Aviação do Exército
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Re: Aviação do Exército
Quanto ao abastecimento dos PEF, isto se dá de duas formas. Direto de Manaus ou Belém, onde estão as bases logísticas da FAB e EB, ou a partir dos comandos de fronteira, abastecidos também partindo de Manaus ou Belém, em localidades onde existe um BIS que faz este papel e há condições de receber as aeronaves da FAB na pista ou aeroporto local.
Em relação ao último aspecto, os BIS\Comandos de Fronteira existentes via de regra estão localizados nas capitais dos estados, ou seja, podem receber de Bandeirante até KC-30. As exceções são: São Gabriel da Cachoeira\5o BIS, Cruzeiro do Sul\61o BIS e Tabatinga\8o BIS.
No caso, como já demonstrei aqui, a FAB tem\teria a intenção de operar o KC-390 a partir de Manaus, fazendo o mesmo trabalho dos aviões do 7o ETA e Esquadrão Arara, só que com muito maior disponibilidade e capacidade. Vários PEF já podem receber este avião sem maiores problemas, e os que ainda não possuem a estrutura para tal, estão recebendo reformas via COMARA.
O que é mais importante para a FAB neste momento não é somente substituir os meios mais antigos dos esquadrões de transporte que operam aqui, mas, e também, ampliar suas capacidades de forma a permitir uma evolução contínua da autonomia logística militar na área do CMA e CMN. E isto pode, e deve, ser feito com mais e novos vetores para os ETA e 1o\9o GAv, como a inclusão do KC-390 nas operações diárias das OM de transporte a partir de Manaus. Mas, advinha? A FAB cortou as encomendas do KC-390. Porque será...
A Avex faz muito mais do que apenas abastecimento logístico dos PEF. Na verdade, essa linha de ação é função primária da FAB, por motivos óbvios. E não somente em relação ao EB. Em todo caso, o que a Avex precisa, e não pode ser negligenciada, é garantir sua capacidade de oferecer apoio direto à operacionalidade dos PEF no que diz respeito sua razão de existir, que é a vigilância das fronteiras. Neste caso, a existência de helos permanentemente baseados nos comandos de fronteira é muito mais importante do que dispor de aviões para abastecimento logístico. E isso a Avex até hoje nunca foi, e não é, capaz de oferecer aos PEF e aos comandos de fronteira do exército na região norte e centro oeste. Ela fraqueja e titubeia justamente onde ela é mais necessária e impositiva.
Penses em quantos e quais tipos de helos são necessários para a Avex estar presente nos 7 comandos de fronteira do exército na região norte, e verás que isso de asa fixa é dos problemas o menor e o mais insignificante que ela tem.
Em relação ao último aspecto, os BIS\Comandos de Fronteira existentes via de regra estão localizados nas capitais dos estados, ou seja, podem receber de Bandeirante até KC-30. As exceções são: São Gabriel da Cachoeira\5o BIS, Cruzeiro do Sul\61o BIS e Tabatinga\8o BIS.
No caso, como já demonstrei aqui, a FAB tem\teria a intenção de operar o KC-390 a partir de Manaus, fazendo o mesmo trabalho dos aviões do 7o ETA e Esquadrão Arara, só que com muito maior disponibilidade e capacidade. Vários PEF já podem receber este avião sem maiores problemas, e os que ainda não possuem a estrutura para tal, estão recebendo reformas via COMARA.
O que é mais importante para a FAB neste momento não é somente substituir os meios mais antigos dos esquadrões de transporte que operam aqui, mas, e também, ampliar suas capacidades de forma a permitir uma evolução contínua da autonomia logística militar na área do CMA e CMN. E isto pode, e deve, ser feito com mais e novos vetores para os ETA e 1o\9o GAv, como a inclusão do KC-390 nas operações diárias das OM de transporte a partir de Manaus. Mas, advinha? A FAB cortou as encomendas do KC-390. Porque será...
