, se for para usar em Defesa. E mesmo assim, só depois de muito "convencimento político".

Eu mencionei drones quando forem substituir os Bandeirulhas (que não vai ser na atualidade) e a FAB possui bases de desdobramento algo que ela emprega com os A-29 e pode ser feito com a futura aeronave de patrulha.

Nós temos que ter o mínimo necessário dentro de cada área senão vamos continuar tendo Forças Armadas incompletas.

[FCarvalho]

Eu mencionei drones quando forem substituir os Bandeirulhas (que não vai ser na atualidade) e a FAB possui bases de desdobramento algo que ela emprega com os A-29 e pode ser feito com a futura aeronave de patrulha.
Nós temos que ter o mínimo necessário dentro de cada área senão vamos continuar tendo Forças Armadas incompletas.

A FAB literalmente surrupiou o HERON I do DPF por que os brigadeiros acham que tudo que voa no governo federal tem que ser da FAB, ou estar submetido a ela, mesmo que não exista manual ou lei dizendo isso em relação a drones no Brasil. E como UAV é, e continua sendo, uma baita novidade por aqui, e os caras se acham os donos da razão e da verdade sobre o assunto aeronáutica no pais, ficou o dito pelo não dito no caso.

Hoje o solitário UAV israelense, que deveria estar nas fronteiras fazendo o trabalho dele para o qual foi comprado pelo DPF, e na falta dos brigadeiros saberem o que fazer com ele, mandaram-no para Santa Cruz com vista a uma suposta "manutenção de doutrina de patrulha marítima" com os P-3AM

O SISGAAZ da marinha prevê o uso de UAV, satélites, radares, sistemas C4ISTAR terrestre e naval, aeronaves de patrulha marítima, e outros meios que a FAB nunca demandou em tempo algum em seus planejamentos com foco no 7o Gav.

E o atual Plano de Defesa Marítima da marinha prevê a aquisição de tudo isso até 2040. Como é que ficamos? Vamos ter duas forças disputando, como sempre, os centavos que caem do bolso do MF para poder fazer "o seu sistema de patrulha marítima" e o resto que se dane?

Se tem uma coisa que sequer existe prioridade na FAB é a aviação de patrulha. E a substituição dos P-95M não tem sequer data para acontecer, e nem um substituto indicado, seja aeronave, drone ou qualquer outro sistema, em colaboração ou não com a marinha. Nada, simples assim. Pode procurar em qualquer documento oficial da força aérea. Ninguém sabe o que fazer com os Bandeirulha depois que eles forem retirados de serviço, e o pensamento, em termos de prioridade, por princípio é a troca dos P-3AM até o fim desta década, e mais nada.

Esse é o quadro caótico que se vive hoje no setor de aviação de patrulha no Brasil. E se continuar essa esculhambação do jeito que está, no mínimo, vamos continuar ladeira abaixo e daqui a pouco vamos estar pedindo para a USCG fazer o trabalho da FAB e MB porque não conseguimos chegar a um consenso entre as forças e não temos dinheiro para tudo o que elas querem, e todos os governos de plantão sempre entendem investimento em Defesa com despesa inútil e sem sentido. Melhor alugar de vez a ZEE. Quem sabe alguém se interessa e ganhamos uns trocados a mais para manter o nosso mínimo básico necessário de sempre. Só para manutenção mesmo.