A Avex faz muito mais do que apenas abastecimento logístico dos PEF. Na verdade, essa linha de ação é função primária da FAB, por motivos óbvios. E não somente em relação ao EB. Em todo caso, o que a Avex precisa, e não pode ser negligenciada, é garantir sua capacidade de oferecer apoio direto à operacionalidade dos PEF no que diz respeito sua razão de existir, que é a vigilância das fronteiras. Neste caso, a existência de helos permanentemente baseados nos comandos de fronteira é muito mais importante do que dispor de aviões para abastecimento logístico. E isso a Avex até hoje nunca foi, e não é, capaz de oferecer aos PEF e aos comandos de fronteira do exército na região norte e centro oeste. Ela fraqueja e titubeia justamente onde ela é mais necessária e impositiva.
Penses em quantos e quais tipos de helos são necessários para a Avex estar presente nos 7 comandos de fronteira do exército na região norte, e verás que isso de asa fixa é dos problemas o menor e o mais insignificante que ela tem.
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Re: Aviação do Exército
Ainda você não entendeu o espírito da coisa kkkkkk
Os Sherpas não ia ter custos de aquisição , pois foi doado ! O único custo seria de translado e manutenção , mesmo com boa idade nas costas , sua manutenção é simples ! Dos 12 selecionados 3 ia servir de fonte de peças , o Exército chegou a avaliar 12 C-23 Sherpa com muita horas sobrando e funcionais ! A questão que a FAB fez birra com o governo em não concordar com asa fixa no EB ! Acredito que não se trata de recursos como citei , mas sim um ministro de defesa capaz de colocar os pontos nos i’s
Os Sherpas não ia ter custos de aquisição , pois foi doado ! O único custo seria de translado e manutenção , mesmo com boa idade nas costas , sua manutenção é simples ! Dos 12 selecionados 3 ia servir de fonte de peças , o Exército chegou a avaliar 12 C-23 Sherpa com muita horas sobrando e funcionais ! A questão que a FAB fez birra com o governo em não concordar com asa fixa no EB ! Acredito que não se trata de recursos como citei , mas sim um ministro de defesa capaz de colocar os pontos nos i’s
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Re: Aviação do Exército
Segundo o que consta no relatório EDA Deliveries do Governo Americano, os Sherpas foram transferidos/ entregues ao Brasil, onde estão é que é o mistério:
[https://www.dsca.mil/sites/default/file ... 202023.pdf]
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- FCarvalho
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Re: Aviação do Exército
Para ilustrar o tamanho do desafio que é a logística na região norte, as distâncias entre Manaus e os Comandos de Fronteira\BIS:
34o BIS\Comando de Fronteira Foz do Amazonas - Macapá\AM - 1.298 km
7o BIS\Comando de Fronteira Roraima - Boa Vista\RR - 663 km
5o BIS\Comando de Fronteira Alto Rio Negro - São Gabriel da Cachoeira\AM - 834 km
8o BIS\Comando de Fronteira Alto Solimões - Tabatinga\AM - 1.104 km
61o BIS\Comando de Fronteira Juruá - Cruzeiro do Sul\AC - 1.488 km
4o BIS\Comando de Fronteira Acre - Rio Branco\AC - 1.150 km
6o BIS\Comando de Fronteira Rondônia - Porto Velho\RO - 761 km
Distância aérea entre Manaus e Belém: 1.294 km
É possível verificar com os dados acima que aviões de pequeno e médio porte não são ideais para o abastecimento logístico dos PEF, assim como dos próprios comandos de fronteira, a partir de Manaus ou Belém, tendo em vista não só as distâncias, como a pequena capacidade de carga que eles podem levar. Ou seja, a necessidade de se dispor de vetores maiores e com capacidade de peso e volume de carga se faz necessário, senão, urgente e impositivo. Neste sentido, a presença permanente do KC-390 baseado em Manaus mais que se justifica, visto as características já provadas do avião da Embraer em operar nas diversas pistas presentes nos PEF.
É também necessário relembrar que os aviões dos ETA e do 1o\9o Gav via de regra são utilizados pela FAB tanto para atender missões primárias militares, como as (crescentes) demandas da administração pública federal, estadual e municipal, além das atividades voltadas ao Correio Aéreo Nacional, que basicamente atende as necessidades de transporte de carga e pessoal civil em sua maior parte na região.
Assim, é importante ressaltar novamente que a Avex tem como missão primária prioritária o apoio operacional às OM de combate e de apoio ao combate do exército, o que não dispensa as atividades logísticas, mas, leva em consideração que esta é uma atividade integrada com a FAB e seus vetores.
No contexto da região norte, e dos PEF e comandos de fronteira, dentre outras OM espalhadas pela região, a presença da Avex e seus helos como multiplicadora de força, e flexibilidade operacional combativa, assume papel de suma importância, ao dispor seus vetores como elementos de manobra indispensáveis ao emprego efetivo das tropas terrestres.
34o BIS\Comando de Fronteira Foz do Amazonas - Macapá\AM - 1.298 km
7o BIS\Comando de Fronteira Roraima - Boa Vista\RR - 663 km
5o BIS\Comando de Fronteira Alto Rio Negro - São Gabriel da Cachoeira\AM - 834 km
8o BIS\Comando de Fronteira Alto Solimões - Tabatinga\AM - 1.104 km
61o BIS\Comando de Fronteira Juruá - Cruzeiro do Sul\AC - 1.488 km
4o BIS\Comando de Fronteira Acre - Rio Branco\AC - 1.150 km
6o BIS\Comando de Fronteira Rondônia - Porto Velho\RO - 761 km
Distância aérea entre Manaus e Belém: 1.294 km
É possível verificar com os dados acima que aviões de pequeno e médio porte não são ideais para o abastecimento logístico dos PEF, assim como dos próprios comandos de fronteira, a partir de Manaus ou Belém, tendo em vista não só as distâncias, como a pequena capacidade de carga que eles podem levar. Ou seja, a necessidade de se dispor de vetores maiores e com capacidade de peso e volume de carga se faz necessário, senão, urgente e impositivo. Neste sentido, a presença permanente do KC-390 baseado em Manaus mais que se justifica, visto as características já provadas do avião da Embraer em operar nas diversas pistas presentes nos PEF.
É também necessário relembrar que os aviões dos ETA e do 1o\9o Gav via de regra são utilizados pela FAB tanto para atender missões primárias militares, como as (crescentes) demandas da administração pública federal, estadual e municipal, além das atividades voltadas ao Correio Aéreo Nacional, que basicamente atende as necessidades de transporte de carga e pessoal civil em sua maior parte na região.
Assim, é importante ressaltar novamente que a Avex tem como missão primária prioritária o apoio operacional às OM de combate e de apoio ao combate do exército, o que não dispensa as atividades logísticas, mas, leva em consideração que esta é uma atividade integrada com a FAB e seus vetores.
No contexto da região norte, e dos PEF e comandos de fronteira, dentre outras OM espalhadas pela região, a presença da Avex e seus helos como multiplicadora de força, e flexibilidade operacional combativa, assume papel de suma importância, ao dispor seus vetores como elementos de manobra indispensáveis ao emprego efetivo das tropas terrestres.
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Re: Aviação do Exército
Estes dois mapas abaixo ilustram muito bem as dificuldades e o tamanho do desafio logístico que é abastecer todas as OM instaladas na região norte.
Diga-se de passagem, e ressalto sempre isso, que das 6 bdas inf slv existentes aqui, a 23a Bda é a única GU completa com todas as suas unidades e subunidades, com as 5 restantes precisando serem dotadas dos elementos ausentes.
A FAB, não por acaso, é responsável por atender a logística de abastecimento de todas as OM da região norte, indiferente à força a qual pertença. Neste aspecto, as necessidades que se impõe ao 1o e 7o ETA e ao 1o\9o Gav estão muito acima das capacidades que estes esquadrões possuem, em termos material e pessoal, de atendimento. E sempre foi assim.
Não é preciso dizer que os C-95 estão pela hora da morte, além de serem pouquíssimos, e cada vez menos disponíveis, e Brasília e Caravan não existem em quantidade e qualidade suficiente para dar conta de todas as demandas que chegam aquelas OM.
O projeto que visava substituir estes vetores foi cancelado pela FAB, e tanto Embraer como Desaer ficaram a ver navios com seus respectivos projetos de aeronaves que visavam propor tal substituição. Apesar disso, recentemente a força aérea andou flertando com o Cessna Sky Courrier, e mesmo assim deu com os burros n'água. Não há prazos ou planos de retirada dos Bandeirante de operação em curto prazo na prática. Idem para os outros dois vetores. E não há recursos para tal, obviamente.
Em minha ignóbil opinião, se querermos dar um mínimo de realismo às opções que temos para resolver a questão acima, é obrigatória a substituição em primeiro lugar dos C-95, em quantidade tal que possa capacitar os dois ETA da região norte a prover o apoio necessário à FAB e demais forças. E penso que apenas 2 OM já é pouco há muito tempo para o tamanho das demandas que se apresentam, sempre crescentes.
Em teoria, um esquadrão de transporte dispõe de, ao menos, 12 aeronaves. Considerando o fator disponibilidade, na prática esse número cai para 8 a 10 aviões disponíveis diariamente. Assim, para que a coisa toda funcione de fato, seria necessário aumentar a quantidade de aviões por ETA para 16 a 18 unidades, tendo em vista manter uma disponibilidade concreta de 12 aeronaves. Seriam 32 a 36 aviões apenas para a região norte. Impossível? Não. Inviável? Provavelmente, tendo em vista as restrições conhecidas de investimento em Defesa. Os números inteiros para dotar todos os ETA superariam a casa da centena. Mas considere-se, também, que são aviões de baixo custo de aquisição e operação, mesmo soluções importadas.
A dupla ATL-100\ATL-300 da DESAER na minha opinião seriam a formação ideal para dotar os ETA no século XXI, oferendo maiores capacidades e multiplicidade de operação aqueles esquadrões, principalmente na região norte e centro oeste. Mas sabemos que isso não acontecerá em futuro previsível. Assim também o STOUT da Embraer está fadado ao ostracismo e à inopinada discrição no repertório de produtos de defesa da empresa. Dizer que não podemos tirar tais projetos do papel é no mínimo questionável, principalmente levando-se em consideração os benefícios que ambos trariam à indústria aeronáutica nacional como um todo. Mas isso é muito mais uma questão de decisão e vontade política, do que da FABou de qualquer das forças armadas como todos sabem.
Quanto vale o provimento da nossa autonomia logística militar na região norte?
Novamente, em minha ignóbil opinião, com todas as capacidades industriais instaladas hoje no país, prover os vetores de asa fixa e rotativa necessárias à garantia de tal autonomia não constitui problema ou restrição, ao contrário, temos as soluções aqui mesmo, e podemos lançar mão de todas elas. Se quisermos, claro. Os benefícios políticos, financeiros e industrias são todos conhecidos.
Diga-se de passagem, e ressalto sempre isso, que das 6 bdas inf slv existentes aqui, a 23a Bda é a única GU completa com todas as suas unidades e subunidades, com as 5 restantes precisando serem dotadas dos elementos ausentes.
A FAB, não por acaso, é responsável por atender a logística de abastecimento de todas as OM da região norte, indiferente à força a qual pertença. Neste aspecto, as necessidades que se impõe ao 1o e 7o ETA e ao 1o\9o Gav estão muito acima das capacidades que estes esquadrões possuem, em termos material e pessoal, de atendimento. E sempre foi assim.
Não é preciso dizer que os C-95 estão pela hora da morte, além de serem pouquíssimos, e cada vez menos disponíveis, e Brasília e Caravan não existem em quantidade e qualidade suficiente para dar conta de todas as demandas que chegam aquelas OM.
O projeto que visava substituir estes vetores foi cancelado pela FAB, e tanto Embraer como Desaer ficaram a ver navios com seus respectivos projetos de aeronaves que visavam propor tal substituição. Apesar disso, recentemente a força aérea andou flertando com o Cessna Sky Courrier, e mesmo assim deu com os burros n'água. Não há prazos ou planos de retirada dos Bandeirante de operação em curto prazo na prática. Idem para os outros dois vetores. E não há recursos para tal, obviamente.
Em minha ignóbil opinião, se querermos dar um mínimo de realismo às opções que temos para resolver a questão acima, é obrigatória a substituição em primeiro lugar dos C-95, em quantidade tal que possa capacitar os dois ETA da região norte a prover o apoio necessário à FAB e demais forças. E penso que apenas 2 OM já é pouco há muito tempo para o tamanho das demandas que se apresentam, sempre crescentes.
Em teoria, um esquadrão de transporte dispõe de, ao menos, 12 aeronaves. Considerando o fator disponibilidade, na prática esse número cai para 8 a 10 aviões disponíveis diariamente. Assim, para que a coisa toda funcione de fato, seria necessário aumentar a quantidade de aviões por ETA para 16 a 18 unidades, tendo em vista manter uma disponibilidade concreta de 12 aeronaves. Seriam 32 a 36 aviões apenas para a região norte. Impossível? Não. Inviável? Provavelmente, tendo em vista as restrições conhecidas de investimento em Defesa. Os números inteiros para dotar todos os ETA superariam a casa da centena. Mas considere-se, também, que são aviões de baixo custo de aquisição e operação, mesmo soluções importadas.
A dupla ATL-100\ATL-300 da DESAER na minha opinião seriam a formação ideal para dotar os ETA no século XXI, oferendo maiores capacidades e multiplicidade de operação aqueles esquadrões, principalmente na região norte e centro oeste. Mas sabemos que isso não acontecerá em futuro previsível. Assim também o STOUT da Embraer está fadado ao ostracismo e à inopinada discrição no repertório de produtos de defesa da empresa. Dizer que não podemos tirar tais projetos do papel é no mínimo questionável, principalmente levando-se em consideração os benefícios que ambos trariam à indústria aeronáutica nacional como um todo. Mas isso é muito mais uma questão de decisão e vontade política, do que da FABou de qualquer das forças armadas como todos sabem.
Quanto vale o provimento da nossa autonomia logística militar na região norte?
Novamente, em minha ignóbil opinião, com todas as capacidades industriais instaladas hoje no país, prover os vetores de asa fixa e rotativa necessárias à garantia de tal autonomia não constitui problema ou restrição, ao contrário, temos as soluções aqui mesmo, e podemos lançar mão de todas elas. Se quisermos, claro. Os benefícios políticos, financeiros e industrias são todos conhecidos.
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Re: Aviação do Exército
Para quem não sabe, ou não viu ainda, o cmte da FAB será apresentado aos HAL Dhruv em suas versões militares. Este helo custa entre 5 e 6 milhões a unidade, dependendo da versão empregada.
As negociações entre Brasil e Índia para a venda do KC-390 para a IAF está cotada em sua melhor perspectiva, na casa dos US$ 10 bilhões de dólares, caso os indianos façam a opção pelas 80 aeronaves. Parte deste valor deverá ser empregado em off set que nos serão cobrados enquanto país, assim como à Embraer, que se resolve sozinha.
O Made in Índia, goste-se ou não, terá um papel referencial no negócio, e os indianos estão claramente interessados há tempos em empurrar todas as soluções possíveis de seu amplo espectro de produtos e soluções de defesa para as ffaa's. E existe muita coisa que de fato interessa, ou deve interessar, aos militares brasileiros, visto nossa condição de pedintes no setor.
Este helo indiano, em que pese a má fama e a desconfiança por aqui, pode se constituir em uma alternativa para substituir e\ou complementar a frota atual de helos das ffaa's. Principalmente na região norte e centro oeste, em áreas de fronteira, onde eles são mais necessários.
As negociações entre Brasil e Índia para a venda do KC-390 para a IAF está cotada em sua melhor perspectiva, na casa dos US$ 10 bilhões de dólares, caso os indianos façam a opção pelas 80 aeronaves. Parte deste valor deverá ser empregado em off set que nos serão cobrados enquanto país, assim como à Embraer, que se resolve sozinha.
O Made in Índia, goste-se ou não, terá um papel referencial no negócio, e os indianos estão claramente interessados há tempos em empurrar todas as soluções possíveis de seu amplo espectro de produtos e soluções de defesa para as ffaa's. E existe muita coisa que de fato interessa, ou deve interessar, aos militares brasileiros, visto nossa condição de pedintes no setor.
Este helo indiano, em que pese a má fama e a desconfiança por aqui, pode se constituir em uma alternativa para substituir e\ou complementar a frota atual de helos das ffaa's. Principalmente na região norte e centro oeste, em áreas de fronteira, onde eles são mais necessários.
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Re: Aviação do Exército
Para quem não sabe, o HAL Dhruv ou qualquer outro helo na mesma categoria concorre hoje para ser a solução tapa buraco de muitos dos problemas das ffaa's nas regiões norte e centro oeste, na falta de interesse - ou capacidade - em comprar-se BH às centenas, e não uma mísera dúzia valendo quase um bilhão só para disfarçar.
O projeto UHL da marinha para 60 helos em apoio aos DN e demais OM espalhadas pelo país jamais teve solução.
Assim também a FAB possui 3 esquadrões de caça com os A-29 que não contam com helos SAR\C-SAR para cobrir aquelas OM, como o fazem os atuais esquadrões do 8o Gav. E ainda falta equipar o Poti e o Pelicano com helos definitivos. O cmte da FAB andou falando em até 24 unidades para resolver a vida destes esquadrões na Índia.
Por fim, a Avex necessita, como já disse, fazer-se presente de forma concreta nos comandos militares de fronteira. E na falta de um BH ou Jaguar, o helo indiano com suas capacidades mais que resolve o problema. E os preços são bem convidativos.
Como reza o meu cito pessoal, "quem não tem cão, caça com o gato do vizinho".
O projeto UHL da marinha para 60 helos em apoio aos DN e demais OM espalhadas pelo país jamais teve solução.
Assim também a FAB possui 3 esquadrões de caça com os A-29 que não contam com helos SAR\C-SAR para cobrir aquelas OM, como o fazem os atuais esquadrões do 8o Gav. E ainda falta equipar o Poti e o Pelicano com helos definitivos. O cmte da FAB andou falando em até 24 unidades para resolver a vida destes esquadrões na Índia.
Por fim, a Avex necessita, como já disse, fazer-se presente de forma concreta nos comandos militares de fronteira. E na falta de um BH ou Jaguar, o helo indiano com suas capacidades mais que resolve o problema. E os preços são bem convidativos.
Como reza o meu cito pessoal, "quem não tem cão, caça com o gato do vizinho".
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Re: Aviação do Exército
Outra coisa que poderá aparecer e ser oferecida, se é que já não o foi ao EB e demais forças, é o LCH.
Não que ele seja o suprassumo dos helos de ataque no mundo, mas diante da realidade, com certeza ele já seria muito melhor do que o nada que ostentamos até hoje.
Não que ele seja o suprassumo dos helos de ataque no mundo, mas diante da realidade, com certeza ele já seria muito melhor do que o nada que ostentamos até hoje.
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Re: Aviação do Exército
De helicópteros utilitários e de manobra é uma das poucas áreas em que o EB não tem carência e previsão de aquisição de mais unidades nos próximos 14 anos. E a Ìndia produz MEM que nós temos necessidade.FCarvalho escreveu: ↑Sex Set 13, 2024 2:19 pm Para quem não sabe, ou não viu ainda, o cmte da FAB será apresentado aos HAL Dhruv em suas versões militares. Este helo custa entre 5 e 6 milhões a unidade, dependendo da versão empregada.
As negociações entre Brasil e Índia para a venda do KC-390 para a IAF está cotada em sua melhor perspectiva, na casa dos US$ 10 bilhões de dólares, caso os indianos façam a opção pelas 80 aeronaves. Parte deste valor deverá ser empregado em off set que nos serão cobrados enquanto país, assim como à Embraer, que se resolve sozinha.
O Made in Índia, goste-se ou não, terá um papel referencial no negócio, e os indianos estão claramente interessados há tempos em empurrar todas as soluções possíveis de seu amplo espectro de produtos e soluções de defesa para as ffaa's. E existe muita coisa que de fato interessa, ou deve interessar, aos militares brasileiros, visto nossa condição de pedintes no setor.
Este helo indiano, em que pese a má fama e a desconfiança por aqui, pode se constituir em uma alternativa para substituir e\ou complementar a frota atual de helos das ffaa's. Principalmente na região norte e centro oeste, em áreas de fronteira, onde eles são mais necessários.
Editado pela última vez por knigh7 em Ter Set 17, 2024 6:50 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Aviação do Exército
Mas como que não tem carência? Durante as ações de suporte aos indígenas do norte e nas ações de resgate e distribuição de mantimentos nas enchentes do Sul, houve reclamações o tempo inteiro de que faltavam helicópteros pra dar conta das necessidades.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
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Re: Aviação do Exército
Não consta no programa estratégico da AvEx e precisa melhorar a disponibilidade dos H225M.Viktor Reznov escreveu: ↑Ter Set 17, 2024 6:50 pmMas como que não tem carência? Durante as ações de suporte aos indígenas do norte e nas ações de resgate e distribuição de mantimentos nas enchentes do Sul, houve reclamações o tempo inteiro de que faltavam helicópteros pra dar conta das necessidades.
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Re: Aviação do Exército
A organização de cada Bavex ainda está ligada a sua criação nos anos 1990, e não mudou praticamente nada nos 40 anos seguintes.
Como as demandas para missões subsidiárias não irão cessar, mudar ou diminuir, pelo contrário, tendem cada vez mais a aumentar as exigências, e os reclamos, pelos seus serviços aos demais órgãos em todas as esferas públicas, que não querem saber de ter seus próprios meios aéreos nem f....do; o exército já deveria há muito tempo transformar a organização de suas OM de asas rotativas a fim de se adaptar à realidade, que hoje, obviamente ela não atende sequer às suas necessidades primárias.
Não tem disponibilidade que dê jeito na Avex com apenas 15 H225M para cobrir o país inteiro. Compraram BH. Que esperem por eles agora. E depois aguentem o tranco das reclamações de quem só quer saber de helo militar para quebrar galho de salva vida, apagar incêndio dos outros, e\ou ou descobrir gente morta na lanterna dos afogados.
Os HAL Dhruv, ou qualquer outro helo, é um alternativa para a Avex finalmente se fazer presente em todas as regiões do país sem precisar vender um pedaço dele para isso. Mesmo sendo helos utilitários. Aliás, é disso que os governos mais precisam, e cobram, as ffaa's o tempo todo. Helo para servir de pau de escora de pseudo políticas públicas sociais. E para por aí.
Para começar, tem que mudar esse besteira de um Bavex só transportar 1 Cia Inf de cada vez. O padrão deve ser transportar 1 Btl de cada vez, e não menos que isso. Depois é só fazer as contas de quantos e quais tipos de helos precisamos para fazer o trabalho, e mandar a conta para o governo, com o adendo que um esquadrão de cada Bavex vai estar sempre de plantão para resolver os problemas de última hora que os políticos nunca querem resolver como de praxe.
Como as demandas para missões subsidiárias não irão cessar, mudar ou diminuir, pelo contrário, tendem cada vez mais a aumentar as exigências, e os reclamos, pelos seus serviços aos demais órgãos em todas as esferas públicas, que não querem saber de ter seus próprios meios aéreos nem f....do; o exército já deveria há muito tempo transformar a organização de suas OM de asas rotativas a fim de se adaptar à realidade, que hoje, obviamente ela não atende sequer às suas necessidades primárias.
Não tem disponibilidade que dê jeito na Avex com apenas 15 H225M para cobrir o país inteiro. Compraram BH. Que esperem por eles agora. E depois aguentem o tranco das reclamações de quem só quer saber de helo militar para quebrar galho de salva vida, apagar incêndio dos outros, e\ou ou descobrir gente morta na lanterna dos afogados.
Os HAL Dhruv, ou qualquer outro helo, é um alternativa para a Avex finalmente se fazer presente em todas as regiões do país sem precisar vender um pedaço dele para isso. Mesmo sendo helos utilitários. Aliás, é disso que os governos mais precisam, e cobram, as ffaa's o tempo todo. Helo para servir de pau de escora de pseudo políticas públicas sociais. E para por aí.
Para começar, tem que mudar esse besteira de um Bavex só transportar 1 Cia Inf de cada vez. O padrão deve ser transportar 1 Btl de cada vez, e não menos que isso. Depois é só fazer as contas de quantos e quais tipos de helos precisamos para fazer o trabalho, e mandar a conta para o governo, com o adendo que um esquadrão de cada Bavex vai estar sempre de plantão para resolver os problemas de última hora que os políticos nunca querem resolver como de praxe.
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Re: Aviação do Exército
Penso eu aqui com meus botões que, 2 SU precisam ser criadas urgentemente em cada Bavex: uma, a Companhia de Helos de Emprego Geral e Transporte (Dhruv, AW-119\169, Bell 429); e dois, a Companhia de Helos de Transporte pesado (CH-47\CH-53)
Junto com 2 Cia Manobra (H225M\BH) e 1 Cia Ataque e Reconhecimento (AH-1 Esquilo\H145M e Helo de ataque) dá e sobra para atender as demandas insistentes do poder público para quebrar o galho de justificação da existência de helos militares, e dos próprios militares em si.
Enfim, ou muda para atender as discrepâncias entre a demanda e oferta, ou vai ficar nessa merda a vida toda, e não vamos a lugar nenhum. E na hora que o bicho pegar de verdade, não vai ter isso de correr para o colinho do tio Sam pedindo mamadeira.
Junto com 2 Cia Manobra (H225M\BH) e 1 Cia Ataque e Reconhecimento (AH-1 Esquilo\H145M e Helo de ataque) dá e sobra para atender as demandas insistentes do poder público para quebrar o galho de justificação da existência de helos militares, e dos próprios militares em si.
Enfim, ou muda para atender as discrepâncias entre a demanda e oferta, ou vai ficar nessa merda a vida toda, e não vamos a lugar nenhum. E na hora que o bicho pegar de verdade, não vai ter isso de correr para o colinho do tio Sam pedindo mamadeira.
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Re: Aviação do Exército
Seria muito interessante mesmo helicópteros pesados de carga para a AvEx. Não muitos pelo custo de operação e teriam de ser usados porque novos são caros pra burro.
- FCarvalho
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Re: Aviação do Exército
Eu defendo, como sempre defendi aqui há anos, que o EB tenha seus próprios helos pesados antes de querer se aventurar nisso de asa fixa. Os norte americanos tem CH-47 e CH-53 sobrando às centenas nos desertos por lá. E até já nos foram oferecidos em tempos passados.
O meu preferido é o CH-53, que se conseguissem encontrar algumas células que ainda tivessem utilidade e tempo de vida operacional, seriam mais que bem vindos.
Mas no momento, do jeito que as coisas vão por aqui, com o governo federal e tudo que é órgão público demandando helos militares até para buscar carrinho de compra em supermercado, a melhor alternativa de curto prazo é criar, como disse acima, a Cia Helos Emprego Geral e Transporte, com um modelo médio leve que possa atender em quantidade e qualidade toda essa tralha de pedidos que chegam diariamente ao MD e à Avex literalmente exigindo a entrega dos helos para suas próprias ações, e o EB que se f...
E um adendo. Faz tempo a Avex já deveria ter criado o 5o, 6o, 7o e 8o Bavex de forma a dotar cada comando militar de área com um Bavex totalmente estruturado e equipado como aludi na reorganização acima. Mas nem isso são capazes de fazer. Ou querem fazer.
A merda toda que aconteceu agora no RS com certeza forçará o EB a enviar helos para lá de forma permanente. Um núcleo de aviação como o de Belém pode esperar em breve será criado em Santa Maria ou em Canoas. Com o que eles vão fazer isso, veremos.
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